The City on the Edge of Forever

 Nota: Não confundir com City on the Edge of Forever.

"The City on the Edge of Forever" é o 29.º e penúltimo episódio da primeira temporada da série de ficção científica Star Trek, que foi ao ar no dia 6 de abril de 1967 pela NBC. É um dos mais aclamados episódios da série, e da franquia Star Trek como um todo, vencendo o prestigiado Hugo Award de Melhor Apresentação Dramática em 1968. O único outro episódio da série é possuir tal honra é o duas partes "The Menagerie". O roteiro é creditado à Harlan Ellison, porém ele foi amplamente reescrito por várias pessoas antes das filmagens. "The City on the Edge of Forever" foi dirigido por Joseph Pevney e tem Joan Collins aparecendo como atriz convidada no papel de Edith Keeler.

"The City on the Edge of Forever"
28.º episódio da 1.ª temporada de Star Trek

O Guardião da Eternidade.
Informação geral
Direção Joseph Pevney
Escritor(es) Harlan Ellison
Código(s) de produção 6149-28
Transmissão original 6 de abril de 1967
Convidados

Joan Collins como Edith Keeler
John Harmon como Rodent
Hal Baylor como Policial
David L. Ross como Galloway
John Winston como Kyle
Bartell La Rue como Guardião da Eternidade
Eddie Paskey como Leslie

Cronologia
"The Alternative Factor"
"Operation: Annihilate!"
Lista de episódios de Star Trek

O enredo gira em torno da tripulação da USS Enterprise descobrindo um portal pelo espaço e tempo, que acidentalmente leva o Dr. McCoy a alterar a história.

Enredo editar

A nave estelar USS Enterprise investiga perturbações temporais centradas em um planeta. Sulu se machuca gravemente em uma explosão do console. Para salvar sua vida, o Dr. Leonard McCoy decide usar cordrazine. Momentos depois, outras perturbações temporais fazem a nave balançar violentamente; como resultado, McCoy acidentalmente se injeta uma overdose de cordrazine, ficando violento e paranoico. Delirando, ele foge da ponte e se transporta para a superfície do planeta.

O Capitão James T. Kirk forma um grupo de desembarque composto por dois guardas, ele, Spock, Scotty e Uhura. Uma vez no planeta, Spock encontra a origem das distorções do tempo, um antigo anel feito aparentemente de pedra. O anel fala, se identificando como o "Guardião da Eternidade", e explica que ele é um portal para qualquer espaço e tempo, e mostra períodos da história da Terra em sua abertura. O grupo localiza McCoy, porém ele foge e pula através do portal antes de alguém impedi-lo. De repente, a equipe perde contato com a Enterprise. O Guardião informa que a história acabou de ser alterada, e como resultado, a Enterprise não existe mais.

Fica claro para todos que, após pular através do portal, McCoy de alguma forma alterou o passado e apagou a história que eles conheciam. Kirk pede ao Guardião para que ele repasse as imagens históricas para que ele e Spock possam atravessar em um momento pouco antes de McCoy ter entrado, na esperança de corrigir aquilo que ele alterou. Os dois pulam no momento certo e se materializam em Nova York durante a Grande Depressão da década de 1930. Seus uniformes e as orelhas de Spock assustam os pedestres, então Kirk rouba algumas roupas de um varal e os dois se escondem em um porão para se trocar. Lá, eles encontram uma mulher chamada Edith Keeler, que se identifica como uma trabalhadora social da Missão da Rua 21. Eles se desculpam pela invasão e se oferecem para trabalhar; ela aceita. No meio tempo, Spock começa a construir uma rude interface processadora, que mal funciona, para descobrir que parte da história McCoy alterou.

