São Tarcísio viveu em Roma por volta do ano 258 da era cristã. A Wikipédia italiana indica como provável que tenha vivido entre 263 e 275 d.C. O pouco que se sabe sobre ele vem da epígrafe em seu túmulo, escrita pelo Papa Dâmaso I, que foi papa no século seguinte ao que Tarcísio viveu. É considerado o padroeiro dos coroinhas, acólitos e cerimoniários.

São Tarcísio
Tarcísio
São Tarcísio, escultura de Alexandre Falguière criada em 1868, pertencente ao acervo do Museu d'Orsay
Nascimento 01 de fevereiro de 245
Roma
Morte 15 de agosto de 257
Roma
Veneração por Igreja Católica
Festa litúrgica 15 de agosto
Padroeiro Ministros Extraordinário da Comunhão, Acólitos, Coroinhas
Portal dos Santos

História editar

Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito. No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão. Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos. Comovido com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via Ápia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura.[1][2]

 
Martírio de São Tarcísio, pintura de Antony Troncet feita em 1908, pertencente ao acervo do Instituto de Artes de Minneapolis.

Ainda se conservam nas catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar.

Patronato editar

São Tarcísio é o patrono dos coroinhas, Acólitos e Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE, no singular e plural).

É também padroeiro dos operários que sofrem perseguições devido a suas crenças religiosas.

Festa editar

Sua festa é celebrada no dia 15 de agosto de cada ano.

Como esta data é reservada pelo calendário hagiológico à solenidade da Assunção de Maria, São Tarcísio não é mencionado neste calendário, apenas na Martiriologia Romana.

Representação na literatura e no cinema editar

Sua história foi documentada em dois livros:

A história de Fabíola foi levado as telas do cinema em 1949 num filme francês dirigido por Alessandro Blasetti.

A história de São Tarcísio foi filmada no Brasil pelo Pe. Antônio S. Bogaz em 2010 no filme "Pão Divino - a Vida de São Tarcísio". Este filme está disponível em DVD e foi produzido pela TV Século XXI da Associação do Senhor Jesus a cargo do Pe. Eduardo Dougherty.

Ver também editar

Referências

  1. Padre Evaldo César de Souza. «Santo do dia». Consultado em 24 de agosto de 2016 
  2. «História de São Tarcísio» 

Ligações externas editar

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