Banco Santander (Brasil)

subsidiária brasileira de instituição bancária espanhola
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 Nota: Se procura pela subsidiária do Banco Santander em Portugal, veja Banco Santander Portugal.

Santander Brasil é a subsidiária do banco espanhol Santander no Brasil. Sediada em São Paulo, a operação brasileira entrou em atividade em 1982 e é parte integrante do Grupo Santander, principal conglomerado financeiro da Zona do Euro. É o terceiro maior banco privado do sistema financeiro do Brasil,[2][3] com ativos totais de R$ 605,3 bilhões e 31 milhões de clientes no final de 2014.[4]

Santander Brasil
Banco Santander (Brasil)
Razão social Banco Santander (Brasil) S.A.
Empresa de capital aberto
Slogan O que a gente pode fazer por você hoje?
Cotação B3SANB3, SANB4, SANB11
NYSE: BSBR
Atividade Serviços financeiros
Gênero Sociedade Anônima
Fundação 1982 (42 anos)
Sede Vila Olímpia, São Paulo, Brasil
Área(s) servida(s)  Brasil
Proprietário(s) Banco Santander
Presidente Mario Roberto Opice Leao
Empregados 52 603 (2022)[1]
Clientes +64,3 milhões (2023)
Produtos Banco
Banco de varejo
Banco de investimento
Private equity
Gestão de ativos
Private banking
Asset Management
Seguros
Empresa-mãe Grupo Santander
Subsidiárias Getnet
Superdigital
Sim
Prospera Microcrédito
Ben
Toro Investimentos
Valor de mercado Baixa R$ 105 bilhões (2022)[1]
Ativos Aumento R$ 1.04 trilhão (2022)[1]
Lucro Baixa R$ 12.57 bilhões (2022)[1]
LAJIR Baixa R$ 16.75 bilhões (2022)[1]
Faturamento Baixa R$ 52.92 bilhões (2022)[1]
Antecessora(s) Banco Real
Website oficial www.santander.com.br

Presente em todas as regiões do país, o banco possui cerca de 3 mil agências e 36 mil caixas eletrônicos (incluindo 24 Horas), além de possuir mais de 52 mil colaboradores e 60 milhões de clientes.[1]

Em 2022, foi considerado o terceiro banco mais rentável do mundo em retorno sobre o patrimônio (ROE).[5]

Histórico editar

Em 1997, o Santander anunciou a compra do Banco Geral do Comércio. No ano seguinte, adquiriu o Banco Noroeste. Em 2000, fechou dois grandes negócios: em janeiro, comprou o Conglomerado Meridional, formado pelo Banco Meridional e Banco Bozano, Simonsen, e fez sua maior aquisição na época, ao vencer o leilão de privatização do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), com uma oferta de mais de R$ 7,05 bilhões.[6]

Sete anos depois, o banco participou da maior operação do setor financeiro mundial: a compra, por 71 bilhões de euros, do banco holandês ABN AMRO pelo consórcio formado pelo Santander e os bancos Fortis e RBS.[7] Com isso, o Santander assumiu os bancos Antonvenetta, da Itália (vendido meses depois) e Banco Real. O Santander e o Banco Bonsucesso firmaram um acordo para a criação da instituição Bonsucesso Consignado para operações de crédito consignado, que a partir de 2016 passou a se chamar Olé Consignado,[8] em 2020 o Santander adquiriu de forma integral o controle da instituição[9] e no mesmo ano o Santander incorporou o Olé.[10]

Em abril de 2014, o Santander Brasil anunciou a compra da Getnet, empresa fornecedora de máquinas de cartões e soluções de processamento transações eletrônicas, por R$ 1,104 bilhão,[11] concluída em 31 de julho de 2014 após aval dos órgãos regulatórios brasileiros.[12] As máquinas de cartões eletrônicas, também conhecidas como as "vermelhinhas", vêm com a tecnologia do 3G embutida e já estão sendo comercializadas.[13] Em 2021, a Getnet lançou suas ações na bolsa no qual onde foi desmembrada do Santander[14] e no ano seguinte realizou sua oferta pública de ações depois de oito meses na bolsa.[15]

