Roque Santeiro

Roque Santeiro é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 24 de junho de 1985 a 22 de fevereiro de 1986, em 209 capítulos, substituindo Corpo a Corpo e foi substituída por Selva de Pedra. Foi a 34.ª "novela das oito" produzida pela emissora.[1]
Roque Santeiro | |||||||
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Informação geral | |||||||
Formato | Telenovela | ||||||
Duração | 35–60 minutos | ||||||
Criador(es) | Dias Gomes | ||||||
Baseado em | O Berço do Herói, de Dias Gomes | ||||||
Desenvolvedor(es) | Dias Gomes Aguinaldo Silva | ||||||
País de origem | Brasil | ||||||
Idioma original | português | ||||||
Produção | |||||||
Diretor(es) | Paulo Ubiratan | ||||||
Produtor(es) | Maria Alice Miranda | ||||||
Produtor(es) executivo(s) | Eduardo Figueira | ||||||
Editor(es) | Sergio Louzada Celio Fonseca | ||||||
Distribuição | TV Globo | ||||||
Roteirista(s) | Marcílio Moraes Joaquim Assis | ||||||
Elenco | |||||||
Tema de abertura | "Santa Fé", Moraes Moreira | ||||||
Tema de encerramento | "Santa Fé", Moraes Moreira | ||||||
Composto por | Moraes Moreira Fausto Nilo | ||||||
Empresa(s) produtora(s) | TV Globo | ||||||
Exibição | |||||||
Emissora original | TV Globo | ||||||
Formato de exibição | 480i (SDTV) | ||||||
Formato de áudio | monaural | ||||||
Transmissão original | 24 de junho de 1985 – 22 de fevereiro de 1986 | ||||||
Episódios | 209 | ||||||
Cronologia | |||||||
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Programas relacionados | Roque Santeiro (versão censurada de 1975) |
Baseada na peça teatral O Berço do Herói, escrita em 1965 por Dias Gomes, também autor da trama, foi escrita junto com Aguinaldo Silva. Dias escreveu até o capítulo 51 e do 162 até o último, enquanto Aguinaldo assinou dos capítulos 52 até o 161; com a colaboração de Marcílio Moraes e Joaquim Assis. A direção foi de Gonzaga Blota, Marcos Paulo e Jayme Monjardim, e com a direção geral de Paulo Ubiratan.
Contou com as atuações de José Wilker, Regina Duarte, Lima Duarte, Yoná Magalhães, Ary Fontoura, Eloísa Mafalda, Ilva Niño, Armando Bógus, Lucinha Lins, Rui Rezende, Cássia Kis, Cláudio Cavalcanti e Lídia Brondi nos papéis principais.
Enredo editar
A história é ambientada na fictícia cidade de Asa Branca. Dezessete anos antes, o coroinha Luís Roque Duarte (José Wilker), conhecido como "Roque Santeiro", por esculpir imagens sacras, teria morrido ao defender a população dos capangas do perigoso Navalhada (Oswaldo Loureiro), que havia invadido a localidade. Santificado pelo povo local, que atribui milagres à sua imagem, e outras pessoas que buscavam até mesmo a sua canonização, Roque Santeiro tornou-se uma lenda e fez Asa Branca prosperar com sua história de heroísmo. Mas também despertou o interesse de muitos que se aproveitaram da lenda para lucrar. Mas, para o desespero dos poderosos, Roque Santeiro não morreu, volta para a cidade e ameaça pôr fim ao mito.
Os representantes das forças políticas, religiosas e econômicas de Asa Branca se dividem entre os que defendem que a verdade deve ser revelada e os que querem manter a farsa porque lucram com ela. Os que se sentem ameaçados pelo retorno de Roque são o conservador padre Hipólito (Paulo Gracindo), o Prefeito Florindo Abelha (Ary Fontoura), o comerciante Zé das Medalhas (Armando Bógus) – principal explorador da sua imagem – e o todo-poderoso fazendeiro Sinhozinho Malta (Lima Duarte), que mantém uma relação com a fogosa e extravagante Porcina (Regina Duarte), a suposta viúva de Roque Santeiro - "a que foi sem nunca ter sido" -, e vê seu relacionamento ameaçado com a presença dele.
