The Best of Everything

filme de 1959 dirigido por Jean Negulesco

The Best of Everything (bra: Sob o Signo do Sexo)[3][4] é um filme estadunidense de 1959, do gênero drama romântico, dirigido por Jean Negulesco, e estrelado por Hope Lange, Stephen Boyd, Suzy Parker, Martha Hyer, Diane Baker, Brian Aherne, Robert Evans, Louis Jourdan e Joan Crawford. O roteiro de Edith Sommer e Mann Rubin foi baseado no romance homônimo de 1958, de Rona Jaffe.[1]

The Best of Everything
The Best of Everything
Cartaz promocional do filme.
No Brasil Sob o Signo do Sexo
 Estados Unidos
1959 •  cor •  121 min 
Gênero drama romântico
Direção Jean Negulesco
Produção Jerry Wald
Roteiro Edith Sommer
Mann Rubin
Baseado em The Best of Everything
romance de 1958
de Rona Jaffe
Elenco Hope Lange
Stephen Boyd
Suzy Parker
Martha Hyer
Diane Baker
Brian Aherne
Robert Evans
Louis Jourdan
Joan Crawford
Música Alfred Newman
Cinematografia William C. Mellor
Direção de arte Lyle R. Wheeler
Jack Martin Smith
Mark-Lee Kirk
Figurino Adele Palmer
Edição Robert Simpson
Hugh S. Fowler
Companhia(s) produtora(s) Company of Artists, Inc.
Distribuição 20th Century Fox
Lançamento
  • 9 de outubro de 1959 (1959-10-09) (Estados Unidos)[1]
Idioma inglês
Orçamento US$ 1.965.000[2]

A trama retrata a história das carreiras profissionais e as vidas privadas de três mulheres que dividem um pequeno apartamento na cidade de Nova Iorque, enquanto trabalham juntas em uma editora de livros de bolso. Alfred Newman foi o responsável pela trilha sonora, a última sob seu contrato de longa data como diretor musical da 20th Century Fox.

Elenco editar

Produção editar

O produtor da 20th Century Fox, Jerry Wald, anunciou que estava comprando os direitos do romance homônimo em abril de 1958. Em sua primeira entrevista sobre a adaptação cinematográfica, Wald disse: "Existem 10 papéis para jovens, e espero conseguir alguns de nossos atores de destaque, como Lee Remick, Hope Lange, Diane Varsi, Suzy Parker, Robert Evans, Lee Philips e Bob Wagner".[5] Em outras considerações iniciais sobre o elenco, Wald mencionou Joanne Woodward, Audrey Hepburn, Lauren Bacall e Margaret Truman.[6] Rona Jaffe vendeu oficialmente os direitos de seu livro por US$ 100.000 em novembro de 1958.[7] Ela não queria participar da escrita do roteiro, mas queria uma participação especial no filme: "Eu quero aparecer no filme em um papel figurante. Eu apenas apareceria brevemente como uma das estenógrafas do escritório", disse ela.[8]

Martin Ritt inicialmente foi escalado para dirigir, mas ele foi substituído por Jean Negulesco em janeiro de 1959, supostamente porque Ritt estava chateado com a escalação de Suzy Parker. Ritt rejeitou esse boato, dizendo que o roteiro não era sua "praia".[9] Quando soube que Wald estava doente, Parker concordou em fazer o filme, apresentando-se para o trabalho em janeiro de 1959 (Parker havia concordado em assumir o papel no verão de 1958, mas um braço quebrado e uma recuperação de 14 meses atrasaram sua aparição).[10][11] Sobre interpretar uma atriz neurótica, Parker comentou: "Conheço o tipo extremamente bem".[12]

