Sambas de Enredo 2010
Sambas de Enredo 2010 é um álbum com as músicas das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro para o carnaval de 2010. Foi lançado oficialmente no dia 2 de dezembro de 2009, pela Universal Music em parceria com a Gravasamba.[1] O disco foi gravado entre outubro e novembro de 2009, após as agremiações realizarem suas disputas de samba-enredo. Na primeira fase da produção, foram gravados na Cidade do Samba, ao vivo, algo que não ocorria desde o álbum de 1998, a bateria das escolas e o coro com a participação das comunidades. Na segunda fase, foram gravadas as bases de cavaco e violão no estúdio Cia. dos Técnicos, em Copacabana, no Rio. No mesmo local, foram gravadas as vozes dos intérpretes, encerrando a terceira fase, antes da mixagem e masterização.[2] O álbum foi produzido por Laíla e Mário Jorge Bruno, com direção artística de Zacarias Siqueira de Oliveira, e arranjos musicais de Alceu Maia e Jorge Cardoso.[3]
Sambas de Enredo 2010 | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Sambas de enredo de Escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro | |||||||
Lançamento | 2 de dezembro de 2009 | ||||||
Gravação | Entre outubro e novembro de 2009 | ||||||
Estúdio(s) | Cia. dos Técnicos Studios e Cidade do Samba Joãozinho Trinta | ||||||
Gênero(s) | Samba-enredo | ||||||
Duração | 1:09:16 | ||||||
Formato(s) | CD | ||||||
Gravadora(s) | Universal Music e Gravasamba | ||||||
Produção | Laíla e Mário Jorge Bruno | ||||||
Arranjos | Alceu Maia e Jorge Cardoso | ||||||
Cronologia de Escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro | |||||||
|
Campeão do carnaval de 2009, o Salgueiro estampou a capa do álbum e foi a faixa de abertura do disco com um samba sobre o hábito de ler. Vice-campeã de 2009, a Beija-Flor estampou a contracapa e apresentou um samba sobre os cinquenta anos de Brasília, na voz de Neguinho da Beija-Flor. O samba da Portela, que tem Diogo Nogueira entre os seus compositores, tem como tema a informática e a inclusão digital.[4] A obra foi criticada por apresentar, no refrão principal, um merchandising da Positivo, marca que patrocinou o desfile. A canção da Vila Isabel, em homenagem à Noel Rosa, foi composta por Martinho da Vila, e adaptada de outra música sua, "Presença de Noel". Foi a décima vitória de Martinho em disputas na escola.[5] Tendo como tema os desfiles e personalidades inesquecíveis do Sambódromo, a Grande Rio juntou dois sambas concorrentes. A obra teve assinatura de Arlindo Cruz, Carlos Senna, Emerson Dias, entre outros.[6] Assim como a Portela, a Grande Rio também recebeu criticas por inserir um merchan de sua patrocinadora, a Brahma, no refrão de seu samba.[7]
A obra da Mangueira homenageou a música brasileira e foi interpretada por três cantores, com alusivo gravado por Emílio Santiago.[8] O samba da Imperatriz Leopoldinense, sobre a religiosidade brasileira, marcou o retorno do intérprete Dominguinhos do Estácio à escola.[9] A canção da Viradouro, interpretada por Wander Pires, homenageou o México.[10] Segredos e mistérios foram os temas da composição da Unidos da Tijuca; enquanto a moda foi o enredo do Porto da Pedra.[11][12] O samba da Mocidade Independente aborda os paraísos idealizados pelo homem.[13] A União da Ilha, campeã do Grupo de Acesso em 2009, fez a junção de dois sambas concorrentes. Entre os compositores da obra, sobre Dom Quixote, estão Arlindo Neto e o intérprete da escola, Ito Melodia.[14]
O álbum recebeu criticas mistas. Foi elogiado o retorno das gravações ao vivo, mas a safra de sambas foi classificada como mediana.[15] As obras de Imperatriz e Vila Isabel foram apontadas como as melhores do ano pela crítica especializada.[16] No Desfile das Escolas de Samba, além de Vila e Imperatriz, Mangueira, Beija-Flor e Unidos da Tijuca também receberam nota máxima no quesito samba-enredo, desconsiderando as notas descartadas.[17] O samba da Imperatriz foi o mais premiado do ano, recebendo quatro prêmios, incluindo o Estandarte de Ouro, considerado o "óscar do carnaval".[18] O samba da Mangueira recebeu três prêmios. Do seu lançamento até o carnaval de 2010, o álbum esteve entre os mais vendidos do Brasil, chegando a ocupar a primeira posição do Top 20 Semanal da ABPD.[19]
Antecedentes
editarCampeão do carnaval de 2009, o Salgueiro manteve o carnavalesco Renato Lage e escolheu como tema de seu enredo, os livros. Vice-campeã de 2009, a Beija-Flor manteve sua comissão de carnaval e anunciou uma homenagem aos cinquenta anos de Brasília, patrocinado pelo governo do Distrito Federal, mas causou polêmica ao não abordar os escândalos de corrupção no enredo.[21] Terceira colocada, a Portela contratou os carnavalescos Amauri Santos e Alex de Oliveira, que elaboraram um enredo sobre a informática e a inclusão digital. O desfile da escola teve patrocínio da Positivo Tecnologia. Quarta colocada no carnaval anterior, a Unidos de Vila Isabel manteve o carnavalesco Alex de Souza e escolheu homenagear o cantor e compositor Noel Rosa, morto em 1937. O sambista era conhecido como o "poeta da vila", pela sua ligação com o bairro de Vila Isabel, onde está sediada a escola de samba. O enredo foi assinado pelo carnavalesco Alex de Souza, pelo historiador Alex Varela e pelo compositor Martinho da Vila.[20] A Grande Rio, quinta colocada em 2009, contratou Mestre Ciça e manteve o carnavalesco Cahê Rodrigues, que escolheu um enredo em homenagem aos desfiles e personagens mais marcantes do Sambódromo da Marquês de Sapucaí. A escola recebeu patrocínio da Cervejaria Brahma, gestora do Camarote N.º 1 da Sapucaí. Sexta colocada, a Estação Primeira de Mangueira elegeu o músico e compositor Ivo Meirelles como seu novo presidente e contratou Márcia Lage como sua nova carnavalesca, escolhendo como enredo a música brasileira. Após desentendimentos com a direção da escola, Márcia foi demitida em setembro de 2009, sendo substituída pelos carnavalescos Jaime Cezário e Jorge Caribé.[22] A escola também contratou um novo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Raphael e Marcella Alves, e os intérpretes Zé Paulo Sierra e Rixxah, para formar com Luizito um trio de cantores, apelidado de "os três tenores da Mangueira".
