Rutênia Vermelha ou Rus' Vermelha (em latim: Ruthenia Rubra, Rússia Rubra; ucraniano: Червона Русь, romanizado: Chervona Rus; polonês: Ruś Czerwona, Ruś Halicka; russo: Червонная Русь, romanizado: Chervonnaya Rus ') é um termo usado desde a Idade Média para os principados do sudoeste da Rússia de Quieve, ou seja, o Principado de Peremyshl e o Principado de Belz. Atualmente, a região compreende partes da Ucrânia ocidental e partes adjacentes do sudeste da Polônia. Também já incluiu algumas partes da Pequena Polônia, Podólia, margem direita da Ucrânia e Volínia. Centrada em Przemyśl (Peremyshl) e Belz, incluiu grandes cidades, como por exemplo: Chełm, Zamość, Rzeszów, Krosno e Sanok (agora todas na Polônia), assim como Lviv e Ternopil (agora na Ucrânia).[1]

Mapa do séc. XVIII da "Ucrânia, a Terra dos Cossacos", mostrando o nome Rutênia Vermelha (Rússia Rubra)

Mencionada pela primeira vez com esse nome em uma crônica polonesa de 1321, a Rutênia Vermelha foi a porção da Rutênia incorporada à Polônia por Casimiro, o Grande, durante o século XIV. A desintegração da Rus', Rutênia Vermelha foi contestada pelo Grão-Ducado da Lituânia (os Gediminidas), o Reino da Polônia (os Piastas), o Reino da Hungria e o Reino da Galícia- Volínia . Após as Guerras da Galícia-Volínia, por cerca de 400 anos a maior parte da Rutênia Vermelha tornou-se parte da Polônia como a voivodia rutena.[2]

Uma minoria de poloneses étnicos vive desde o início do segundo milênio nas partes do norte da Rutênia Vermelha. O exônimo "Rutenos" geralmente se refere a membros da etnia russina e/ou ucraniana.[3]

Ver também editar

 
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Referências editar

  1. Ent︠s︡yklopedii︠a︡ istoriï Ukraïny. V. A. Smoliĭ, В. А. Смолій, Instytut istoriï Ukraïny, "Naukova dumka", Інститут історії України, "Наукова думка". Kyïv: [s.n.] 2003–2019. OCLC 56112443 
  2. Lustracja województw Ruskiego, Podolskiego i Be·lskiego : 1564-1565 / 2. Krzysztof Ch·lapowski. Warszawa: Wydawn. Naukowe PWN. 2001. OCLC 643548169 
  3. "The dominant population of Galicia, or Red Rus', called itself “Rusyn” ... and was considered by Russophile authors to be Russian, or, more specifically, Little Russian. That view began to gain ground after the publication in the Russian Empire of a Russian translation of Pavol Šafárik's Slovanský národopis in 1843." (Serhii Plokhy, Lost Kingdom: The Quest for Empire and the Making of the Russian Nation, New York, Hachette, p. 168.