O rio Miriri é um rio brasileiro que banha o estado da Paraíba. Sua extensão é de aproximadamente 58,7 km, e apresenta uma área de manguezal em torno de 285 hectares. Suas águas têm como principais usos o abastecimento humano e animal, além de irrigação e pesca.[1] Em sua foz há um maceió onde abunda rochas sedimentares que, presume-se, eram usadas pelos nativos como pigmento natural ao lado do urucum.[1]

Rio Miriri
Comprimento 58,7 km
Posição: Oeste–leste
Nascente Divisa dos municípios de Mari e Sapé
Foz Divisa dos municípios de Lucena e Rio Tinto
País(es)  Brasil
Cará, peixe outrora muito comum na bacia do Miriri.

Etimologia editar

Etimologicamente, crê-se que o termo «miriri» que seja uma corruptela do tupi-guarani miri-r-y, que significa «rio dos miris» (ou «piris»), que é uma espécie de junco (Rhynchospora cephalotes).[2] Na historiografia, às vezes é denominado Miriripe, que em português significa «balançar dos juncos».[2][3]

O escritor Leon Francisco Clerot acreditava, no entanto, que Miriri vinha de mberu-r-y, que em português significa «rio das moscas».[4]

Bacia editar

Características editar

O rio tem suas cabeceiras na divisa dos municípios de Mari e Sapé e segue no sentido oeste-leste, como divisa natural de vários municípios paraibanos até desembocar no Oceano Atlântico, mais precisamente entre os municípios de Lucena e Rio Tinto. Sua foz forma um maceió durante as marés baixas e apresenta muitas rochas e uma barra que vai se desfazendo a medida que a maré alta avança.

Quando a maré retrocede, a mesma barra volta a se refazer graças a diferença de nível entre o mar e as terras um pouco mais a oeste.

Canal Acauã–Araçagi editar

Considerada a porta de entrada das águas do rio São Francisco no estado, que chegara via «Canal Leste», o canal Acauã–Araçagi é uma obra de grande envergadura, orçada em 933 milhões de reais.[5] A obra foi iniciada em outubro de 2012 e prevê-se que irrigará 16 mil hectares de terras agricultáveis.[6] O canal foi considerado a maior obra hídrica dos últimos trinta anos na Paraíba, pois terá terá 112 km de extensão quando estiver concluído, e garantirá água para 500 mil habitantes de 35 cidades.[6]

Tal canal visa integrar as bacias hidrográficas da região litorânea paraibana a fim de aproveitar as águas vindas do São Francisco.[5] Finda a construção, haverá conexão entre as bacias e sub-bacias do Paraíba, Camaratuba, Gurinhém, Miriri e AraçagiMamanguape.[5]

Referências

  1. a b Geraldo Stachetti et alii (2008). «Gestão Ambiental Territorial na Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape (PB)» (PDF). Embrapa. Consultado em 29 de janeiro de 2014 
  2. a b «Verbete Miriri». Revista do Instituto Archeologico e Geographico Pernambucano. 1862. Consultado em 29 de janeiro de 2014 
  3. Roteiro da costa do Brasil do rio Mossoró ao rio S. Francisco do Norte. [S.l.]: Tipográfica Perseverança. 1864. 264 páginas 
  4. CLEROT, Leon Francisco R. (1969). Trinta anos na Paraíba: Memórias corográficas e outras memórias. [S.l.]: Editora Pongetti. 153 páginas 
  5. a b c Adm. do portal (4 de setembro de 2012). «Técnicos da Aesa percorrem 600 km para inspecionar transposição». Portal do Governo da Paraíba. Consultado em 11 de agosto de 2014 
  6. a b Adm. do portal (6 de janeiro de 2013). «Canal Acauã-Araçagi vai irrigar 16 mil hectares de terras agricultáveis». Portal do Governo da Paraíba. Consultado em 17 de agosto de 2014 

Ligações externas editar

CPRM - Divisão territorial dos municípios paraibanos

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