República do Daomé
A República do Daomé (em francês: République du Dahomey) foi estabelecida em 11 de dezembro de 1958, como uma Colónia autónoma dentro da Comunidade francesa. Antes da obtenção de autonomia tinha sido o Daomé Francês, parte da União Francesa. Em 1 de agosto, 1960 ela alcançou a plena independência da França.
República do Daomé | |||||||||||||
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Região | |||||||||||||
Capital | Porto Novo | ||||||||||||
Países atuais | Benim | ||||||||||||
Línguas oficiais |
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Religião | |||||||||||||
Moeda | Franco CFA | ||||||||||||
Forma de governo |
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Presidente | |||||||||||||
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Período histórico | Guerra Fria | ||||||||||||
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Em 1975, o país foi renomeado República Popular do Benim após o Golfo do Benim (não alheios ao histórico Império do Benim) desde que o "Benim", diferentemente do "Daomé", foi considerado politicamente neutro para todos os grupos étnicos no estado.
História
editarA República do Daomé tornou-se independente da França em 1 de agosto de 1960.[1] Nas palavras do historiador Martin Meredith, o jovem país "estava atravancado com todas as dificuldades imagináveis: uma pequena faixa de território que se projeta para o interior a partir da costa, estava sobrecarregada, insolvente e assolada por divisões tribais, enormes dívidas, desemprego, frequentes greves e uma luta interminável pelo poder entre três líderes políticos rivais".[2] Esses rivais eram Justin Ahomadégbé-Tomêtin, que dominava as regiões sul e central do país, Sourou-Migan Apithy, que dominava o sudeste, e Hubert Maga, cuja base de poder estava localizada no norte.[3]
Após a independência, Maga tornou-se o primeiro presidente do Daomé. Uma crise política em 1958, antes da independência, levou o Movimento Democrático do Daomé, de Maga, a unir-se a um governo de coalizão, com uma crise subsequente que levou Maga a se tornar chefe de governo em abril de 1959.[4] Este compromisso, no entanto, foi incapaz de resolver os problemas do Daomé, e uma revolta eclodiu em outubro de 1963, culminando em um golpe de Estado e a substituição de Maga como presidente por Apithy. Isso também falhou em trazer estabilidade, e Apithy foi removido em outro golpe de Estado, em dezembro de 1965.[5]
Na sequência do golpe de 1965, o coronel Christophe Soglo tornou-se presidente. Veterano do exército francês, via-se como um Charles de Gaulle do Daomé, banindo toda a atividade política com o objetivo declarado de estabilizar o país.[6] O governo civil foi de fato restaurado em 1968, porém os tumultos dos anos anteriores fizeram com que o exército permanecesse como um ator fundamental na política do Daomé, com presidentes civis legitimados por seus apoiadores militares.[7] Em outubro de 1972, um golpe de Estado (o quinto na história do país) liderado por Mathieu Kérékou removeu o governo civil (que havia sido liderado por um triunvirato composto por Ahomadégbé, Apithy e Maga). Kérékou iria proclamar seu apoio ao marxismo-leninismo, declarando o fim da República do Daomé e o estabelecimento da República Popular do Benim em 30 de novembro de 1975.[8]
Referências
- ↑ Meredith 2013, p. 69.
- ↑ Meredith 2014, p. 601.
- ↑ Decalo 1990, p. 95-96.
- ↑ Post 1964, p. 55-56.
- ↑ Decalo 1990, p. 98-99.
- ↑ Meredith 2013, p. 177-178.
- ↑ Decalo 1990, p. 99.
- ↑ Dickovick 2014, p. 70.
Bibliografia
editar- Decalo, Samuel (1990). Coups and Army Rule in Africa. New Haven, Connecticut: Imprensa da Universidade de Iale. ISBN 0300040458
- Dickovick, J. Tyler (2014). Africa. Lanham: Rowman & Littlefield Publishing Group, Inc. ISBN 9781475812374
- Meredith, Martin (2013). The State of Africa. Nova Iorque: Simon & Schuster. ISBN 9780857203885
- Meredith, Martin (2014). The Fortunes of Africa. Nova Iorque: Simon & Schuster. ISBN 9781471135439
- Post, Ken (1964). The New States of West Africa. Londres: Penguin