Ricardo Darín

ator argentino

Ricardo Alberto Darín (Buenos Aires, 16 de janeiro de 1957) é um ator, roteirista, e diretor argentino, amplamente considerado como um dos melhores e mais prolíficos atores do cinema argentino.

Ricardo Darín

Darín em 2007
Nome completo Ricardo Alberto Darín
Nascimento 16 de janeiro de 1957 (67 anos)
Buenos Aires; Argentina
Nacionalidade
Progenitores Mãe: Renée Roxana
Pai: Ricardo Darín
Parentesco Alejandra Darín (irmã)
Cônjuge Florencia Bas (c. 1988)
Filho(a)(s)
Ocupação
Período de atividade 1972–presente

Tendo atuado por diversos anos em séries de televisão e migrado posteriormente para o teatro e o cinema, é considerado atualmente como um dos melhores e mais populares atores de seu país [1]. Seus papéis mais importantes no cinema foram os protagonistas dos filmes Nueve reinas (2000), El Hijo de la Novia (2001), Luna de Avellaneda (2004), El Aura (2005), El secreto de sus ojos (2009) e Un cuento chino (2011). Em 2011, Darín venceu o Prêmio Konex de Diamante, um dos mais prestigiados da Argentina, sendo considerado como a personalidade mais importante do entretenimento argentino da última década.

Biografia

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Darín nasceu em 16 de janeiro de 1957, em Buenos Aires, proveniente de uma família ligada ao mundo artístico (irmão da atriz Alejandra Darín e pai do ator "Chino" Darín). Com dez anos de idade, estreia no teatro, numa peça em que trabalhou junto com seus pais, "Ricardo Darín y Renée Roxana". Apesar de ter iniciado sua carreira cedo, Darín não tem formação acadêmica em teatro. Aos dezesseis anos, estreia na televisão argentina, com o programa "Alta Comedia" e "Estación Retiro". Foi dirigido por Alberto Migré, popular novelista argentino, e por isso consegue atingir uma razoável popularidade no país, sendo protagonista em várias destas produções.

Na década de 80, ainda junto ao diretor Migré, Darín atinge definitivamente a popularidade, como parte dos "Galancitos", um grupo de jovens atores que levaram sucessos da televisão ao teatro. Os Galancitos ficaram muito famosos e tinham milhares de fãs por toda a Argentina. Darín, então associado à figura de galã, não fica preso a esse estereótipo e, nos anos 90, atinge seu maior sucesso televisivo, como comediante, no seriado "Mi cuñado", remake de uma série da década de 60.

Apesar de trabalhar de maneira constante na televisão, Darín nunca abandona o teatro e segue realizando obras como Sugar, Extraña pareja, Taxi, Algo en común e Art. Entra discretamente no mundo do cinema, na maioria das vezes em longas-metragens dedicados ao público juvenil, tais como He nacido en la ribera, Así es la vida, La rabona, Los éxitos del amor, La carpa del amor, La discoteca del amor e La canción de Buenos Aires.

Seu salto definitivo junto à crítica é obtida com o papel de Marcos, um ladrão que realiza pequenos roubos e golpes, numa Argentina que começa a agonizar economicamente, no filme Nueve Reinas (Nove Rainhas). Co-protagonista junto com Gastón Pauls, consegue, finalmente, tornar-se um nome de peso no cinema argentino. Depois deste grande êxito, Darín tem um pequeno, mas efetivo, papel em 2001, novamente sob direção de Mignogna, no filme La fuga. Neste mesmo ano, protagoniza o filme El Hijo de la Novia, do premiado diretor Juan José Campanella. O filme foi um sucesso de crítica e público, sendo indicado ao prêmio de "Melhor filme em língua não-inglesa" na edição do Oscar de 2002, consolidando o nome de Darín como ator no cenário cinematográfico argentino.

Em 2004, atuou em Luna de Avellaneda, filme que fala sobre a tentativa de resgatar um clube social e esportivo. Em 2005, faz o filme El aura, onde seu personagem é um taxidermista com memória fotográfica, às voltas com uma situação que não queria tomar parte. Em 2006 recebeu, juntamente com o amigo Juan José Campanella (que o dirigiu em "El Hijo.." e "El Secreto de Sus Ojos"), a nacionalidade espanhola, uma concessão especial do governo espanhol à pessoas que têm méritos reconhecidos. Em 2007, participou do filme XXY, no qual representa o pai de um adolescente hermafrodita. No mesmo ano, protagoniza e faz sua estreia como diretor em La señal, continuando um projeto abandonado pela metade pelo diretor e seu amigo pessoal Eduardo Mignogna, em virtude de seu falecimento. Em 2009, junto com Soledad Villamil e Guillermo Francella protagoniza o filme El secreto de sus ojos, drama de Juan José Campanella premiado com o Oscar de "Melhor filme em língua não-inglesa" de 2010 [2], na edição 82 do prêmio. Em 2010, protagoniza o filme Carancho, em que vive Sosa, um inescrupuloso advogado.

