Texto Majoritário

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 Nota: Este artigo é sobre o conceito e escola promotora do "Texto Majoritário". Para outra corrente semelhante, mas alternativa, veja Textus Receptus. Para texto-tipo ou família bizantina, veja Texto-tipo bizantino. Para explicação abrangente sobre crítica textual do Novo Testamento Grego, veja Manuscritologia bíblica.

O chamado Texto Majoritário (TM) é um conjunto de manuscritos do Novo Testamento com certas características textuais comuns. É também chamado de Texto Bizantino, Texto Sírio, Texto Tradicional ou Texto Eclesiástico. Existe uma corrente da manuscritologia que advoga que o Texto Majoritário é o melhor e mais fiel texto do Novo Testamento, comparado com o Texto Crítico ou o Textus Receptus.[1]

O Textus Receptus se refere a algumas edições do NT produzidas no século XVI com base em alguns poucos manuscritos bizantinos disponíveis na época.[1]

Escola do Texto Majoritário editar

A corrente que promove o Texto Majoritário faz uso comparativo de um número muito maior de manuscritos e outros documentos para reconstruir o Novo Testamento. Segundo o Dr. Paulo Anglada, essa "corrente defende que o texto original do Novo Testamento deve ser buscado, não em alguma edição mais ou menos empírica do Textus Receptus, nem exclusivamente em uns poucos manuscritos egípcios antigos preservados aleatoriamente, mas na grande massa de manuscritos existentes, incluindo papiros, unciais, munúsculos, lecionários, versões e citações".[1]

Principais defensores editar

A corrente recente, que advoga o texto majoritário, é defendida por um número minoritário de pesquisadores como: J.W. Burgon, F.H.A. Scrivenet, T.R. Birks, E.Miller, e mais recentemente por: Edward Hills, Jacob Va Bruggen, Willen Franciscus Wisselink, Zane Hodges, Maurice A. Robinson, William G. Pierpont, Wilbur Pickering, Paulo R. Anglada, e outros.[1]

Metodologia editar

Os defensores da corrente do Texto Majoritário, por terem à sua disposição um grande e variado número de testemunhos, "enfatizam as evidências externas (mais objetivas) ao invés das evidências internas (mais necessárias aos defensores dos textos egípcios, em virtude do reduzido número e discrepâncias desses documentos".[1]

Ver também editar

Referências Bibliográficas editar

  1. a b c d e ANGLADA, Paulo R.B. (2014). Manuscritologia do Novo Testamento: história, correntes textuais e o final do Evangelho de Marcos. Ananindeua: Knox Publicações. 192 páginas  {{subst:1F}} {{subst:1F}}

Bibliografia editar

Publicações do Texto Majoritário

  • HODGES, Zane C.; FARSTAD, Arthur. Novo Testamento Interlinear Analítico Grego-Português: Texto Majoritário com aparato crítico. 2ª edição. São Paulo: Cultura Cristã, 2018, 1024 p.
  • ____. The Greek New Testament According to Majority Text (English and Greek Edition). 2nd edition. Nelson Reference & Electronic Pub, 1985, 810 p.
  • ROBINSON, Maurice A.; PIERPONT, William G.. The New Testament in the Original Greek: Byzantine Textform 2018. VTR Publications, 2018, 644 p..
  • PICKERING, Wilbur Norman. The Greek New Testament According to Family 35. 3nd edition. Amazon, Kindle Edition. 1042 p. (Ainda não foi disponibilizada a publicação impressão da 3ª edição, tendo disponível de forma impressa apenas a 2ª edição)

Publicações sobre o Texto Majoritário