Kirk acaba se apaixonando por Edith. Ele descobre que ela é uma extraordinária visionária com uma visão positiva sobre o futuro da humanidade. McCoy se materializa, e após um encontro com um sem teto, ele acaba na Missão da Rua 21, onde Edith o leva para descansar. Kirk e Spock não percebem sua chegada. Enquanto isso, Spock termina sua interface e ele e Kirk analisam os dados. É revelado que Edith deveria ter morrido em um acidente de carro, porém McCoy salvou sua vida, dessa forma ela acabou formando um movimento pacifista que retardou a entrada dos Estados Unidos na II Guerra Mundial; isso dá tempo para Alemanha Nazista desenvolver a bomba atômica e vencer a guerra. Kirk tem de enfrentar o fato de que se Edith não morrer como ela deve, a história será alterada para sempre.

Edith cuida de McCoy, que diz a ela quem ele é, e de onde ele vem. Ela não acredita em sua história fantástica, porém diz que ele se daria bem com seu novo e excêntrico namorado que irá levá-la para ver o novo filme de Clark Gable naquela noite, um ator que, para sua surpresa, McCoy não conhece.

Mais tarde, enquanto Kirk e Edith estão saindo de casa, Edith fica surpresa que Kirk também não conhece Gable. Ela menciona que "Dr. McCoy" também não o conhece. Alarmado, Kirk diz para Edith esperar, antes de atravessar a rua correndo chamando por Spock. Quando ele encontra Spock, McCoy aparece da missão bem na frente deles. Uma surpresa Edith atravessa a rua para se juntar a eles, porém não percebe um caminhão se aproximando. Instintivamente, Kirk vai tentar salvá-la, porém quando Spock diz, "Não, Jim!", McCoy tanta salvá-la, mas é impedido por Kirk; o caminhão a atinge e ela morre. Chocado, McCoy exclama para Kirk, "Eu poderia tê-la salvado... você faz ideia do que acabou de fazer?". Kirk, abalado, está sem palavras, e Spock diz, "Ele sabe, doutor. Ele sabe".

Com a morte de Edith, a história volta a linha do tempo original e Kirk, Spock e McCoy retornam ao planeta do Guardião e encontram o grupo de desembarque. O Guardião diz, "O tempo voltou a sua forma. Tudo é como era antes". Uhura indica que a Enterprise está pronta para transportá-los de volta, e o traumatizado Kirk fala para todos irem embora.

Produção editar

Tratamentos originais e roteiros editar

Em seu livro The City on the Edge of Forever: The Original Teleplay that Became the Classic Star Trek Episode, Harlan Ellison dá dois "tratamentos" que estabeleciam a ideia, um roteiro completo e uma abertura revisada:[1]

Tratamento de março de 1966 editar

No tratamento original, o Tenente Richard Beckwith, um traficante de drogas vendendo a ilegal "Jóias do Som", mata o Tenente LeBeque depois de ele ameaçar revelar as atividades de Beckwith. Isso ocorre depois de LeBeque perceber que ele quase causou um enorme acidente sob a influência das "Jóias". Seu crime é testemunhado, e Beckwith é levado a corte marcial e sentenciado a morte. As regras da Frota Estelar exigem que ele seja executado em um planeta inabitado.

Eles chegam no que parece ser um mundo morto. Kirk leva Beckwith junto com Spock, dois oficiais (não nomeados) e um pelotão de fuzilamento de doze homens. Porém, na superfície eles encontram evidências da existência de habitantes, significando que a execução de Beckwith não pode ocorrer ali.

Explorando, eles encontram os "Guardiões da Eternidade", humanóides de aparência idosa com quase três metros de altura, que explicam que eles protegem um Vórtice Temporal, uma ligação para o passado que só pode existir nesse planeta. Eles mostram a Kirk cenas do passado da Terra. Eles explicam que é possível voltar, porém não é sábio, já que um visitante pode alterar tudo. Beckwith ouve a conversa e entra no Vórtice Temporal para escapar. Os Guardiões entram em pânico: tudo mudou, porém eles não sabem como. Eles voltam para sua cidade.

Kirk tenta retornar para a sua nave, porém descobre que os efeitos da mudança do tempo transformaram a Enterprise na Condor, uma nave pirata. Eles conseguem assumir o controle da sala do transporte, e Kirk e Spock retornam para ver se o tempo pode ser restaurado.

