Rosemary Sutcliff CBE (East Clandon, 14 de dezembro de 1920-Walberton, 23 de julho de 1992), foi uma escritora britânica conhecida pelas suas obras de literatura juvenil, principalmente romances históricos.

Rosemary Sutcliff
Nascimento 14 de dezembro de 1920
East Clandon, Surrey
Reino Unido
Morte 23 de julho de 1992
Walberton, West Sussex[1]
Reino Unido
Nacionalidade Britânica
Cidadania Reino Unido
Alma mater
  • Bideford Art School
Ocupação Escritora e miniaturas[2]
Prémios (1975) Oficial da Ordem do Império Britânico
(1992) Dama comendadora da Ordem do Império Britânico
Género literário Literatura juvenil
Romance histórico
Ensaio
Obras destacadas The Mark of the Horse Lord
Página oficial
http://rosemarysutcliff.com

Nascida numa pequena população ao sudeste da Inglaterra, era filha de um oficial da Armada britânica sujeito a contínuas mudanças de destino que obrigaram a família a viver em diferentes lugares.[3] Sofreu desde nova de Artrite idiopática juvenil, doença que lhe fez passar uma infância e adolescência solitárias.[3]

Ainda que os seus estudos a focaram para uma prometedora carreira como pintora de miniaturas, com pouco mais de vinte anos se iniciou na atividade literária e começou a escrever algumas novelas para desfrute pessoal.[3] Um conhecido seu enviou um dos seus manuscritos a uma editora e conseguiu que se interessassem por ela iniciando assim a sua longa trajetória literária profissional.[3]

Seus livros foram maioritariamente novels históricas dirigidas ao público juvenil, ainda que a sua temática e estilo têm feito que sejam apreciados por leitores de todas as idades.[3] As tramas das suas novelas se desenvolvem principalmente nas ilhas britânicas e de maneira destacada, durante o período romano dessas.[4] Nesse período, se destaca a sua obra mais conhecida, A águia da nona legião, baseada nas lendas sobre esta unidade militar romana. A dita obra foi levada ao cinema em 2011, com o título The Eagle; o filme estreou-se em Portugal como «A legião da águia».[5]

Sutcliff publicou mais de cinquenta obras ao longo da sua vida,[3] das quais só uma pequena parte tem sido traduzida ao português. Aparte de novelas históricas, também escreveu algumas versões atualizadas de conhecidas lendas clássicas, bem como ensaios e contos ilustrados.[4]

Vários dos seus livros foram reconhecidos com prémios relevantes, entre os que destaca a medalha Carnegie, com a que foi galardoada a novela The Lanterne Bearers (publicada em espanhol com os títulos Os guardiães da luz e Aquila, o último romano).[6] A título pessoal, foi reconhecida no seu país com a nomeação da Ordem do Império Britânico por suas contribuições no campo da literatura juvenil.[7]

Biografia editar

Primeiros anos editar

 
Igreja da pequena localidade de East Clandon, lugar de nascimento de Rosemary Sutcliff.

Rosemary Sutcliff nasceu dois anos após finalizar a I Guerra Mundial, a 14 de dezembro de 1920. Vinho ao mundo na pequena localidade de East Clandon dentro do condado de Surrey ao este de Inglaterra. Já em idade adulta afirmaria que não lhe agradava muito a circunstância de ter nascido nesta região e que se sentia mais unida ao área oeste do país.[3]

Foi filha única. O seu pai, George Ernest Sutcliff, era um oficial da Armada britânica, apesar de proceder de uma família sem tradição militar.[3] A sua mãe, Elizabeth Sutcliff —nascida Lawton— tinha permanecido no Reino Unido enquanto sua família emigrou à Índia para trabalhar na construção de caminhos-de-ferro.[3]

A profissão do seu pai estava sujeita a contínuas mudanças de destino que obrigaram à família a mudar de residência em várias ocasiões para viver junto a diferentes bases navais britânicas.[8] O lugar onde Rosemary passou mais tempo durante este período da sua vida foi na ilha de Malta.[8] Finalmente, depois deste périplo, a família pôde viver de uma maneira mais permanente no norte de Devon.[8] Esta circunstância de não poder permanecer muito tempo no mesmo lugar dificultou a escolarização da pequena Rosemary, quem inicialmente foi educada em casa e não aprendeu a ler até após os nove anos.[7]

A sua mãe encantavam-lhe as novelas históricas bem como as lendas nórdicas, celtas e saxões, o que fez que habitualmente lesse à sua filha, livros com esta temática.[3] Isto não foi empecilho para que também lhe impusesse uma férrea disciplina e que Rosemary desenvolvesse uma relação difícil com a sua progenitora.[3] Com tudo, já maior, reconheceu se ter sentido muito querida pelos seu pais e os ter apreciado sinceramente apesar de não poder falar com eles de uma boa parte de seus problemas e sentimentos pessoais.[9]

Educação e início de sua etapa profissional editar

 
Panorama de Bideford, cidade onde Rosemary Sutcliff estudou na sua escola de arte.

Iniciou a sua educação infantil regular mais tarde do que é habitual. Com nove anos ingressou na escola feminina de Chatham, localidade portuária onde tinha sido transladado o seu pai. Quando entrou na escola não sabia ler ainda e ficou ao cargo de uma amável professora de avançada idade chamada Amelia Beck.[10] Apesar do seu curto período de escolaridade, conseguiu finalizar a educação obrigatória em 1934 com catorze anos e de uma maneira meritória.[9] Posteriormente ingressou na escola de arte da cidade portuária de Bideford na que estudou três anos e onde lhe recomendaram especializar na pintura de miniaturas.[3] Com dezoito anos viveu o estalido da II Guerra Mundial, durante a que seu pai serviu como comandante de grupos de transporte.[3] Pouco depois do seu início —em 1940— realizou a sua primeira exposição na Royal Academy e uma vez finalizada a contenda foi elegida membro da Royal Society of Miniature Painters.[10]

 
O primeiro livro publicado de Rosemary Sutcliff foi uma versão da lenda de Robin Hood.