À frente daqueles que desejam revelar a verdade aos habitantes de Asa Branca está padre Albano (Cláudio Cavalcanti), que faz o contraponto com padre Hipólito, personagem que enfocava a divisão da Igreja Católica entre os tradicionalistas e os adeptos da teologia da libertação, tema em voga na época. Progressista, padre Albano luta a favor dos trabalhadores de Asa Branca e faz de tudo para revelar que o mito de Roque Santeiro não passa de uma farsa. Ele, no entanto, acaba se apaixonando por Tânia (Lídia Brondi), a contestadora filha de Sinhozinho Malta, e se vê dividido entre o amor e o sacerdócio.
O retorno de Roque a Asa Branca atinge também a vida de Mocinha (Lucinha Lins), apaixonada por ele e que fora sua verdadeira noiva antes da invasão de Navalhada. Ela nunca se conformou com o desaparecimento dele e se manteve virgem à sua espera, mesmo pensando que ele estivesse morto. Mocinha ressente-se de Porcina por ela ter sido a suposta esposa de Roque Santeiro.
A cidade também fica agitada com a chegada de Matilde (Yoná Magalhães), amiga de Sinhozinho Malta, que constrói na cidade o seu único hotel, a Pousada do Sossego, e traz consigo do Rio de Janeiro duas sensuais dançarinas, Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Ísis de Oliveira), para trabalharem na sua boate Sexu's, enfrentando a oposição do padre Hipólito e das beatas, comandadas por Dona Pombinha Abelha (Eloísa Mafalda).
Chega ainda à cidade a equipe de filmagem de Gérson do Valle (Ewerton de Castro), o cineasta que filmará "A Saga de Roque Santeiro". O filme tem como astros principais a atriz Linda Bastos (Patrícia Pillar), por quem Gérson é apaixonado, e Roberto Mathias (Fábio Jr.), um mulherengo que acaba por se envolver com Porcina, com Tânia, e com Dona Lulu Aragão (Cássia Kiss), a reprimida esposa de Zé das Medalhas.
Um mistério que desperta a curiosidade na população de Asa Branca é saber quem é o lobisomem que aparece nas noites de lua cheia atacando as mulheres. O principal suspeito é o taciturno professor Astromar Junqueira (Ruy Resende), por conta de seus hábitos um tanto sombrios. Ele é apaixonado por Mocinha e apesar da aprovação dos pais dela, ela o rejeita.[2]
Elenco editar
Intérprete[3] | Personagem |
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José Wilker | Luís Roque Duarte (Roque Santeiro) |
Regina Duarte | Porcina da Silva (Viúva Porcina) |
Lima Duarte | Francisco Teixeira Malta (Sinhozinho Malta) |
Yoná Magalhães | Matilde Mendes de Oliveira |
Paulo Gracindo | Padre Hipólito |
Lídia Brondi | Tânia Magalhães Malta |
Cláudio Cavalcanti | Padre Albano Rodrigues |
Fábio Júnior | Roberto Mathias |
Lucinha Lins | Mocinha Abelha |
Ary Fontoura | Florindo Abelha (Seu Flô) |
Eloísa Mafalda | Ambrosina Abelha (Dona Pombinha) |
Armando Bógus | José Ribamar de Aragão (Zé das Medalhas) |
Cássia Kis Magro | Lugolina de Aragão (Lulu) |
Patrícia Pillar | Linda Bastos França |
Luiz Armando Queiroz | Tito Moreira França |
Ewerton de Castro | Gérson do Valle |
Rui Resende | Professor Astromar Junqueira |
Nélia Paula | Amparito Hernandez / Maria do Amparo |
Othon Bastos | Ronaldo César |
Oswaldo Loureiro | Aparício Limeira (Navalhada) |
Elisângela | Marilda Mathias |
Alexandre Frota | Luiz Cláudio (Luizão) |
João Carlos Barroso | Toninho Jiló |
Arnaud Rodrigues | Cego Jeremias |
Nelson Dantas | Salustiano Duarte (Beato Salu) |
Wanda Kosmo | Marcelina Magalhães |
Maurício do Valle | Delegado Feijó |
Cláudia Raia | Ninon / Maria do Carmo |
Ísis de Oliveira | Rosaly |
