Tintura de iodo é uma solução de iodo elemental (I2) em concentração mássica (massa do soluto por volume total da solução) que varia de 2 a 10 % em solvente hidroalcoólico (água destilada e álcool etílico etanol, cujos teores variam desde o mínimo que garanta a solubilidade do iodo no etanol, complementação feita pela água, até o extremo inverso. Foi utilizado a partir de 1908 no preparo pré-operatório da pele pelo cirurgião Antonio Grossich.[1][2]

Com o fim de dissolver apenas em água, pelo efeito do efeito íon comum, também se lhe pode adicionar iodeto de potássio (KI), constituindo-se a solução chamada lugol, que pode ser utilizada essencialmente para o mesmo fim, sobretudo quando não se deseja a presença de etanol. Essa solução, lugol, em comparação à iodopovidona, tem a desvantagem de manchar e não poder ser lavada.

Pode ser usada para sanitizar águas, usando-se 5 gotas de tintura de iodo a 2% por litro de água a ser tratada, deixando-se agir após a adição por 30 minutos antes da ingestão, tempo necessário para todos os vírus e bactérias serem eliminados. Se a temperatura da água é menor que 20 °C (68 °F), o tempo de ação deverá ser elevado para algumas horas e a dosagem deve ser atribuida para 10 gotas da tintura desta concentração.

Também pode ser utilizada no tratamento de infecções cutâneas em aves como a Bouba Aviária, pincelando-se no local.

Referências

  1. Seymor S. Block (2001). Disinfection, Sterilization, and Preservation, 5e. [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 922. ISBN 978-0-683-30740-5. Consultado em 7 de janeiro de 2013 
  2. Barefanger, Joan (1 de maio de 2004). «Comparison of chlorhexidine and tincture of iodine for skin antisepsis in preparation of blood sample collection». Journal of Clinical Microbiology. 42 (5): 2216–2217. PMC 404630 . PMID 15131193. doi:10.1128/JCM.42.5.2216-2217.2004 

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