Foi durante a contenda —no equador da mesma— quando Rosemary se iniciou na escritura de livros algo cansada da pintura de miniaturas.[3] Sua primeira obra —Wild Sunrise— versou sobre um líder britânico durante a invasão romana da Britânia.[3] O texto, perdido na actualidade, não foi de seu agrado porque considerou que tinha ficado muito mal escrito.[3] A este trabalho inicial seguiu uma novela ambientada no século XIX bem como uma recompilação de lendas celtas e saxão.[3] Estes primeiros escritos realizou-os para si mesma, sem procurar a sua publicação.[11] Enviou cópias para um amigo para obter a sua opinião e este —um coronel do exército— lhas entregou, sem lhe dizer nada a ela, a um conhecido cuja esposa trabalhava em Oxford University Press.[11] Assim, para surpresa de Rosemary, um dia recebeu uma carta desta editora lhe informando que recusavam a sua publicação mas lhe pediam que escrevesse uma versão para meninos da história de Robin Hood a qual, com o título de The Chronicles of Robin Hood, conseguiu em 1950 ser o seu primeiro livro publicado.[11]

Enquanto escrevia esta obra, trabalhou ao mesmo tempo numa história sobre a rainha Isabel que também foi do agrado dos editores e conseguiu ser publicada igualmente.[3] Sutcliff ainda não tinha desenvolvido o seu particular estilo e ambas publicações passaram relativamente desapercebidas em seu momento.[12] O mesmo sucedeu com os dois livros que publicou nos anos seguintes —1951 e 1952—.[12] Não foi até 1953 em que sua obra Simon, ambientada na Guerra Civil Inglesa, conseguiu ter uma boa recepção por parte da crítica.[13] No ano seguinte apareceu o que seria o seu trabalho mais conhecido: The Eagle of the Ninth (A águia da nona legião), um livro sobre a busca de uma legião romana desaparecida ao norte do muro de Adriano com uma trama baseada na amizade e as lealdades em conflito.[12] Esta obra foi a que lhe lançou à fama e a primeira de uma série ambientada na Britânia romana da que um título posterior, The Lantern Bearers, conseguiu ganhar em 1959 a medalha Carnegie.[12]

Vida adulta editar

Pouco depois do final da guerra conheceu um antigo oficial da R.A.F. chamado Ruphert que estava afetado pela fadiga de combate e com quem manteve uma relação de dois anos.[11] Esta pessoa estava casada e Rosemary finalizou a relação ao descobrir que aquele tinha iniciado um romance com outra mulher com a que finalmente contraiu casamento depois de se divorciar de sua primeira esposa.[3] Contudo, durante os anos 1970 quando Sutcliff já era uma reconhecida escritora, voltou a encontrar-se com ele.[3] Numa entrevista à BBC afirmou que a sua própria família não estava a favor de que contraísse casamento e que nem ela nem o seu possível noivo se viram com capacidade para fazer frente a esta rejeição.[11]

A sua mãe faleceu na década de 1960, depois do que Rosemary e seu pai se mudaram para viver no campo perto de Sussex, num área onde também se encontrava Bateman’s, o sítio onde Rudyard Kipling viveu grande parte de sua vida.[8] Permaneceu nesse lugar durante vários anos, até que, depois da morte do seu progenitor a princípios dos anos 1980, mudou-se finalmente para uma pequena localidade de Walberton, perto de Arundel.[3][1] Nesta sua última residência, viveu acompanhada de um ama de keys e dois cães chihuahuas.[3] Nela recebeu visitas de familiares e amigos, bem como de grupos de meninos da escola local com os que gostava de conversar.[1] Igualmente, implicou-se na vida deste pequeno povo e foi ajudada pelos seus vizinhos quando o precisou.[1] Com motivo da morte de um de seus cães, Sutcliff revelou uma verdadeira crença na reencarnação, já que se negou a ter outro até passados uns anos com a esperança de que o novo cão fosse uma reencarnação do falecido.[3] Neste sentido, atribuem-se-lhe declarações afirmando que uma das causas pela que alguns autores se sentiam especialmente atraídos por uma determinada época histórica era que tinham vivido outra vida anterior nela e por isso lhes resultava familiar.[3]

Faleceu repentinamente em 23 de julho de 1992. Nesses dias estava a terminar a sua obra Sword Song;[3] de facto, esteve a trabalhar no livro a mesma manhã do dia da sua morte.[14]

Doença editar

A Rosemary Sutcliff foi-lhe diagnosticada Artrite idiopática juvenil à idade de dois anos.[15] Esta afecção provocou que ficasse impedida de por vida e lhe obrigou a ter que usar a cadeira de rodas.[15] Também teve que suportar um bom número de intervenções cirúrgicas e longas estadias em diferentes hospitais.[15] Aparte do anterior, um efeito secundário da sua doença foram as alucinações que sofreu devido ao arsénico contido em algum dos medicamentos que lhe forneceram.[3]

Durante uma das suas convalecência, sendo menina, encontrou na biblioteca do hospital o livro Emily of New Moon (Emily a de Lua Nova) da autora canadiana Lucy Maud Montgomery.[3] Esta obra, que tratava sobre uma menina órfã que luta por se converter em escritora, foi recordada posteriormente por Rosemary como uma de seus mais importantes leituras.[3]

Já em idade adulta afirmou que, apesar de que a profissão de escritora se podia desenvolver bem sendo impedida, sua temática de novela histórica lhe obrigava a um trabalho prévio de documentação em bibliotecas e arquivos com difícil acesso a pessoas em cadeira de rodas.[16] Esta dificuldade de movimento de Rosemary teve, no entanto, como consequência o desenvolvimento de um grande sentido da observação.[3] A autora reconheceu que os padecimentos causados pela sua doença foram inspiração de várias das suas obras.[8] Neste sentido, considerou-se que o elemento de conseguir sair adiante e triunfar vencendo ao sofrimento e as feridas foi central no desenvolvimento de algumas personagens.[15]

