Agathistoma viridulum

espécie de molusco
(Redirecionado de Tegula viridula)

Agathistoma viridulum (até o ano de 2021, com o artigo "Phylogeography of Agathistoma (Turbinidae, Tegulinae) snails in tropical and southwestern Atlantic", sendo cientificamente denominada Tegula viridula)[2][3] é uma espécie de molusco gastrópode marinho litorâneo pertencente à família Tegulidae[2] (antes entre os Trochidae).[1][4] Foi classificada por Johann Friedrich Gmelin, com o nome Trochus viridulus, em 1791, na obra Systema Naturae, de Lineu. É nativa da costa oeste do oceano Atlântico.[1][2] Seu gênero, Agathistoma, fora inicialmente classificado como subgênero, sendo esta a sua espécie-tipo.[3] O seu descritor específico, viridulum, em latim, significa esverdeado.[5]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaRosquinha[1]
Agathistoma viridulum
Fotografia de dois espécimes de A. viridulum, coletados na região sudeste do Brasil.
Fotografia de dois espécimes de A. viridulum, coletados na região sudeste do Brasil.
Três exemplares de A. viridulum em desenho de 1889, publicado no Manual of Conchology XI, Academy of Natural Sciences, Philadelphia; pl. 29 # 54, 55, 56, de George W. Tryon.
Três exemplares de A. viridulum em desenho de 1889, publicado no Manual of Conchology XI, Academy of Natural Sciences, Philadelphia; pl. 29 # 54, 55, 56, de George W. Tryon.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Vetigastropoda
Ordem: Trochida
Superfamília: Trochoidea
Família: Tegulidae
Género: Agathistoma
Olsson & Harbison, 1953[2]
Espécie: A. viridulum
Nome binomial
Agathistoma viridulum
(Gmelin, 1791)[2]
Fotografia da vista inferior de A. viridulum, coletada na região sudeste do Brasil, mostrando seu profundo umbílico.
Sinónimos
Trochus viridulus Gmelin, 1791
Tegula viridula (Gmelin, 1791)
Trochus byronianus W. Wood, 1828[2]
Tegula brasiliana Menke, 1830[1]

Descrição da concha e hábitos editar

Concha globosa de até pouco mais de 2 centímetros, com forma de turbante e com umbílico profundo; com até 5 voltas completas, esculpidas com cordas espirais nodulosas, 7 em sua última volta e 6 em sua base, tornando sua superfície fortemente estriada. Coloração em creme ou verde pálidos, raramente amarela, coberta por estrias ou manchas escuras de coloração marrom avermelhada. Columela arqueada e com 3 a 4 pequenos calos. Lábio externo circular, oblíquo.[1] Interior fortemente nacarado. Opérculo córneo, marrom, dotado de círculos concêntricos como relevo.[6][7]

É encontrada em águas rasas, com abundância em alguns locais; na zona entremarés e sobre rochas de costões e arrecifes, principalmente em áreas com algas, pois é espécie algívora.[1][3][8]

Distribuição geográfica editar

Agathistoma viridulum ocorre do leste da Costa Rica[9] e do Panamá[6] ao nordeste da Colômbia, no mar do Caribe;[9] Venezuela e Suriname ao Brasil (do Ceará até Santa Catarina).[1][6][7] No Brasil é espécie comestível e recebe o nome de "rosquinha";[1] também sendo denominada pela palavra de calão "cu-de-galinha". Suas conchas podem ser encontradas nos sambaquis, em sua região de ocorrência.[10]

Ligações externas editar

Referências

  1. a b c d e f g h RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 32. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  2. a b c d e f «Agathistoma viridulum (Gmelin, 1791)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 21 de novembro de 2021 
  3. a b c Dornellas, Ana P.; Graboski, Roberta; Hellberg, Michael E.; Lotufo, Tito M. C. (16 de outubro de 2021). «Phylogeography of Agathistoma (Turbinidae, Tegulinae) snails in tropical and southwestern Atlantic» (em inglês). Zoologica Scriptaː2021DOI: 10.1111/zsc.12517 (Wiley Online Library). 1 páginas. Consultado em 21 de novembro de 2021 
  4. ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 42. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  5. «viridulum» (em inglês). WordSense Dictionary. 1 páginas. Consultado em 5 de janeiro de 2023 
  6. a b c «Tegula viridula» (em inglês). Gastropods. 1 páginas. Consultado em 8 de maio de 2016. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  7. a b «Tegula viridula» (em inglês). Conquiliologistas do Brasil. 1 páginas. Consultado em 8 de maio de 2016 
  8. Turra, A.; Denadai, M. R. (fevereiro de 2006). «Microhabitat use by two rocky shore gastropods in an intertidal sandy substrate with rocky fragments» (em inglês). Scientific Electronic Library Online. 1 páginas. Consultado em 8 de maio de 2016 
  9. a b «Tegula viridula» (em inglês). Global Biodiversity Information Facility. 1 páginas. Consultado em 8 de maio de 2016 
  10. SOUZA, Rosa Cristina Corrêa Luz de; LIMA, Tania Andrade; SILVA, Edson Pereira da (2011). Conchas Marinhas de Sambaquis do Brasil 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Technical Books. p. 160. 252 páginas. ISBN 978-85-61368-20-3 
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