Após o sétimo lugar de 2009, a Imperatriz Leopoldinense e a carnavalesca Rosa Magalhães romperam a parceria de dezoito anos. A escola contratou o intérprete Dominguinhos do Estácio e o carnavalesco Max Lopes, que desenvolveu um enredo sobre a religiosidade brasileira e o sincretismo religioso.[9] Oitava colocada em 2009, a Unidos do Viradouro demitiu o carnavalesco Milton Cunha. Para substituí-lo, contratou o carnavalesco Edson Pereira e efetivou ao posto o diretor de carnaval Junior Schall, escolhendo um enredo sobre o México. A escola também trocou de intérprete, dispensando David do Pandeiro e contratando Wander Pires, demitido pela Mocidade. Nona colocada, a Unidos da Tijuca recontratou o carnavalesco Paulo Barros, lançado pela escola no Grupo Especial, e escolheu como enredo os segredos da humanidade. Décima colocada no carnaval anterior, a Unidos do Porto da Pedra contratou o carnavalesco Paulo Menezes e anunciou um enredo sobre a história das roupas. Penúltima colocada no carnaval de 2009, a Mocidade Independente de Padre Miguel, contratou o carnavalesco Cid Carvalho, que desenvolveu um enredo sobre os paraísos históricos e os idealizados pelo homem. A escola demitiu o intérprete Wander Pires e contratou David do Pandeiro, que estava na Viradouro. A poucos dias do desfile, Nêgo é contratado para formar dupla com David. Campeã do Grupo A de 2009, a União da Ilha do Governador retornou ao Grupo Especial após oito anos no acesso. A escola contratou a carnavalesca Rosa Magalhães, que desenvolveu um enredo sobre Dom Quixote de La Mancha e os sonhos impossíveis, incluindo o da própria escola de permanecer na primeira divisão do carnaval carioca.[7]
Escolha dos sambas
editarA Unidos de Vila Isabel foi a primeira escola a definir seu samba-enredo para o carnaval de 2010.[23] Apontado como favorito pela imprensa e por torcedores, o samba composto por Martinho da Vila, sozinho, foi escolhido vencedor. A escola cogitou não realizar disputa e encomendar o samba diretamente à Martinho, mas desistiu da ideia. A final ocorreu na quadra da agremiação, na madrugada do domingo, dia 4 de outubro de 2009, e foi acompanhada por cerca de cinco mil pessoas. Essa foi a décima vitória de Martinho em disputas da escola. Desde 1993, o compositor não assinava uma obra para a Vila Isabel.[5][24]
"É uma emoção enorme, porque levar um samba para a Avenida, no maior espetáculo da Terra, é algo indescritível. Fiz um samba-enredo de verdade. E é melhor ainda por ser uma homenagem a um gênio como Noel Rosa."
- —Martinho da Vila, sobre sua décima vitória na Unidos de Vila Isabel.[5]
Campeão de 2009, o Salgueiro foi a segunda agremiação a escolher o samba para o carnaval do ano seguinte. A final da disputa foi realizada na madrugada do domingo, dia 11 de outubro de 2009, e reuniu cerca de oito mil pessoas na quadra da escola.[25] O samba da parceria de Josemar Manfredini, Brasil do Quintal, Jassa, Betinho do Ponto e Fernando Magarça, confirmou o favoritismo e foi escolhido vencedor.[26] A Unidos do Porto da Pedra foi a terceira escola a definir seu samba. A final da disputa foi realizada na madrugada da segunda-feira, dia 12 de outubro de 2009, e acompanhada por cerca de cinco mil pessoas em sua quadra. O samba da parceria de Bira, Porkinho e Heitor Costa foi escolhido vencedor. Foi a terceira vitória de Porkinho na Porto da Pedra.[12][27]
A Portela realizou a final de sua disputa na madrugada do sábado, dia 17 de outubro de 2009. Cerca de dez mil pessoas passaram pela quadra da agremiação. O samba da parceria de Ciraninho, Rafael dos Santos, Diogo Nogueira, Naldo e Junior Scafura foi escolhido vencedor. Foi a quarta vitória consecutiva de Ciraninho e Diogo na Portela.[4][28]
"Essa escola é maravilhosa. A emoção de ganhar pela quarta vez é inexplicável. Esse ano a disputa foi muito difícil, foi uma das vitórias mais apertadas que tivemos."
- —Diogo Nogueira, sobre sua quarta vitória consecutiva na Portela.[4]
Quatro escolas realizaram suas finais de samba-enredo na madrugada do domingo, dia 18 de outubro de 2009. Na Mangueira, o samba vencedor foi da parceria de Renan Brandão, Machado, Paulinho Bandolim e Rodrigo Carioca. Todos venceram pela primeira vez na agremiação. O samba foi escolhido pelo presidente da escola, Ivo Meirelles, e causou surpresa por derrotar as parcerias favoritas, de Gusttavo Clarão e de Hélio Turco.[8] A Grande Rio optou pela junção dos sambas das parcerias de Arlindo Cruz e de Barbeirinho. Favorito a vencer a disputa, o samba de Arlindo teve uma pequena parte aproveitada, enquanto a maior parte da obra de Barbeirinho foi utilizada. Com isso, o samba final passou a ser assinado por Barbeirinho, Mingau, G. Marins, Arlindo Cruz, Emerson Dias, Levi Dutra, Carlos Senna, Chico da Vila, Da Lua, Isaac, Rafael Ribeiro e Juarez Pantoja.[6][29] A Viradouro escolheu como vencedor o samba da parceria de Floriano do Carangueijo, Gustavo Marbella e Sacadura Cabral.[10][30] Quase às sete horas da manhã do domingo, a Unidos da Tijuca anunciou a vitória da obra de Júlio Alves, Marcelinho Calil e Totonho. Foi a quarta vitória de Júlio na escola; e a terceira de Totonho.[31][11]
A União da Ilha do Governador escolheu seu samba na madrugada da segunda-feira, dia 19 de outubro de 2009 e, assim como a Grande Rio, optou por juntar dois sambas concorrentes. Por volta das duas horas da madrugada, o presidente da agremiação, Ney Filardi, anunciou a junção do samba da parceria de Arlindo Neto com o samba da parceria de Ito Melodia (intérprete oficial da escola). Da obra da parceria de Arlindo, foi utilizado o final da segunda estrofe, o refrão principal e a primeira estrofe; enquanto da obra da parceria de Ito, foi utilizado o refrão do meio e o início da segunda estrofe. Com isso, o samba final passou a ser assinado por Grassano, Gabriel Fraga, Márcio André Filho, João Bosco, Arlindo Neto, Gugu das Candongas, Marquinhus do Banjo, Barbosão, Ito Melodia e Léo da Ilha. Compositor mais jovem da escola, com dezessete anos, Arlindo Neto venceu sua primeira disputa de samba-enredo. Seu pai, Arlindo Cruz, acompanhou a final. Cerca de sete mil pessoas passaram pela quadra da escola.[14]
"Um tinha um refrão forte e uma primeira parte sensacional. O outro tinha um belo refrão do meio e uma segunda parte boa. Não podia desperdiçar nenhum dos dois."
