Deficiência intelectual

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A deficiência intelectual (DI, antigamente referida como retardo mental) ou transtorno do desenvolvimento intelectual (TDI, no CID-11)[1][2] corresponde a um déficit precoce (antes dos 18 anos) no funcionamento cognitivo e no comportamento adaptativo (por exemplo no cuidado pessoal, uso de dinheiro e meios de transporte).[3] Trata-se de uma condição que afeta aproximadamente 1% da população mundial.[4]

Testes de inteligência Q.I. em uma população dão resultados que aproximadamente se distribuem em torno de uma curva normal.

A deficiência intelectual costuma ser mensurada através dos testes de quociente de inteligência (QI), quando o resultado está abaixo dos padrões considerados normais para idade. A pessoa com deficiência na maioria das vezes apresenta dificuldades ou nítido atraso em seu desenvolvimento neuropsicomotor, aquisição da fala e outras habilidades, um déficit no comportamento adaptativo, seja na comunicação (linguagem), socialização ou aquisições práticas da vida cotidiana (higiene, uso de roupas, etc.). A definição da American Association on Mental Retardation - AAMR (2002) assinala ainda que tais incapacidades têm início antes dos 18 anos, o que distingue essa condição das demências.[5]

Etiologia

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Causas da deficiência intelectual segundo Penrose.[6]

A deficiência intelectual pode ter várias causas, entre as principais estão os fatores que podem ser classificados como: genéticos, perinatais (ocorridos durante a gestação e o parto) e pós-natais. O diagnóstico correto dos fatores causais no momento do nascimento pode não só amenizar os sintomas (prevenção secundária) mas até mesmo evitar o dano cerebral a exemplo da fenilcetonúria e outros erros inatos do metabolismo que se não controlados, entre outros danos, serão causa de lesão cerebral.

Os fatores genéticos podem estar relacionados a alterações cromossômicas ou mutações em genes específicos. São exemplos de doenças genéticas em que há deficiência intelectual: Síndrome de Down, Síndrome do X-Frágil, Síndrome de Rett, Doença de Tay-Sachs etc.

A Síndrome de Down é uma das causas mais comuns juntamente com a Síndrome do cromossomo X frágil como a segunda maior causa.[7][8]

Um dos primeiros trabalhos sobre a herdabilidade da deficiência intelectual foi realizado pelo psicólogo e eugenista americano Henry H. Goddard (1866-1957) intitulado "A Família Kallikak: Um estudo sobre a herança da debilidade mental" (The Kallikak Family: A Study in the Heredity of Feeble-Mindedness, en inglés) publicado em livro em 1913[9] Segundo Vasconcelos,[10] uma pesquisa do termo "“mental retardation”" no banco de dados da Internet Online: Mendelian Inheritance in Man gerou, em outubro de 2003, 1149 entradas de síndromes genéticas distintas associadas a RM. Cavalli-Sforza & Bodmer, 1971[11] identificaram 330 distúrbios de genes recessivos que resultam em graves deficiências intelectuais.

Os fatores ou causas perinatais, ou seja imediatamente anteriores (a gestação) e posteriores (o trabalho de parto) ao parto, podem ser de natureza tóxica (drogas teratogênicas), traumática, ou infecciosas causadas por vírus tipo o da rubéola ou bactérias tais como as espiroquetas que causam sífilis. A maioria das agressões perinatais apresentam-se como malformações congênitas maiores ou menores e a deficiência intelectual é considerada uma malformação "maior" pois implica perda de função do órgão afetado, nesse caso o sistema nervoso central, apesar de nossa ignorância quanto a localização mais precisa do dano .

Entre as causas pós natais mais comuns podemos destacar os traumatismos cranianos, doenças infecciosas como as meningites e infelizmente: as síndromes de abandono, maltrato e desnutrição proteico calórica nos períodos iniciais do desenvolvimento.[12]

A deficiência intelectual portanto não é uma síndrome em si, mas uma condição resultante de diversas tipos de afecções ou síndromes com expressão semelhante.[13] Um modelo bioquímico e neurológico (neuroquímico) para a deficiência intelectual, deve levar em consideração o extenso e relativamente já conhecido grupo de patologias, um conjunto de alterações morfológicas e funcionais (bioquímicas) encontradas no Sistema Nervoso Central associadas. A matriz resultante de tal comparação, sem dúvida, será uma importante contribuição para compreensão das relações entre o cérebro humano e a inteligência, sendo também um considerável avanço na pesquisa anatomoclínica dessa relação de forma - função do sistema nervoso. Naturalmente integrado-se às demais formas de produção de conhecimento nessa área, a exemplo da neurofisiologia e psicofarmacologia (sobretudo da memória e atenção), estudos do comportamento animal comparado (neuroetologia) e principalmente apoiando-se no desenvolvimento dos testes de avaliação neuropsicológica.

