Rio Espera
Rio Espera é um município brasileiro do estado de Minas Gerais localizado na mesorregião da Zona da Mata. Sua população recenseada em 2022 era de 5 429 habitantes.[1]
Rio Espera
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Município do Brasil | |
Hino | |
Lema | União para o progresso |
Gentílico | rioesperense[1] |
Localização | |
Localização de Rio Espera em Minas Gerais | |
Localização de Rio Espera no Brasil | |
Mapa de Rio Espera | |
Coordenadas | 20° 51′ 18″ S, 43° 28′ 26″ O |
País | Brasil |
Unidade federativa | Minas Gerais |
Municípios limítrofes | Lamim, Senhora de Oliveira, Santana dos Montes, Capela Nova, Cipotânea, Alto Rio Doce |
Distância até a capital | 161 km |
História | |
Fundação | 11 de junho de 1911 (113 anos) |
Administração | |
Prefeito(a) | Juliano Benicio Henriques Gonçalves (Patriota, 2021–2024) |
Características geográficas | |
Área total [1] | 238,602 km² |
População total (censo IBGE/2022[1]) | 5 429 hab. |
Densidade | 22,8 hab./km² |
Clima | Não disponível |
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) |
CEP | 36460-000 a 36469-999[2] |
Indicadores | |
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,673 — médio |
PIB (IBGE/2020[4]) | R$ 53 939,02 mil |
PIB per capita (IBGE/2020[1]) | R$ 9 985,01 |
Sítio | www.rioespera.mg.gov.br (Prefeitura) www.rioespera.mg.leg.br (Câmara) |
Geografia
editarConforme a classificação geográfica mais moderna (2017) do IBGE, Rio Espera é um município da Região Geográfica Imediata de Conselheiro Lafaiete, na Região Geográfica Intermediária de Barbacena.[5]
Histórico
editarA região, foi, primitivamente, habitada pelos índios Croatas e Puris, de origem Tupi. Em 1710, o bandeirante Manoel de Melo, depois de passar pelo arraial de Itaverava, atravessou a barco a antiga região de Guarapiranga, que por causa do Rio Piranga, passou a chamar-se Piranga e chegou a um local que achou apropriado para servir como ponto de espera de seus chefiados, exploradores paulistas que foram divididos em três grupos e partiram em rumos diferentes.
Depois retorno do grupo, Manoel de Melo, encantado com a beleza do local marcado para espera dos seus liderados, e percebendo que o mesmo centralizava todo um potencial de expansão de exploração, foi a Itaverava, a fim de comprar provimentos e em 1711, retorna, lançando nele os fundamentos de uma fazenda, onde começou suas explorações e pesquisas. Encontrou algum ouro de aluvião, mas não tendo a sua extração dado lucros, passou a se dedicar à agricultura, cultivando cereais como arroz, milho, feijão e produtos de pequena lavoura, como verduras e legumes, tudo feito com muita dificuldade, pois a atividade era exercida por processo muito rudimentar.
Para tanto, foram trazidos para a região escravos africanos, já encontrados no seu primeiro meio século de existência, eram numerosos e contribuíram muito para o progresso que, pouco a pouco, se notou no povoado. Os habitantes, animados com o desenvolvimento, requereram ao Bispo de Mariana permissão para ser erigida uma capela em honra a Nossa Senhora da Piedade.
Curiosamente, na primeira vez em que foi concedida, a permissão não foi aproveitada, porque houve desavenças com o abastado português Francisco de Souza Rego, que desejava que a capela se localizasse em sua fazenda, onde hoje, é o município de Lamim, resultando no desaparecimento do documento da Permissão. No entanto, o Bispo, novamente solicitado, fez nova concessão.
Assim, em 1760, foi demarcado o lugar para a construção da capela, tendo esta sido concluída depois de 5 anos. A primeira missa foi celebrada em dia 25 de dezembro de 1765, pelo padre Manuel Ribeiro Taborda, primeiro vigário de Itaverava.
Em volta da Capela, onde é a atual Praça da Piedade, ponto central do antigo povoado, nasceu o distrito de Piranga, que, primeiro, chamou-se de Nossa Senhora da Piedade da Boa Esperança e, criado pela Lei Provincial nº 471, de 1 de junho de 1850 ou 1858, confirmada pela Lei estadual de nº 2, de 14 de setembro de 1891. A cidade que hoje tem o nome de Rio Espera foi criada pela Lei estadual nº 556, de 30 de agosto de 1911, criou o município, com desligamento territorial da cidade de Piranga.
Acessos
editarPara se chegar em Rio Espera, segue-se a BR-040 em direção ao Rio de Janeiro, entra-se, primeiro, em Conselheiro Lafaiete e pega-se uma das estradas que vai para a cidade, que fica, aproximadamente, entre 55 a 60 km de lá, podendo-se optar, pela ordem, pela via de Santana dos Montes (com grande parte ainda em estrada sem pavimentação) ou de Itaverava (toda asfaltada).
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c d e «Rio Espera». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 15 de agosto de 2023
- ↑ Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ «Produto Interno Bruto dos Municípios». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 15 de agosto de 2023
- ↑ «Divisões Regionais do Brasil | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 15 de junho de 2022
Ligações externas
editar- «Prefeitura de Rio Espera»
- «Câmara de Rio Espera»
- «Rio Espera (página não-oficial)». www.rioespera.com
- «Projeto Recriar (ONG militante nas questões sócio-ambientais da região)». www.projetorecriar.org
- «História do Município de Rio Espera». Recanto das Letras
- Osmir Camilo (Org.) Conselheiro. Dados e história do Alto Paraopeba. Conselheiro Lafaiete: Lesma, 2007.
- «Brasil Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística». Brasília, IBGE
- «Rio Espera: Dados Referenciais». Dados históricos e Geográficos de Domínio Público