- —Ney Filardi, presidente da União da Ilha, explicando a opção pela junção de dois sambas concorrentes.[14]
Na mesma data, a Mocidade Independente de Padre Miguel fez a final de sua disputa. Perto de cinco horas da manhã, o presidente da escola, Paulo Vianna, anunciou a vitória do samba de J. Giovanni, Zé Glória e Hugo Reis.[13][32] A Imperatriz Leopoldinense escolheu seu hino na madrugada da terça-feira, dia 19 de outubro de 2009. Favorito, o samba da parceria de Guga, Jeferson Lima, Flavinho, Gil Branco e Me Leva foi anunciado vencedor da disputa por volta das duas horas da madrugada. Essa foi a 15.ª vitória de Guga na Imperatriz, confirmando o compositor como um dos maiores vencedores de disputas de samba-enredo da história do carnaval carioca.[33]
"Há quatro anos eu chegava na final e não ganhava. Esse ano conseguimos fazer um bom samba e chegamos à vitória. Nunca aconteceu da escola abraçar com tanto carinho um samba durante a disputa."
- —O compositor Guga, sobre sua 15.ª vitória na Imperatriz.[33]
Na mesma noite, encerrando as disputas de samba do Grupo Especial, a Beija-Flor escolheu seu samba para 2010. Assim como na Imperatriz, venceu a obra apontada como favorita desde o início da disputa. Perto das três horas da madrugada foi anunciada a vitória da parceria de Serginho Sumaré, Picolé da Beija-Flor, Samir Trindade, Serginho Aguiar, Dílson Marimba e André do Cavaco.[34] Serginho Sumaré venceu pela terceira vez na escola. Picolé venceu pela segunda vez, sendo que a primeira foi há 29 anos, em 1981.[35]
Gravação
editarEnquanto as escolas escolhiam seus sambas, Zacarias Siqueira de Oliveira, diretor artístico do álbum, anunciou que ele seria gravado ao vivo, na Cidade do Samba Joãosinho Trinta, com o acompanhamento dos intérpretes, ritmistas e componentes de cada agremiação.[36] Desde o disco de 1998, as gravações não eram realizadas ao vivo.[37] A gravação do álbum foi dividida em três fases: gravação da bateria e do coro da comunidade, ao vivo, na Cidade do Samba; gravação de cavaco e violão no estúdio; e gravação de voz dos intérpretes no estúdio.
"Nossa intenção é de que o público aprenda os sambas de uma forma bem próxima de como serão cantados nos ensaios técnicos da Sapucaí e nos desfile oficiais."
- —Zacarias Siqueira, sobre a gravação do álbum.[36]
As gravações na Cidade do Samba começaram na terça-feira, dia 20 de outubro de 2009, com Salgueiro, Porto da Pedra e Portela. Na quarta-feira, dia 21, foi a vez de Grande Rio, Viradouro e Unidos da Tijuca gravarem suas obras. Mocidade, União da Ilha e Mangueira gravaram na quinta-feira, dia 22. Vila Isabel, Imperatriz e Beija-Flor encerraram os trabalhos na sexta-feira, dia 23. Nessa primeira fase, de gravações ao vivo, cada escola levou cerca de cinquenta ritmistas e cem componentes da comunidade para fazer um coral. No sábado, dia 23, foram gravadas as bases de cavaco e violão. E a partir da segunda-feira, dia 25, os intérpretes oficiais das escolas começaram a gravar os sambas no Cia. dos Técnicos, em Copacabana.[2] O álbum foi produzido por Laíla e Mário Jorge Bruno, com direção artística de Zacarias Siqueira de Oliveira, e arranjos musicais de Alceu Maia e Jorge Cardoso.[3]
Lançamento e design visual
editarO álbum foi lançado oficialmente no dia 2 de dezembro de 2009, reconhecido como Dia Nacional do Samba. No mesmo dia, a Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA) promoveu uma festa para convidados na Cidade do Samba, para apresentação do álbum. As doze agremiações se apresentaram com seus intérpretes e casais de mestre-sala e porta-bandeira, acompanhadas pela Bateria Furiosa, do Salgueiro, sob comando de Mestre Marcão. Na ocasião, foram homenageados o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, representado pelo secretário especial de Turismo do Rio, Antonio Pedro Figueira de Melo; o produtor televisivo Boni; o deputado e secretário municipal de Esporte e Lazer, Chiquinho da Mangueira; e o presidente da Associação das Velhas Guardas das Escolas de Samba do Rio, Ed Miranda. A apresentação da festa ficou a cargo de Jorge Perlingeiro.[1]
Tradicionalmente, a capa do álbum e seu design visual remetem à escola campeã do carnaval anterior, enquanto a contracapa remete à vice-campeã. Na capa de Sambas de Enredo 2010 foi utilizada uma imagem do fotógrafo Henrique Matos com o carro abre-alas do Salgueiro no carnaval de 2009, intitulado "Tambores da Academia". À frente da alegoria, aparece parte da ala "Maculelê". Além do título do álbum, a capa contém as inscrições "ao vivo" e "Salgueiro Campeão". As inscrições são nas cores do Salgueiro, vermelho e branco. Fabio Oliveira foi o responsável pela arte da capa. O CD também é vermelho, remetendo ao Salgueiro. O encarte contém as letras dos sambas com as bandeiras de cada escola.[38]
Na contracapa do álbum foi utilizada uma imagem, também do fotógrafo Henrique Matos, com o carro abre-alas de 2009 da Beija-Flor, intitulado "Egito Antigo - O Despertar do Hábito de se Banhar". É apresentada a inscrição "Beija-Flor vice-campeã" e o nome das escolas que compõem o álbum, com letras e detalhes nas cores branco e azul. Fabiano Feroli e Alberto Vilar foram os responsáveis pelo projeto gráfico.[3]
Faixas
editarTradicionalmente a lista de faixas segue a ordem de classificação do carnaval anterior. A primeira faixa é do campeão de 2009, Salgueiro; a segunda é da vice-campeã, Beija-Flor; e assim por diante. A última faixa é da escola que ascendeu do grupo de acesso, no caso, a União da Ilha do Governador, campeã do Grupo A de 2009 e promovida ao Grupo Especial de 2010.[3]
N.º | Título | Compositor(es) | Intérpretes e participações | Duração | |
---|---|---|---|---|---|
1. | "Histórias sem Fim" (Salgueiro) | Josemar Manfredini, Brasil do Quintal, Jassa, Betinho do Ponto e Fernando Magarça | Quinho | 5:44 | |
2. | "Brilhante ao Sol do Novo Mundo, Brasília do Sonho à Realidade, a Capital da Esperança" (Beija-Flor) | Picolé da Beija Flor, Serginho Sumaré, Samir Trindade, Serginho Aguiar, Dilson Marimba e André do Cavaco | Neguinho da Beija-Flor | 7:09 | |
