Suíssa (Aracaju)

bairro da cidade de Aracaju, Sergipe
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Suissa é um bairro da região central de Aracaju. Limita-se ao norte com o Cirurgia, a leste com o São José, a oeste com o Pereira Lobo e ao sul com o Luzia. Tem relevo colinoso que, no passado, era formado por uma sequência de dunas que, mais tarde, sofreram aterramento ou desmonte.

Suíssa
  Bairro do Brasil  
Cruzamento das ruas Frei Paulo e Dom Bosco, umas das principais ruas do bairro.
Cruzamento das ruas Frei Paulo e Dom Bosco, umas das principais ruas do bairro.
Cruzamento das ruas Frei Paulo e Dom Bosco, umas das principais ruas do bairro.
Localização
Município Aracaju

Topônimo editar

O nome é uma analogia aos Alpes suíços, que possuem neves eternas em seus topos. No caso do bairro homônimo, as dunas que o compunham tinha uma areia muito alva e daí veio a associação.

A grafia "Suissa", com dois “s” e sem acento atesta a influência da língua francesa no início do século XX e ainda é usada popularmente. A grafia é oficialmente registrada pela prefeitura de Aracaju como forma de reconhecimento de consagração popular. Nas placas de sinalização de trânsito também é vista a forma arcaica de escrever.

Ocupação e urbanização editar

Os bairros Suissa e Cirurgia são frutos da divisão de um outro bairro outrora denominado Bela Vista. No final do século XIX, escravos alforriados e migrantes oriundos do interior ocupavam as colinas desta localidade uma vez que eram proibidos de ocupar o Centro projetado pelo engenheiro Sebastião José Basílio Pirro. Desta forma, a Suissa abrigou em seu início comunidades pobres e marginalizadas, o que fez com que setores da igreja começassem um processo de evangelização na área através do Oratório São João Bosco, no morro de Bebé, e a Igreja do Salesiano, no morro da Tebaida.

Na década de 1950 o Exército Brasileiro adquire terreno na parte baixa da Suissa e constrói a Vila Militar, conjunto residencial destinado a militares de média e alta patente. Em meados da década de 1970 o então prefeito João Alves Filho executa o desmanche de parte do morro de Bebé, abrindo uma nova avenida, a Desembargador Maynard, um novo corredor entre o Centro e a zona oeste. Também em seu governo é aberta a Avenida Cotinguiba, depois rebatizada de Avenida Edézio Vieira de Melo, ligando o São José ao Pereira Lobo. Percebe-se no processo atual de urbanização do bairro dois estratos sociais distintos. Um de classe média que reside nas baixadas, ao longo da avenida Edézio Vieira de Melo e Rua Rafael de Aguiar e um outro de classe baixa nas partes mais elevadas, descendentes em sua maioria dos primitivos habitantes do bairro.

Avenida da explosão editar

Um fato marcante da história do bairro Suissa aconteceu na noite de domingo do dia 13 de abril de 1980, quando um depósito de fogos clandestino pertencente a um tenente do Corpo de Bombeiros explodiu na Avenida Edézio Vieira de Melo. O estrondo foi ouvido em praticamente toda a cidade. Casas que estavam a até 500 metros do local da explosão tiveram seus vidros estilhaçados. Doze pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Por conta desse acidente, a Avenida Edézio Vieira de Melo é popularmente conhecida como “Avenida da Explosão”.[1]

Cultura editar

O bloco Rasgadinho[2], original do vizinho bairro Cirurgia, também passa pelas ruas da Suissa no período do Carnaval. Esse bloco surgiu em 1962 e é o mais antigo da capital sergipana em atividade.

Principais logradouros editar

  • Avenida Desembargador Maynard
  • Avenida Hermes Fontes
  • Avenida Edézio Vieira de Melo (popularmente chamada Avenida da Explosão)
  • Rua Rafael de Aguiar

Notas

Referências

Bibliografia editar

Chaves, Rubens (2004). Aracaju, pra onde você vai?. [S.l.]: do Autor. 302 páginas 

Mellins, Murilo (2007). Aracaju romântica que vi e vivi. [S.l.]: do Unit 


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