A sua doença conduziu-a a passar uma infância e juventude solitárias durante as que a única companhia com a que contou foi a de seus pais.[15] Rosemary considerava que estes, também foram umas pessoas encerradas em si mesmas que não compreenderam que uma pessoa na sua infância e adolescência precisa de outras pessoas da sua mesma idade e não permitiram que a sua filha trouxesse a casa os poucos amigos que tinha.[11]

Esta infância numa solidão marcada pela doença e a deficiente escolarização durante os primeiros anos têm sido considerados pelo autor Alan Garner como elementos comuns em vários escritores de novela juvenil.[3] Com tudo, apesar da que sua incapacidade foi em aumento com os anos, Rosemary conseguiu fazer viagens ao estrangeiro, em especial à Grécia, lugar que era muito querido para ela e em cujo período clássico ambientou algumas das suas novelas.[3]

Produção literária editar

Método de trabalho editar

 
Biblioteca de Bideford. Sutcliff costumava visitar bibliotecas para documentar-se bem sobre a época histórica de suas novelas bem como as personagens reais que apareciam nas mesmas.

Rosemary escrevia constantemente —uma média de 1800 palavras diárias— pelo que costumava trabalhar desde meia manhã até o anoitecer.[17] Redigia os seus rascunhos manualmente para o que se valia de bolígrafos especiais com corpo grosso e macio que se adaptassem bem à sua mão Osteoartrite.[17] Escrevia utilizando uma letra pequena e bem legível.[17] Não procurava uma extensão determinada dos seus livros. Para ela, a cada história precisava o seu próprio tempo para se desenvolver e chegar à sua conclusão.[11]

Ela mesma afirmava que para criar as suas histórias não partia de uma trama preconcebida, senão meramente de uma ideia particular que lhe vinha à cabeça.[11] Sobre esta ideia desenvolvia um tema que demarcava numa cena inicial e um acontecimento final entre os que passava por acontecimentos intermediários.[11] Também se inspirava em personagens históricas aos que admirava ou em conhecidos arquétipos de herói que proporcionam as mitologias grega, romana ou celta.[15]

A primeira fase do seu trabalho consistia num estudo prévio que costumava fazer consultando enciclopédias e procurando bibliografia.[17] Posteriormente visitava bibliotecas e arquivos para ler obras com as que aprofundar na história e vida quotidiana da época onde ambientava a sua obra.[17] O seu grande sentido do detalhe possibilitou-lhe dar um grande realismo às descrições que aparecem nos seus livros.[8] A estes detalhes dedicava muita atenção e tentava que fossem o mais fiéis possíveis, o que lhe fazia se pôr em contacto com pessoas experientes em diversos campos para se ilustrar o necessário.[11]

Estilo literário editar

 
Rudyard Kipling. As obras deste escritor britânico exerceram uma importante influência em Rosemary Sutcliff.

Uma das características do seu estilo foi o conceito que tinha de que os seus leitores jovens se lhes tinha que falar de maneira clara e directa, não como se o autor fosse um pai ou um mestre.[8] Por este motivo os seus livros, ainda que são considerados como literatura juvenil, têm sido apreciados por leitores de todas as idades. Neste sentido, era habitual a sua afirmação de que escrevia livros para meninos entre nove e noventa anos de idade.[11]

Pelo geral escrevia em terceira pessoa com alguma excepção como a sua obra Sword at Sunset, na que utiliza a primeira.[18] A maioria das suas histórias estão relatadas desde o ponto de vista das personagens masculinas e Rosemary chegou a afirmar que lhe resultava difícil descrever as coisas desde a perspectiva feminina.[11]

O estilo de Rosemary Sutcliff dirige-se mais a contar a história que a descrever e ela se definia a si mesma como uma espécie de «jugular».[19] Ao mesmo tempo, a sua narrativa sempre tem manifestado uma grande habilidade para a recreação de momentos nos que sucedem mudanças dramáticas e desafiantes.[9]

As obras do Nobel britânico Rudyard Kipling exerceram em seu estilo uma notável influência, em especial O livro da selva, Kim e Os contos de assim foi.[9] De facto, Rosemary publicou em 1960 um ensaio sobre este autor com o título Rudyard Kipling – A Monograph.

Temática das suas obras editar

 
Selo da Legio IX Hispana encontrado em Caerleon, (Inglaterra). A época romana de Grã-Bretanha foi a favorita de Rosemary Sutcliff para ambientar as suas novelas.

As suas obras foram maioritariamente romance histórico e em menor medida ensaios, além de uma autobiografia. A época sobre a que a Sutcliff mais gostava de escrever era a de Britânia durante o Império romano.[11] Também o período posterior depois da retirada romana da ilha e as invasões saxão foi a profundidade no que se desenvolveram várias das suas novelas.[15] Não gostava de escrever obras ambientadas na Idade Média já que, apesar de que lhe interessava bastante, considerava que esta época histórica tinha estado demasiado impregnada pela religião e que esta afectava demasiado a todos os aspectos da vida.[11]

No citado período pos-romano da Grã-Bretanha também se pode demarcar a busca do Artur histórico, tema que lhe apaixonava e que foi a base para vários dos seus livros.[15] Também reescreveu várias lendas conhecidas, tais como Beowulf, para as fazer mais acessíveis aos leitores de menor idade.[15]

As personagens de muitos dos seus livros foram pessoas jovens, maioritariamente masculinos, dos que a sua lealdade, amizade e camaradas formam uma parte importante do relato.[15] Em boa parte das suas obras seus protagonistas vêem-se obrigados a eleger entre diferentes caminhos e lealdades bem como com a necessidade de conciliar umas ideias e valores sustentados no passado com uma situação real à que se enfrentam no presente.[20] Igualmente, é habitual a fina exposição que a autora faz das diferentes e particulares visões que têm estas personagens sobre o bem e o mal.[9] Outro tema recorrente num bom número das suas novelas foi a relação das pessoas com os animais, particularmente cavalos e cães.[15] Também é normal o aparecimento de amuletos ou objectos com algum significado especial —preferencialmente com motivos de plantas, pássaros ou animais míticos— que costumam ser um elemento de conexão entre diferentes histórias através do tempo.[15]

