Torneio Rio-São Paulo

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O Torneio Rio-São Paulo foi uma competição de futebol interestadual oficial disputada por clubes do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Torneio Rio-São Paulo
Torneio Rio-São Paulo
Dados gerais
Organização FPF/FERJ
Edições 25
Local de disputa Rio de JaneiroSão Paulo, Brasil
Sistema Pontos Corridos e Mata-Mata
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Embora tenha sido organizado pela primeira vez em 1933 pela então Federação Brasileira de Futebol,[1] só passou a ser disputada anualmente a partir de 1950, sob responsabilidade das federações de futebol dos dois estados. Em 1954, a competição passou a ser oficialmente chamada "Torneio Roberto Gomes Pedrosa" (mas ainda contando apenas com clubes dos dois estados), uma homenagem ao goleiro Pedrosa, do São Paulo e da Seleção Brasileira (na Copa do Mundo de 1934), que morreu em 1954, como presidente da Federação Paulista de Futebol.[2] Foi o nome oficial até a edição de 1966. Entretanto, o certame acabou ficando popularmente mais conhecido com a sua nomenclatura original, sendo nomeado como Torneio Rio-São Paulo mesmo nos boletins oficiais da CBD.[3]

Disputado continuamente de 1950 a 1966, o Rio-São Paulo foi completamente reestruturado para a edição de 1967 com a inclusão de clubes de outros estados.[4] Por conta dessa reformulação que deixou o torneio mais atrativo, a designação "Rio-São Paulo" foi abolida, mas ficou mantido o nome oficial Torneio Roberto Gomes Pedrosa[4] (ou apenas "Robertão",[4] devido a sua ampliação e caráter nacional) — porém a partir da edição de 1968, a competição teve seu nome oficial alterado para Taça de Prata quando também passou a ser encampada pela CBD —, passando a ser considerado como edição do Campeonato Brasileiro, conforme publicações dos boletins oficiais dessa confederação.[3][5]

Uma nova edição do Torneio Rio-São Paulo só voltou a ser disputada em 1993. Após um novo hiato (1994 a 1996), foi disputada regularmente de 1997 a 2002, findando-se.

No ano de 2006 foi realizada à única edição feminina do torneio, que teve o CEPE-Caxias como campeão.

História editar

A origem do Torneio Rio-São Paulo remonta as disputas políticas motivadas pelas discussões em torno do amadorismo e do profissionalismo do futebol no Brasil no início da década de 1930. Frente à postura da Confederação Brasileira de Desportos (CBD, precursora da atual CBF), favorável a manutenção da veia amadora, um grupo de clubes paulistas (vinculados à Associação Paulista de Esportes Atléticos) e cariocas (ligados à Liga Carioca de Futebol) rompeu com a confederação para criar a Federação Brasileira de Futebol (FBF, sem relação com a primeira entidade com este nome criada em 1915).[1]

Para se afirmar nacionalmente ante à CBD, que organizava o Campeonato Brasileiro de seleções estaduais de futebol, uma das primeiras iniciativas da FBF foi a organização de um campeonato nacional para clubes que aderissem ao futebol profissional.[1] No entanto, como só as associações do Distrito Federal (atual município do Rio de Janeiro) e de São Paulo estavam formalmente filiadas à FBF, foi possível viabilizar apenas uma competição contando com equipes desses dois grandes centros do futebol brasileiro. Com sua realização concretizada em 1933, esse campeonato acabou se tornando a primeira competição da era do profissionalismo no Brasil e, por conseguinte, a gênese daquele que seria o Torneio Rio–São Paulo, retomado a partir da década de 1950 e disputado até meados dos anos 1960, uma dos mais tradicionais torneios do futebol brasileiro em sua época.[1]

Após a edição inaugural de 1933, o torneio interestadual do ano seguinte foi interrompido ainda na fase classificatória[6] e com alguns clubes desligando-se das associações de futebol filiadas à FBF, em mais um capítulo das disputas políticas decorrentes do turbulento processo de profissionalização do futebol no Brasil.[7] Em 1940, houve uma tentativa de se retomar o torneio, porém ele acabou novamente interrompido.[6][7] Ainda que seu regulamento previsse a realização de dois turnos, a CBD deu o torneio por encerrado e sem nenhum clube ter se sagrado campeão.[8][9][10][11][12][13][14]

Apenas no início da década de 1950, uma nova tentativa de organizar o torneio teve êxito, tal que criou uma periodicidade e passou a ser disputado anualmente até 1966.[6]

1933: primeira edição editar

A primeira edição do Torneio Rio-São Paulo realizada em 1933, contou com a participação, por ordem final da colocação, de: Palestra Itália (campeão), São Paulo, Portuguesa de Desportos, Bangu, Vasco, Corinthians, Fluminense, America (RJ), Santos, Bonsucesso, AA São Bento e Ypiranga (SP).

