Shining Force

vídeojogo de 1992

Shining Force: The Legacy of Great Intention (シャイニング・フォース 神々の遺産 Shainingu Fōsu: Kamigami no Isan?, lit. "Shining Force: Herança dos Deuses") é um RPG tático baseado em rodadas lançado em 1992 para o console de jogo Mega Drive/Genesis. Embora gire em torno de temas tradicionais do gênero fantasia, o jogo também aborda elementos da ficção científica.

Shining Force
Desenvolvedora(s) Climax Entertainment
Sonic! Software Planning
Publicadora(s) Sega
Diretor(es) Yasuhiro Taguchi
Kenji Orimo
Produtor(es) Hiroyuki Takahashi
Escritor(es) Masaki Wachi
Kenji Orimo
Haruki Kodra
Hiroyuki Takahashi
Artista(s) Hidehiro Yoshida
Yoshitaka Tamaki
Compositor(es) Masahiko Yoshimura
Série Shining
Plataforma(s) Mega Drive/Genesis, Microsoft Windows, Game Boy Advance (remake), Wii (Virtual Console), Xbox 360, PlayStation 3, iOS
Lançamento Mega Drive/Genesis
  • JP: 20 de março de 1992
  • AN: Julho de 1993[1]
  • EU: Julho de 1993
Game Boy Advance
  • WW: 8 de junho de 2004
Wii (Virtual Console)[2]
  • JP: 10 de julho de 2007
  • AN: 23 de julho de 2007
  • PAL: 3 de agosto de 2007
iOS
  • WW: 29 de julho de 2010
Windows (Steam)
  • WW: 26 de janeiro de 2011
Gênero(s) RPG tático
Modos de jogo Um jogador
Shining in the Darkness
Shining Force Gaiden

O jogo foi re-lançado múltiplas vezes: no Sega Smash Pack Volume 1 para Dreamcast, Sega Smash Pack Volume 2 para Windows, Sonic's Ultimate Genesis Collection para Xbox 360 e PlayStation 3,[3] e como um jogo avulso para Wii através do serviço Virtual Console e para Windows através do Steam. Em 2004, um remake foi lançado para Game Boy Advance com o título Shining Force: Resurrection of the Dark Dragon; em 2010, o jogo foi lançado para iOS.

Jogabilidade

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Shining Force é um RPG eletrônico tático baseado em rodadas. Batalhas se desenrolam em uma grade xadrez, e cada unidade ocupa uma casa. Cada unidade pode mover um número fixo de casas; o número é determinado pela estatística "move". Dependendo de sua localização em relação a inimigos e aliados, uma unidade também pode desempenhar uma ação: atacar, lançar um feitiço, usar um item, ou vasculhar a área. Alguns comandos, como equipar ou descartar itens, não contam como ações. A ordem das rodadas é determinada pela agilidade da unidade e por um número aleatório.

Como é comum para o gênero de RPGs, unidades se tornam mais fortes conforme enfrentam inimigos ou desempenham outras ações em combate, como curar aliados. Essas ações dão a unidades pontos de experiência (EXP), que por sua vez lhes dão níveis.

Em Shining Force, cada unidade aliada é representada por um personagem com sua própria história e personalidade, de forma similar à série Fire Emblem. Embora não existam unidades "genéricas", exceto as do lado inimigo, a maioria dos personagens tem pouco ou nada a contribuir ao enredo quando se juntam ao exército do jogador.

Cada unidade aliada também possui uma classe, que define o conjunto de habilidades e especifica os feitiços e equipamentos aos quais uma unidade tem acesso. Uma unidade pode ser promovida para outra classe em qualquer nível entre 10 e 20. Ao promover o personagem, seu nível é redefinido para 1 e suas estatísticas são reduzidas por uma quantidade fixa, embora elas comecem mais altas se o personagem tiver sido promovido em um nível maior.

As metas de batalha do jogador são simples: elimine todos os inimigos, elimine o líder inimigo, ou avance para uma cidade ou ponto de referência. O lado inimigo é declarado vitorioso se os inimigos eliminarem o líder do jogador (Max), ou se o jogador fugir da batalha lançando o feitiço "egress". Mesmo se o exército do jogador for derrotado, o jogador pode recuperar seus aliados e tentar a batalha novamente. A experiência obtida é preservada, não importando o resultado da batalha. Assim, não há cenário de fim de jogo, e o exército do jogador se torna cada vez mais forte mesmo quando é derrotado, embora a derrota de Max faça com que o jogador perca metade do seu dinheiro.