Reconhecimentos editar

Rosemary Sutcliff recebeu vários reconhecimentos em vida e a título póstumo. Quiçá os mais importantes foram as suas nomeações como oficial da Ordem do Império Britânico em 1975 e comandante da mesma ordem em 1992, no ano da sua morte.[7] Também alguns dos seus livros foram seleccionados em vários prémios de literatura juvenil, tanto incluídos entre os finalistas para a sua obtenção como galardoados com o mesmo. Em ordem cronológica, seus reconhecimentos foram os seguintes:

Ano Reconhecimento
1946 É nomeada membro da Royal Society of Miniature Painters.[7]
1954 Sua obra The Eagle of the Ninth (A águia da nona legião) foi seleccionada como candidata à medalha Carnegie (Reino Unido).[6]
1956 Sua obra The Sield Ring foi seleccionada como candidata à medalha Carnegie (Reino Unido).[6]
1957 Sua obra Silver Branch foi seleccionada como candidata à medalha Carnegie (Reino Unido).[6]
1959 Sua obra The Lantern Bearers foi galardoada com a medalha Carnegie (Reino Unido).[6]
1971 Sua obra Tristan and Iseult foi seleccionada como candidata à medalha Carnegie (Reino Unido).[6]
1971 Sua obra The Chronicles of Robin Hood foi galardoada com o prémio Zilveren Griffel (Holanda).[6]
1972 Sua obra Tristan and Iseult foi galardoada com o prémio Boston Globe–Horn Book (Estados Unidos).[6]
1974 Finalista como autora nos prémios Hans Christian Andersen.[6]
1975 É nomeada Oficial da Ordem do Império Britânico.[7]
1978 Sua obra Song for a Dark Queen foi galardoada com o prémio The Other Award (Reino Unido).[6]
1982 É nomeada membro da Royal Society of Literature.[7]
1985 Sua obra The Mark of The Horse Lord foi galardoada com o prêmio The Phoenix Children's Book Award (Estados Unidos).[6]
1992 É nomeada Comandante da Ordem do Império Britânico.[7]
2008 É seleccionada pelo diário The Times entre os 50 melhores escritores britânicos depois da II Guerra Mundial (no posto nº 49).[21]
2010 Sua obra The Shining Company foi galardoada com o prêmio The Phoenix Children's Book Award (Estados Unidos).[6]

Obra literária editar

Novelas editar

Série «A águia» editar

Depois do sucesso de The Eagle of the Ninth, Sutcliff escreveu várias novelas mais com o comum denominador de que seus protagonistas são descendentes de Marco Flavio Aquila, figura principal da primeira. Estas obras estão ambientadas em momentos posteriores e o horizonte temporário da série chega até à definitiva fusão da prévia população romano-britana com os novos habitantes anglo-saxões. Em ocasiões define-se-lhe como uma trilogia formada por The Eagle of the Ninth, The Silver Branch e The Lantern Bearers ainda que também se podem incluir nesta série outros livros mais.[4] Ordenadas pelo momento no que tem lugar a trama, estas obras são as seguintes:

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1954 The Eagle of the Ninth
(sem edição em português)
Narra as aventuras de Marco Flavio Aquila, comandante de uma consorte legionária em Britânia quem depois de ser ferido retira-se a casa de um familiar. Durante seu convalecencia recebe informação sobre o possível paradeiro do estandarte da nona legião que desapareceu ao norte do muro de Adriano enquanto era comandada por seu pai. Junto a Esca —um escravo alforria— decide partir ao norte para procurá-la e reabilitar a memória de seu pai.[22]
1980 Frontier Wolf
(sem edição em português)
As aventuras de Alexios Flavio Aquila quem, depois de um incidente na fronteira germano, é degradado à Britânia de mediados do século IV para comandar um destacamento entre o muro de Adriano e o já desaparecido muralha de Antonino. As tropas a seu comando são rudes soldados médio selvagens conhecidos como «os lobos da fronteira». Alexios deverá fazer-se um lugar entre eles bem como conseguir novos amigos e aliados.[23]
1957 The Silver Branch
(sem edição em português)
Durante a última etapa romana de Britânia, Carausio, um auto-proclamado imperador, luta contra as primeiras invasões saxão e por manter o que fica da civilização romana na ilha. Carausio é assassinado depois de uma conspiração e dois seguidores seus, Justino e Flavio, partem ao exílio para ser destinados a um longínquo posto fronteiriço onde organizam um grupo de resistência.[24]
1959 The Lantern Bearers
(sem edição em português)
Século V, cem anos após a história relatada em The Silver Branch. As legiões abandonam definitivamente Britânia e Aquila, um chefe da cavalaria, deserta para ficar na ilha. Seu lar é destruído pelos sajones e ele esclavizado. Consegue escapar e une-se a Ambrosio, um líder que aglutina a resistência britana contra a invasão sajona.[25]
1961 Dawn Wind
(sem edição em português)
Owain, de catorze anos e descendente de uma família romano-britana é o único sobrevivente de um ataque viquingue. Depois de fugir, encontra refúgio num assentamento sajón onde após anos de vivências junto a eles experimenta entendimento, amizade e inclusive lealdade para os que, no passado, foram inimigos de sua família.[26]

Série sobre o rei Artur editar

A lenda de artur foi um tema que apaixonou a Rosemary Sutcliff desde menina.[27] Sem chegar a ler nenhuma obra que apresentasse a Artur como um líder dos anos escuros pos-romanos em Britania, chegou à conclusão de que por trás desta lenda se encontrava a história de uma pessoa real que ela reconstruiu sobre a base dos seus conhecimentos sobre esses momentos da história da Britânia.[27] O primeiro livro sobre esta temática foi Sword at Sunset, considerado por alguns como uma das suas melhores novelas.[28] Continuou com esta matéria artúrica com três trabalhos posteriores nos que, em lugar do aspecto histórico, se centrou no lado legendário.