De volta a superfície, os Guardiões dizem que a mudança reside em uma garota chamada Edith Koestler, que está destinada a ser atropelada e morta por uma van em algum momento específico. Beckwith irá impedir isso. Eles devem impedi-lo.

Eles entram no Vórtice e chegam em Chicago dos anos 1930. Um vendedor de rua idoso os vê chegar e tem um ataque do coração ao ver Spock. Eles são perseguidos e fogem. Kirk e Spock se ajustam ao período e encontram trabalho. Eles encontram Edith Koestler e Kirk é atraído por ela. Nesta versão, ela tem um caráter admirável, porém não faz nenhuma pregação ou trabalhos sociais, nem é chamada de "Irmã Edith Koestler". Não há indicação do porque sua morte é tão importante para a história.

Beckwith chega, porém os dois não conseguem capturá-lo. Em troca ele os persegue e quase mata Spock. Finalmente chega o momento que Edith deve morrer. Porém nessa versão, Beckwith tenta salvar Edith e Spock deve agarrá-lo para pará-lo. Kirk, sabendo que Edith deve morrer, porém desejando que ela viva, tendo se apaixonado por ela, fica imóvel em indecisão e não faz nada. Spock impede Beckwith, deixa a garota morrer e ajuda Kirk a retornar com o prisioneiro.

Com a linha do tempo corrigida, Beckwith tanta escapar novamente, porém os Guardiões da Eternidade criam uma armadilha para ele: ele se encontra em uma supernova, e pouco antes de morrer queimado, é puxado de volta no tempo para reviver sua morte agonizante por toda a eternidade.

A última cena tem Kirk e Spock conversando, onde Spock trata seu amigo com compaixão, dizendo que "nenhuma outra mulher já foi oferecida com o universo por amor". Ele também se refere a Kirk como "Jim": em todas as outras ocasiões ele se manteve formal o chamando de "Capitão".[1]

Tratamento de maio de 1966 editar

Este tratamento começa com Kirk explicando que, mesmo com testes psicológicos, algum tripulante pode fazer algo errado. Os crimes iniciais são os mesmos, porém Beckwith imediatamente escapa para a superfície do planeta, com Kirk, Spock, Ordenança Rand e cinco tripulantes o seguindo.

O planeta é o mesmo. Eles ainda descobrem que a Enterprise se transformou na pirata Condor, porém deixam Rand e os cinco tripulantes para guardar o transporte. Retornando, eles não recebem explicação definitiva sobre o ponto de mudança. Os Guardiões da Eternidade fazem declarações enigmáticas, "Ele irá procurar aquilo que deve morrer, e dar-lhe vida. Detenha-o" e "Azul será. Azul como o céu da Terra e claro como a verdade. E o sol vai queimar sobre ele, e ai está a chave".

Kirk e Spock são levados para a Nova York dos anos 1930. Uma turba os ataca, identificando-os como estrangeiros que tiraram empregos de americanos. Eles fogem e se escondem em um porão. O zelador (homem) os encontra e os ajuda a conseguir trabalho. Os dois encontram a Irmã Edith Keeler em uma esquina pregando sobre amor e esperança. Ela está usando uma capa azul com um broche de sol, ela é a chave.

O resto do enredo prossegue como no primeiro tratamento.[1]

Primeiro roteiro editar

O enredo é o mesmo do segundo tratamento, exceto que eles já sabem que o planeta é estranho, com relógios correndo para trás. O grupo de desembarque consiste de Kirk, Spock, Ordenança Rand e seis tripulantes. Eles chegam em dois turnos, respeitando o limite de seis plataformas de transporte. Beckwith escapa, a transformação da Enterprise na Condor e o retorno deles ocorre como antes, e os Guardiões dão as mesmas pistas.

