Rogério Lins

Prefeito de Osasco

Rogério Lins Wanderley (Osasco, 24 de agosto de 1978), é um político brasileiro filiado ao Podemos (PODE) e atual prefeito do município de Osasco.

Rogério Lins Wanderley
Rogério Lins
Rogério Lins
Rogério Lins, prefeito de Osasco, em 2017.
17.° Prefeito de Osasco
Período 1° de janeiro de 2017 até a atualidade (2 mandatos consecutivos) [1]
Vice-prefeita Ana Maria Rossi
Antecessor(a) Jorge Lapas
Vereador de Osasco
Período 1° de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2016 (2 mandatos consecutivos) [2][3]
Dados pessoais
Nome completo Rogério Lins Wanderley
Nascimento 24 de agosto de 1978 (45 anos)
Osasco, SP
Partido PODE (2014–presente)
PHS (2012–2014)
PR (2006–2012)
PL (2004–2006)
Profissão Comerciante
Website www.rogeriolins.com.br

Em 2004, foi diretor de Recreação e Lazer na Secretaria de Esportes. Em 2008, candidatou-se e foi eleito vereador da cidade de Osasco, sendo reeleito novamente em 2012. Também foi Secretário da Indústria e Comércio. Em 2014, tentou uma candidatura a deputado federal de São Paulo, mas não foi eleito, tornando-se suplente do PTN. [4]

Lins foi eleito prefeito de Osasco no segundo turno de 2016, alcançando 61,21 por cento dos votos válidos, mais de 100 mil de votos a mais que Jorge Lapas (PDT), que acabou na segunda colocação com 38,79%.[5][1] Semanas antes de sua posse como prefeito em 2017, foi preso e depois liberado com fiança por crime de improbidade administrativa.

Operação Caça-Fantasmas editar

Prisão editar

No final de 2016, antes de sua posse, o Ministério Público, através do promotor Gustavo Albano, acusou Rogério Lins junto com treze vereadores, de contratar funcionários fantasmas em seu mandato como vereador em Osasco. De acordo com o Ministério Público de São Paulo, a estimativa é que o esquema de contratação de funcionários fantasmas tenha desviado cerca de R$ 21 milhões dos cofres públicos.[6][7]

Segundo o promotor, os vereadores contratavam apadrinhados, que não trabalhavam, mas recebiam como funcionários. Em troca, os parlamentares ficavam com parte dos salários dos funcionários fantasmas, constituindo um crime de improbidade administrativa. A operação foi deflagrada em agosto de 2015 com o objetivo de desestruturar o esquema de captação de dinheiro de parte do salário dos assessores dos vereadores.[8]

Lins se entregou à polícia no dia do Natal, após três semanas foragido em uma viagem à Miami, nos Estados Unidos. Ficou três dias sob prisão preventiva na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado.[9]

Pedido de liberdade editar

Após a Justiça conceder um pedido de liberdade para sua prisão preventiva, ele foi solto da Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em 30 de dezembro de 2016, menos de 48 horas antes da sua posse como prefeito, após uma decisão liminar da justiça, sob fiança de R$ 300 mil.[10] Os treze vereadores que também foram presos na operação Caça-Fantasmas, foram beneficiados com a decisão.

Um desembargador considerou que não havia necessidade de manter a prisão preventiva e determinou o pagamento de fiança. Além disso, foram entregues os passaportes e ficam proibidas, inclusive, viagens para países do Mercosul, para onde não é exigido passaporte.[11]

Ao decidir pela soltura, o desembargador informou que o Superior Tribunal de Justiça havia determinado a remessa dos autos da ação penal para o Tribunal de Justiça de São Paulo. A expectativa era que, caso Rogério Lins conseguisse soltura antes de 1º de janeiro, data da diplomação como prefeito, ele poderia tomar posse no cargo.[6]

Durante o discurso de posse, Lins negou a acusação sobre funcionários fantasmas e que não entende os motivos da sua prisão. “Eu tenho que relatar a minha mais recente experiência, minha equipe foi considerada fantasma, uma equipe que trabalha 10, 12, 15 horas por dia, uma equipe que trabalha aos fins de semana, uma equipe que se dedica há mais de 10 anos ao meu lado. E eu continuo ainda sem entender quais foram as verdadeiras e reais razões que levaram ao meu pedido preventivo de prisão, mas eu continuo acreditando na Justiça do homem, respeitando o Ministério Público e acreditando principalmente na vontade do povo e na Justiça de Deus, essa não falha, não tenho dúvida”.[12]

Referências

  1. a b Zalis, Pieter (30 de outubro de 2016). «veja». Rogério Lins (PTN) será novo prefeito de Osasco. veja.com. Consultado em 10 de março de 2017 
  2. «Quem é Rogério Lins». Quem é Rogério Lins. http://rogeriolins.com.br/. Consultado em 10 de março de 2017 
  3. «Rogerio Lins 1920». Consultado em 10 de março de 2017 
  4. «Dados do candidato». Consultado em 10 de março de 2017 
  5. «TSE» 🔗. Divulgação Eleições 2016 
  6. a b Araújo, Glauco (2 de janeiro de 2017). «Rogério Lins, prefeito de Osasco, paga fiança de R$ 300 mil, diz TJ». http://g1.globo.com. Consultado em 10 de março de 2017 
  7. Galvão, William (7 de dezembro de 2016). «Esposa de Rossi deve assumir prefeitura de Osasco caso Rogério Lins fique preso». Consultado em 10 de março de 2017 
  8. «Rogério Lins, PRESO em Cadeia Pública Osasco 25/12/2016». 26 de dez de 2016. Consultado em 10 de março de 2017 
  9. «INVESTIGAÇÃO DO MP CONTRA ROGÉRIO LINS, CANDIDATO EM OSASCO, REVELA ESQUEMA DE FUNCIONÁRIOS FANTASMAS». 29 de outubro de 2016. Consultado em 10 de março de 2017 
  10. Santiago, Tatiana (1 de janeiro de 2017). «Rogério Lins é empossado prefeito de Osasco e diz não entender os reais motivos da sua prisão». Consultado em 10 de março de 2017 
  11. «Justiça concede liberdade a prefeito eleito de Osasco, Rogério Lins». http://g1.globo.com. 29 de dezembro de 2016. Consultado em 10 de março de 2017 
  12. «Rogério Lins publica vídeo de esclarecimento». 25 de dez de 2016. Consultado em 10 de março de 2017 

Ligações externas editar