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1963 Sword at Sunset
(sem edição em português)
Esta é uma obra que costuma ser qualificada dentro das obras para adultos devido à descrição que se faz nela das brigas e batalhas.[28] A acção inicia-se pouco depois de terminar a narrada em The Lantern Bearers. O protagonista é Artos quem aglutina a um grupo de combatentes de caballería romanos e britanos com o fim de lutar contra os invasores sajones e seus aliados no interior da ilha. Para isso desenvolve uma raça de cavalos mais altos e fortes que os que usavam anteriormente os britanos.[28]
1979 The Light Beyond the Forest
(sem edição em português)
Nesta obra Sutcliff afasta-se do Artur histórico e leva o leitor a um mundo legendário onde se desenvolve a busca do Santo Graal. Narra a sua busca pelo rei Artur e os seus cavaleiros: Sir Lancelot, Sir Galahad, Sir Bors e Sir Percival. Também aparece na história a rainha Genebra e sua relação com Lancelot.[29]
1979 The Sword and the Circle
(sem edição em português)
Este livro é uma continuação de The Light Beyond the Forest. Sutcliff volta-se a submergir num mundo legendario onde a honra vale mais que a vida. Apresenta às vivências e aventuras dos caballeros da mesa redonda bem como a damiselas em apuros e feiticeiras subtis.[30]
1981 The Road to Camlann
(sem edição em português)
Este é a faz final da série e nela Sutcliff relata o final da lenda. Mordred, o filho ilegítimo de Artur intriga contra seu pai desatando os acontecimentos que conduzem à última batalha dos caballeros da mesa redonda em Camlann, onde tanto Artur como Mordred encontram a morte.[31]

Adaptação de lendas clássicas editar

Sutcliff dedicou várias das suas obras a reescrever lendas clássicas, tanto celtas e nórdicas como gregas. De facto, o seu primeiro livro publicado foi uma adaptação da lenda de Robin Hood. Em suas adaptações tentou actualizar a linguagem e adaptá-lo a um público juvenil ao mesmo tempo que polia, na medida do possível, os elementos mais fantásticos para dar um enfoque mais realista às histórias.

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1950 The Chronicles of Robin Hood
(sem edição em português)
O livro versa sobre as aventuras de Robert de Locksley e sua conversão em Robin Hood. É uma reinterpretação desta conhecida lenda inglesa mas escrita num estilo muito realista sem cair numa excessiva glorificación da personagem que fá-lo-ia menos real. Compõe-se de várias histórias: a formação do grupo de proscritos que aglutina Robin e várias de suas aventuras; a luta por conseguir o amor de Marian; o encontro com o nobre Sir Richard quem ajuda-lhes e acaba unindo-se a eles; a amnistia que recebem do rei Ricardo Coração de León e a posterior luta contra seu sucessor João; a luta contra Guy de Gisborne e finalmente a morte de Robin.[32]
1961 Dragon Slayer. Story of Beowulf
(sem edição em português)
A lenda anglo-saxã de Beowulf é reescrita por Sutcliff. Narra as aventuras de Beowulf e um grupo de guerreiros que ajudam o rei dinamarquês Rodogário/Hrothgar no século VI. O guerreiro tem de lutar contra vários monstros: Grendel o jotun, a mãe deste e finalmente, com a ajuda do guerreiro Wiglaf consegue derrotar um dragão.[33]
1963 The Hound of Ulster
(sem edição em português)
Nesta obra, a autora reescribe a lenda de Cúchulainn, um herói mitológico dos celtas quem é mais que um homem e menos que um deus.[34] Foi uma obra que não recebeu boas críticas.[34] O jovem Cúchulainn procura converter-se num grande guerreiro, que seus homens lhe sigam até o fim do mundo e que seus inimigos se estremeçam ante sua chegada.[35]
1967 The High Deeds of Finn MacCool
(sem edição em português)
Uma versão pessoal da escritora sobre a lenda celta do Finn McCool à que Sutcliff tira uma boa parte dos elementos fantásticos. A mãe de Finn foge com sua bebe depois da morte em batalha de seu marido, o líder dos guerreiros Fianna. Finn cresce oculto enquanto aprende a ser um bom lutador e líder. Quando é maior, regressa para reclamar ao rei o lugar que ocupou seu pai como chefe dos Fianna. O rei põe-no a prova encarregando-lhe uma missão perigosa.[36]
1971 Tristan and Iseult
(sem edição em português)
Nesta obra, Sutcliff reconstrui a lenda de Tristán e Isolda alterada em alguns aspectos que a autora considerava demasiado artificiais ao mesmo tempo que eliminou detalhes sem importância. A trama baseia-se no triângulo amoroso entre Isolda, seu marido o rei Marc de Cornualles e o guerreiro Tristán dentro de um marco repleto de aventuras e adversidades.[37]
1993 Black Ships before Troy
Naves negras ante Troya
Neste livro a autora reescribe a lenda de Iliada centrando nas figuras de Aquiles e Heitor e refazendo vários momentos significativos da obra. Dota aos bandos enfrentados de um comportamento nobre sem evitar o detalhe dos aspectos mais negativos da guerra.[38]
1995 The Wanderings of Odysseus
(sem edição em português)
Aqui Sutcliff reescribe também a continuação da Iliada, a Odisseia. Mediante a utilização de uma linguagem formal mas compreensível ao público juvenil, desenvolve alguns dos episódios mais reduzidos da obra e pule o papel de Telémaco centrando em seus elementos essenciais.[39]

Outras obras ambientadas nas ilhas britânicas editar

A grande maioria das novelas históricas de Rosemary Sutcliff estão ambientadas nas ilhas britânicas, principalmente em Grã-Bretanha e em menor medida em Irlanda. Seus tramas desenvolvem-se em vários períodos históricos entre os que sobressaem a pre-história e a época romana.