Os eventos iniciais em Nova York também são os mesmos, exceto que Spock usa seu tricorder para tentar definir o ponto de mudança, porém ele queima. Ele então vê a Irmã Edith Keeler e entende as pistas. Spock consegue consertar parcialmente seu tricorder e consegue as primeiras explicações do porque Edith deve morrer: a primeira sugestão é que ela pode dar à luz um filho que irá se tornar um ditador, a segunda de que ela pode manter os Estados Unidos fora da guerra por dois anos a mais, dando tempo para a Alemanha Nazista criar suas armas nucleares.

Também encontramos um personagem adicional na pessoa do perneta veterano da I Guerra Mundial Trooper. Kirk e Spock o contratam para encontrar Beckwith, coisa que ele faz. Os dois tentam prender Beckwith, porém ele atira com seu faser e mata Trooper. Kirk e Spock sentem sua morte, porém se perguntam se ele era importante para o fluxo do tempo.

Como antes, Beckwith tenta salvar Edith, Kirk não consegue agir e Spock segura Beckwith e eles retornam. Os Guardiões asseguram que o tempo voltou a normalidade. Spock pergunta "sobre a morte do aleijado" e recebe a resposta "ele era negligenciável".

Como antes, a história termina com a conversa onde Spock se refere a Kirk como Jim. Desta vez ele comenta que o vulcano nunca o chamou de nada diferente de Capitão. Kirk também nota que Beckwith, apesar de ser um assassino sem moral, ainda estava disposto a se sacrificar para salvar a vida de uma mulher. Ele vê isso como um sinal de esperança, "O pior entre nós faz a melhor coisa".[1]

Mudanças posteriores editar

Em sua adaptação da história no livro Star Trek 2, James Blish explica aos leitores de que ele tentou preservar os melhores elementos de tanto o roteiro original de Ellison como a versão final. Na versão de Blish, Kirk permite Edith morrer, com Spock dizendo-lhe que "Nenhuma outra mulher quase já foi oferecida com o universo por amor".[2]

A revisão do segundo rascunho tinha McCoy sendo mordido por um animal tóxico, que o leva a insanidade e a se transportar para o planeta do Guardião. Ele assume o papel de Beckwith de voltar no tempo e alterar o passado salvando Edith Keeler.

Nos créditos finais do episódio que eventualmente foi ao ar, Joan Collins é listada como interpretando a "Irmã Edith Keeler". Ela gerencia a Missão da Rua 21, um nome que naquele período seria apenas utilizado para uma missão religiosa. Em uma cena, antes de um discurso de natureza mais motivacional do que religiosa, ela é vista carregando uma Bíblia.

Controvérsia editar

O roteiro foi pedido no início de 1966 para Harlan Ellison. Os produtores Robert Justman e Herbet Solow lembram que o roteiro foi entregue atrasado.[1][3]

A equipe de produção considerou o roteiro de Ellison excelente (apesar do diretor Joseph Pevney ter dito, "Harlan não tinha nenhum senso de teatralidade... nos momentos dramáticos do roteiro original, ele errava feio"),[4] porém eles tinham várias preocupações. Como originalmente escrito, o episódio seria muito longo para um programa de um hora, muito caro para se filmar, com muitas falas e elaborados efeitos especiais. Também, vários elementos de enredo—como um mebro da tripulação vendendo drogas e Kirk se preparando para sacrificar sua tripulação para ficar com Edith—levou os produtores a decidir que o roteiro de Ellison simplesmente "não era Star Trek". O próprio Ellison fez um grande número de mudanças, entregando seu Segundo Rascunho Revisado Final em dezembro de 1966. A história mesmo assim ainda foi considerado muito cara para ser filmada, e acabou sendo reescrito internamente, por uma sequência de editores incluindo Steven W. Carabatsos, Gene L. Coon, D. C. Fontana e o próprio Gene Roddenberry. Ellison, insatisfeito com as reescritas, considerou assinar o roteiro com seu pseudônimo, "Cordwainer Bird".[1][3]

