Richard Sennett

pensador sennett

Richard Sennett (Chicago, 1 de janeiro de 1943) é um sociólogo e historiador norte-americano, professor da London School of Economics, do Massachusetts Institute of Technology e da New York University. É também romancista e músico. Casado com a socióloga Saskia Sassen, sua obra mais conhecida é O declínio do homem público.

Richard Sennett
Richard Sennett (2016)
Nascimento1 de janeiro de 1943 (82 anos)
Chicago,  Estados Unidos
Género literárioRomance

Biografia

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Richard Sennett cresceu em um bairro pobre de Chicago, filho de imigrantes russos. De 1956 a 1962, estudou musicologia e violoncelo na prestigiosa Juilliard School de Nova York. Uma lesão na sua mão esquerda, entretanto, determinou o fim de sua carreira musical.

Graduado em sociologia (1964) pela Universidade de Chicago, obteve seu Ph.D. (doutoramento)em Harvard, em 1969. Naquele mesmo ano, iniciou seus estudos de história.

Professor e pesquisador de Yale de 1967 a 1968, em seguida torna-se diretor de um programa de estudos sobre a família urbana no Cambridge Institute, um centro de pesquisa sociológica fundado por ele, em Cambridge.

Desde 1973, Sennett ensina história e sociologia na New York University, onde fundou em 1975 o New York Institute for the Humanities, que dirigiu até 1984. Desde 1988, é professor de teoria social e teoria cultural e coordenador acadêmico da London School of Economics e, desde 1998, diretor do Cities Programme.

De 1988 a 1993, esteve à frente da Comissão de Estudos Urbanos da UNESCO e, desde 1996, dirige Council on Work. É consultor da UNESCO na área de planejamento urbano.

Foi membro do Center for Advanced Study in the Behavioral Sciences ("Centro de estudos avançados de ciências comportamentais") e é membro da American Academy in Rome, da American Academy of Arts and Sciences, do Chicago Institute for Architecture and Urbanisme e da Royal Society of Literature.[1]

Trajetória intelectual

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Levado à sociologia por Hannah Arendt, Sennett também reconhece a influência de Michel Foucault e Raymmond Williams sobre seu trabalho. A princípio interessado na vida dos trabalhadores em meio urbano, aborda questões ligadas à arquitetura.

Posteriormente amplia seu campo de estudos, analisando a corrosão do caráter induzida pela instabilidade profissional sob o capitalismo flexível. Baseia-se em relatos de vida, nomeadamente de trabalhadores 'condenados' à mobilidade laboral, que não lhes possibilita o estabelecimento de vínculos duráveis no trabalho. Através do estudo da cidade moderna, interessa-se por questões ligadas à sociabilidade e ao trabalho, e particularmente, pela figura do exilado, cuja origem e formação não podem ser compreendidas pelos outros.

Seus principais interesses estão na área de desenvolvimento social e arquitetural de cidades, mudanças no mundo do trabalho e sociologia da cultura.

Prêmios

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Em 1999 recebeu, o prêmio "Friedrich Ebert" de sociologia e o European Amalfi Prize for Sociology and Social Sciences, entre outros prêmios.

Em 2006 foi distinguido com o prêmio Hegel, conferido pela cidade de Stuttgart.[2]

Referências

Bibliografia

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Estudos

  • Construir e Habitar: Ética para uma cidade aberta. Rio de Janeiro: Record, 2018
  • " Juntos: os rituais, os prazeres e a política da cooperação. Rio de Janeiro: Record, 2012
  • How I write: Sociology as Literature, Rhema-Verlag (2009).
  • O Artífice. Rio de Janeiro: Record, 2009.
  • A Cultura do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2006.
  • Respeito: a formação do caráter em um mundo desigual. Rio de Janeiro: Record, 2004.
  • A corrosão do caráter: conseqüências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2004.
  • Carne e pedra: o corpo e a cidade na civilização ocidental. Rio de Janeiro: Record, 1999.
  • The Conscience of the Eye: The design and social life of cities, Faber and Faber (1991).
  • Autoridade. Rio de Janeiro: Record, 2001.
  • O Declínio do Homem Público: as tiranias da intimidade. São Paulo; Companhia das Letras, 1988. Tradução: Lygia Araújo Watanabe.
  • The Hidden Injuries of Class, con Jonathan Cobb, Knopf (1972).
  • The Uses of Disorder: Personal Identity & City Life (1970),.
  • Families Against the City: Middle Class Homes of Industrial Chicago, 1872-1890, Harvard (1970).
  • Classic Essays On The Culture Of Cities, editor (1969).
  • Nineteenth Century Cities: Essays In The New Urban History, Yale (1969), coautor.

Obras de ficção

  • Palais-Royal (1986).
  • An Evening of Brahms (1984)
  • The Frog Who Dared to Croak (1982)
 
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