Em 2011, também protagoniza o filme "Un Cuento Chino", em que faz o papel de um dono de pequeno comércio, solteiro e que tem que lidar com seus problemas pessoais e ao mesmo tempo ajudar a um chinês que não fala nada de espanhol a encontrar o tio.

Em 2014, é lançado o filme "Relatos Selvagens", composto por seis histórias independentes ligadas por seu assunto, com personagens que caminham sobre a linha tênue que separa a civilização da barbárie. Em uma dessas histórias, Darín estrela o conto que possui um tom mais social, como é costume em sua filmografia. Ele interpreta um trabalhador que tem o carro rebocado no dia do aniversário da filha e é obrigado a ir no departamento de trânsito para buscar o veículo e precisa pagar uma taxa. Esse episódio lembra bastante outro filme, "Um Dia de Fúria". O personagem de Darín se revolta com a burocracia do sistema e sendo levado a um impulso de violência.

Filmografia

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Cinema
Ano Filme Personagem Diretor
1969 La culpa Federico Ramírez
1972 He nacido en la ribera Miguel Notari Catrano Catrani
1977 Así es la vida Rogelio González Enrique Carreras
La nueva cigarra Fernando Siro
1978 La rabona Mario David
La fiesta de todos Sergio Renán
1979 Los éxitos del amor Fernando Siro
La carpa del amor Julio Porter
Juventud sin barreras Ricardo Montes
La playa del amor Ricardo Adolfo Aristarain
1980 La canción de Buenos Aires Juan González Fernando Siro
La discoteca del amor Eddie Ulmer Adolfo Aristarain
1981 Abierto día y noche Fernando Ayala
1983 El desquite Silvio Juan Carlos Desanzo
1984 La Rosales David Lipszyc
1986 Te amo Germán Eduardo Calcagno
Expreso a la emboscada Tenente Lamas Gilles Béhat
1987 Revancha de un amigo Ariel Llanarte Santiago Carlos Oves
The Stranger Clark Whistler Adolfo Aristarain
1993 Perdido por perdido Ernesto Vidal Alberto Lecchi
1998 El faro Andy Eduardo Mignogna
1999 El mismo amor, la misma lluvia Jorge Pellegrini Juan José Campanella
2000 Nueve reinas Marcos Fabián Bielinsky
2001 La fuga Domingo Santaló Eduardo Mignogna
El hijo de la novia Rafael Belvedere Juan José Campanella
Samy y yo (en España, Un tipo corriente) Samy Goldstein Eduardo Milewicz
2002 Kamchatka Papá "David Vicente" Marcelo Piñeyro
2004 Luna de Avellaneda Román Maldonado Juan José Campanella
2005 El aura Esteban Espinosa Fabián Bielinsky
2006 La educación de las hadas Nicolás José Luis Cuerda
2007 XXY Kraken Lucía Puenzo
La señal Corvalán Ricardo Darín
2008 Amorosa soledad Padre de Soledad Victoria Galardi / Martín Carranza
2009 El secreto de sus ojos Benjamín Esposito Juan José Campanella
El baile de la Victoria Nicolás Vergara Grey Fernando Trueba
2010 Carancho Sosa Pablo Trapero
2011 Un cuento chino Roberto Sebastián Borensztein
El destino del Lukong Ricardo Darín Luca Abys
En fuera de juego Coco David Marqués
2012 Delirium Argentinum Ricardo Darín Carlos Kaimakamián
Elefante blanco Julián Pablo Trapero
Una pistola en cada mano G. Cesc Gay
2013 Tesis sobre un homicidio Roberto Bermúdez Hernán Goldfrid
Séptimo Sebastián Roberti Patxi Amezcua
2014 Relatos Salvajes Simón Fisher Damián Szifrón
Cinco segundos antes de morir Sebastián Martín Hodara
2015 Truman Julián Cesc Gay
2016 Kóblic Tomás Kóblic Sebastián Borensztein
2017 Nieve Negra Salvador Martín Hodara
2017 La Cordillera Hernán Blanco Santiago Mitre
2018 Todos lo Saben Asghar Farhadi
El amor menos pensado Marcos Juan Vera
2019 La odisea de los giles Sebastián Borensztein
2022 Argentina, 1985 Julio César Strassera Santiago Mitre

Referências

  1. Heitor Augusto (1 de setembro de 2011). «Darín é sinônimo de bilheteria e atrai milhões de espectadores». Cineclic 
  2. EFE (8 de março de 2010). «Ricardo Darín diz que Oscar para filme argentino foi milagre». Estado de São Paulo