Maurício Mattar | João Duarte (João Ligeiro) |
Cláudia Costa | Carla |
Ilva Niño | Filismina (Mina) |
Tony Tornado | Rodésio |
Luiz Magnelli | Decembrino |
Lícia Magna | Ciana |
Cristina Galvão | Dondinha |
Waldyr Sant'anna | Terêncio Apolinário |
Sandro Solviatti | Sua Majestade |
Ana Luiza Folly | Noêmia |
Gabriela Bicalho | Cristina de Aragão (Tininha) |
Bruno César | Raul de Aragão (Raulzinho) |
Participações especiais editar
Intérprete | Personagem |
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Lílian Lemmertz | Margarida Magalhães Malta |
Tarcísio Meira | Coronel Emerenciano Castor |
Angela Leal | Odete Limeira |
Lutero Luiz | Dr. Cazuza Amaral / Teodorico Carlos Zureta |
Edyr de Castro | Nininha |
Milton Gonçalves | Promotor Lourival Prata |
Vera Manhães | Neusa Prata |
Ângela Figueiredo | Selma Sotero |
Dedina Bernardelli | Ângela Flores |
Regina Dourado | Efigênia Limeira |
Leina Krespi | Maria Igarapé / Idalvina |
Marcos Paulo | Jorge de Lima |
Dennis Carvalho | Marcos Tomazzini |
Arthur Costa Filho | Dr. Denílson (Dr. Cipó) |
Paulo César Pereio | Delegado José Benevides |
Ivan Setta | Ivan |
Cininha de Paula | Berenice |
Walter Breda | Francisco |
Fernando José | Oliveira |
José de Freitas | Deputado Ferreira de Jesus |
Heloísa Helena | Madre Felícia |
Vera Lúcia | Tia Sinhá Maria |
Cláudio Gaya | Jurandir |
Jorge Fernando | Lúcio Armando |
Alfredo Murphy | Alemão |
Gilson Moura | Sebastião Evangelino (Tião) |
Manoel Theodoro | Seu Devagar |
Guaracy Valente | Antônio das Tintas |
Sílvio Pozatto | Helinho |
Lídia Iório | Sinhá Maria |
Ivan Simões | Zé Colméia |
João Reys | Pedro Afonso |
Lu Mendonça | mãe de Porcina |
Tonico Pereira | novo pintor da igreja |
Hemílcio Fróes | fiscal do governo |
Denny Perrier | guia turístico |
Antônio Pitanga | líder dos jagunços |
Valter Santos | matador |
Fernando Almeida | Pratinha, filho de Lourival |
Zé Préa | morador de Asa Branca |
Jorge Coutinho | morador de Vila Miséria |
Dhu Moraes | moradora de Vila Miséria |
Izabella Bicalho | Porcina (criança) |
Gabriela Senra | Lulu (criança) |
Luiz Rigoni | ele mesmo[carece de fontes] |
Tonico e Tinoco | eles mesmos[carece de fontes] |
Antecedentes e produção editar
Dias Gomes se inspirou na peça teatral de sua autoria, O Berço do Herói, que já havia sido censurada e proibida em 1965, para escrever Roque Santeiro.[4] A telenovela seria exibida a partir do dia 27 de agosto de 1975, pela TV Globo, substituindo Escalada, novela de Lauro César Muniz. Trinta capítulos foram gravados e chamadas anunciavam o programa, mas na data da estreia a emissora recebeu um ofício do Departamento de Ordem Política e Social do governo federal proibindo pela primeira vez a exibição de uma telenovela no Brasil.[5][6] O motivo da censura foi uma escuta telefônica do governo, em que foi gravada uma conversa de Dias Gomes afirmando que Roque Santeiro era apenas uma forma de enganar os militares, adaptando O Berço do Herói para a televisão, com ligeiras modificações que fariam com que os militares não percebessem que se tratava da mesma obra[4]. Em meio à comoção da equipe, a emissora teve apenas três meses para preparar uma outra novela, e para preencher o buraco na programação, foi exibida uma reprise compacta do grande sucesso Selva de Pedra, novela de Janete Clair, posteriormente substituída por Pecado Capital, da mesma autora e um dos maiores sucessos da emissora na época. Para a realização desta novela, parte do elenco e dos cenários de Roque Santeiro foram reaproveitados.