Shining Force também conta com um modo de exploração que ocorre fora da batalha. Esse modo de jogo é essencialmente um RPG tradicional no estilo japonês, seguindo na trilha de Final Fantasy ou Dragon Quest, embora o jogador não vá se deparar com labirintos e encontrará poucos quebra-cabeças para resolver. Nesse modo, o exército inteiro do jogador é representado por Max, que é capaz de percorrer, interagir com pessoas, encontrar tesouros, comprar equipamentos e itens, equipar o exército, e escolher quais membros do exército participarão das batalhas.

Enredo

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O jogo começa no reino de Guardiana, na terra de Rune. O protagonista, Max, é mandado em uma missão para impedir o maligno Kane, comandante das hordas de Runefaust, de abrir o Shining Path e ressuscitar o Dark Dragon. No caminho, Max recruta alguns aliados para se juntarem ao exército de Shining Force. Eles mais tarde descobrem que Kane e King Ramladu estão sendo manipulados por Darksol. No final, Darksol consegue trazer o Dark Dragon de volta à vida, mas Max consegue aprisionar a criatura usando o poder do Chaos Breaker, uma espada criada pela união de uma espada da luz com a espada das sombras de Kane.[4]

A história é expandida no remake para Game Boy Advance. Uma segunda história, que acompanha Narsha, princesa de Runefaust, é acrescentada no jogo em intervalos que ocorrem a cada seis capítulos. Narsha percebe que King Ramladu foi possuído por Darksol, e sai em busca da ajuda do Shining Force, juntando-se a Zuika e Malwock no caminho. A segunda história acaba se unindo à primeira quando Narsha e seus aliados se unem ao Shining Force.[5]

Continuidade com a série Shining

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Shining Force: The Legacy of Great Intention dá início à saga de Guardiana, aboardada em Shining Force Gaiden. A história conta como Anri se tornou a rainha de Guardiana, e documenta as aventuras do jovem Lowe, Ken, Lug (traduzido incorretamente nas versões em inglês como "Luke"[6]), Hans, e Domingo antes de eles darem origem aos heróis de Shining Force Gaiden e/ou ajudá-los na luta contra Woldol. Tao e Diane, irmãs de Wendy, também aparecem em Shining Force, embora a ligação de parentesco entre as três não seja mencionada na versão em inglês de quaisquer dos jogos.

Shining Force também fala de como a luta familiar de Max e Adam com Mishaela começou, dando origem aos eventos de Shining Force Gaiden: Final Conflict. Kane e Elliot aparecem como personagens principais, e o jogo mostra como cada um deles sucumbiu. (Todavia, nenhum dos filhos aparece no primeiro Shining Force, tampouco há qualquer indicação sobre a existência deles.)

Problemas de tradução

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A tradução em inglês de Shining Force tem vários erros, omissões, e passagens confusas. O mais notável está na história de Max, protagonista do jogo, que é completamente deixada de fora. O script original diz que Max sofre de amnésia e foi encontrado na praia por Lowe, que mais tarde viria a se tornar seu melhor amigo.[7] Depois, é revelado que Max é na verdade o irmão do Lord Kane de Runefaust. Todos esses elementos da história foram perdidos na tradução.[4] Na tradução oficial, Kane ainda expressa seu horror quando Darksol o força a enfrentar Max, mas não há explicação alguma para isso.[4]

Vários outros pequenos erros e omissões ocorrem. Por exemplo, o personagem Lug é erroneamente nomeado "Luke", o que confundiu jogadores quando Lug (com seu nome traduzido corretamente) e um personagem completamente diferente chamado Luke apareceram em Shining Force CD.[8] O nome de um dos personagens foi traduzido como "Kane" em algumas partes do jogo e "Cain" em outras. E também, o feitiço "demon breath" é traduzido incorretamente como "demon blaze"; "demon breath" aparece em todos os sete jogos Shining para Sega Genesis, Game Gear, e Sega CD, com o erro de tradução aparecendo apenas em Shining Force.

