Síndrome (do grego συνδρομή «concurso, afluência», composto de σύν «com, junto» e tema de δρόμος «corrida», ou seja, "ocorrer conjuntamente"[1][2]) é um conjunto de sinais e sintomas que define as manifestações clínicas de uma ou várias doenças ou condições clínicas, independentemente da etiologia que as diferencia. Por exemplo, a Síndrome de Raynaud pode ser uma manifestação de várias patologias ou mesmo considerado idiopático quando o estudo do paciente não encontra uma causa plausível. Também a Síndrome meníngea (associação de cefaleias, vómitos, rigidez da nuca e fotofobia) pode ser o reflexo de patologias muito diferentes como hemorragia cerebral, meningite purulenta, tuberculose meníngea ou uma simples meningite vírica. Se os sinais são exclusivamente laboratoriais e não clínicos chama-se de síndrome laboratorial (termo semiológico) para realçar o fato de que não há sinais ou sintomas clínicos que evidenciem doença. A síndrome laboratorial está presente, por exemplo, em indivíduos portadores de vírus⁣, mas que não têm manifestações de doença. Várias patologias podem também apresentar anomalias laboratoriais comuns com sinais e sintomas clínicos diferentes.

As síndromes são usualmente denominadas pelo nome do médico ou cientista que primeiro os descreveu (por exemplo, a síndrome de Down ou a síndrome de Susac). Outras vezes (mais raramente) recebe o nome do paciente no qual foi diagnosticado pela primeira vez, ou ainda em referência à poesia, geografia ou história, como a síndrome de Estocolmo, em referência ao assalto ao Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo de 23 a 28 de agosto de 1973.[3]

Também se chama de síndrome certas situações em que a doença ainda não está bem declarada com todos os seus sinais e sintomas ou em que os sintomas são frustres como por exemplo a Síndrome gripal ou mesmo a gravidez.[4]

Com a evolução do nosso conhecimento algumas sintomatologias antes consideradas como reflexo de uma doença bem individualizada, provaram hoje corresponder a um conjunto de patologias diferenciadas e passaram a ser chamadas de síndrome: é o caso da síndrome de Parkinson ou parkinsonismo cuja patologia mais frequente, antes considerada a única, é a doença de Parkinson.

Algumas patologias são ainda chamadas de síndrome por razões históricas, pois o conjunto de sinais e sintomas foi descrito antes de se conhecer a etiologia e a fisiopatologia: é o caso da Síndrome da imunodeficiência adquirida[5] (SIDA), a síndrome metabólica ou a síndrome da disgenesia testicular.

Se com o tempo algumas doenças se tornaram síndromes, o inverso também ocorreu e algumas síndromes são hoje consideradas doenças: é o caso da síndrome da polimialgia idiopática difusa hoje chamado de Fibromialgia.

Entre as síndromes congênitas mais conhecidas estão a síndrome de Down (que corresponde a uma só doença), as síndromes bioquímicas ou metabólicas por erros inatos do metabolismo, e as síndromes displásicas ou displasias que constituem um conjunto de malformações, por exemplo, mesoendodérmicas, como as angiodisplasias.

Há ainda outras que são causadas pelas novas tecnologias, nomeadamente as derivadas das eólicas, tais com a síndrome da turbina[6]

Síndromes

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Ver também

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Referências

  1. Istituto dell'Enciclopedia Italiana. Vocabolario della lingua italiana: Sindrome. [S.l.]: Istituto dell'Enciclopedia Italiana 
  2. Michaelis, Moderno dicionário de Inglês-Português, Português-Inglês, Melhoramentos, S. Paulo,2000, ISBN 85-06-03123-0
  3. «Síndrome de Estocolmo». Consultado em 15 de dezembro de 2012 
  4. Enfermagem, Sou (16 de junho de 2018). «Lista de Síndromes». Sou Enfermagem. Consultado em 14 de abril de 2023 
  5. «A síndrome da SIDA». Consultado em 15 de dezembro de 2012 
  6. A “síndrome da turbina” existe — e um tribunal francês já determinou o pagamento de compensações por sua causa, ZAP, 18 de Novembro de 2021

Bibliografia

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  • Stedman Dicionário Médico - 23ª edição - Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1987 ISBN 85-226-0224-7
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