3. | "Derrubando Fronteiras, Conquistando a Liberdade... Rio de Paz em Estado de Graça!" (Portela) | Ciraninho, Rafael dos Santos, Diogo Nogueira, Naldo e Junior Escafura | Gilsinho | 5:37 | |
4. | "Noel: A Presença do Poeta da Vila" (Vila Isabel) | Martinho da Vila | Tinga (Locução: Martinho da Vila) |
4:34 | |
5. | "Das Arquibancadas ao Camarote Nº 1. Um "Grande Rio" de Emoção na Apoteose do Seu Coração!" (Grande Rio) | Barbeirinho, Mingau, G. Marins, Arlindo Cruz, Emerson Dias, Levi Dutra, Carlos Senna, Chico da Vila, Da Lua, Isaac, Rafael Ribeiro e Juarez Pantoja | Wantuir | 6:00 | |
6. | "Mangueira É Música do Brasil" (Mangueira) | Renan Brandão, Machado, Paulinho Bandolim e Rodrigo Carioca | Luizito, Rixxah e Zé Paulo Sierra (Part.: Emílio Santiago) |
6:12 | |
7. | "Brasil de Todos os Deuses" (Imperatriz) | Jeferson Lima, Flavinho, Gil Branco, Me Leva e Guga | Dominguinhos do Estácio | 5:56 | |
8. | "México, o Paraíso das Cores, sob o Signo do Sol" (Viradouro) | Floriano do Carangueijo, Gustavo Marbella e Sacadura Cabral | Wander Pires | 6:38 | |
9. | "É Segredo!" (Unidos da Tijuca) | Julio Alves, Totonho e Marcelinho Calil | Bruno Ribas | 5:36 | |
10. | "Com que Roupa... Eu Vou? Pro Samba que Você Me Convidou" (Porto da Pedra) | Bira, Porkinho e Heitor Costa | Luizinho Andanças | 5:18 | |
11. | "Do Paraíso de Deus ao Paraíso da Loucura, Cada Um Sabe o que Procura" (Mocidade Independente) | J. Giovanni, Zé Glória e Hugo Reis | David do Pandeiro | 4:57 | |
12. | "Dom Quixote de La Mancha, o Cavaleiro dos Sonhos Impossíveis" (União da Ilha) | Grassano, Gabriel Fraga, Márcio André Filho, João Bosco, Arlindo Neto, Gugu das Candongas, Marquinhus do Banjo, Barbosão, Ito Melodia e Léo da Ilha | Ito Melodia | 5:02 | |
Duração total: |
1:09:16 |
Conteúdo musical
editar- 1. "Histórias sem Fim" (Salgueiro)
A faixa de abertura do álbum é do Salgueiro, campeão do carnaval de 2009. O disco abre com Quinho cantando o refrão principal do samba, sem percussão, apenas com batidas produzidas pelos ritmistas e pelas palmas do coro da comunidade. Após o intérprete soltar o grito de guerra, bateria e percussão entram completas, acompanhadas pelo coro. O samba aborda o hábito de ler e faz referência à gêneros da literatura e à bíblia ("o livro sagrado da vida"), tendo como ponto forte o seu refrão principal ("Uma história de amor / Sem ponto final / Academia do Samba é Salgueiro / No livro do meu carnaval"). A faixa termina com o refrão principal repetido quatro vezes e acompanhado com palmas pelo coro da comunidade salgueirense.[39]
- 2. "Brilhante ao Sol do Novo Mundo, Brasília do Sonho à Realidade, a Capital da Esperança" (Beija-Flor)
A faixa da Beija-Flor é a de maior duração do álbum, com pouco mais de sete minutos. A faixa abre com uma versão em samba dos primeiros acordes da ópera Il Guarany, de Carlos Gomes, tema de abertura do noticiário radiofônico A Voz do Brasil; seguida pelo grito de guerra do intérprete Neguinho da Beija-Flor. A canção tem como tema Brasília, e aborda desde a lenda do Lago Paranoá até a construção da capital federal do Brasil. Também faz referência à Juscelino Kubitschek ("A flor desabrochou nas mãos de JK"); Oscar Niemeyer ("Vem ver... A arte do mestre num traço um poema"); e aos candangos, migrantes que trabalharam na construção da capital ("Sou candango, calango e Beija-Flor!").[40]
- 3. "Derrubando Fronteiras, Conquistando a Liberdade... Rio de Paz em Estado de Graça!" (Portela)
A faixa da Portela é interpretada por Gilsinho. A canção aborda a informática e a inclusão digital, inserindo um merchandising do patrocinador do desfile, a Positivo Tecnologia, no verso "Faz da criança um cidadão / Positivo pra nação". A faixa é finalizada com o coro da comunidade gritando "Ah! Eu sou Portela!".[41]
- 4. "Noel: A Presença do Poeta da Vila" (Vila Isabel)
|
|
Problemas para escutar este arquivo? Veja a ajuda. |
Apesar de ter a letra mais extensa, o samba da Vila Isabel é o mais rápido do álbum, com quatro minutos e meio de duração. A faixa começa com o coro da comunidade saudando a bateria da escola (Swingueira de Noel), enquanto o intérprete Tinga solta seu grito de guerra. Após essa introdução, o compositor do samba, Martinho da Vila, apresenta a escola e o enredo e declara que o homenageado, Noel Rosa, "vai baixar na avenida". A primeira parte do samba é uma adaptação da canção "Presença de Noel", também de Martinho, em parceria com Gracia do Salgueiro. O samba da Vila difere dos demais quanto à estrutura musical. Enquanto os outros sambas apostam em dois refrões de quatro a cinco versos, o samba de Martinho apresenta um refrão central maior, com seis versos, e um refrão principal de apenas um verso.[20][42]
- 5. "Das Arquibancadas ao Camarote Nº 1. Um "Grande Rio" de Emoção na Apoteose do Seu Coração!" (Grande Rio)
A faixa da Grande Rio é interpretada por Wantuir. A canção aborda os desfiles que fizeram história no Sambódromo da Marquês de Sapucaí e homenageia personalidades como Joãosinho Trinta ("Quero mais que nota trinta pro talento do João"), Jamelão ("saudade da linda voz que se calou, eu sou cantor! / Eu sou cantor! / No seu protesto, nunca foi um puxador..."), e o gari Renato Sorriso ("E o sambista com sorriso divinal"). No refrão principal, o samba cita o Camarote N.º 1, da Brahma, patrocinadora do desfile; além de fazer menção ao slogan da marca ("Grande Rio, eu sou guerreiro / Sou brasileiro e faço meu ziriguidum / Vibra arquibancada, explode / O camarote número um").[43]
- 6. "Mangueira É Música do Brasil" (Mangueira)
A faixa da Mangueira é aberta por Emílio Santiago cantando um trecho da música "Bem Simples", do grupo Roupa Nova. Após uma saudação do coro da comunidade à bateria da Mangueira, os três intérpretes da escola declamam a saudação "minha Mangueira!", sendo seguidos pela inserção de um áudio de Jamelão, declamando a mesma saudação. O trecho com a voz de Jamelão, morto em 2007, foi retirado da gravação do samba mangueirense de 2003.[37] Luizito, Rixxah e Zé Paulo Sierra, se dividem na condução do samba, cada um cantando um trecho. A canção tem como tema a música brasileira e faz menção a diversos sucessos da MPB. A faixa é encerrada com o mesmo áudio de Jamelão utilizado no início.[44]