Parte da razão de toda a controvérsia reside na sutil, porém importante, mudança na personagem de Edith Keeler. No roteiro original, ela era uma assistente social com uma tendência filosófica vagamente hippie, enquanto que na versão final, ela foi mudada para um protestante anti-guerra. A versão que foi exibida no final carregava implicitamente a mensagem de que movimentos anti-guerra eram ruins para o futuro da humanidade. (Kirk: "Ela estava certa; paz era o caminho". Spock: "Ela estava certa... porém na época errada".) Quando o produtor associado Robert Justman foi indagado se o episódio tinha a intenção "de ter como subtexto os movimentos anti-Guerra do Vietnã", ele respondeu dizendo "É claro que sim".[5] O novo elemento temático, que pode ser interpretado como crítico aos movimentos anti-guerra, foi de encontro as visões anti-guerra de Ellison, estabelecida em muitos de seus trabalhos.

De acordo com Ellison, Roddenberry mais tarde afirmou que o roteiro original de Ellison tinha Scotty vendendo drogas, apesar de Scotty não aparecer em nenhum dos roteiros de Ellison. Roddenberry mais tarde admitiria que quando ele fez o comentário, ele não lia o rascunho de Ellison havia anos. Ellison contou seu lado da história em 1996, com seu livro The City on the Edge of Forever: The Original Teleplay that Became the Classic Star Trek Episode, contendo dois tratamentos de sua história e seu primeiro rascunho para o roteiro.[1]

Em 13 de março de 2009, Ellison processou a CBS Paramount Television,[6] procurando pagamento de 25% das receitas líquidas de merchandising, publicação, e qualquer outra receita do episódio desde 1967; o processo também nomeia o Writers Guild of America por alegadamente não agir em nome de Ellison no assunto. Em 22 de outubro de 2009, o processo foi concluído com Ellison alegando que ele estava satisfeito com o resultado.[7]

Filmagens editar

Com a exceção de algumas imagens de arquivo da Cidade de Nova York usadas no episódio (onde a Ponte do Brooklyn pode ser vista como também uma rua em frente ao apartamento que Kirk e Spock vivem), todas as cenas exteriores foram filmadas no RKO Forty Acres da Desilu Studios em Culver City, Califórnia. Episódios anteriores que foram filmados lá foram "Miri" e "The Return of the Archons". A Missão da Rua 21 ficava na parte do Forty Acres conhecida como "Rua Principal", sendo chamada de Grande Teatro anteriormente no The Andy Griffith Show. As cenas do planeta do Guardião foram filmadas dos estúdios da Desilu, com as ruinas antigas sendo um resultado de uma má interpretação da descrição original de Ellison da cidade como "coberta por runas".[1]

As filmagens do episódio ocorreram de 3 de fevereiro de 1967 até 14 de fevereiro de 1967, dirigido por Joseph Pevney. O episódio demorou sete dias e meio para ser filmado, mais do que era o usual, e de acordo com Justman e Solow, o custo total foi de US$ 250.000, comparado com a média semanal de US$ 185.000.[3]

Remasterização editar

O episódio foi remasterizado em 2006 e foi ao ar em 7 de outubro de 2006, como parte da remasterização da série original para seu aniversário de 40 anos. Ele foi precedido na semana anterior por "The Naked Time" e sucedido uma semana depois por "I, Mudd". Além da remasterização de áudio e vídeo, e todas as animações computadorizadas da USS Enterprise que são padrão nas revisões, mudanças específicas para o episódio incluem:[8]

  • O planeta do Guardião foi melhorado para parecer foto realista. Muitos dos efeitos originais do episódio foram aprimorados.
  • Quando o episódio foi sindicado em 2006, a cena do sem teto se vaporizando com o faser de McCoy foi excluída. A cena abruptamente corta de McCoy caindo com o homem em pé aos seu lado, para McCoy entrando na casa de missão de Edith. A cena está presente nos lançamentos de DVD e blu-ray da primeira temporada remasterizada. O efeito foi levemente alterado para a figura do homem ainda ser visível na luz azul ao invés de um clarão branco seguido de seu desaparecimento na versão original.