Após 10 anos, já no governo civil de José Sarney, a telenovela foi finalmente liberada e pôde ser exibida. Porém mesmo assim, a exibição esteve condicionada a varias restrições, como por exemplo, o corte de insinuações de homossexualidade, cenas de adultério e até mesmo algumas palavras consideradas de baixo calão. Em outubro de 1985, após uma crítica do autor Dias Gomes sobre a nova censura, o Ministro da Justiça Fernando Lyra, ao qual à DCDP era subordinada proibiu quaisquer cortes na trama e afirmou que o órgão deveria funcionar como caráter classificatório, devendo tramas problemáticas ser trocadas de horário e não censuradas. Para não criar mais conflitos com o Ministério, o chefe da DCDP, Coriolano de Loyola Cabral Fagundes, passou a liberar todo o conteúdo da novela.[7]
Por consideração aos artistas envolvidos no trabalho original, o mesmo elenco foi convidado a participar da nova versão da novela, com seus respectivos personagens. Porém, Francisco Cuoco e Betty Faria recusaram os papéis principais de Roque Santeiro e Viúva Porcina. Já Lima Duarte retornou à produção novamente como o inesquecível Sinhozinho Malta. Além dele, alguns atores originais retornaram à produção interpretando os mesmos personagens, como João Carlos Barroso, Luiz Armando Queiroz e Ilva Niño.
Milton Gonçalves, que interpretava o padre Honório (nome esse trocado para Hipólito) na versão censurada, ganhou o papel do promotor público Lourival Prata; Elizângela, também, participou da versão censurada teve seu papel alterado para viver Marilda, esposa de Roberto Mathias, interpretado por Fábio Júnior. Dennis Carvalho, que interpretou Roberto Mathias em 1975 viveu Tomazini em 1985. Lutero Luiz, que interpretou o prefeito Flô viveu o personagem Dr. Cazuza Amaral.
Sônia Braga, Vera Fischer, Marília Pera e Fernanda Montenegro chegaram a fazer testes para o papel da fogosa Viúva Porcina, que acabou sendo interpretada por Regina Duarte. O entrosamento entre o casal de personagens Porcina e Sinhozinho Malta foi perfeito e rendeu boas críticas. Segundo Lima Duarte, teria emprestado um tom mais engraçado a seu personagem, diferente de quando contracenava com Betty Faria, na versão censurada da novela. O autor Aguinaldo Silva passou a escrever a novela a partir do capítulo 51, com a incumbência de dar continuidade à trama. Para isso, contou com a colaboração de três profissionais: os escritores Marcílio Moraes e Joaquim Assis, e a pesquisadora Lilian Garcia. Segundo Aguinaldo, quase no final da trama, por volta do capítulo 163, Dias Gomes declarou que gostaria de finalizar a novela e, assim, escreveu os capítulos finais.