|
|
Problemas para escutar este arquivo? Veja a ajuda. |
- 7. "Brasil de Todos os Deuses" (Imperatriz)
A faixa da Imperatriz é interpretada por Dominguinhos do Estácio. A canção aborda a religiosidade brasileira, com referências aos rituais de adoração indígena, ao Cristianismo, e às religiões afro-brasileiras.[45]
- 8. "México, o Paraíso das Cores, sob o Signo do Sol" (Viradouro)
A faixa da Viradouro é interpretada por Wander Pires. A canção começa com o grito de guerra de Wander enquanto, ao fundo, a bateria toca uma versão em samba da música "Está Chegando a Hora", versão brasileira da canção mexicana "Cielito Lindo". O samba da Viradouro homenageia o México e faz referência à símbolos do país, como a tequila, o sombrero, o Dia dos Mortos, o forte tempero da culinária e os murais de Diego Rivera.[46]
|
|
Problemas para escutar este arquivo? Veja a ajuda. |
- 9. "É Segredo!" (Unidos da Tijuca)
A nona faixa, da Unidos da Tijuca, é interpretada por Bruno Ribas. O samba aborda temas como segredos e mistérios. A primeira estrofe do samba tem nove versos, seguida pelo refrão do meio, com quatro versos bisados. A segunda estrofe tem doze versos, seguidos pelo refrão principal, com quatro versos bisados.[47]
- 10. "Com que Roupa... Eu Vou? Pro Samba que Você Me Convidou" (Porto da Pedra)
A faixa do Porto da Pedra é interpretada por Luizinho Andanças. A canção tem como tema as roupas. O refrão principal, assim como o título da obra, faz referência à música "Com que Roupa?", de Noel Rosa.[48]
- 11. "Do Paraíso de Deus ao Paraíso da Loucura, Cada Um Sabe o que Procura" (Mocidade)
A faixa da Mocidade Independente é interpretada por David do Pandeiro. O samba tem como tema os paraísos históricos e os idealizados pelo homem. O refrão principal faz referência ao paraíso do carnaval.[49]
- 12. "Dom Quixote de La Mancha, o Cavaleiro dos Sonhos Impossíveis" (União da Ilha)
A última faixa do álbum é da União da Ilha. A faixa começa com um instrumental de música flamenca, enquanto o intérprete Ito Melodia faz seu grito de guerra. A canção resume a história de Dom Quixote de La Mancha, e cita outros personagens como Sancho Pança, Dulcinéia e o cavalo Rocinante. O início do samba festeja o retorno da escola ao grupo de elite ("Voltou a Ilha / Delira o povo de alegria"). O refrão principal faz referência ao "sonho impossível" da escola de permanecer no Grupo Especial ("A Ilha vem cantar / Mais um sonho impossível... Sonhar!"). A faixa é finalizada com o coro da comunidade saudando o retorno da Ilha com o grito "ôôô a União voltou", enquanto a bateria executa bossas em ritmo de funk.[50]
Crítica profissional
editarCríticas profissionais | |
---|---|
Avaliações da crítica | |
Fonte | Avaliação |
O Globo | [15] |
João Pimentel, do jornal O Globo, classificou a safra de sambas como mediana, argumentando que nenhuma obra se destacou no álbum. Segundo o jornalista, o samba do Salgueiro "traduziu bem o enredo"; a Beija-Flor "conseguiu um ótimo resultado, apoiado em uma boa melodia"; a Mangueira "apostou na simplicidade e deve emocionar"; o samba da Tijuca tem "uma boa melodia e um refrão bacana"; a Imperatriz tem "um enredo que deve se ajustar às características da tradicional escola de Ramos"; e a Vila Isabel "tenta, acertadamente, transitar entre o samba melodioso e poético com uma pegada mais acelerada, como mandam os tempos atuais". Entre os sambas razoáveis foram apontados o da Portela, com "uma boa melodia, mas uma letra não muito criativa"; da União da Ilha ("não convence muito"); da Mocidade ("a música também não ajuda muito"); do Porto da Pedra ("tenta ser engraçado, mas sem conteúdo"); e da Grande Rio ("se salva por pouco"). O samba da Viradouro foi apontado como o pior.[15]
Leonardo Bruno, do jornal Extra, destacou os sambas de Vila Isabel ("bela letra, melodia rica") e Imperatriz ("melodia linda, letra emocionante"); e também destacou o desempenho do intérprete Dominguinhos do Estácio ("em ótima forma"). Também foram elogiados os sambas da União da Ilha ("contagiante", "melodia gostosa e uma letra que conta bem a história de Dom Quixote") e Mangueira ("simples na descrição do enredo e com melodia fácil"), mas pontuou que a gravação da escola foi prejudicada pela divisão dos três intérpretes ("cada um cantando um pedaço da letra, como se fosse um jogral"). Para o jornalista, a Mocidade tem "um samba animado com letra valente"; o samba da Beija-Flor tem "letra longa" e "bons refrões"; da Grande Rio tem uma "letra que descreve bem o enredo"; da Portela tem "uma melodia gostosa, mas a letra sofre com um enredo difícil de ser contado"; da Tijuca tem "melodia simples, com algumas passagens interessantes", mas "uma letra que esconde o tema". Entre os destaques negativos, foram apontados o samba da Viradouro, que "passou em branco no disco, com uma melodia reta"; do Salgueiro com "letra pobre e superficial"; e do Porto da Pedra com "letra e melodia muito ruins".[16]
Os editores do site especializado Sambario elogiaram a volta das gravações ao vivo, mas fizeram ponderações. Para Marco Maciel, as baterias tiveram o som abafado pelo "forte coral" e os instrumentos de corda ficaram "praticamente ausentes na audição".[37] João Marcos criticou o ritmo acelerado das gravações.[51] Para Luiz Carlos Rosa, "a sonoridade dos instrumentos de corda é quase nulo".[52] Bruno Guedes classificou o coral como "alto e exagerado".[53] Sobre a safra, foram destacados os sambas de Vila Isabel e Imperatriz. Para Marco Maciel, o samba da Vila tem "requinte na melodia", com "poesia direta e, ao mesmo tempo, encantadora"; enquanto Imperatriz "impressionou pela força de seu refrão principal" e "pelo clamor de sua melodia, que alterna lirismo e valentia". Além de Vila e Imperatriz, Cláudio Carvalho elogiou os sambas da Beija-Flor ("melodia em tom predominantemente menor e letra bem elaborada, embora um tanto quanto grande") e da União da Ilha ("letra simples e emocionante, combinada com melodia redondinha").[54] Para João Marcos o samba da Mangueira tem bons refrões e melodia interessante; o da Mocidade "é uma marcha assumidíssima"; enquanto o do Salgueiro "se não é uma obra-prima, é simpática e uma audição divertida" com destaque para o refrão principal classificado como "um arrasa-quarteirão daqueles que a escola não tinha há muito tempo".[51] Para Luiz Carlos Rosa, o samba da Portela tem um bom refrão principal e uma melodia agradável "com bons momentos no final da segunda parte"; e o samba da Unidos da Tijuca "tem refrões razoáveis e uma melodia que não compromete".[52] Marco Maciel apontou que o samba da Viradouro tem "melodia complexa e bem variada, aliada a uma letra extensa, de boa qualidade"; enquanto o da Grande Rio é "longo, com a letra um tanto irregular e tendência de arrastamento".[37] O samba do Porto da Pedra foi um dos mais criticado pelos editores do site. Para Weinny Eirado, a obra "possui algumas limitações, mas a abertura e o encerramento são sensacionais".[55]