O remake, Shining Force: Resurrection of the Dark Dragon, recebeu uma tradução em inglês mais precisa. No entanto, como o remake contém adições ao enredo que contradizem a história original,[5] a tradução não é autêntica ao Shining Force original.

Desenvolvimento

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Apesar de ser a sequência do bem-sucedido Shining in the Darkness, a Sega ainda um orçamento limitado para o desenvolvimento de Shining Force.[9] Ao contrário da crença popular, Shining Force não foi influenciado pelo RPG tático Fire Emblem: Shadow Dragon and the Blade of Light. Na verdade, quando perguntado sobre esse jogo, Hiroyuki Takahashi, líder do desenvolvimento de Shining Force, comentou que "o ritmo [de Fire Emblem] era tão ruim, não era sequer algo que eu iria querer jogar."[9] Takahashi relembrou que Shining Force foi inspirado em Dragon Quest. Ao se perguntar sobre como ele e o resto da equipe poderia "usar as batalhas de Dragon Quest e fazer delas mais divertidas", ele se inspirou em um obscuro jogo japonês para computador chamado Silver Ghost, um "jogo de ação e simulação onde você tinha que dirigir, observar, e comandar múltiplos personagens."[9]

Recepção

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 Recepção
Resenha crítica
Publicação Nota
Mega 92%[10]

O jogo foi bem recebido. A revista Mega o colocou na 33ª posição da sua lista dos melhores jogos para Mega Drive de todos os tempos.[11] Em 2004, leitores da Retro Gamer escolheram esta "única e verdadeira obra-prima dos RPGs" o 86º melhor jogo retrô, com a equipe acrescentando o comentário, "um dos melhores jogos para Mega Drive de todos os tempos e certamente um favorito da equipe."[12]

Série Shining

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Embora o jogo seja o primeiro da série Shining em ordem cronológica, é o segundo jogo da série em ordem de lançamento, o primeiro nesta ordem sendo Shining in the Darkness. Shining Force mantém vários elementos de seu predecessor, tais como o sistema diferenciado de menus, mas a jogabilidade é completamente diferente. Shining in the Darkness é um dungeon crawler em primeira pessoa, enquanto Shining Force é um RPG de estratégia. A série Shining alterna entre diferentes estilos: ela retorna ao gênero dungeon crawler em primeira pessoa em Shining the Holy Ark; adota mecânicas da série The Legend of Zelda em Shining Wisdom; e tira inspiração de Diablo em Shining Soul.

Remake

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O jogo foi relançado em 2004 para o Game Boy Advance como um remake intitulado Shining Force: Resurrection of the Dark Dragon. Foram feitas alterações na história, acrescentados mais três personagens jogáveis, três batalhas adicionais, nível de dificuldade ascendente (começando baixo, mas subindo sempre que o jogador termina o jogo e começa a jogá-lo novamente), e a jogabilidade passou por alguns ajustes. Um dos personagens novos pode usar "cartas" em batalha, e a ordem das rodadas é determinada unicamente com base na velocidade das unidades; a ordem pode ser conferida em uma lista a qualquer momento, permitindo que o jogador planeje suas batalhas com maior precisão. O remake também foi lançado para iOS.

Referências

  1. Neff, Mike (13 de julho de 1993). «Lançamento de Shining Force». Grupo de notíciasalt.sega.genesis. Consultado em 25 de julho de 2012 
  2. Notícias, análises, trailers, e screenshots de Shining Force (MD/Mega Drive), NintendoLife. Obtido em 24 de julho de 2012.
  3. Análise da versão para Xbox 360 de Sonic's Ultimate Genesis Collection Arquivado em 1 de agosto de 2012, no Wayback Machine., IGN.
  4. a b c Roteiro completo da tradução original de Shining Force, Shining Force Central.
  5. a b Roteiro completo de Shining Force: Resurrection of the Dark Dragon, Shining Force Central.
  6. Traduções dos nomes dos personagens
  7. Nova tradução de Shining Force
  8. Roteiro completo de Shining Force CD, Shining Force Central.
  9. a b c Por trás das cenas - Shining Force
  10. Análise da Mega, exemplar 6, página 56, junho de 1993
  11. Mega, exemplar 26, página 74, Maverick Magazines, novembro de 1994.
  12. Retro Gamer, exemplar 8, página 60.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Shining Force».