Pré-história editar

Sutcliff escreveu cinco novelas ambientadas no período pre-histórico das ilhas. São obras nas que elementos das antigas religiões e as superstições ocupam um lugar importante. Igualmente, como em muitos dos seus livros, os protagonistas têm que enfrentar adversidades e conseguir sobrepô-las.

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1957 Warrior Scarlet
(sem edição em português)
A história de Drem, um rapaz que nasceu com o braço direito inutilizado. O protagonista tem de ganhar o seu lugar como caçador na sua tribo e o respeito de seus membros. Para isso deve ser capaz de caçar por si mesmo um lobo.[40]
1967 The Chief's Daughter
(sem edição em português)
Uma tribo irlandesa captura um menino durante um ataque de saque que finalmente fracassa. O menino permanece prisioneiro da tribo durante um tempo e Nessan, a filha do chefe, acaba tornando-se amiga dele. Quando a tribo decide oferecer o jovem cativo como sacrifício para a sua deusa «a Mãe Negra», Nessan o liberta, apesar do risco de ser ela quem finalmente tenha de morrer no altar.[41]
1977 Sun Horse, Moon Horse
(sem edição em português)
Para esta obra a autora inspirou-se no Cavalo Branco de Uffington e nele desenvolve uma história sobre sua origem. O protagonista é Lubrin Dhu, filho de um chefe tribal e apaixonado pela pintura. Depois da conquista de seu povoado por invasores chegados do sul, faz com o seu líder o cavalo, enquanto tenta salvar a sua tribo.[42]
1977 Shifting Sands
(sem edição em português)
Na Grã-Bretanha pré-histórica, uma menina chamada Blue Feather é prometida com doze anos como esposa do chefe da tribo, que os seus membros consideram uma pessoa sagrada mas cruel.[43]
1974 The Changeling
(sem edição em português)
A mulher do chefe na tribo dos Epidii acaba de ter um menino. É o sétimo que nasce na casa do líder. O «pequeno povo negro» não vive longe e seus membros têm o costume de sacrificar meninos a seus deuses. Para isso, às vezes roubam aos Epidii algum menino que tenha sido o sétimo em nascer dentro de uma casa e deixam em seu lugar a um dos seus.[44]
Período romano editar

O período romano foi para Sutcliff a principal época onde ambientar as suas novelas e na que se sentia mais cómoda escrevendo. Aparte de cinco livros englobados na série denominada «A Águia», escreveu outras sete obras cujas histórias sucedem dentro desses séculos. Seus protagonistas são tanto romanos como britânicos indígenas.

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1955 Outcast
(sem edição em português)
Narra a história de Beric, um menino conseguiu sobreviver ao naufrágio de um navio romano junto à costa da Britânia. O protagonista foi adoptado por um britano mas o druida da aldeia opôs que o menino estava maldito e que traria a desgraça. Quando cumpre 16 anos é desterrado e sua vida a partir de então é uma sucessão de desgraças às que Beric se vai sobreponiendo.[45]
1959 The Bridge Builders
(sem edição em português)
Trata-se de uma novela curta cuja trama desenvolve-se durante a construção do muro de Adriano na Britânia romana.[46]
1965 The Mark of the Horse Lord
(sem edição em português)
Fredo é um gladiador que consegue ganhar sua liberdade com 21 anos e espera passar o resto de sua vida com comodidade. Encontra a um grupo de personagens cujo chefe, Liadhan, é um príncipe caledônio derrocado por sua própria mãe e que tem um extraordinário parecido físico com Fredo. O antigo gladiador aceita o repto de fazer-se passar pelo príncipe e dirige-se a Escócia para tentar derrocar a rainha.[47]
1968 A Circlet of Oak Leaves
(sem edição em português)
Numa taberna britana, um grupo de soldados burla-se de Aracos, um auxiliar de caballería. Um homem trata de acalmar a situação e dessa maneira vai conhecendo a história do auxiliar e sua actuação durante uma batalha contra os pictos no norte de Grã-Bretanha.[48]
1973 The Capricorn Bracelet
(sem edição em português)
É uma série de 6 histórias curtas que cobrem a história da Britania romana desde a rebelião de Boudica até o abandono da ilha pelas legiones. O nexo de união entre elas é que estão protagonizadas por membros de diferentes gerações de uma família britano-romana. Estas gerações estão unidas por um brazalete que primeiramente recebe Lucio, um centurión romano e que vai se transmitindo através de seus descendentes.[49]
1978 Song for a Dark Queen
(sem edição em português)
O protagonista da obra é Cadwan, um servente de Boudica a quem, de menina, presenteou uma espada de madeira e lhe compôs uma canção. Boudica de maior liderará a maior rebelião que sofreram os romanos durante a conquista da ilha. As cartas de Agrícola, seu inimigo romano, complementam o relato de Cadwan sobre estes convulsos anos em Britânia.[50]
1981 Eagle's Egg
(sem edição em português)
O protagonista é Quinto, o jovem portaestandarte da nona legión assentada em York durante os tempos de Agrícola. O romano apaixona-se de uma jovem britana telefonema Cordella mas para poder casar-se com ela precisa ser promovido ao posto de centurião. A ocasião apresenta-se-lhe a Quinto quando se inicia uma rebelião entre os legionarios.[51]
Período anglo-saxão editar

Foram escassas as obras ambientadas na Alta Idade Média durante o período anglo-saxão. Aparte dos seus livros com temática artúrica, Sutcliff escreveu outras duas novelas. Unicamente numa delas, o protagonista pertence aos povos invasores anglo-saxões.

