Tomás de Carvalho

político português da monarquia constitucional

Tomás de Carvalho ComSE (Porto, 24 de Dezembro de 1819Lisboa, 3 de Junho de 1897) foi um médico e docente de medicina português.

Dr. Tomás de Carvalho

Nascido na Rua Chã[1] no Porto, filho de José de Carvalho e de Rita de Cássia de Carvalho, Tomás de Carvalho doutorou-se em Medicina pela Universidade de Paris.[2] Entusiasmado em jovem com as ideias republicanas que viriam a resultar na Segunda República Francesa, subscreveu com os demais estudantes a mensagem ao governo de Alphonse de Lamartine aquando da Revolução de Fevereiro em 1848.[1] Regressado a Portugal, assumiu a cadeira de Anatomia da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, tendo ainda ocupado o cargo de director da referida Escola e o de Enfermeiro-mor do Hospital de São José[2] (o primeiro médico a assumir aquele cargo).

Em 1858[2] foi eleito deputado pelo círculo eleitoral de Macau,[3] exercendo as funções em diversas legislaturas, e por fim, foi feito Par do Reino vitalício.[1]

Foi ainda provedor da Santa Casa da Misericórdia, sócio efectivo da Academia Real das Ciências, vogal do Conselho Superior de Instrução Pública. Editou diversos trabalhos e colaborou ainda em vários jornais e revistas:[2] no Zacuto e na Patria, foi redactor do Atheneu e da Gazeta Médica de Lisboa.[1]

Morreu em 1897, na sua casa na Rua de São Roque (actual Rua da Misericórdia) em Lisboa, de uma anasarca, no contexto de uma lesão cardíaca que sofria desde longa data. Foi a sepultar no Cemitério do Alto de São João.[3]

Referências

  1. a b c d «As Nossas Gravuras: Dr. Thomaz de Carvalho». O Occidente: Revista Illustrada de Portugal e do Extrangeiro. Lisboa. 20 de Junho de 1897. Consultado em 1 de Agosto de 2020 
  2. a b c d «Fundo Xavier da Cunha» (Associação dos Amigos da Torre do Tombo). Consultado em 1 de Agosto de 2020 
  3. a b «Conselheiro Thomaz de Carvalho» (PDF). Diario Illustrado. Lisboa. 4 de Junho de 1897. Consultado em 1 de Agosto de 2020