As Tábuas afonsinas são tábuas astronómicas elaboradas por iniciativa de Afonso X, o Sábio, no século XIII.

Tábuas Afonsinas.

As tábuas contêm as posições exatas dos corpos celestes em Toledo desde 1º de janeiro de 1252, ano da coroação do rei Afonso, e consignam o movimento dos respectivos corpos celestes sobre a eclíptica.[1]

O objetivo destas tábuas era proporcionar um esquema de uso prático para calcular a posição do Sol, da Lua e dos planetas de acordo com o sistema de Ptolomeu. A teoria de referência previa movimentos segundo epiciclos e os seus deferentes cujos parâmetros para cada corpo celeste eram as dimensões relativas dos epiciclos, o período de revolução sobre um epiciclo, o do epiciclo sobre o deferente e assim sucessivamente. Durante muito tempo foram a base de todas as efemérides publicadas na Espanha.

As observações originais foram feitas pelo astrónomo árabe cordovês do século XI Azarquel, e a revisão foi baseada nas observações levadas a cabo em Toledo pelos cientistas judeus afonsinos Jehuda ben Moshe e Isaac ben Sid entre 1262 e 1272.

A influência das tábuas abrangeu toda Europa através de uma revisão francesa dos começos do século XIV, cuja utilização chegou mesmo até o Renascimento. Das tábuas afonsinas ficaram várias edições, se bem que a mais apreciada seja a que Paschasius Hamelius, professor do Colégio Real em Paris, publicou em 1545 e 1553.

Referências

  1. Valdeón Baruque, Julio (2003). Alfonso X el Sabio. La forja de la España moderna. Ediciones Planeta. Madrid: [s.n.] pp. 172–177. ISBN 978-84-8460-994-0 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Tablas alfonsíes».

Bibliografia editar

  • DEYERMOND, Alan D., Historia de la literatura española, vol. 1: La Edad Media, Barcelona, Ariel, 2001 (1ª ed. 1973), pp. 166. ISBN 84-344-8305-X
  • LÓPEZ ESTRADA, Francisco, «La obra puesta bajo el nombre de Alfonso X», em LÓPEZ ESTRADA, Francisco e LACARRA, María Jesús, Orígenes de la prosa, Madrid, Júcar, 1993, Cap. 7, pp. 125–154.
  • VIOLAT BORDONAU, José Carlos, Glosario Selenográfico, Espanha, 2006.