Para o final de 2017, o Santander previu o lançamento de um conjunto de soluções em comunicação por campo de proximidade, tecnologia que permite efetuar pagamentos apenas aproximando o aparelho celular de um leitor móvel, por exemplo. O objetivo da instituição é ir além dos smartphones equipados com NFC e incluir dispositivos vestíveis, como pulseiras à prova d’água, stickers e adesivos que clientes podem utilizar para substituir os cartões.[16]

Em julho de 2019, o Santander anunciou o lançamento de uma plataforma de microcrédito para disputar com fintechs e startups do segmento financeiro. O serviço realizará renegociação de dívidas e concessão de seguros para automóveis, entre outros serviços, principalmente com foco em pessoas físicas e financiamento de consumo.[17]

Em setembro de 2020, o Santander adquiriu 60% das ações da Toro Investimentos, por meio da sua subsidiária Pi Investimentos.[18] Três anos depois, em 2023, o Santander adquiriu o restante da empresa se tornando uma subsidiária integral do banco.[19]

Em 2022, foi considerado o terceiro banco mais rentável do mundo, com ROE de 18,9% e US$ 172,6 bilhões em ativos. Atrás apenas dos americanos Capital One (US$ 432,4 bi em ativos e ROE de 20,4%) e Ally Financial (US$ 182,1 bi em ativos e ROE de 19,3%).[5]

Galeria editar

Referências

  1. a b c d e f g «Informe de Resultados 2022» (PDF). Santander Brasil RI. pp. 1–3, 16, 22, 31–32. Consultado em 3 de fevereiro de 2023 
  2. «Sudamérica | Santander Banco». Santander (em espanhol). Consultado em 3 de fevereiro de 2023 
  3. «Santander no Brasil». Santander Brasil. Consultado em 6 de abril de 2022 
  4. [1]
  5. a b «Brasil tem 4 dos 10 bancos mais rentáveis do mundo». ISTOÉ DINHEIRO. 19 de abril de 2022. Consultado em 29 de agosto de 2022 
  6. «Banco Santander compra 97% do Meridional». Jornal Diário do Grande ABC. Consultado em 3 de fevereiro de 2023 
  7. «BC aprova compra do ABN Amro Real pelo Santander». Estadão. 24 de julho de 2008. Consultado em 3 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 4 de março de 2014 
  8. «"Santander e Bonsucesso se unem para criar novo banco"». Exame. 31 de julho de 2014. Consultado em 31 de Julho de 2014 
  9. «Santander compra mais 40% do Banco Olé por R$1,6 bilhão». Exame. 30 de janeiro de 2020 
  10. «Acionistas do Santander votam pela extinção do Banco Olé em assembleia virtual». Época Negócios. 30 de agosto de 2020 
  11. «Santander Brasil compra GetNet por R$ 1,104 bilhão». Estadão. 7 de abril de 2014. Consultado em 1 de março de 2016 
  12. «Santander conclui compra de operações da GetNet por R$ 1,1 bilhão». Estadão. 31 de julho de 2014. Consultado em 1 de março de 2016 
  13. «GetNet, do Santander, faz ofensiva à PagSeguro e começa a vender 'maquininha'». ISTOÉ DINHEIRO. 19 de setembro de 2017 
  14. «Getnet (GETT11) ganha vida própria e estreia na B3 com o pé direito; ações ordinárias e preferenciais chegam a disparar mais de 100%». Seu Dinheiro. 18 de outubro de 2021 
  15. «Getnet (GETT11) pede para sair da bolsa 7 meses depois de IPO». Money Times. 20 de maio de 2022 
  16. «Pagamento por smartphone: entenda por que vale a pena investir nessa tecnologia». UOL DIVEO. 11 de julho de 2018. Consultado em 18 de julho de 2018 
  17. «Santander irá lançar plataforma de crédito para brigar com fintechs». Exame. 24 de julho de 2019. Consultado em 29 de julho de 2019 
  18. «Santander compra 60% da corretora Toro». Exame. 29 de setembro de 2020 
  19. «Santander anuncia aquisição integral da Toro Investimentos». Valor Econômico. 7 de junho de 2023 
  20. http://www.gazetapopular.com.br/Figuras/pagina03_1290.pdf

Ligações externas editar

 
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Ver também editar