Diagnóstico e tratamento

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Ao longo da história, já foram utilizadas expressões como insânia (insani) idiotia, cretinismo, debilidade, imbecilidade (mentis imbecillitas), ver:oligofrenia.[14][15] O sistema de Classificação Internacional de Doenças - (CID), em função do típico atraso de desenvolvimento que as pessoas com tais síndromes apresentam, utiliza a expressão Retardo Mental, subdividindo este grupo em quatro categorias de gravidade (leve, moderada, grave e profundo) em função da sua capacidade intelectual com ou sem outros comprometimentos do comportamento.

As pessoas com esse transtorno, nas formas moderado e grave, são dependentes de cuidadores e necessitam de atendimento multiprofissional, incluindo: médico de distintas especialidades (genética, neurologia, psiquiatria, etc. a depender do caso), profissionais de reabilitação, basicamente fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, pedagogo (psicopedagogia) entre outros, a depender do caso, a fim de minimizar os problemas decorrentes da deficiência. Algumas técnicas, que se inserem no plano da reabilitação ou da minimização dos danos neurológicos tem mostrado resultados a exemplo das intervenções do musicoterapeuta, profissional de Equoterapia, etc., com maior ou menor eficácia. Fato é, considerando-se o potencial de desenvolvimento ou neuroplasticidade do sistema nervoso, que quanto mais cedo houver um diagnóstico e mais precoce for a intervenção melhores serão os resultados.

As técnicas exercidas por diversos profissionais de reabilitação e puericultura para identificar precocemente lesões e intervir são denominadas: Avaliação do Desenvolvimento e Exame Neuropsicomotor Evolutivo ou psicomotor[16] e Teste(s) de Inteligência ou Quociente de inteligência, além do diagnóstico das informações provenientes da clínica médica para identificar a síndrome genética ou natureza da lesão que possivelmente causou o dano cerebral e/ou seus sinais e sintomas.

A deficiência intelectual é resultado, quase sempre, de uma alteração na estrutura cerebral, provocada por fatores genéticos, na vida intra-uterina, ao nascimento ou na vida pós-natal. O grande desafio para os estudiosos dessa característica humana, é que, em quase metade dos casos estudos essa alteração não é conhecida ou identificada e quando analisamos o espectro de patologias que tem a deficiência intelectual como expressão de seu dano nos deparamos com um conjunto de centenas de doenças, entre as mais comuns estão a Síndrome de Down e Paralisia cerebral.[17][18][19]

A Síndrome de Down é um conjunto de características específicas (hipotonia, face com perfil achatado, crânio braquicéfalo, olhos amendoados ou fissuras palpebrais oblíquas, língua protrusa, pescoço curto, prega palmar transversal única, entre outros) e não uma doença. É uma anomalia causada durante a formação do feto que pode ocorrer com qualquer pessoa, chamada de Trissomia do Cromossomo 21. Para se confirmar essa trissomia é preciso se fazer um exame genético (a partir de linfócitos ou outra célula coletada) chamado cariótipo.[20]

A paralisia cerebral ou encefalopatia crônica não progressiva, por sua vez é uma patologia comumente associada à lesão cerebral por hipoxia nas complicações obstétricas, com prognóstico e etiologia causas mais ou menos bem estabelecidos desde finais do século XIX.[21]

Como visto o diagnóstico depende essencialmente da identificação dos fatores causais, sendo este também essencial para o tratamento, embora a reabilitação pode ocorrer independente das causas do dano ou lesão cerebral que em muitos casos (cerca de 43%) permanece desconhecida.

Para todos os efeitos permanece em uso as clássicas definições da deficiência intelectual, a exemplo da proposta pela Associação Americana Deficiência Mental[22] têm como referência a limitação da atividade intelectual (leia-se praticamente habilidades lógico matemáticas) e a capacidade de adaptação (leia-se socialização) contudo ambos conceitos, como veremos a seguir, podem ser ampliados em função das suas distintas aplicações.