Fatigado com a TV e seu ritmo acelerado de produção, o autor Dias Gomes convocou Aguinaldo Silva para auxiliá-lo e ser coautor da novela. Do total de 209 capítulos de Roque Santeiro, Dias Gomes compôs 99: os 51 iniciais (que já estavam escritos anteriormente da primeira versão, de 1975) e os 48 últimos. Aguinaldo Silva refez os 51 capítulos iniciais, que passaram por ajustes pontuais, e escreveu o miolo, com 110 capítulos. Apesar de dividirem a autoria, Dias Gomes e Aguinaldo Silva acabaram tornando públicos os ciúmes e as disputas pela glória do sucesso televisivo nacional de Roque Santeiro. No período em que esteve ausente, Dias Gomes viajou para a Europa onde ficou uns três meses, quando ele retornou teria se irritado com a exposição de Aguinaldo na mídia por causa deste sucesso. A menos de dois meses do fim da trama, o choque entre os autores se agravou e a Globo teve de intervir. Eles disputavam direitos autorais. Porém, mais do que lucros, o que cada um queria era reivindicar para si a criação intelectual do fenômeno.[8][9]
Reprises editar
Foi reprisada pela primeira vez na Sessão Aventura entre 1 de julho de 1991 a 20 de janeiro de 1992, às 17h, em 135 capítulos.[10]
Foi reprisada pela segunda vez no Vale a Pena Ver de Novo entre 11 de dezembro de 2000 a 29 de junho de 2001, substituindo A Próxima Vítima e sendo substituída por Você Decide, em 145 capítulos[11].
Foi reprisada na íntegra pelo Canal Viva, entre 18 de julho de 2011 a 4 de maio de 2012, substituindo Vale Tudo e sendo substituída por Que Rei Sou Eu?, à 00h15.[12][13]
Exibição internacional editar
Foi exibida em Portugal, pela RTP1, entre 12 de outubro de 1987 e 3 de agosto de 1988, no horário das 20h30, totalizando os 209 capítulos originais.[14] Foi reexibida no mesmo país, pela SIC, em 1993, no horário das 18h e mais tarde das 17h, em uma versão de 180 capítulos.[15] Em 2001 contou com nova reexibição, pelo canal GNT, no horário das 20h.[15]
Outras mídias editar
Em agosto de 2010, Roque Santeiro foi lançada em um box de dezesseis DVDs pela Globo Marcas.[16] Em 21 de junho de 2021, a novela foi adicionada na íntegra ao catálogo da plataforma de streaming Globoplay.[17]
Música editar
A trilha sonora da novela foi um grande sucesso, tendo o volume 1 vendido com mais de 500.000 cópias em três meses. O volume 2 trazia outros grandes sucessos: Roque Santeiro foi a primeira novela da emissora com duas trilhas totalmente nacionais, diferenciando-se de outras telenovelas, que costumavam ter uma trilha nacional e outra internacional.[8]
Várias das canções dos álbuns ficaram entre as mais tocadas de 1985, como: "Dona" (2ª), "Vitoriosa" (6ª), "Sem Pecado e Sem Juízo" (17ª), "De Volta pro Aconchego" (24ª), "Chora Coração" (43ª), "Isso Aqui Tá Bom Demais" (45ª), "Coração Aprendiz" (55ª), "Coisas do Coração" (73ª), "Mistérios da Meia Noite" (79ª), "Verdades e Mentiras" (83ª), "A Outra" (84ª) e "Mal Nenhum" (98ª).[18]