Com exceção do Flamengo (em virtude de que quando o clube decidiu a se filiar à LCF, o torneio já tinha iniciado) e do Sírio, que não disputaram o Rio-São Paulo, as partidas do Campeonato Carioca organizado pela Liga Carioca de Futebol (LCF, onde o Botafogo não participava em razão do clube ter decidido continuar no amadorismo) e do Campeonato Paulista valiam para o torneio interestadual.[15]

Na partida que decidiu este torneio, o Palestra venceu o Fluminense por 2 a 1 no Estádio Palestra Itália, na última rodada, perante cerca de 25 000 torcedores. Incorretamente, muitos sites e até livros, apontam o jogo que definiu o título como sendo o confronto paulista entre Palestra e São Paulo da Floresta, mas este aconteceu na 19ª rodada, do total de 22, com o Palestra tendo sido campeão com apenas 2 pontos de vantagem sobre o São Paulo, de modo que a afirmação correta é a de que o clássico paulista acabou dando a vantagem que definiu o título posteriormente.

1934 e 1940: edições incompletas e hiato editar

Uma segunda edição do Torneio Rio-São Paulo chegou a ser planejada, em 1934. Para tornar o torneio mais curto, foi criada uma fase classificatória, com um grupo paulista e outro carioca. Na segunda fase os três melhores de cada grupo se enfrentariam em sistema eliminatório.

A fase classificatória chegou a ser iniciada, porém com o abandono de Palestra Itália, Vasco e Corinthians, que ingressaram na Confederação Brasileira de Desportos (CBD) após esta aceitar o regime profissional, o torneio foi interrompido. Apenas o grupo do Rio de Janeiro teve um campeão definido — o Flamengo.

Uma nova edição só voltou a ocorrer em 1940, entretanto, acabou novamente não conclusa e sem campeão.

Em 1940 foram disputadas oito rodadas deste torneio, que terminou abandonado pelos clubes paulistas quando a dupla Fla-Flu o liderava e o título não pôde ser homologado, pelo fato de não ter sido disputado o returno do torneio, como era previsto no regulamento da competição.[16] Já o Diário A Noite, de 7 de abril de 1959, escreveu que os resultados de até então foram considerados definitivos e a dupla Fla-Flu apontada com campeã, embora não tenha o título sido homologado pela CBD.

Em 1942, foi realizado um torneio amistoso semelhante ao Rio-São Paulo, porém, com apenas 5 equipes (Corinthians, São Paulo, Palestra Itália, Flamengo e Fluminense), o Torneio Quinela de Ouro, e com todos os jogos sendo realizados no Estádio do Pacaembu. Nesta competição, o campeão foi o Corinthians, porém, a FERJ e a FPF não reconhecem esta competição como edição oficial do Torneio Rio-São Paulo.

1950-1966: regularidade, auge e sucessão editar

 
Roberto Gomes Pedrosa (1913–1954), o homenageado. O certame oficialmente levou seu nome de 1954 a 1966.

O Rio-São Paulo tornou-se uma competição regular apenas em 1950, ano de sua terceira edição, ocorrendo anualmente até 1966, quando foram convidados clubes de outros estados e passou a ser chamado pelo seu nome oficial, Torneio Roberto Gomes Pedrosa.

O primeiro campeão desta fase foi o Corinthians em 1950.

Em 1951 foi realizado o único Torneio Início do Rio-São Paulo, vencido pelo Bangu Atlético Clube.

Ainda em 1951 o torneio ficou marcado pela decisão entre Palmeiras e Corinthians, quando o time alviverde levou a melhor. Após equilíbrio na fase de pontos onde o Palmeiras ganhou do Flamengo por 7 a 1, perdeu para o America por 6 a 4, venceu o São Paulo por 2 a 0, venceu a Portuguesa e o Vasco por 4 a 1, venceu o Bangu por 2 a 0, mas perdeu para o Corinthians por 3 a 0, foi necessária uma final entre os dois rivais por haver empate em número de pontos. Nas finais deu Palmeiras, que venceu os dois jogos, o primeiro por 3 a 2 e o segundo por 3 a 1.

O Corinthians conquistou o torneio em 1953 e 1954, repetindo o que já havia realizado em 1950.

Em 1954 o Fluminense chegou à última rodada bastando vencer o Vasco da Gama para ser campeão, pois tinha um ponto de vantagem sobre Corinthians e Palmeiras, que disputariam o Derby Paulista. No Maracanã o Vasco venceu o Fluminense por 1 a 0, enquanto em São Paulo o Corinthians venceu o Palmeiras pelo mesmo placar, sagrando-se campeão.