Comportamento adaptativo

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Um instrumento de avaliação da deficiência intelectual a ser utilizada por professores escolares para medir seu desempenho a partir da adaptação e necessidade de intervenção de outros profissionais de saúde e educação é o PAC – Perfil de Avaliação da Competência.[23]

Uma versão resumida do PAC (Primary Progress Assessment Chart - P=P.A.C.) aqui um pouco modificada, abrange uma investigação de: (1) Cuidado pessoal ; (2) Comunicação; (3) Socialização; (4) Ocupação

  1. Cuidado pessoal: Hábitos à mesa; Locomoção; Higiene; Vestuário
  2. Comunicação: Linguagem falada; Linguagem escrita; Atividade numérica; Desenvolvimento dos conceitos básicos (usa advérbios discrimina diferenças e igualdade). Temos como equivalentes aos conceitos básicos os principais advérbios de: Lugar: aqui, lá, perto, longe, centro (meio) através; Tempo: ontem, hoje, amanhã, antes, durante depois; Modo: muito, pouco, bom, ruim. Se portador de deficiências de órgãos sensoriais deve-se descrever e medir (acuidade auditiva, visual, déficits motores, disartrias etc.)
  3. Socialização: Atividades domésticas; Atividades recreativas; Comportamento em sala de aula;
  4. Ocupação: Agilidade; Destreza; Concentração; Responsabilidade (capacidade de cumprir ordens)

Inteligência & atividade intelectual

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 Ver artigo principal: Quociente de inteligência

Para Jean Piaget (1896-1980) a inteligência é organização, um prolongamento da adaptação orgânica, e o progresso da razão consiste numa conscientização da atividade organizadora da própria vida.[24] Essa definição, uma das muitas possibilidades de definir lógica e inteligência em seus estudos, revela sua opção de pesquisa a partir de um conceito básico da biologia moderna, a adaptação, sem o qual não poderíamos compreender as relações entre forma orgânica e função e/ou a teoria da evolução.

As medidas do raciocínio ou atividade intelectual tiveram início no final do século XIX e início do século XX onde se destacam as contribuições de Francis Galton (1822 — 1911), Alfred Binet (1857 - 1911) e Charles Edward Spearman (1863 - 1945) precursores no estudo da medida da inteligência.[25]

A evolução da medida do déficit intelectual na deficiência mental acompanhou o desenvolvimento das teorias da definição e mensuração desta propriedade individual do cérebro humano que é a inteligência. A diversidade de danos cerebrais, condições psicossociais capazes de afetar essa função mental (QI), e/ou seus componentes como atenção, memória ou as diversas formas de raciocínio, intrinsecamente relacionados entre sí, ainda está para ser compreendida especialmente em suas relações com o cérebro humano, que é uma das proposições da neuropsicologia. Quanto à avaliação da atividade intelectual, uma das mais fecundas abordagens dos últimos tempos foi a proposição de "inteligências múltiplas" feita por Howard Gardner.[26][27]

A teoria da modificabilidade cognitiva estrutural de Reuven Feuerstein afirma que, mesmo indivíduos portadores de deficiências, podem desenvolver sua inteligência adquirindo a capacidade de aprender. Um neto de Feuerstein, portador da síndrome de Down, foi auxiliado por seus métodos de "expansão" da inteligência e apresentou bom desempenho na escola regular.[28]

Por outro lado, a partir dos anos 60 desenvolveu-se a concepção de necessidades educativas especiais no Reino Unido desde a publicação do relatório Warnock (em 1978), que reconheceu as desvantagens da inclusão de crianças em termos de categorias fixas (rotulação) e as necessidades de aperfeiçoamento dos sistema educacional para favorecer o desenvolvimento e aprendizagem de alunos com alguma característica deficitária a partir da concepção de necessidades especiais.[29]

A perspectiva de identificação precoce, reabilitação (prevenção secundária) ou minimização do dano e integração social são as atuais diretrizes no atendimento aos portadores dessa necessidade especial que é a deficiência intelectual.

Classificações[3]

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  • Deficiência intelectual leve - QI entre 50-69.
  • Deficiência intelectual moderada - QI entre 35-49.
  • Deficiência intelectual severa - QI entre 20 e 40
  • Deficiência intelectual grave ou profunda - QI inferior a 20

Obs.: Na população geral, a maior parte das pessoas tem QI em torno de 100 (entre 85 e 115). Formalmente, um QI abaixo de 70 caracteriza deficiência intelectual.