Volume 1 editar
Roque Santeiro - Volume 1 | |
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Trilha sonora | |
Lançamento | julho de 1985 |
Formato(s) | |
Gravadora(s) | Som Livre |
Produção | Mariozinho Rocha[19] |
- Formatos: LP (403.6326) e K7 (740.6326)
- Capa: Regina Duarte
N.º | Título | Música | Personagem | Duração | |
---|---|---|---|---|---|
1. | "Isso Aqui Tá Bom Demais" | Dominguinhos e Chico Buarque | Sinhozinho Malta | 3:17 | |
2. | "A Outra" | Simone | Lulu | 3:18 | |
3. | "Sem Pecado e Sem Juízo" | Baby Consuelo | Linda e Gerson | 4:54 | |
4. | "Chora Coração" | Wando | Mocinha | 3:48 | |
5. | "Mistérios da Meia-Noite" | Zé Ramalho | Professor Astromar | 3:20 | |
6. | "Santa Fé" | Moraes Moreira | Abertura | 2:20 | |
7. | "Dona" | Roupa Nova | Porcina | 4:00 | |
8. | "De Volta pro Aconchego" | Elba Ramalho | Roque | 4:39 | |
9. | "Indecente" | Anne Duá | Matilde | 3:26 | |
10. | "Coração Aprendiz" | Fafá de Belém | Tânia e Roberto Mathias | 3:18 | |
11. | "Roque Santeiro" | Sá & Guarabyra | Locação: "Asa Branca" | 3:09 | |
12. | "Cópias Mal Feitas" | Alceu Valença | Zé das Medalhas | 2:56 |
Volume 2 editar
Roque Santeiro - Volume 2 | |
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Trilha sonora | |
Lançamento | outubro de 1985 |
Formato(s) | |
Gravadora(s) | Som Livre |
Produção | Mariozinho Rocha |
- Formatos: LP (530.007) e K7 (570.007)
- Capa: Lima Duarte, Regina Duarte e José Wilker
N.º | Título | Música | Personagem | Duração | |
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1. | "Malandro Sou Eu" | Beth Carvalho | Roque | 3:17 | |
2. | "Coisas do Coração" | Ritchie | Tânia | 3:05 | |
3. | "Pelo Sim, Pelo Não" | Cláudio Nucci e Zé Renato | Sinhozinho Malta | 3:25 | |
4. | "Vitoriosa" | Ivan Lins | Lulu | 3:39 | |
5. | "Fruta Mulher" | Nana Caymmi | Matilde | 3:46 | |
6. | "Verdades e Mentiras" | Sá & Guarabyra | Locação: "Asa Branca" | 3:26 | |
7. | "Mil e uma Noites de Amor" | Pepeu Gomes | Linda e Gerson | 3:58 | |
8. | "A Hora e a Vez" | Cláudio Nucci e Zé Renato | Porcina | 3:18 | |
9. | "Mal Nenhum" | Joanna | Ninon e Delegado Feijó | 3:14 | |
10. | "Entra e Sai de Amor" | Altay Veloso | Tânia e Padre Albano | 3:29 | |
11. | "Amparito Amor" | Cauby Peixoto | Amparito | 2:53 | |
12. | "Mal de Raiz" | MPB4 | Mocinha | 3:42 |
Reedições editar
Em 1991, por ocasião da reexibição da novela, o álbum do volume 1 da trilha sonora nacional foi relançado, tendo-lhe sido adicionadas duas canções do volume 2, que não foi relançado na época. Em 2001, essa versão ampliada foi reeditada em CD, sem a faixa "A Outra", como parte da série "Campeões de Audiência - Agora em CD" e renomeada para "O Melhor de Roque Santeiro".