Fábio Rodrigues, do Jornal Inverta, destacou os sambas da Imperatriz ("samba no estilo clássico sem oba-oba, bem cadenciado, mas com refrões fortes que impulsionam ao canto"); União da Ilha ("Apesar de ser o resultado de uma junção, houve um casamento perfeito entre as duas obras"); Mangueira ("O seu ponto de destaque é a construção melódica, variada e inovadora"); Vila Isabel ("uma melodia que conduz ao canto e uma letra com narrativa perfeita"); e Beija-Flor ("O refrão principal é muito forte e o do meio com um balanço envolvente"). Também foram bem avaliados os sambas do Salgueiro ("pra frente e de fácil leitura"); da Viradouro ("Sua parte melódica é riquíssima") e do Porto da Pedra ("o ponto alto desta composição é sua construção melódica"). Também escreveu que no samba da Grande Rio, "os pontos altos ficam no refrão do meio e na segunda parte"; e no da Tijuca, "a primeira parte até o refrão do meio cumpre de forma bem simples o seu papel. Da segunda parte em diante, cresce em termos de letra e melodia". Entre os destaques negativos foram apontadas as obras de Mocidade ("é uma letra que mais confunde do que esclarece sobre o tema") e Portela ("enredo um tanto quanto confuso, utópico e de gosto duvidoso, que acabou dando em um samba com as mesmas características").[56]
Desempenho comercial
editarDo seu lançamento até o período de carnaval, o álbum esteve entre os mais vendidos do Brasil, chegando a ocupar a primeira posição do Top 20 Semanal da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD).[57]
Semana | Posição | Ref. |
---|---|---|
23 a 29 de novembro de 2009 | 2 | [58] |
14 a 20 de dezembro de 2009 | 3 | [59] |
4 a 10 de janeiro de 2010 | 2 | [60] |
18 a 24 de janeiro de 2010 | 2 | [61] |
25 a 31 de janeiro de 2010 | 3 | [62] |
1 a 7 de fevereiro de 2010 | 1 | [19] |
15 a 21 de fevereiro de 2010 | 5 | [63] |
22 a 28 de fevereiro de 2010 | 18 | [64] |
Os sambas no carnaval
editarNotas
editarA apuração do resultado do desfile das escolas de samba de 2010 foi realizada na quarta-feira de cinzas, dia 17 de fevereiro de 2010, na Praça da Apoteose.[65] Seguindo o regulamento do ano, foram descartadas a maior e a menor nota recebida em cada quesito, por cada escola. Cada quesito teve cinco julgadores, que avaliaram as escolas com notas de oito à dez, podendo ser fracionadas em décimos.[66]
Os sambas da Mangueira e da Vila Isabel foram os únicos a receberem nota máxima de todos os julgadores e, com os descartes, conquistaram trinta pontos no quesito. Beija-Flor, Imperatriz e Unidos da Tijuca também conquistaram os trinta pontos. As escolas receberam uma nota abaixo da máxima, mas ela foi descartada. A Tijuca foi campeã do carnaval. O samba mais despontuado pelos julgadores foi o da Viradouro. A escola foi a última colocada no carnaval, sendo rebaixada. Abaixo, o desempenho de cada samba, por ordem de pontuação alcançada.[17]
Legenda: Campeã Rebaixada |
Samba / Escola | Notas | Total com descartes | Total sem descartes | Colocação no carnaval | ||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
J1 | J2 | J3 | J4 | J5 | ||||
"Mangueira É Música do Brasil" (Mangueira) | 10 | 10 | 10 | 30 | 50 | 6.º lugar | ||
"Noel: A Presença do Poeta da Vila" (Vila Isabel) | 10 | 10 | 10 | 30 | 50 | 4.º lugar | ||
"Brasil de Todos os Deuses" (Imperatriz) | 10 | 10 | 10 | 30 | 49,9 | 8.º lugar | ||
"Brilhante ao Sol do Novo Mundo, Brasília do Sonho à Realidade, a Capital da Esperança" (Beija-Flor) | 10 | 10 | 10 | 30 | 49,9 | 3.º lugar | ||
"É Segredo!" (Unidos da Tijuca) | 10 | 10 | 10 | 30 | 49,9 | Campeã | ||
"Dom Quixote de La Mancha, o Cavaleiro dos Sonhos Impossíveis" (União da Ilha) | 9,9 | 10 | 9,9 | 29,8 | 49,6 | 11.º lugar | ||
"Das Arquibancadas ao Camarote Nº 1. Um "Grande Rio" de Emoção na Apoteose do Seu Coração!" (Grande Rio) | 9,8 | 10 | 10 | 29,8 | 49,4 | Vice-campeã | ||
"Histórias sem Fim" (Salgueiro) | 9,9 | 10 | 9,8 | 29,7 | 49,4 | 5.º lugar | ||
"Derrubando Fronteiras, Conquistando a Liberdade... Rio de Paz em Estado de Graça!" (Portela) | 9,8 | 9,8 | 9,8 | 29,4 | 49,1 | 9.º lugar | ||
"Do Paraíso de Deus ao Paraíso da Loucura, Cada Um Sabe o que Procura" (Mocidade) | 9,9 | 9,7 | 9,8 | 29,4 | 49,1 | 7.º lugar | ||
"Com que Roupa... Eu Vou? Pro Samba que Você Me Convidou" (Porto da Pedra) | 9,8 | 9,8 | 9,8 | 29,4 | 48,9 | 10.º lugar | ||
"México, o Paraíso das Cores, sob o Signo do Sol" (Viradouro) | 9,9 | 9,7 | 9,7 | 29,3 | 49 | 12.º lugar |
Premiações
editarO samba da Imperatriz foi o mais premiado de 2010. Abaixo, as premiações recebidas por cada samba:
- "Brasil de Todos os Deuses" (Imperatriz)
- Estandarte de Ouro [18]
- Gato de Prata [67]
- Plumas & Paetês Cultural [68]
- Troféu Rádio Manchete [69]
- "Mangueira É Música do Brasil" (Mangueira)
- "Noel: A Presença do Poeta da Vila" (Vila Isabel)
- Troféu Sambario [75]
Créditos
editarAo processo de elaboração do álbum se atribui os seguintes créditos:[3]
|
Base
|
Referências
- ↑ a b «Dia Nacional do Samba é festejado com lançamento do CD do Grupo Especial». http://liesa.globo.com. LIESA. 3 de dezembro de 2009. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 26 de junho de 2021
- ↑ a b Maria, Eliane (21 de outubro de 2009). «Coral das escolas surpreende na gravação de CD na Cidade do Samba». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b c d e (2009) Créditos do álbum Sambas de Enredo 2010 por Diversos, pg. 1-16 [CD]. Gravasamba (60252728242).