Recepção editar

A versão filmada de "The City on the Edge of Forever" é considerado o melhor episódio da série original por muitos críticos e publicações como a Entertainment Weekly.[9] A TV Guide o colocou na #68 posição de sua lista dos 100 Momentos Mais Memoráveis da História da TV em 1 de julho de 1995, em outra edição apareceu na lista dos 100 Melhores Episódios de TV de Todos os Tempos e ficou em #80 na lista dos 100 Episódios de TV de Todos os Tempos.[10] A IGN o escolheu como número um de sua lista dos Top 10 Episódios Clássicos de Star Trek.[11] É o mais aclamado episódio da série original de Star Trek. Venceu o Hugo Award em 1968 para Melhor Apresentação Dramática na World Science Fiction Convention. Somente vinte cinco anos depois outro programa de televisão receberia tal honra novamente, e o recipiente foi o episódio "The Inner Light" de Star Trek: The Next Generation.

O roteiro original de Harlan Ellison venceu o anual Writers Guild of America Award de Melhor Roteiro de Uma Hora. Gene L. Coon teria dito na época: "Se Harlan vencer, eu vou morrer", e que "Há dois roteiros concorrendo ao Writers Guild Award, e eu escrevi ambos".[4] Apesar de tais citações serem de mérito dúbio, todavia, já que as regras WGA não permitem que companhias de produção submetam roteiros, apenas roteiristas credenciados, que podem submeter quaisquer versões de seus roteiros que desejarem.[3] Ellison submeteu seu primeiro rascunho para consideração no prêmio do WGA, e não qualquer outra versão que tinha sido editada pela equipe de Star Trek, então a suposta versão do roteiro de Coon era inelegível e nunca foi submetida.[1] Gene Roddenberry disse que "muitas pessoas venceriam prêmios se escrevessem roteiros que custassem três vezes o orçamento do programa".[1] No documentário To Boldly Go... incluído no DVD da primeira temporada da série, Leonard Nimoy caracteriza o episódio como um ponto alto para o programa, chamando-o de "boa tragédia".

Referências

  1. a b c d e f g h i j Ellison, Harlan (1996). The City on the Edge of Forever: The Original Teleplay that Became the Classic Star Trek Episode. [S.l.]: White Wolf Publishing. ISBN 1-565-04964-0 
  2. Blish, James (1968). Star Trek 2. [S.l.]: Bantam Books. ISBN 0-848-80738-3 
  3. a b c d Solow, Herbert F.; Justman, Robert H. (1996). Inside Star Trek: The Real Story. [S.l.]: Pocket Books. ISBN 0-671-00974-5 
  4. a b Gross, Edward; Altman, Mark A. (1995). Captain's Logs: The Unauthorised Complete Trek Voyages. [S.l.]: Little Brown & Co. ISBN 0-316-32957-6 
  5. Weil, Ellen; Wolfe, Gary K. (2002). Harlan Ellison: The Edge of Forever. Columbus: Ohio State University Press. p. 114-115. ISBN 0-8142-0892-4 
  6. «ELLISON SUES STAR TREK». U.S. DISTRICT COURT FOR THE CENTRAL DISTRICT OF CALIFORNIA. HarlanEllison.com. 13 de março de 2009. Consultado em 27 de junho de 2011 
  7. McNary, Dave (22 de outubro de 2009). «Ellison, Paramount settle lawsuit». Variety. Consultado em 27 de junho de 2011 
  8. Russell Bailey, Dennis (12 de outubro de 2006). «Review: "City On The Edge Of Forever" Remastered [w/ new pics & vids]». TrekMovie.com. Consultado em 27 de junho de 2011 
  9. «Special Edition». Entertainment Weekly. Janeiro de 1995 
  10. «TV's Top 100 Episodes of All Time». TV Guide. 15 de junho de 2009 
  11. Collura, Scott; Pirrello, Phil; Vejvoda, Jim. «IGN's Top 10 Classic Star Trek Episodes - #1: "City on the Edge of Forever" (4/6/67)». IGN. Consultado em 27 de junho de 2011 

Ligações externas editar