Volume 1 - 2ª Edição (1991): LP (406.0131) e K7 (746.0131) / CD (3020-2, 2001) | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Intérprete | Duração | ||||||
1. | "Isso Aqui Tá Bom Demais" (tema de Sinhozinho Malta) | Dominguinhos / Chico Buarque | 3:17 | |||||||
2. | "A Outra" (tema de Lulu) | Simone | 3:18 | |||||||
3. | "Sem Pecado e Sem Juízo" (tema de Linda e Gerson) | Baby Consuelo | 4:54 | |||||||
4. | "Chora Coração" (tema de Mocinha) | Wando | 3:48 | |||||||
5. | "Mistérios da Meia-Noite" (tema do Lobisomem/professor Astromar) | Zé Ramalho | 3:20 | |||||||
6. | "Santa Fé" (tema de Abertura) | Moraes Moreira | 2:20 | |||||||
7. | "Vitoriosa" (tema de Lulu) | Ivan Lins | 3:39 | |||||||
8. | "Dona" (tema de Porcina) | Roupa Nova | 4:00 | |||||||
9. | "De Volta pro Aconchego" (tema de Roque) | Elba Ramalho | 4:39 | |||||||
10. | "Indecente" (tema de Matilde) | Anne Duá | 3:26 | |||||||
11. | "Coração Aprendiz" (tema de Tânia) | Fafá de Belém | 3:18 | |||||||
12. | "Roque Santeiro" (tema de locação: Asa Branca) | Sá & Guarabyra | 3:09 | |||||||
13. | "Cópias Mal Feitas [música incidental: Dezessete na Corrente]" (tema de Zé das Medalhas) | Alceu Valença | 2:56 | |||||||
14. | "Verdades e Mentiras" (tema de locação: Asa Branca) | Sá & Guarabyra | 3:15 |
Versões internacionais editar
Por iniciativa da CBS, gravadora de origem de grande parte dos artistas presente nos dois álbuns da trilha sonora da novela, foram lançados LPs em outros países onde a novela fez sucesso. A Polygram lançou um álbum em Portugal com os artistas da editora.
LP Portugal (1987) [20] | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Intérprete | Duração | ||||||
1. | "Sem Pecado e Sem Juízo" | Baby Consuelo | ||||||||
2. | "Coração Aprendiz" | Fafá de Belém | ||||||||
3. | "Santa Fé" | Moraes Moreira | ||||||||
4. | "A Hora e a Vez" | Cláudio Nucci e Zé Renato | ||||||||
5. | "Coisas do Coração" | Ritchie | ||||||||
6. | "Fruta Mulher" | Nana Caymmi | ||||||||
7. | "Mil e Uma Noites de Amor" | Pepeu Gomes | ||||||||
8. | "Indecente" | Anne Duá | ||||||||
9. | "Mistérios da Meia-Noite" | Zé Ramalho | ||||||||
10. | "A Outra" | Simone | ||||||||
11. | "Pelo Sim, Pelo Não" | Cláudio Nucci e Zé Renato |
LP/CD Colômbia/Venezuela (1988) [21] | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Intérprete | Duração | ||||||
1. | "Santa Fé" | Moraes Moreira | ||||||||
2. | "Sem Pecado e Sem Juízo" | Baby Consuelo | ||||||||
3. | "Vitoriosa" | Ivan Lins | ||||||||
4. | "Indecente [erroneamente intitulada "Incidente"]" | Anne Duá | ||||||||
5. | "Amparito Amor [erroneamente intitulada "Amparito Amour"]" | Cauby Peixoto | ||||||||
6. | "A Hora e a Vez" | Cláudio Nucci e Zé Renato | ||||||||
7. | "A Outra" | Simone | ||||||||
8. | "Coração Aprendiz" | Fafá de Belém | ||||||||
9. | "Mil e Uma Noites de Amor" | Pepeu Gomes | ||||||||
10. | "Mistérios da Meia-Noite" | Zé Ramalho | ||||||||
11. | "Pelo Sim, Pelo Não [erronamente intitulada "Pelo Sin Pelo Não"]" | Cláudio Nucci e Zé Renato | ||||||||
12. | "Coisas do Coração" | Ritchie |
LP Portugal (1988) [22] | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Intérprete | Duração | ||||||
1. | "Roque Santeiro" | Sá & Guarabyra | ||||||||
2. | "Chora Coração" | Wando | ||||||||
3. | "De Volta Pro Aconchego" | Elba Ramalho | ||||||||
4. | "Malandro Sou Eu" | Beth Carvalho | ||||||||
5. | "Vitoriosa" | Ivan Lins | ||||||||
6. | "Dona" | Roupa Nova | ||||||||
7. | "Verdades E Mentiras" | Sá & Guarabyra | ||||||||
8. | "Aqui Tá Bom Demais" | Dominguinhos e Chico Buarque | ||||||||
9. | "Mal Nenhum" | Joanna | ||||||||
10. | "Entra E Sai De Amor" | Altay Veloso |
Recepção editar
Audiência editar
Sua média geral no método flagrante é de 74 pontos de audiência, sendo a telenovela de maior audiência da televisão brasileira[23]. Em seu primeiro capítulo marcou 68 pontos. Na contagem por domicílios, sua média geral é de 62 pontos de média, registrando 60 pontos no primeiro capítulo.
