Templo romano de Évora
Templo romano de Évora | |
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Nomes alternativos | Templo de Diana |
Tipo | Templo religioso romano |
Estilo dominante | Romano |
Início da construção | século I d.C. |
Função inicial | Religiosa |
Proprietário atual | Estado Português |
Património Nacional | |
Classificação | ![]() |
Data | 1910 |
DGPC | 70489 |
SIPA | 2863 |
Geografia | |
País | ![]() |
Cidade | ![]() |
Coordenadas |
O templo romano de Évora, erroneamente conhecido como Templo de Diana, está localizado na cidade de Évora, em Portugal; faz parte do centro histórico da cidade, o qual foi classificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO. O templo romano encontra-se classificado como Monumento Nacional pela DGPC. É um dos mais famosos marcos da cidade e um dos símbolos mais significativos da presença romana em território português.
Localizado na freguesia da Sé e São Pedro, no Largo Conde de Vila Flor, encontra-se rodeado pela Sé de Évora, pelo Tribunal da Inquisição, pela Igreja e Convento dos Lóios, pela Biblioteca Pública de Évora e pelo Museu.
Índice
HistóriaEditar
Embora o templo romano de Évora seja as vezes chamado de Templo de Diana, sabe-se que a associação com a deusa romana da caça originou-se de uma lenda criada no século XVII.[1] Na realidade, o templo provavelmente foi construído em homenagem ao imperador Augusto, que era venerado como um deus durante e após seu reinado. O templo foi construído no século I d.C. na praça principal (fórum) de Évora - então chamada de Liberalitas Julia - e modificado nos séculos II e III. Évora foi invadida pelos povos germânicos no século V, e foi nesta época em que o templo foi destruído; hoje em dia, suas ruínas são os únicos vestígios do fórum romano na cidade.
As ruínas do templo foram incorporadas a uma torre do Castelo de Évora durante a Idade Média. A sua base, colunas e arquitraves continuaram incrustadas nas paredes do prédio medieval,[2] e o templo (transformado em torre) foi usado como um açougue do século XIV até 1836. Esta utilização da estrutura do templo ajudou a preservar seus restos de uma maior destruição.[3][4] Finalmente, depois de 1871, as adições medievais foram removidas, e o trabalho de restauração foi coordenado pelo arquiteto italiano Giuseppe Cinatti.[5]
DescriçãoEditar
O templo original provavelmente era similar à Maison Carrée de Nîmes (França). O templo de Évora ainda está com sua base completa (o pódio), feito de blocos de granito de formato tanto regular como irregular. O formato da base é retangular, e mede 15m x 25m x 3.5m de altura.[6] O lado sul da base costumava ter uma escadaria, agora em ruínas.
O pórtico do templo, que não existe mais, era originalmente um hexastilo. Um total de catorze colunas de granito ainda estão de pé no lado norte (traseiro) da base; muitas das colunas ainda têm seus capitéis em estilo coríntio sustentando a arquitrave. Os capitéis e as bases das colunas são feitos de mármore branco de Estremoz, enquanto as colunas e a arquitrave são feitas de granito. Escavações recentes indicam que o templo era cercado por um espelho de água.
Ver tambémEditar
- Ebora, o antigo nome da cidade de Évora durante parte da ocupação romana.
- Lista de património edificado no distrito de Évora
Notas
- ↑ Lenda atribuída ao historiador Padre Manuel Fialho (1646-1718).
- ↑ Descrição no site da Câmara Municipal de Évora.
- ↑ Descrição no site da Câmara Municipal de Évora.
- ↑ Descrição no site do DGPC.
- ↑ Blog Monumentos Desaparecidos
- ↑ Templo romano de Évora na base de dados Ulysses da Direção-Geral do Património Cultural
ReferênciasEditar
Ligações externasEditar
- [4] - Templo de Évora no site Waymarking
- [5] - Templo de Évora temple no site da Sacred Destinations
- [6] - Templo de Évora em desenho de 1835
- [7] - Templo de Évora em desenho de 1870
- Évora - Templo Romano na base de dados Endovélico da Direção-Geral do Património Cultural