O rinário é a superfície nua e úmida ao redor das narinas no nariz de muitos mamíferos. O sulco localizado no centro desta superfície que alcança a boca, é chamado filtro labial.

O rinário é presente em muitos mamíferos, como o gato.
Bugios são exemplos de animais sem rinário.

Anatomicamente, o rinário é certamente parte do sistema olfatório. Se evoluiu do ou se é parte do sistema olfatório principal, que percebe cheiros ambientais, ou do sistema olfatório acessório, que percebe odorantes a partir de soluções aquosas, é questão de debate.[1] Ankon-Simons acredita que o rinário é uma extensão do epitélio olfatório localizado dentro das narinas. Se está interpretação é correta, o rinário é parte do sistema olfatório principal.[2] Em oposição a esse ponto de vista, o filtro labial continua através de um entalhe no lábio superior, formando uma fresta entre os primeiros incisivos e a pré-maxila, ao longo da linha média do sulco do palato, formando um canal que se conecta ao órgão vomeronasal, parte do sistema olfatório acessório.[3] Se por um lado, o muco possui moléculas odoríferas presas, por outro lado, pode ser um remanescente de um sistema fluido de detecção de feromônios. O rinário é tipicamente enrugado, mas não possui receptores sensoriais e nem um caminho direto para o sistema olfatório principal.

Referências

  1. Ankel-Simons, Friderun (2000). Primate anatomy: an introduction. San Diego: Academic Press. pp. 349–350. In most mammals we find a moist and shiny glandular area around the nostrils.... 
  2. Aspinall, Victoria; O'Reilly, Melanie (2004). Introduction to veterinary anatomy and physiology. Edinburgh; New York: Butterworth-Heinemann. p. 98 
  3. Smith, Timothy; Rossie, James (2006), «Primate olfaction: anatomy and evolution», in: Brewer, Warrick; Castle, David; Pantelis, Christos, Olfaction and the Brain, Cambridge; New York: Cambridge University Press, p. 139