Rodovia Anchieta

maior corredor de exportação da América Latina

A Rodovia Anchieta ou anteriormente Via Anchieta[1] (SP-150) faz a ligação entre a capital paulista, São Paulo e a Baixada Santista onde fica o Porto de Santos, passando pelo ABC Paulista. É uma das vias de maior movimentação de pessoas e de mercadorias de todo o Brasil, bem como a Rodovia dos Imigrantes, que constitui o mesmo sistema da Via Anchieta, o Sistema Anchieta-Imigrantes. Faz parte do sistema BR-050, que liga Brasília a Santos, passando pelo estado de Minas Gerais. A rodovia é o maior corredor de exportação da América Latina.[2]

Rodovia Anchieta
Rodovia Anchieta
Rodovia Anchieta
Identificador  SP-150 
Inauguração 1947 (pista norte)
1953 (pista sul)
Extensão 58 km (36 mi)
Extremos
 • norte:
 • sul:

Rua das Juntas Provisórias em Sacomã, São Paulo
Avenida Martins Fontes em Saboó, Santos
Trecho da SP-150  e BR-050
Interseções Rodoanel
SP-148 Caminho do Mar
SP-41 Interligação Planalto
SP-55 Padre Manoel da Nóbrega
SP-59 Interligação Planície
Concessionária Prefeitura de São Paulo

Ecovias (desde 1998)

norte
< Rodovia Anhangüera

SP-150
sul
fim da rodovia
<
BR-050
>
Rodovias Estaduais de São Paulo
Rodovias Federais do Brasil
Parte do Sistema Anchieta-Imigrantes

História editar

Essa rodovia foi autorizada em lei em 4 de janeiro de 1929[3] pelo presidente de São Paulo Júlio Prestes, foi iniciada em 1939[1] pelo interventor Adhemar Pereira de Barros e por ele concluída, quando governador do estado, em 1947.

 
Via Anchieta, pista sul em fase final de construção.
 
Vista da Rodovia Anchieta no Trecho de Serra.
 
Vista da rodovia na alça de acesso ao Rodoanel Mário Covas, localizado ao fundo da imagem
 
Na Rodovia Anchieta está situada a matriz brasileira da Volkswagen, vista ao lado direito da imagem

Durante o período do Estado Novo, sob o governo do então presidente da República Getúlio Vargas, o projeto de construção de custos altíssimos levou o governo a considerar a obra desnecessária. Foi inaugurada em duas etapas: a pista norte em 1947 e a pista sul em 1953.[4] A rodovia é considerada uma obra-prima da engenharia brasileira da época, dada a arrojada transposição da Serra do Mar por meio de túneis e viadutos.[4] Em 1969, uma decisão do governo do estado de São Paulo concedia à Dersa, empresa estatal, o direito de explorar o uso da rodovia. Em 1972 são instalados os primeiros pedágios, ainda no trecho de São Bernardo do Campo. Em 29 de maio de 1998 a rodovia foi privatizada pelo então governador Mário Covas juntamente com a Rodovia dos Imigrantes através de uma licitação em que a empresa Ecovias, formada por um consórcio de empresas privadas, recebeu a concessão por um período de 20 anos para a operação e manutenção de todo o Sistema Anchieta-Imigrantes. Segundo dados da Dersa, de 1972 a 1998, quase 105 milhões de veículos passaram por seus pedágios.[carece de fontes?]

A Curva da Onça, situada na altura do km 45 da pista descendente da Via Anchieta, é o trecho mais perigoso do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), com altos índices de acidentes.[5][6]

Trajeto editar

O trajeto da Via Anchieta cruza os seguintes municípios, todos no estado de São Paulo.

Km Município Região
10 São Paulo Grande São Paulo
13 São Bernardo do Campo
56 Cubatão Baixada Santista
65 Santos

A rodovia atravessa diversos bairros da cidade de São Bernardo do Campo, além do Distrito de Riacho Grande.

Sistema Anchieta-Imigrantes editar

 Ver artigo principal: Sistema Anchieta-Imigrantes

Operação Comboio editar

Em períodos de grandes trechos de neblina e baixa visibilidade, veículos da Ecovias e da Polícia Rodoviária Estadual tomam a dianteira dos veículos em todas as faixas e os fazem seguir o caminho em baixa velocidade, minimizando-se assim os riscos de acidentes.[7]

Bases Operacionais editar

A Ecovias disponibiliza aos usuários sete bases operacionais, que oferecem atendimento de emergência, auxílio mecânico, guinchos de plantão, sanitários e bebedouros. Elas estão localizadas, na Via Anchieta, no km 19 sentido capital e km 40 sentido litoral; na Imigrantes, no km 28 sentido litoral, km 56 sentido capital e km 62 sentido capital. As rodovias da Baixada contam com bases operacionais na altura das praças de pedágio, no km 250 da Cônego Domenico Rangoni e no km 280 da Padre Manuel da Nóbrega. Nos períodos de maior movimento, a concessionária disponibiliza também bases avançadas, montadas no km 47 da pista norte da Rodovia dos Imigrantes, no km 40 da pista norte da Via Anchieta e no km 41 da pista sul da Imigrantes.[8]

Relato descritivo rodoviário editar

Localização do pedágio editar

Pedágio km Sentido Localidade Geocoordenadas
1 31 Sul Riacho Grande 23°47'21.78"S 46°31'10.41"W

Ver também editar

Referências

  1. a b «DECRETO N. 10.231, DE 27 DE MAIO DE 1939». www.al.sp.gov.br. Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Consultado em 4 de março de 2018 
  2. «Via Anchieta completa 70 anos de inauguração». Brasil Caminhoneiro. 24 de abril de 2017 
  3. «LEI N. 2.360, DE 4 DE JANEIRO DE 1929». www.al.sp.gov.br. Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Consultado em 4 de março de 2018 
  4. a b Flávia Saad (22 de abril de 2017). «Os 70 anos da Via Anchieta». Juicy Santos 
  5. «Anchieta possui curva perigosa». Folha de S. Paulo. 18 de julho de 1994 
  6. «Sistema Anchieta e Imigrantes - Ligação Baixada com a Capital». ABC Tudo. Rodovias dos Imigrantes e Anchieta: A história das rodovias 
  7. «Rodovias Anchieta e Imigrantes têm operação comboio por causa da neblina». O Globo. 28 de fevereiro de 2009. Consultado em 15 de julho de 2010 
  8. «Rodovia Anchieta - Bases». http://www.rodoviaanchieta.com.br/cameras-rodovia-anchieta/ 
 
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