Ver também

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Referências

  1. Bertelli, Marco O.; Munir, Kerim; Harris, James; Salvador-Carulla, Luis (1 de janeiro de 2016). Marco O. Bertelli, Dr, ed. «"Intellectual developmental disorders": reflections on the international consensus document for redefining "mental retardation-intellectual disability" in ICD-11». Advances in Mental Health and Intellectual Disabilities (1): 36–58. ISSN 2044-1282. PMC PMC4822711  Verifique |pmc= (ajuda). PMID 27066217. doi:10.1108/AMHID-10-2015-0050. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  2. Fernandes, Conceição Santos; Fichman, Helenice Charchat; Barros, Patricia de Souza (31 de agosto de 2018). «Evidências de diagnóstico diferencial entre Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do desenvolvimento intelectual (TDI): análise de casos». Neuropsicología Latinoamericana (em espanhol) (2). ISSN 2075-9479. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  3. a b Tolezano, Giovanna Cantini; Carvalho, Laura Machado Lara; Krepischi, Ana Cristina Victorino; Rosenberg, Carla (9 de maio de 2020). «Inteligência e deficiência intelectual: bases genéticas e fatores ambientais». Genética na Escola (1): 18–25. ISSN 1980-3540. doi:10.55838/1980-3540.ge.2020.332. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  4. Maulik, Pallab K.; Mascarenhas, Maya N.; Mathers, Colin D.; Dua, Tarun; Saxena, Shekhar (março de 2011). «Prevalence of intellectual disability: A meta-analysis of population-based studies». Research in Developmental Disabilities (em inglês) (2): 419–436. doi:10.1016/j.ridd.2010.12.018. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  5. Telford, C. W.; Sawrey. O indivíduo excepcional. RJ, Zahar, 1974
  6. PENROSE, Lionel in: WENDT (Ed.) Genetik und Gesellschaft, Wiss. Verlagsges, Stuttgart. 1971 apud: Pessoa, Oswaldo Frota; Otto, Priscila G; Otto Paulo A. Genética Humana. RJ: Francisco Alves, 1976 p. 279
  7. «Centro de estudos do genoma humano - Retardo mental inespecífico e sindrômico». Consultado em 10 de janeiro de 2009 
  8. «Revista Gambare - Síndrome do cromossomo X frágil». 14 de fevereiro de 2006. Consultado em 10 de janeiro de 2009 
  9. Goddard, Henry Herbert. The Kallikak Family: A Study in the Heredity of Feeble-Mindedness (1913) Green, Christopher D. (Ed.) Classics in the History of Psychology. Toronto, Ontario, York University An internet resource Acesso em Junho de 2014
  10. Vasconcelos, Marcio M. Retardo mental. Jornal de Pediatria - Vol. 80, Nº2(supl), 2004 PDF, consulta em Mar. 2014
  11. Cavalli-Sforza, L.L.; Bodmer, W.F. The genetic of human populations. San Francisco, Freeman, 1971 apud: Davidoff, Linda L. Introdução à psicologia. SP, Makron Books, 2001
  12. Fontes, José Américo. Lesão cerebral, causas & prevenção. DF, Ministério da Ação Social do Brasil - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de deficiência - CORDE, 1990
  13. Diament, Aron Judka; Cypel, Saul ;Reed, Umbertina C. Neurologia Infantil. São Paulo : Atheneu, 2010. - 2v. V1
  14. Pessoti, Isaías. Deficiência mental, da superstição à ciência. SP, EDUSP, 1984
  15. Foucault, Michel, História da loucura. SP, Perspectiva, 2009
  16. Lefèvre, Antônio B. Exame neurológico evolutivo. SP. Sarvier, 1976
  17. Krynski, Stannislau. Deficiência Mental. RJ Livraria Atheneu, 1969
  18. Frota-Pessoa, Osvaldo; Otto, Paulo A,; Otto, Priscila G. Genética Humana. RJ, Francisco Alves, 1976
  19. Tizard, J.: The epidemiology of mental retardation; implications for research. In: Early malnutrition mental development. Symposia of Swedish Nutrition
  20. Lefèvre. Beatriz H. Mongolismo, estudo psicológico e terapêutica multiprofissional da Síndrome de Down. SP, Sarvier, 1981
  21. Leitão, Araújo. Paralisia cerebral, diagnóstico, terapia e reabilitação. RJ, Atheneu, 1983
  22. American Association on Mental Retardation - AAMR. Retardo mental, definição classificação e sistemas de apoio. Poto Alegre, Artemed, 2006
  23. PAC (Primary Progress Assessment Chart - P=P.A.C.) desenvolvido por H.C Günzburg, traduzido e testado de modo independente por Pereira, O.; Silveira, L.M.R. e Facion, J.R
  24. Piaget, Jean. O Nascimento da inteligência na criança. RJ, Zahar, 1975 p.29
  25. Piaget, Jean. Psicologia da inteligência.RJ, Editora Fundo de Cultura, 1972
  26. Gardner, Howard. Inteligências múltiplas, a teoria na prática. Porto Alegre, 2000
  27. Gardner, Howard. A Multiplicity of Intelligences, Scientific American, 1998
  28. Artigo: Os milagres do Dr. Feuerstein (Link), Revista Seleções, Abril de 2002, pág.95. Acessado em 28/02/2013.
  29. Coll, César; Marhesi, Álvaro; Palacios, Jesús et al. Desenvolvimento psicológico e educação 3v. Transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. V. 3. Porto Alegre, Artemed, 2004

Ligações externas

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