A competição contou ainda com as melhores formações da história da Portuguesa, a qual conquistou as edições de 1952 e 1955.

Em 1956 os cariocas tentaram adiar a competição para o segundo semestre do ano, alegando que seriam prejudicados com as convocações da Seleção Brasileira, que disputaria o Campeonato Sul-Americano no mesmo período. Os paulistas se recusaram, alegando que a competição já fazia parte do calendário nacional e um adiamento comprometeria a receita dos clubes. Mesmo com a Confederação Brasileira de Desportos intercedendo a favor dos paulistas, os cariocas retiraram-se mesmo da competição. O Torneio Roberto Gomes Pedrosa desse ano foi disputado apenas por paulistas e considerado sem efeito como um Torneio Rio-São Paulo.

Em 1957, o Fluminense foi a primeira equipe carioca a conquistar o Torneio Rio-São Paulo, único campeão invicto da História dessa competição, repetindo a conquista em 1960, quando teve apenas uma derrota. Nas 2 edições, Waldo Machado, o maior artilheiro da história Tricolor, foi o artilheiro da competição.

Em 1964 o Botafogo e o Santos terminaram o campeonato de pontos corridos empatados, e com isso foi forçado um jogo extra. No primeiro jogo, o Botafogo derrotou seu adversário por 3 a 2 em 10 de janeiro de 1965. O segundo compromisso porém, no qual o Botafogo dependia apenas de um empate, acabou sendo cancelado pois os dois times saíram em excursão, logo, Botafogo e Santos foram declarados campeões.

O campeonato de 1965 apresentou ao país o time conhecido como "Academia do Palmeiras" que sagrou-se campeão com goleadas históricas obtidas, inclusive no Maracanã.

Em 1966, outra divisão de título ocorreu. Botafogo, Corinthians, Santos e Vasco da Gama terminaram empatados na primeira colocação de um campeonato de pontos corridos, o que forçaria a realização de um quadrangular extra. Todavia, devido aos preparativos da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo FIFA de 1966 que convocou 47 atletas para treinar, Botafogo, Santos, Corinthians e Vasco foram declarados campeões por medida administrativa pelas Federações do Rio e São Paulo, embora como em 1940, o regulamento previsse a conclusão do torneio, sendo a diferença que, no caso de 1940, disputou-se metade das partidas do calendário original da competição, enquanto em 1966 foram disputadas todas as partidas do calendário original da competição.

Em 1967 clubes de outros estados passaram a participar do torneio, que perdeu o nome de Torneio Rio-São Paulo, passou a ter um âmbito nacional e passou a ser conhecido por seu nome original, Torneio Roberto Gomes Pedrosa, sendo substituído em 1971 pelo Campeonato Nacional de Clubes, mantendo com poucas modificações a fórmula dos anos anteriores em suas edições iniciais.

1993 e 1997-2002: recomeço, nova interrupção, breve regularidade e fim editar

Em 1993, o Torneio Rio-São Paulo voltou a ser realizado e teve como campeão o Palmeiras, e retornou sua regularidade em 1997. Desde então, oito equipes participaram de todas as edições, sendo elas: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco do Rio de Janeiro, e Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo , de São Paulo. Outros clubes completaram a lista de participantes de cada edição. Neste mesmo ano, foi realizado o Torneio Ricardo Teixeira, com equipes cariocas e paulistas relativamente de menor expressão, segundo a Folha de S.Paulo, uma espécie de "segunda divisão do Torneio Rio-São Paulo",[17] e o Torneio João Havelange, organizado pela CBF entre os campeões carioca, paulista, do Torneio Rio-São Paulo e do Torneio Ricardo Teixeira.

Em 1997, o torneio foi disputado em "mata-mata" com jogos de ida e volta. Em 1998, um ano depois de ter começado a ser disputado anualmente outra vez, o novo formato da competição colocava, em dois grupos de quatro equipes, dois clubes de cada Estado. Classificavam-se para as semifinais os dois primeiros de cada grupo. Este modelo foi empregado até 2001.

Em 2002, foi criado o Rio-São Paulo com 16 clubes, tendo sido amplamente valorizado em detrimento dos estaduais. No caso do Rio de Janeiro, os clubes grandes disputaram o Carioca (chamado de Caixão, por conta da briga da Globo com o presidente da FERJ, Eduardo Viana, vulgo Caixa D'Água) com elenco de reservas, com o detalhe de já estarem automaticamente classificados para a fase final. Em São Paulo, o Paulistão foi disputado apenas por clubes pequenos ausentes no Torneio Rio-São Paulo, sendo que o campeão do estadual se juntaria aos 3 melhores paulistas do Rio-São Paulo (que também foram os 3 melhores da competição) para disputarem o Supercampeonato Paulista.[18][19]

O Corinthians sagrou-se campeão em cima do rival São Paulo, tornando-se, ao lado de Palmeiras e Santos, um dos maiores vencedores do certame, com cinco conquistas ao longo dos anos. Nesta última edição, as piores equipes de Rio de Janeiro e São Paulo seriam rebaixadas aos Campeonatos Estaduais, e seriam substituídas pelos melhores dos estaduais Paulista e Carioca, porém não houve mais a disputa deste torneio interestadual.