- ↑ a b c Bruno, Leonardo (17 de outubro de 2019). «Diogo Nogueira é campeão de samba pela quarta vez seguida na Portela». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b c Bruno, Leonardo (4 de outubro de 2009). «Martinho da Vila ganha a disputa de samba na Vila Isabel». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b Bruno, Leonardo (18 de outubro de 2009). «Grande Rio junta o samba de Arlindo Cruz com o de Barbeirinho». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b Bruno, Leonardo (18 de outubro de 2009). «Mangueira surpreende na escolha do samba-enredo para 2010». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b Migão, Pedro (19 de maio de 2010). «Samba de Terça – "Brasil de Todos os Deuses"». pedromigao.com.br. Pedro Migão - Ouro de Tolo. Consultado em 9 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b Bruno, Leonardo (18 de outubro de 2009). «Viradouro define o samba que vai homenagear o México no carnaval 2010». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b Marques, Guilherme (18 de outubro de 2009). «Unidos da Tijuca revela segredo e consagra Júlio Alves tricampeão». sidneyrezende.com. SRZD - Sidney Rezende. Consultado em 2 de junho de 2019. Arquivado do original em 20 de outubro de 2009
- ↑ a b Bruno, Leonardo (12 de outubro de 2009). «Porto da Pedra escolhe o samba que vai contar a história da moda». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b Bruno, Leonardo (19 de outubro de 2009). «Mocidade escolhe seu samba e coroa a madrinha da bateria Elza Soares». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b c Bruno, Leonardo (19 de outubro de 2009). «União da Ilha junta dois sambas em sua volta ao Grupo Especial». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2019
- ↑ a b c Pimentel, João (8 de dezembro de 2009). «Safra mediana no ano em que as baterias defendem suas agremiações». O Globo. p. 2 - Segundo Caderno. Consultado em 7 de abril de 2019. Arquivado do original em 7 de abril de 2019
- ↑ a b Bruno, Leonardo (3 de dezembro de 2009). «Uma breve avaliação dos sambas-enredo do carnaval 2010.». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b «Confira as notas da apuração no Rio». http://g1.globo.com/. G1. 17 de fevereiro de 2010. Consultado em 2 de junho de 2018. Cópia arquivada em 6 de setembro de 2014
- ↑ a b «Estandarte de Ouro 2010». O Globo. Consultado em 26 de março de 2017. Arquivado do original em 26 de março de 2017
- ↑ a b «TOP 20 Semanal - ABPD (1 a 7 de fevereiro de 2010)». Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). Consultado em 8 de junho de 2019. Arquivado do original em 1 de julho de 2012
- ↑ a b c Migão, Pedro (4 de maio de 2010). «Samba de Terça – "Noel, a Presença do Poeta da Vila"». pedromigao.com.br. Pedro Migão - Ouro de Tolo. Consultado em 9 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ Bruno, Leonardo (2 de dezembro de 2009). «Beija-Flor não quer associar seu enredo aos escândalos de Brasília». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ Silva, Fábio (7 de setembro de 2010). «Mangueira demite Márcia Lage. Jorge Caribé e Jaime Cezário são os novos carnavalescos». Galeria do Samba. Consultado em 29 de outubro de 2023
- ↑ «Vila é a primeira a definir o samba: venceu Martinho». http://liesa.globo.com/. LIESA. 4 de outubro de 2009. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ «Samba da Vila Isabel para o carnaval 2010 é de Martinho da Vila». http://g1.globo.com/. G1. 10 de outubro de 2009. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ «Oito mil fazem a festa no Salgueiro». liesa.globo.com. LIESA. 12 de outubro de 2009. Consultado em 3 de julho de 2021. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ Bruno, Leonardo (11 de outubro de 2009). «Salgueiro já tem samba-enredo para lutar pelo bicampeonato». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ «Comunidade vibra com samba do Tigre». http://liesa.globo.com/. LIESA. 12 de outubro de 2009. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ Silva, Fábio (17 de outubro de 2009). «Portela já tem samba para 2010. Diogo Nogueira e parceiros vencem mais uma vez». http://www.galeriadosamba.com.br/. Galeria do Samba. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ «Paola Oliveira e o namorado, Joaquim Lopes, vão à quadra da Grande Rio». ego.globo.com. 18 de outubro de 2009. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 21 de outubro de 2009
- ↑ «Afastada da Sapucaí, Adriana Bombom vai a ensaio na Viradouro, em Niterói». ego.globo.com. 18 de outubro de 2009. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 21 de outubro de 2009
- ↑ Bruno, Leonardo (18 de outubro de 2009). «Unidos da Tijuca anuncia seu samba quase às 7h da manhã». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ Brito, Vinicius (19 de outubro de 2009). «Deu o favorito da comunidade na Mocidade». www.clicrbs.com.br. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b Bruno, Leonardo (20 de outubro de 2009). «Imperatriz escolhe o samba de Guga pela décima quinta vez». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ Bruno, Leonardo (20 de outubro de 2009). «Beija-Flor já tem samba pra 2010: venceu a parceria de Serginho Sumaré». extra.globo.com. Extra. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ João, Alberto; Javoski, Rafaella (20 de outubro de 2009). «Após 29 anos, Picolé da Beija-Flor ganha samba-enredo na escola». sidneyrezende.com. SRZD - Sidney Rezende. Consultado em 2 de junho de 2019. Arquivado do original em 22 de outubro de 2009
- ↑ a b «Gravasamba anuncia novidades para o disco do Grupo Especial». liesa.globo.com. LIESA. 21 de setembro de 2009. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b c d Maciel, Marco. «Os sambas de 2010 por Marco Maciel». http://sambariocarnaval.com/. SambaRio Carnaval. Consultado em 8 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ Fonseca, Carlos Alberto. «Os Carros das Capas». www.sambariocarnaval.com. SambaRio Carnaval. Consultado em 3 de julho de 2021. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ LIESA 2010a, p. 242.
