Terapia de reabilitação vestibular

Terapia de reabilitação vestibular ou Fisioterapia Labiríntica é o tratamento dos sintomas de labirintopatias, como a cinetose e labirintite. Ele é feito através de exercícios para estimulação do sistema vestibular. A introdução dos exercícios como modalidade terapêutica foi idealizada da década de 40 por Cawthorne (1944) e Cooksey (1946) e os profissionais responsáveis pelo tratamento são Fisioterapeutas e Fonoaudiólogos.[1]

O aparato vestibular, no ouvido interno, está envolvido no controle do equilíbrio corporal.

É uma das principais formas de tratamento da Labirintite e quando realizada adequadamente e com acompanhamento fisioterapeuta especializado, é uma maneira altamente eficaz de reduzir ou eliminar substancialmente a tontura residual da labirintite.[2] Os tratamentos típicos incluem movimentos da cabeça e dos olhos, exercícios de estabilidade do olhar, exercícios de habituação, reciclagem funcional, alterações posturais e exercícios de caminhada, podendo ser combinados com remédios e alteração na alimentação.[3]

Esses exercícios funcionam desafiando o sistema vestibular e a principal função por trás da repetição de uma combinação de movimentos da cabeça e dos olhos, alterações posturais e caminhada é que, através dessa repetição, alterações compensatórias pelas disfunções decorrentes das estruturas vestibulares periféricas podem ser promovidas no sistema vestibular central (tronco cerebral e cerebelo). A Vestibular Rehabilitation Therapy (VRT) funciona fazendo com que o cérebro use mecanismos neurais já existentes para adaptação, neuroplasticidade[4] e compensação.[5]

Ela vale-se de aspectos neurossensoriais e se baseia em exercícios físicos específicos e repetitivos que visam ativar os mecanismos de plasticidade neural do sistema nervoso central, buscando a compensação vestibular. A reabilitação serve para substituir ou alterar a função vestibular, melhora a estabilidade da marcha, melhora os sintomas desencadeantes pelo movimento, corrige dependências exageradas do sistema visual e somatossensorial, facilita o retorno normal das atividades de vida diária e melhora a condição neuromuscular.[1]

É um dos métodos de tratamento otoneurológico com grande aceitação na literatura internacional, com resultados favoráveis evidenciados em inúmeras pesquisas.[6][7]

Referências

  1. a b VOLL Group. «Reabilitação Vestibular na Labirintite». Blog Fisioterapia 
  2. Resende, Almir. «Fisioterapia Labiríntica 4.0 - Método». www.fisioterapialabirintica40.com.br 
  3. Walker, MF (2009). «Treatment of vestibular neuritis.». Current Treatment Options in Neurology. 11 (1): 41–5. PMID 19094835. doi:10.1007/s11940-009-0006-8 
  4. Rocha Júnior, Paulo Roberto; Kozan, Elton Storto; Moraes, Josué Ferreira de; Pereira, Fernando Garbi; Moreno, Adriana Bassan (agosto de 2014). «Reabilitação vestibular na qualidade de vida e sintomatologia de tontura de idosos». Ciência & Saúde Coletiva (8): 3365–3374. ISSN 1413-8123. doi:10.1590/1413-81232014198.11082013. Consultado em 11 de agosto de 2023 
  5. «Vestibular Rehabilitation Therapy (VRT)». Vestibular Disorders Association (em inglês). 27 de dezembro de 2011. Consultado em 19 de maio de 2018 
  6. Almir Resende Coelho, Ana Paula do Rego Andre; Júlia Licursi Lambertti Perobelli, Lilian Shizuka Sonobe e Daniela Cristina Carvalho de Abreu (21 de dezembro de 2015). «Immediate effects of an anchor system on the stability limit of individuals with chronic dizziness of peripheral vestibular origin» (PDF). Brazilian Journal of OTORHINOLARYNGOLOGY (em inglês) 
  7. Almir Resende Coelho, Daniela Cristina Carvalho de Abreu (14 de novembro de 2018). «Effects of anchor system during balance rehabilitation in subjects with chronic dizziness of peripheral vestibular origin: a controlled, randomized, single-blind clinical trial» (PDF). MedCrave (em inglês) 
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