Durante a produção, vários atores foram considerados, escalados e substituídos. Em agosto de 1958, Diane Varsi e Lee Remick foram, junto com Suzy Parker, contratadas para estrelar o filme, mas Varsi e Remick desistiram.[13] Remick foi forçada a deixar a produção no início de 1959 devido a problemas físicos. Em setembro de 1958, Julia Meade assinou o contrato para o filme, planejando fazer sua estreia nas telas.[14] Ela acabou não aparecendo no filme. Em janeiro de 1959, a desconhecida atriz Diane Hartman foi escalada como Barbara Lamont, mas foi substituída por Martha Hyer.[15] Jack Warden concordou em co-estrelar a produção em março de 1959, mas não apareceu no filme.[16] Menos de um mês depois, Jean Peters planejou fazer seu retorno para o cinema neste filme.[17] Se Peters não tivesse sido substituída, teria sido seu quinto filme sob a direção de Negulesco. Outra atriz escalada em março de 1959 que não apareceu no filme foi June Blair, que interpretaria Gregg.[18]

Joan Crawford foi escalada em maio de 1959, 10 dias antes do início das filmagens.[19] Esta foi a primeira vez que ela aceitou um papel coadjuvante desde a era do cinema mudo. Crawford estava com muitas dívidas após a morte de seu quarto marido, Alfred Steele, e precisava do dinheiro.[20] Ela comentou sobre seu papel: "Estou na tela por apenas sete minutos. Mas gostei do papel e quero fazer outros filmes e telefilmes se conseguir encontrar o que quero". Ela havia sido eleita recentemente para o conselho de administração da Pepsi-Cola e planejava passar mais tempo promovendo o refrigerante.[21] Crawford insistiu em colocar uma máquina de Pepsi-Cola na sala de descanso, dentro do cenário do filme.[20] De acordo com Diane Baker, muitas cenas da personagem de Crawford foram cortadas da versão final do filme, incluindo uma cena de parar o show em que Amanda fica bêbada. Os cortes foram supostamente devido à duração do filme.[20]

Recepção editar

Howard Thompson, em sua crítica para o The New York Times, descreveu o filme como um "drama bonito, mas curiosamente desestimulante" e observou que "o elenco é ótimo", com elogios a Lange. Comentando sobre Joan Crawford, o crítico descreveu sua atuação como "suave". Thompson apontou que "... apesar de todo o seu ar sagaz e compromissos chiques, o filme se arrasta para o plano da novela, sob a orientação reverente do Sr. Negulesco".[22]

Paul Beckley encerrou sua crítica no New York Herald Tribune com: "... A Srta. Crawford quase faz o resto do filme parecer uma distração".[23]

O papel periférico de Crawford no filme gerou muitas críticas. Os homens com quem ela se envolveu romanticamente não apareceram na versão final, e muitas de suas cenas foram cortadas, como mencionado acima.[20]

Devido ao sucesso do filme, uma novela de curta duração com o mesmo nome foi ao ar na ABC em 1970.

Trilha sonora editar

A trilha sonora foi composta e conduzida por Alfred Newman, com orquestrações de Earle Hagen e Herbert Spencer. Partituras adicionais para os temas compostos por Newman foram feitos por Cyril Mockridge em duas cenas. As canções "Again" e "Kiss Them for Me" (de Lionel Newman) e "Something's Gotta Give" (de Johnny Mercer) foram usadas como trilhas diegéticas.[24]

A música-título do filme foi composta por Newman, escrita por Sammy Cahn, e interpretada por Johnny Mathis. O produtor Jerry Wald primeiro mostrou interesse em Mathis para a canção-título em agosto de 1958.[25]

A música, gravada para o filme, foi lançada em CD pela Film Score Monthly em 2002.

