Sonia Dietrich

uma bioquímica brasileira

Sonia Machado de Campos Dietrich (São Paulo, 27 de janeiro de 193510 de agosto de 2012) foi uma bioquímica brasileira. Sonia foi pioneira no desenvolvimento da fisiologia e bioquímica de plantas.[1]

Sonia Dietrich
Sonia Machado de Campos Dietrich
Conhecido(a) por
Nascimento 27 de janeiro de 1935
São Paulo, Brasil
Morte 10 de agosto de 2012 (77 anos)
São Paulo, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileira
Alma mater Instituto de Botânica
Prêmios Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico (1998)
Orientador(es)(as) Robert O. Martin
Instituições Universidade de São Paulo
Campo(s) Bioquímica e fisiologia
Tese The biosinthesis of the alkaloids of Conium Maculatum L. (poisonous hemlock)

Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico e membro da Academia Brasileira de Ciências, era professora titular do Instituto de Botânica.[2]

Biografia editar

Nascida em São Paulo, em 1935, Sônia ingressou no curso de História Natural, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, formando-se em 1957. Em 1959 ingressou no Instituto de Botânica da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Em 1960, trabalhou no grupo do bioquímico argentino Luis Federico Leloir, famoso por ganhar o Prêmio Nobel de 1970 pela descoberta do mecanismo principal da síntese de carboidratos em seres vivos.[1]

De 1964 a 1966, Sonia trabalhou na Universidade do Wisconsin-Madison, fazendo seu doutorado em bioquímica de alcaloides, na Universidade de Saskatchewan, no Canadá, de 1967 a 1969.[1]

Realizou estudos pioneiros na busca de polissacarídeos (especialmente os polissacarídeos de parede celular e os frutanos) de plantas nativas brasileiras. As descobertas de tais pesquisas possibilitam hoje o desenvolvimento de aplicações de polissacarídeos de plantas brasileiras em biotecnologia. Estabeleceu os princípios dos modelos biológicos de espécies nativas para os estudos fisiológicos e bioquímicos para melhor compreender os mecanismos de estabelecimentos de espécies vegetais à Mata Atlântica e ao Cerrado. Estes estudos reforçaram os esforços para a conservação da biodiversidade brasileira ao se compreender seu funcionamento.[1]

Sonia também pesquisou os mecanismos de resposta de defesa de plantas, que são essenciais para a agricultura. De 1959 a 1992, sua aposentadoria, foi biologista e pesquisadora científica do Instituto de Botânica da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente de São Paulo. Foi pesquisadora visitante do mesmo instituto até sua morte, em 2012. Orientou 27 teses e dissertações ao longo de 37 anos de carreira, publicando 102 trabalhos científicos em periódicos e anais do mundo todo.[1]

Foi a primeira coordenadora do pioneiro curso de Pós-Graduação em Biodiversidade. Membro ativo da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, do Conselho Deliberativo do CNPq e da Academia Brasileira de Ciências.[3] Era conhecida como "Dama de Ferro", devido a seu senso crítico e luta pela estabilidade do financiamentos à pesquisa no país, além da consolidação da carreira de pesquisador e da regulamentação da carreira de biólogo.[1][3]

Fundadora da Rede Latinoamericana de Botânica (RLB) e membro da Rede Latinoamericana de Biologia, (RELAB), Vice-presidente do Conselho Federal de Biologia e editora-chefe da Revista Brasileira de Botânica que se se tornou a Brazilian Journal of Botany (Springer),[3] oficialmente registrado um dia antes de sua morte.[1][2]

Morte editar

Sonia faleceu em 10 de agosto de 2012 enquanto dormia.[4] Foi velada no Hospital Albert Einstein e cremada no Crematório de Vila Alpina. Deixou três filhos e seis netos.[3]

Referências

  1. a b c d e f g CNPq (ed.). «Pioneiras da Ciência». CNPq. Consultado em 30 de novembro de 2016 
  2. a b «Sonia Machado de Campos Dietrich». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 6 de janeiro de 2021 
  3. a b c d FAPESP (ed.). «Morre Sonia Dietrich, pesquisadora do Instituto de Botânica». Agência FAPESP. Consultado em 30 de novembro de 2016 
  4. Márcia R. Braga (ed.). «Obituário de Sonia Machado de Campos Dietrich». Hoehnea. Consultado em 6 de janeiro de 2021 
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