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1990 The Shining Company
(sem edição em português)
A obra está baseada no Y Gododdin, o poema épico mais antigo conservado do norte de Grã-Bretanha. No ano 600 um rei escocês envia um contingente de 300 guerreiros desde a actual Edinburgo a lutar contra os assentamentos anglo-saxãos situados ao sul de seu território. Só uns poucos escoceses conseguem sobreviver e um deles, um escudero, desgrana suas lembranças anos depois desde Constantinopla.[52]
1997 Sword Song
(sem edição em português)
Esta foi a última obra publicada da autora. Encontrou-se como esquema entre seus papéis. Narra as peripecias de um adolescente chamado Bjarni Sigurdson quem é desterrado de sua comunidade por matar acidentalmente a um sacerdote. Bjarni converte-se num soldado de fortuna que luta no território de Dublín e em várias ilhas do noroeste de Grã-Bretanha. Acompanha-lhe sempre um cão fiel e em suas aventuras conhece a várias mulheres poderosas.[53]
Período normando editar

A Idade Média não foi um período no que a Sutcliff gostasse ambientar as suas novelas. Só três delas se desenvolvem na Plena Idade Média durante o período da invasão normanda. Em nenhuma delas, os protagonistas pertencem aos invasores chegados da França senão que são membros dos povos que habitavam a ilha.

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1956 The Shield Ring
(sem edição em português)
A acção desenvolve-se durante os primeiros anos da conquista. No marco do ataque normando contra um grupo de viquingues no norte da ilha, a novela narra as aventuras da jovem sajona Frytha quem consegue escapar e conhecer a Biorno, um jovem viquingue pertencente a um clã que resiste num vale escondido contra os normandos.[54]
1960 Knight's Fee
(sem edição em português)
O protagonista é Randal um jovem inglês que se converte no escudero de um nobre durante sua trajectória nos territórios normandos de Inglaterra e França. Finalmente, seu senhor morre numa batalha entre os sucessores de Guillerme I de Inglaterra mas premeia a dedicação de Randall transmitindo-lhe seu título nobiliario.[55]
1970 The Witch's Brat
(sem edição em português)
O protagonista desta história é Lovel, um jovem importunado que possui faculdades curativas e que foi expulso de sua aldeia quando sua avó morreu. A trama desenvolve-se no ambiente dos monasterios ingleses do século XII.[56]
Século XVI editar

No século XVI Rosemary Sutcliff ambientou quatro das suas novelas, todas elas escritas durante a década de 1950. Uma das obras sucede durante o reinado de Enrique VIII e três no posterior governo da sua filha Isabel I. De facto, a segunda novela que a autora conseguiu publicar foi The Queen Elizabeth Story em 1950.

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1951 The Armourer's House
(sem edição em português)
A acção desenvolve-se no Londres do século XVI baixo o reinado de Enrique VIII. Narra as peripecias de Tamsyn Caunter, originario de Devon, que chega à cidade para viver com a família de seu tio, um artesão armero. Depois da marcha de sua primo para converter-se em marinheiro, ele deve ficar como aprendiz na oficina.[57]
1950 The Queen Elizabeth Story
(sem edição em português)
A protagonista desta história é Perdita, uma jovem inglesa que vive durante o reinado de Isabel I e cujo maior desejo é ver e tocar à rainha. A obra é uma descrição da Inglaterra dessa época através das vivências e aventuras de Perdita e seu amigo Adam.[58]
1952 Brother Dustyfeet
(sem edição em português)
O protagonista desta história ambientada na Inglaterra de Isabel I é Hugh Copplestone, um menino de Cornualles que é jogado de sua casa por sua tia. Hugh e seu cão Argos unem-se a um grupo de actores junto a viajam-nos de cidade em cidade até que se encontra com um antigo conhecido de seu pai quem lhe oferece uma nova oportunidade.[59]
1957 Lady in Waiting
(sem edição em português)
Esta é a primeira novela de Sutcliff dirigida a um público adulto. A protagonista é Bess Throckmorton, esposa de Walter Raleigh, um destacado marinho e político inglês baixo o reinado de Isabel I e Jacobo I. Bess é a que fica em casa enquanto seu marido vive um sinfín de peripecias.[60]
Século XVII editar

Durante boa parte do século XVII a Inglaterra e a Escócia viram-se sacudidas por uma série de conflitos internos por causa da luta entre a monarquia e o parlamento bem como devido à coexistencia de diferentes confessões cristãs. A autora ambientou três de seus livros nesta época. Dois durante as guerras civis e o terceiro sobre um líder escocês durante o convulso reinado de Jacobo I.

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1953 Simon
(sem edição em português)
Simon é o filho de um granjeiro puritano. Seu amigo Amias é filho de um doutor seguidor realista. Quando estoira a guerra Civil Inglesa a cada um deles se une a um bando diferente. A obra segue as vivências de Simon através de batalhas, feridas e os sentimentos para os de seu bando. Finalmente ambos se acabam encontrando e põem a prova sua amizade e capacidade para perdoar.[61]
1959 The Rider of the White Horse
(sem edição em português)
Os protagonistas são Thomas Fairfax, um nobre inglês geral durante a revolução inglesa e sua esposa Anne. Através de suas vivências a autora efectua um detalhado retrato da guerra civil que enfrentou a realistas e parlamentaristas na Inglaterra do século XVII.[62]
1983 Bonnie Dundee
(sem edição em português)
Bonnie Dundee é John Graham, I vice-conde de Dundee. A obra descreve as peripecias deste nobre escocês através das vivências e aventuras de Hugh Herriot. Hugh converte-se num de seus mais fiéis seguidores, tanto em seu período lutando contra os Covenanters como posteriormente em sua faceta de líder dos clãs escoceses favoráveis a Jaime II.[63]
Outros períodos editar
Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1975 We Lived in Drumfyvie
(sem edição em português)
Histórias que ocorrem num povo escocês ao longo de 700 anos. Histórias sobre seu castelo; seu taberna; batalhas sucedidas em seu arredores; ricos comerciantes de cera; caças de bruxas e devastaciones por pragas.[64]
1986 Flame-Coloured Taffeta
(sem edição em português)
A história situa-se no século XIX e discurre numa pequena comunidade da costa de Sussex onde o contrabando faz parte da vida normal. Os jovens Damaris e Peter vêem-se envolvidos em várias aventuras na que tem um grande protagonismo Tom Wildgoose, uma misteriosa personagem que um dia encontram ferido e ao que ajudam a se curar.[65]

Ambientadas em outros palcos editar

Rosemary Sutcliff escreveu muito poucas obras ambientadas fosse das ilhas britânicas. Só quatro das suas novelas históricas têm palcos diferentes. Três delas estão ambientadas na Grécia durante diferentes períodos e a quarta no império turco; esta última, com tudo, está baseada nas aventuras de um soldado escocês.

