Sapo

designação genérica de tipos de anfíbios
 Nota: Para outros significados, veja Sapo (desambiguação).

Sapo é uma designação genérica de anfíbios da ordem Anura predominantemente terrestres, com pele rugosa, e glândulas parotoides semelhantes a verrugas.[1] É usado especialmente em relação a membros da família Bufonidae. No entanto, não sendo uma designação científica, aplica-se também a algumas espécies de outras famílias como Bombinatoridae, Discoglossidae, Pelobatidae, Rhinophrynidae, Scaphiopodidae e Microhylidae. Por exemplo, o sapo-parteiro pertence à família Discoglossidae, à qual pertencem também as rãs-pintadas. A semelhança física dos sapos de famílias diferentes deve-se a evolução convergente em ambientes secos.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaSapo
Bufo viridis
Bufo viridis
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Várias (ler texto)

Existem cerca de 4 800 espécies de sapos.[carece de fontes?] A maioria deles vive próximo a uma fonte de água, muito embora existam sapos que vivam em ambientes húmidos que são considerados ambientes aquáticos, como a serapilheira de florestas tropicais húmidas. A necessidade de água é mais premente para os ovos e os girinos do sapo, e algumas espécies utilizam poças temporárias e água acumulada nos ramos de plantas, como as bromélias como sítio de criação.

Os sapos se distinguem das rãs pelas membranas interdigitais pouco desenvolvidas e pela pele mais seca e rugosa. Geralmente, vivem em ambiente mais seco.

Os anfíbios dependem da água para a postura de ovos, pois estes não têm casca, e para manter a pele húmida, necessário para a realização da respiração cutânea na qual a troca de gases é feita pela pele. A respiração cutânea é necessária pois a respiração pulmonar não é completamente eficiente.

Depois de alguns dias, dos ovos saem girinos que respiram por brânquias, têm uma cauda e não têm pernas. Com o tempo o girino vai perdendo a cauda, desenvolvendo pernas posteriores e anteriores e trocando a respiração branquial pelas respirações pulmonar e cutânea até deixar a água ao término das transformações.

Os sapos se alimentam de insetos e capturam suas presas lançando para fora da boca a língua musculosa, longa e pegajosa, que é presa ao assoalho da boca pela extremidade anterior.

Reprodução editar

 
Sapos num amplexo

Quando chega sua época de reprodução, na primavera, os sapos coaxam para atrair as fêmeas. Quando se encontram, o macho abraça a fêmea por até 15 dias ou mais, posicionado sobre ela. Durante o abraço, macho e fêmea eliminam seus gametas no mesmo instante.

Formam-se então ovos, envolvidos por muco, para que assim se prendam com facilidade em pedras e em plantas aquáticas.

Após algum tempo, os girinos saem dos ovos, já sabendo nadar e fazendo ativamente.

Locomoção editar

 
Sapo

As patas traseiras do sapo estão adaptadas para nadar e pular. Os fortes músculos extensores da coxa se contraem, estendendo o membro e empurrando o pé contra o chão ou contra a água. O impulso é transmitido através do corpo do sapo pela cintura pélvica e pela coluna, de modo que todo o animal seja empurrado para frente. A fim de escapar perigo pode pular longas distâncias, mas quatro espécies de anfíbios desenvolveram uma característica decididamente diferente: uma preferência por andar.[2] Na água, os pés traseiros pregueados fornecem uma área de superfície maior para empurrar para trás na água. Os membros inferiores menores ajudam a dirigir quando o sapo está nadando e absorvem o choque de aterrissar após um salto em terra. Ao se deslocar da água para a terra ou sobre o solo áspero, o sapo vai rastejar em vez de pular.[3]

Exemplos em Portugal editar

Exemplos no Brasil editar

Ver também editar

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
  Livros e manuais no Wikilivros
  Imagens e media no Commons

Referências

  1. «Sapos e rãs: Animais de encantar». 10 de Fevereiro de 2010  ArcaDeNoé. Página acedida em 3 de Novembro de 2010.
  2. «These frogs walk instead of hop, video reveals». Science | AAAS (em inglês). 12 de junho de 2018 
  3. «Frogs - an Introduction. Biology article by D G Mackean». www.biology-resources.com. Consultado em 15 de junho de 2018 
  4. Vários (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal. [S.l.]: Esfera do Caos. 260 páginas. ISBN 9789896800055 
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