No seu último capítulo, a novela marcou 96 pontos no método fragrante, com picos de 100. Sendo assim a novela mais assistida da TV Globo. Na contagem por domicílios, seu último capítulo marcou 72 pontos.
Quando foi reprisada, pela primeira vez em 1991 a audiência foi satisfatória, muito maior do que às das séries estrangeiras que ocupavam o horário da Sessão Aventura, chegando a marcar 36 pontos.[24] Em sua segunda reprise - agora pelo Vale a Pena Ver de Novo, no entanto, sua audiência foi de 15 pontos.
Prêmios e indicações editar
Ano | Prêmio | Categoria | Nomeação | Resultado | Ref. |
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1985 | Prêmio APCA de Televisão | Melhor Novela | Roque Santeiro | Venceu | [25] |
Melhor Roteirista | Dias Gomes Aguinaldo Silva |
Venceu | |||
Melhor Ator | Lima Duarte | Venceu | |||
Melhor Atriz | Regina Duarte | Venceu | |||
Revelação Feminina | Cláudia Raia | Venceu | |||
1986 | Troféu Imprensa | Melhor Novela | Roque Santeiro | Venceu | [26] |
Melhor Ator | Ary Fontoura | Indicado | |||
José Wilker | Indicado | ||||
Lima Duarte | Venceu | ||||
Melhor Atriz | Regina Duarte | Venceu | |||
Yoná Magalhães | Indicado | ||||
Revelação do Ano | Cláudia Raia* | Venceu |
* Empate com Tetê Espíndola.
Referências
- ↑ Xavier, Nilson. «Roque Santeiro (1985)». Teledramaturgia. Consultado em 4 de novembro de 2022
- ↑ «Roque Santeiro». memoriaglobo. Consultado em 4 de novembro de 2022
- ↑ AdoroCinema, Elenco Roque Santeiro T01, consultado em 4 de novembro de 2022
- ↑ a b «'Roque Santeiro' revela como censura atua durante e após a ditadura». Folha de S.Paulo. 22 setembro de 2019. Consultado em 26 de setembro de 2021
- ↑ «'Roque Santeiro': Censura adiou estreia da trama por dez anos». Extra Online. 11 de dezembro de 2010. Consultado em 28 de março de 2011
- ↑ «Censura nas novelas: o que você não viu na TV». Aventuras na História. Consultado em 28 de março de 2011. Arquivado do original em 3 de julho de 2009
- ↑ «Símbolo do fim da censura, Roque Santeiro teve de cortar gays, 'bosta' e traição». Notícias da TV. 22 de outubro de 2019. Consultado em 26 de setembro de 2021
- ↑ a b Nilson Xavier. «Roque Santeiro (1985)». Teledramaturgia
- ↑ Santos, Sergio (21 de fevereiro de 2021). «Em 1986, novela fazia história ao alcançar 100% de audiência no último capítulo». TV História. Consultado em 4 de novembro de 2022
- ↑ Steffen, Lufe (26 de maio de 2011). «'Roque Santeiro': A melhor novela de todos os tempos». TV & Novelas - iG. Consultado em 5 de março de 2023. Cópia arquivada em 5 de março de 2023
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