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1965 The Flowers of Adonis
(sem edição em português)
Ambientada na guerra do Peloponeso durante o século V a.C., A trama desta obra é a carreira do ateniense Alcibíades que é descrita principalmente através das vivências de uma série de personagens menores tais como um marinheiro, um soldado, uma rainha de Esparta ou uma jovem escrava de quem o herói se apaixona.[66]
1971 The Truce of Games
(também editado com o título:)
The Crown of Wild Olive
(sem edição em português)
Os acontecimentos desta novela ocorrem durante o período denominado clássico da história de Grécia. Durante uns jogos olímpicos, um jovem atleta ateniense faz amizade com outro atleta espartano. Atenas e Esparta estão em guerra, ainda que nesses momentos encontra-se interrompida por uma trégua que acabará quando finalize a olimpiada.[67]
1976 Blood Feud
(sem edição em português)
A trama desenvolve-se no Império bizantino durante o século X. A história se marca na época das viagens viquingues desse período e o Império bizantino. O protagonista é Justyn, um órfão inglês quem segue a seu maestro Thormond numa viagem através do Báltico e rios europeus até Constantinopla com o fim de perseguir aos autores da morte de seu pai.[68]
1987 Blood and Sand
(sem edição em português)
A acção desenvolve-se dentro do Império turco durante o século XIX. Narra a história baseada em factos reais de Thomas Keith, um soldado escocês que foi feito prisioneiro pelos turcos em 1807. A trama desenvolve as vivências de Thomas, seu estudo do árabe e do Corán, sua conversão ao Islão, sua posterior carreira como membro do Exército turco bem como nomeação como emir da cidade santa de Medina.[69]

Contos ilustrados editar

Além de magnífica escritora, Sutcliff também tinha uma notável habilidade como desenhista. A autora combinou ambas facetas em vários contos ilustrados de temática infantil mas com um grande conteúdo simbólico.

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1986 The Roundabout Horse
(sem edição em português)
Conto sobre um cavalo de tiovivo muito especial e as aventuras que uma menina chamada Jenny experimenta quando monta nele.[70]
1987 A Little Dog Like You
(sem edição em português)
A profundidade do livro é a diferença entre os anos de vida de um cão e de uma pessoa. Sutcliff resolve esta problema mediante a reencarnação do cão num peluche.[71]
1989 Little Hound Found
(sem edição em português)
Um cão abandonado é recolhido por uma família que o leva a sua casa. Nela já vivem outros dois cães desde faz tempo pelo que o recém chegado deverá se abrir um espaço em seu novo lar.[72]
1993 The Minstrel and the Dragon Pup
(sem edição em português)
Um trovador medieval encontra um ovo de dragão varado na praia. Depois de nascer, o trovador cuida-o e educa conseguindo fazer dele um dragão com um bom coração. O animal é sequestrado e acaba enjaulado para diversão do rei. Então, o trovador tenta conseguir o favor do monarca para libertá-lo.[73]
1993 Chess-dream in the Garden
(sem edição em português)
Fábula com reminiscências artúricas. A história desenvolve-se num jardim onde vivem umas figuras de xadrez que enquanto têm um animal de companhia, sonham com outro bem diferente. De repente, o jardim vê-se invadido por uma estranha horda de invasores.[74]

Ensaios editar

Aparte das suas obras de ficção, Sutcliff também escreveu alguns ensaios que representam uma pequena parte de sua produção literária. O mais conhecido deles foi seu autobiografia titulada Blue Remembered Hills.

Ano Título original Título da tradução
em português
Resumo
1960 Rudyard Kipling
(sem edição em português)
Nesta obra, Rosemary Sutcliff realiza um ensaio sobre a vida e obra deste escritor britânico que resultou ser uma de seus mais notáveis influências.[75]
1963 Blue Remembered Hills
(sem edição em português)
A obra é uma autobiografía que abarca os primeiros 25 anos de sua vida. Narra nela as mudanças de residência durante sua infância, a relação com seus pais, a solidão do isolamento em sua casa, sua educação e primeiro trabalho de desenhista, sua conversão como escritora bem como a estranha relação amorosa que teve com um ex militar.[76]
1965 Heroes and History
(sem edição em português)
Neste livro, Sutcliff detalha a história de dez heróis de Grã-Bretanha baseando nos factos contrastados e «limpando» suas histórias dos factos legendários. Igualmente, faz uma análise das diversas fontes que proporcionam a informação a respeito dos mesmos. As personagens tratadas na obra são: Artur, Robin Hood, Robert the Bruce, Carataco, Herevardo o Vigilante, Llewelin, William Wallace, Owain Glyndŵr e marquês de Montrose.[77]
1965 A Saxon Settler
(sem edição em português)
Neste ensaio a autora descreve como pôde ser um dos primeiros estabelecimentos em Inglaterra por parte de alguma tribo sajona.[78]
1978 Is Anyone There?
(sem edição em português)
Colaboração junto a outros autores num livro com artigos sobre os problemas emocionais e as causas de suicídio entre os jovens.[79]

Referências

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Bibliografia editar

Ligações externas editar

 
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Nota