Prêmios e indicações editar

Ano Cerimônia Categoria Indicado Resultado
1960 Oscar[26][27] Melhor canção original Alfred Newman & Sammy Cahn ("The Best of Everything") Indicado
Melhor figurino colorido Adele Palmer

Referências

  1. a b «The First 100 Years 1893–1993: The Best of Everything (1959)». American Film Institute Catalog. Consultado em 18 de abril de 2023 
  2. Solomon, Aubrey. Twentieth Century Fox: A Corporate and Financial History (The Scarecrow Filmmakers Series). Lanham, Maryland: Scarecrow Press, 1989. ISBN 978-0-8108-4244-1. p. 252
  3. «Sob o Signo do Sexo (1959)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 18 de abril de 2023 
  4. EWALD FILHO, Rubens (1975). Os filmes de hoje na TV. São Paulo: Global. p. 182. 210 páginas 
  5. "Amounts Join "John Paul Jones" by Louella Parsons, Cedar Rapids Gazette, 24 de abril de 1958, p. 18
  6. "Jerry Wald's Big Secret: Make Hard Work Look Easy" by Eddie Fisher, Chester Times, 1 de outubro de 1958, p. 7
  7. "Working Girl Wants Marriage, Expert Says" by Bob Thomas, The Post Register, 11 de novembro de 1958, p. 11
  8. "Even Before the Book Was Done, Films Paid $100,000 for Rights", Miami Daily News-Record, 9 de setembro de 1959, p. 3
  9. "Anthony Quinn Signs to Make Film in Yugoslavia" by Louella Parsons, Anderson Daily Bulletin, 28 de janeiro de 1959, p. 11
  10. "Bardot Film 'Night in Paris' Scrapped; New Movie Substituted" by Louella Parsons, Albuquerque Journal, 12 de dezembro de 1958, p. 58
  11. "Oilman's Story Scripted" by Louella Parsons, Daily Review, 9 de julho de 1958, p. 36
  12. "Suzy Parker Return to Work After Taking 14-month Layoff" by Vernon Scott, Simpson's Leader-Times, 25 de abril de 1959, p. 2
  13. "Mr. Hollywood" by Mike Connolly, The Independent, 23 de agosto de 1958, p. 6
  14. "Ava Is Still in Limelight" by Dorothy Kilgallen, The Oneonta Star, 2 de setembro de 1958, p. 4
  15. "Hollywood Today" by Erskine Johnson, Eureka Humboldt Standard, 31 de janeiro de 1959, p. 2
  16. "Hedda Hopper" by Hedda Hopper, Tucson Daily Citizen, 4 de março de 1959, p. 35
  17. "Hedda Hopper" by Hedda Hopper, The Lima News, 30 de março de 1959, p.11
  18. "Real Life Can Be Like a Bad Movie" by Jean Cornel, Tucson Daily Citizen, 21 de março de 1959, p. 33
  19. "Hedda Hopper Hollywood" by Hedda Hopper, The Lima News, 12 de maio de 1959, p. 8
  20. a b c d Lawrence J. Quirk; William Schoell (2002). Joan Crawford: The Essential Biography. [S.l.]: University Press of Kentucky. p. 202. ISBN 978-0-8131-2254-0 
  21. "Joan Crawford Embarks on New Career in Cold Cruel World of Business" by Hal Boyle, Ada Evening News, 13 de agosto de 1959, p. 19
  22. Crowther, Bosley; Thompson, Howard (9 de outubro de 1959). «Screen: Frustrations in Young Actor's 'Career'; Franciosa Is Star of New Film at State James Lee's Play Is Story of 'Disease'». The New York Times. Consultado em 18 de abril de 2023 
  23. «The Best Of Everything (1959)». The Best of Everything: A Joan Crawford Encyclopedia. Consultado em 18 de abril de 2023 
  24. Kendall, Lukas (2002). «The Best of Everything». Film Score Monthly (CD). 4. Alfred Newman 11 ed. Culver City, Califórnia. pp. 5, 10 
  25. "Hedda Hopper" by Hedda Hopper, Altoona Mirror, 4 de agosto de 1958, p. 16
  26. «The 32nd Academy Awards (1960) Nominees and Winners». Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (em inglês). Consultado em 18 de abril de 2023 
  27. «32.º Oscar - 1960». CinePlayers. Consultado em 18 de abril de 2023