The Desert Song (1929)
The Desert Song (bra: A Canção do Deserto)[4] é um filme musical pre-Code estadunidense de 1929, do gênero aventura, dirigido por Roy Del Ruth, e estrelado por John Boles, Carlotta King, Louise Fazenda, Myrna Loy e Johnny Arthur.[5] O roteiro de Harvey Gates foi baseado no livro e na peça teatral homônimos de 1926, de Oscar Hammerstein II, Otto Harbach e Frank Mandel.[2]
The Desert Song | |
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Lobby card do filme. | |
No Brasil | A Canção do Deserto |
Estados Unidos 1929 • p&b/cor • 125 min | |
Gênero | opereta musical aventura |
Direção | Roy Del Ruth |
Roteiro | Harvey Gates |
Baseado em | The Desert Song livro e peça teatral de 1926 de Oscar Hammerstein II Otto A. Harbach & Frank Mandel[1] |
Elenco | John Boles Carlotta King Louise Fazenda Myrna Loy Johnny Arthur |
Música | Irving Berlin Sigmund Romberg Letras: Oscar Hammerstein II Otto Harbach |
Cinematografia | Barney McGill (parte–Technicolor) |
Edição | Ralph Dawson Furusawa[1] |
Companhia(s) produtora(s) | Warner Bros. |
Distribuição | Warner Bros. |
Lançamento |
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Idioma | inglês |
Orçamento | US$ 354.000[3] |
Receita | US$ 3.022.000[3] |
Foi fotografado parcialmente em Technicolor de duas cores, se tornando o primeiro filme lançado pela Warner Bros. a incluir cores em uma produção.
A produção estreou no Teatro Casino na Broadway em 30 de novembro de 1926, e teve 465 apresentações.[1][6] Embora algumas das músicas do espetáculo tenham sido omitidas, o filme é praticamente uma duplicata da produção teatral, e é extremamente fiel a ela.
Com base no sucesso de "The Desert Song", a Warner Bros. rapidamente escalou John Boles em um longa-metragem musical colorido chamado "Song of the West", que teve suas gravações finalizadas em junho de 1929, mas seu lançamento adiado até março de 1930.
Sinopse editar
O general francês Birbeau (Edward Martindel) foi enviado ao Marrocos para erradicar e destruir os rifenhos, um bando de rebeldes árabes que ameaçam a segurança do posto avançado francês no deserto marroquino. Seu líder arrojado e temerário é o misterioso "Red Shadow" (John Boles). Margot Bonvalet (Carlotta King), uma adorável e atrevida garota francesa, está prestes a se casar com o braço direito de Birbeau, o Capitão Fontaine (John Miljan). O filho de Birbeau, Pierre, que é na verdade o Red Shadow, ama Margot, mas finge ser uma pessoa ruim para preservar sua identidade secreta. Margot diz a Pierre que ela secretamente anseia ser levada por algum sheik ousado e arrojado, ou talvez até mesmo pelo próprio Red Shadow. Então, Pierre, como Red Shadow, sequestra Margot e declara seu amor por ela.
Para a surpresa de Margot, seu misterioso sequestrador a trata com todas as considerações que ela esperava. Quando o Red Shadow fica cara a cara com o General Birbeau, o velho desafia o líder rebelde para um duelo. Com a certeza de que jamais mataria seu próprio pai, ele se recusa a lutar, perdendo o respeito dos rifenhos. Azuri (Myrna Loy), a dançarina nativa sinuosa e secreta, pode ser persuadida a responder a alguns desses enigmas, mas somente se for persuadida pelo Capitão Fontaine.
Enquanto isso, dois outros personagens, Benny Kidd (Johnny Arthur), um repórter, e Susan (Louise Fazenda) fornecem o alívio cômico do filme.
Elenco editar
- John Boles como Pierre Birbeau / Red Shadow
- Carlotta King como Margot Bonvalet
- Louise Fazenda como Susan
- Myrna Loy como Azuri
- Johnny Arthur como Benny Kidd
- Edward Martindel como General Birbeau
- John Miljan como Capitão Fontaine
- Marie Wells como Clementina
- Jack Pratt como Pasha
- Otto Hoffman como Hasse
- Roberto E. Guzmán como Sid El Kar
- Del Elliott como Rebelde
Produção editar
Refilmagens editar
Depois de 1935, a versão original de 1929 tornou-se impossível de ser exibida nos Estados Unidos devido ao seu conteúdo da era pre-Code, que incluía insinuações sexuais, humor sugestivamente lascivo, e discussão aberta de temas como a homossexualidade (por exemplo, Johnny Arthur interpreta um personagem obviamente homossexual). Consequentemente, uma refilmagem reformulada foi lançada em 1943, com uma terceira versão sendo lançada em 1953.
Recepção editar
A crítica de cinema Violet LeVoit, da Turner Classic Movies, observa:
"Se a Warner Brothers não tivesse se sentado nos rolos completos desse musical Technicolor de duas tiras por cinco meses inexplicáveis, o filme teria vencido Broadway Melody (1929), da MGM, nos cinemas, e desfrutado da distinção de ser o primeiro filme todo falado (e todo cantado?). Mas enquanto Broadway Melody, consideravelmente rígido e enfadonho, ganhou o prêmio de Melhor Filme em 1929, o público moderno encontra mais amor nesta opereta sobre o deserto marroquino ... não só por causa das letras de Oscar Hammerstein, mas por causa da direção de Roy del Ruth, a cinematografia sombria e sensual de Barney McGill, e de como as estrelas John Boles e Carlotta King podem cantar ferozmente as músicas ousadas com mais poder do que outros cantores insignificantes nos primeiros dias de som amplificado".
Bilheteria editar
De acordo com Warner Bros. Records, o filme arrecadou US$ 1.549.000 nacionalmente e US$ 1.473.000 no exterior, totalizando mais de US$ 3 milhões mundialmente.[3]
Trilha sonora editar
- "Riff Song"
- "French Marching Song"
- "Then You Will Know"
- "The Desert Song"
- "Azuri's Dance"
- "Love's Dear Yearning"
- "Let Love Go"
- "One Flower"
- "One Alone"
- "Sabre Song"
- "The Desert Song Ballet"
Preservação editar
O filme existe apenas em cópias em preto e branco. Elementos de uma pequena parte de um dos números musicais estão faltando, mas a trilha sonora completa sobrevive intacta em discos Vitaphone.[7]
Referências
- ↑ a b c «The Desert Song». Internet Broadway Database. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ a b «The First 100 Years 1893–1993: The Desert Song (1929)». American Film Institute Catalog. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ a b c Warner Bros financial information in The William Shaefer Ledger. See Appendix 1, Historical Journal of Film, Radio and Television, (1995) 15:sup1, 1-31 p. 7 DOI: 10.1080/01439689508604551
- ↑ «Cinearte (RJ) – 1926 a 1932 – DocReader Web». Brasil: Hemeroteca Digital Brasileira. 19 de fevereiro de 1930. Consultado em 6 de julho de 2023
- ↑ Mordaunt Hall (2 de maio de 1929). «MOVIE REVIEW: The Desert Song (1929)». NY Times. Consultado em 19 de julho de 2014
- ↑ «Musical Theatre Guide». Musical Theatre Guide: "The Desert Song". Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ Catalog of Holdings The American Film Institute Collection and the United Artists collection at the Library of Congress. Washington, D.C.: American Film Institute. 1978. p. 42
Ligações externas editar
- Media relacionados com The Desert Song no Wikimedia Commons