Sergio Faraco (Alegrete, 25 de julho de 1940)[1] é um escritor brasileiro.

Sergio Faraco
Nascimento 25 de julho de 1940 (83 anos)
Alegrete, Rio Grande do Sul
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Escritor
Período de atividade 1974-2004
Prémios Prêmio ABL de Ficção romance teatro e conto (1999)
Magnum opus Dançar tango em Porto Alegre

Antes de estrear na literatura, Sergio Faraco viveu na União Soviética (1963-1965), quando estudou ciências sociais no Instituto Internacional de Ciências Sociais, em Moscou. No retorno ao Brasil, graduou-se em direito.[2]

Desde a publicação de seu primeiro livro de contos, Sergio Faraco tem recebido boa recepção da crítica literária. A obra Idolatria, de 1970, foi comparada em qualidade a outros importantes escritores do Rio Grande do Sul que começavam a se destacar, como Caio Fernando Abreu e Moacyr Scliar[3] A crítica Rita Canter, em matéria do jornal Correio do Povo o considerou então “um autor gaúcho de primeira linha entre os novíssimos”[4]

Tido como rigoroso com sua produção, Faraco publicou, nos primeiros 25 anos de atividade literária, uma média de dois contos por ano. O também escritor gaúcho, Luiz Antônio de Assis Brasil afirmou que “suas frases são escritas, depois refeitas, depois submetidas a uma autocrítica feroz, transfigurando-se em objeto artístico do mais alto nível”.[5]

Sergio Faraco reside em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é casado e tem três filhos.

Temas recorrentes editar

Nas cidades, seus personagens tendem a exprimir solidão e fragilidade, características que o autor destaca nos centros urbanos.[6]

A obra nas telas editar

Em 2008 a Rede Globo de Televisão negociou os direitos autorais para a produção de uma séria baseada no conto Dançar Tango em Porto Alegre, como parte do Projeto Quadrantes, do diretor Luiz Fernando Carvalho. No entanto, o projeto acabou adiado.

Três de seus contos foram levados às telas em produções regionais:Travessia(2002), dirigido por Diego de Godoy; A Dama do Bar Nevada (2005), dirigido por Bruno Gonçalves e Um Aceno na Garoa (2006), dirigido por Mario Nascimento.[7]

Principais Premiações editar

Sergio Faraco recebeu por três vezes o Prêmio Açorianos de Literatura (1995, 1996 e 2001), principal premiação cultural do município de Porto Alegre-RS. Em 1999, recebeu o Prêmio Nacional de Ficção da Academia Brasileira de Letras. Em 2008 foi agraciado com a Medalha Cidade de Porto Alegre.

Obras do Autor editar

Seus contos foram publicados nos seguintes países: Alemanha, Argentina, Bulgária, Chile, Colômbia, Cuba, Estados Unidos, Paraguai, Portugal, Uruguai e Venezuela.

Ficção editar

  • Idolatria.Alegrete: Cadernos do Extremo Sul, 1970
  • Depois da primeira morte.Porto Alegre: Bels, 1974
  • Hombre.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978
  • Manilha de espadas.Rio de Janeiro: Philobiblion, 1984
  • Noite de matar um homem.Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986
  • Doce paraíso.Porto Alegre: L&PM, 1987
  • A dama do Bar Nevada.Porto Alegre: L&PM, 1987
  • Majestic Hotel.Porto Alegre: L&PM, 1991
  • Contos completos.Porto Alegre: L&PM, 1995
  • Dançar Tango em Porto Alegre.Porto Alegre: L&PM, 1998
  • Rondas de escárnio e loucura.Porto Alegre: L&PM, 2000
  • Dall’altra sponda / Da outra margem.Porto Alegre; Veneto: Câmera di Commercio Italiana & Regione Del Veneto, 2004
  • Contos completos.Porto Alegre: L&PM, 2004. 2ª ed. ampliada.
  • Noite de matar um homem.Porto Alegre: L&PM, 2008. 2ª ed. ampliada e ilustrada
  • Doce paraíso.Porto Alegre: L&PM, 2008. 2ª ed. ampliada e ilustrada

Memórias editar

  • Lágrimas na chuva: uma aventura na URSS.Porto Alegre: L&PM, 2002

Crônicas editar

  • O chafariz dos turcos.Porto Alegre: L&PM, 1990 (esgotado)
  • A lua com sede.Porto Alegre: L&PM, 1993
  • Gregos & Gringos.Porto Alegre: Mercado Aberto, 1998
  • Viva o Alegrete!.Porto Alegre: Edição Fora de Comércio, 2000
  • Viva o Alegrete: histórias da fronteira.Porto Alegre: L&PM, 2001
  • Histórias dentro da história.Porto Alegre: L&PM, 2005
  • O pão e a esfinge seguido de Quintana e eu. Porto Alegre: L&PM, 2008

Ensaio editar

  • Tiradentes a alguma verdade (ainda que tardia).Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980

Organização editar

  • Camões - sonetos para amar o amor.Porto Alegre: LP&M, 1997

Referências

  1. «Cronologia». Consultado em 31 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 5 de outubro de 2011 
  2. Biografia
  3. GOMES, Duílio. Sérgio Faraco: o conto que vem do sul. Suplemento literário de Minas Gerais, Belo Horizonte, n. 417, p. 11, 1974.
  4. CANTER, Rita. Um contista que surge. Correio do Povo, Porto Alegre, 06 de junho de 1970. Caderno de Sábado, p. 5.
  5. ASSIS BRASIL, Luis Antônio. Dicionário prático de literatura brasileira. Porto Alegre: Edições de Ouro, 1979
  6. A Obra de Sergio Faraco
  7. Filmes