- ↑ LIESA 2010a, p. 318.
- ↑ LIESA 2010b, pp. 183-186.
- ↑ LIESA 2010b, p. 289.
- ↑ LIESA 2010b, p. 244.
- ↑ LIESA 2010b, pp. 356-362.
- ↑ LIESA 2010a, p. 74.
- ↑ LIESA 2010a, pp. 172-177.
- ↑ LIESA 2010a, p. 126.
- ↑ LIESA 2010b, pp. 103-105.
- ↑ LIESA 2010b, pp. 51-53.
- ↑ LIESA 2010a, p. 22.
- ↑ a b Marcos, João. «Os sambas de 2010 por João Marcos». http://sambariocarnaval.com. SambaRio Carnaval. Consultado em 8 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ a b Rosa, Luiz Carlos. «Os sambas de 2010 por Luiz Carlos Rosa». http://sambariocarnaval.com. SambaRio Carnaval. Consultado em 8 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ Guedes, Bruno. «Os sambas de 2010 por Bruno Guedes». http://sambariocarnaval.com. SambaRio Carnaval. Consultado em 8 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ Carvalho, Cláudio. «Os sambas de 2010 por Cláudio Carvalho». http://sambariocarnaval.com. SambaRio Carnaval. Consultado em 8 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ Eirado, Weinny. «Os sambas de 2010 por Weinny Eirado». http://sambariocarnaval.com. SambaRio Carnaval. Consultado em 9 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ Rodrigues, Fábio. «Sambas enredo 2010: Grandes obras e promessa de um belo desfile na Sapucaí». Jornal Inverta. Consultado em 9 de junho de 2019
- ↑ «Sambas de Enredo 2010 é um dos CDs mais vendidos». https://entretenimento.r7.com/. R7. 31 de dezembro de 2009. Consultado em 9 de junho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2021
- ↑ «TOP 20 Semanal - ABPD (23 a 29 de novembro de 2009)». Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). Consultado em 8 de junho de 2019. Arquivado do original em 1 de julho de 2012
- ↑ «TOP 20 Semanal - ABPD (14 a 20 de dezembro de 2009)». Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). Consultado em 8 de junho de 2019. Arquivado do original em 1 de julho de 2012
- ↑ «TOP 20 Semanal - ABPD (4 a 10 de janeiro de 2010)». Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). Consultado em 8 de junho de 2019. Arquivado do original em 1 de julho de 2012
- ↑ «TOP 20 Semanal - ABPD (18 a 24 de janeiro de 2010)». Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). Consultado em 8 de junho de 2019. Arquivado do original em 7 de julho de 2012
- ↑ «TOP 20 Semanal - ABPD (25 a 31 de janeiro de 2010)». Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). Consultado em 8 de junho de 2019. Arquivado do original em 7 de julho de 2012
- ↑ «TOP 20 Semanal - ABPD (15 a 21 de fevereiro de 2010)». Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). Consultado em 8 de junho de 2019. Arquivado do original em 10 de julho de 2012
- ↑ «TOP 20 Semanal - ABPD (22 a 28 de fevereiro de 2010)». Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). Consultado em 8 de junho de 2019. Arquivado do original em 11 de julho de 2012
- ↑ «Com enredo 'do Orkut', Unidos da Tijuca encerra jejum e vence carnaval do Rio». http://g1.globo.com. G1. 17 de fevereiro de 2010. Consultado em 2 de junho de 2018. Cópia arquivada em 14 de outubro de 2011
- ↑ «Notas 2010». Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Cópia arquivada em 16 de março de 2021
- ↑ «Troféu Gato de Prata 2010». Site Tico do Gato. Consultado em 22 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 8 de junho de 2016
- ↑ «Prêmio Plumas e Paetês 2010». Site Academia do Samba. Consultado em 21 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 3 de março de 2016
- ↑ «Troféu Rádio Manchete 2010». Site Galeria do Samba. Consultado em 27 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 15 de novembro de 2015
- ↑ «Estrela do Carnaval 2008-2014». Site Carnavalesco. Consultado em 11 de setembro de 2017. Arquivado do original em 10 de março de 2016
- ↑ «Compositores da Mangueira são só alegria com o prêmio». Site SRZD - Sidney Rezende. Consultado em 9 de junho de 2019. Cópia arquivada em 9 de junho de 2019
- ↑ «Tamborim de Ouro 2010». Site Academia do Samba. Consultado em 22 de abril de 2017. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2013
- ↑ «Troféu Tupi 2010». Site Revista Apolice. Consultado em 27 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 27 de setembro de 2017
- ↑ «Troféu Tupi 2010». Site Segfoco. Consultado em 27 de setembro de 2017. Arquivado do original em 27 de setembro de 2017
- ↑ Maciel, Marco (19 de fevereiro de 2010). «Troféu Sambario 2010». Sambario. Consultado em 8 de setembro de 2021. Cópia arquivada em 18 de março de 2015
Bibliografia
editar- LIESA (2010a). Livro Abre-Alas 2010 (Domingo) (PDF). [S.l.: s.n.] Cópia arquivada (PDF) em 26 de junho de 2021
- LIESA (2010b). Livro Abre-Alas 2010 (Segunda-Feira) (PDF). [S.l.: s.n.] Cópia arquivada (PDF) em 26 de junho de 2021
Ver também
editarLigações externas
editar
Precedido por Sambas de Enredo 2009 |
Sambas de Enredo 2010 |
Sucedido por Sambas de Enredo 2011 |