Sistema de recompensa

O sistema de recompensa (vias dopaminérgicas) é um grupo de estruturas neurais responsáveis pela saliência motivacional (que pode se manifestar por motivação, desejo ou anseio por uma recompensa), pela aprendizagem associativa (principalmente no reforço positivo e no condicionamento clássico) e pela validação positiva das emoções, particularmente as que possuem o prazer como seu componente central (por exemplo, alegria, euforia e êxtase).[1][2] A recompensa exerce um efeito atrativo e motivacional sobre um estímulo que induz o comportamento direcionado a um objetivo, também conhecido por abordagem comportamental, comportamento ou comportamento consumatório. Um estímulo gratificante é "qualquer estímulo, objeto, evento, atividade ou situação que tem o potencial de nos atrair e consumi-lo é, por definição, uma recompensa". No condicionamento operante, os estímulos recompensadores funcionam como reforçadores positivos;[3] ao mesmo tempo a afirmação inversa também é verdadeira, pois os reforçadores positivos também são recompensadores.

O sistema de recompensa motiva os animais a se engajarem em estímulos ou comportamentos que aumentam a satisfação (sexo, alimentos, drogas, entre outros). A maioria das espécies de animais sobrevivem devido à maximização do contato com os estímulos benéficos e minimização do contato com os estímulos prejudiciais. A avaliação cognitiva de recompensa aumenta a probabilidade de sobrevivência e reprodução, bem como promove aprendizagem associativa, comportamento consumatório e desencadeia valências emocionais positivas.[4] Na toxicodependência, certas drogas estimulam excessivamente o circuito de recompensa, levando a um comportamento de redosagem compulsiva por reforço, resultante da plasticidade sináptica nas vias dopaminérgicas e tolerância à droga.

As recompensas primárias são uma classe de estímulos recompensadores que facilitam na sobrevivência e evolução de si mesmo e da prole, e incluem recompensas homeostáticas (por exemplo a alimentação)[5] e reprodutivas (por exemplo, relações sexuais e investimento parental).[1][6][7]

Ver também editar

Referências

  1. a b Schultz, Wolfram (julho de 2015). «Neuronal Reward and Decision Signals: From Theories to Data». Physiological Reviews. 95: 853–951. PMC 4491543 . PMID 26109341. doi:10.1152/physrev.00023.2014 
  2. Berridge KC, Kringelbach ML (maio de 2015). «Pleasure systems in the brain». Neuron. 86: 646–664. PMC 4425246 . PMID 2595063. doi:10.1016/j.neuron.2015.02.018 
  3. Schultz W (2015). «Neuronal reward and decision signals: from theories to data». Physiological Reviews. 95: 853–951. PMC 4491543 . PMID 26109341. doi:10.1152/physrev.00023.2014 
  4. Moll, Jorge; Oliveira-Souza, Ricardo de; Miranda, Janaína M; Bramati, Ivanei E; Veras, Raissa P; Magalhães, Álvaro C (maio de 2001). «Efeitos distintos da valência emocional positiva e negativa na ativação cerebral». Revista Brasileira de Psiquiatria (suppl 1): 42–45. ISSN 1516-4446. doi:10.1590/s1516-44462001000500013. Consultado em 16 de junho de 2021 
  5. «Recompensa alimentar: mecanismos envolvidos e implicações para a obesidade». Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (em inglês) (2): 82–88. 1 de julho de 2013. ISSN 1646-3439. doi:10.1016/j.rpedm.2013.09.001. Consultado em 17 de junho de 2021 
  6. Borrione, Roberta Tavares de Melo; Lordelo, Eulina da Rocha (13 de outubro de 2005). «Escolha de parceiros sexuais e investimento parental: uma perspectiva desenvolvimental». Interação em Psicologia (1). ISSN 1981-8076. doi:10.5380/psi.v9i1.3284. Consultado em 17 de junho de 2021 
  7. «Dopamine Involved In Aggression». Medical News Today. 15 de janeiro de 2008. Consultado em 14 de novembro de 2010. Cópia arquivada em 23 de setembro de 2010 


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