Com o advento do Campeonato Brasileiro por pontos corridos, em 2003, pela CBF, o calendário do futebol brasileiro não poderia mais abrigar esta e outras competições interestaduais, prevalecendo, ao lado do campeonato nacional, os campeonatos estaduais.

De 2000 a 2002, rendia classificação na Copa dos Campeões (do mesmo ano), sendo uma vaga nas duas primeiras edições e seis na última (na qual o Flamengo já tinha presença confirmada por ser o atual campeão). A disputa nacional, que dava participação na Taça Libertadores ao primeiro lugar, teve fim junto com a maioria dos interestaduais. O Palmeiras foi o único representante do Torneio Rio-São Paulo a vencer a competição, em 2000; o Flamengo venceu em 2001, mas se classificou pelo Carioca, tendo como vice o São Paulo, então campeão da Rio-São Paulo; em 2002, 4 dos 6 classificados não passaram da fase de grupos, incluindo o campeão Corinthians (a final não contou com times do eixo RJ-SP).

Tentativa de equiparação ao Campeonato Brasileiro editar

Foi divulgado que a Portuguesa de Desportos cogitou pedir a unificação do Torneio Rio-São Paulo com o Campeonato Brasileiro, tendo o argumento de que o Torneio Rio-São Paulo originou o "Robertão", competição oficializada pela CBF como Brasileirão, em dezembro de 2010.[20] O pedido se daria com base no conceito de "sucessão" de competições. "(...) a reivindicação da Portuguesa, assim como de qualquer vencedor do Rio-São Paulo, não tem qualquer chance de ser aprovada pela CBF", afirmou Odir Cunha, autor do dossiê da unificação, em entrevista na mesma época.[21]

Em números, São Paulo e Rio de Janeiro são os dois estados brasileiros com mais títulos nas competições nacionais de clubes. O jornal espanhol El Mundo Deportivo de 14 de junho de 1951 chama o Torneio Rio-São Paulo de "campeonato brasileiro oficioso", afirmando que os dois estados possuíam os melhores times do Brasil.[22]

Edições editar

Sistema de pontos corridos editar

Ano Campeão Vice 3º lugar 4º lugar
1933
Detalhes
 
Palestra Itália[a]
(1)
 
São Paulo
 
Portuguesa
 
Bangu
1934
Detalhes
Interrompido na fase classificatória, não houve campeão
19351939 Não disputado
1940
Detalhes
Interrompido no 1º turno, não houve campeão[23][24][25][26][27][28][29]
19411949 Não disputado
1950
Detalhes
 
Corinthians
(1)
 
Vasco da Gama
 
Portuguesa
 
Palmeiras
1951
Detalhes
 
Palmeiras
(2)
 
Corinthians
 
Bangu
 
Flamengo
 
America
 
Portuguesa
 
Vasco da Gama
1952
Detalhes
 
Portuguesa
(1)
 
Vasco da Gama
 
Corinthians
 
Fluminense
 
Santos
 
Botafogo
 
São Paulo
 
Palmeiras
1953
Detalhes
 
Corinthians
(2)
 
Vasco da Gama
 
São Paulo
 
Botafogo
 
Fluminense
1954
Detalhes
 
Corinthians
(3)
 
Fluminense
 
Palmeiras
 
São Paulo
1955
Detalhes
 
Portuguesa
(2)
 
Palmeiras
 
Botafogo
 
Flamengo
 
Santos
1956
Detalhes
Disputado apenas por clubes paulistas, conquistado pelo São Paulo, considerado sem efeito.
1957
Detalhes
 
Fluminense
  (1)
 
Flamengo
 
Vasco da Gama
 
Santos
 
Portuguesa
1958
Detalhes
 
Vasco da Gama
(1)
 
Flamengo
 
Corinthians
 
São Paulo
1959
Detalhes
 
Santos
(1)
 
Vasco da Gama
 
Flamengo
 
Palmeiras
 
São Paulo
1960
Detalhes
 
Fluminense
(2)
 
Botafogo
 
Vasco da Gama
 
Corinthians
 
Flamengo
 
Palmeiras
1961
Detalhes
 
Flamengo
(1)
 
Botafogo
 
Vasco da Gama
 
Palmeiras
1962
Detalhes
 
Botafogo
(1)
 
São Paulo
 
Palmeiras
 
Flamengo
1963
Detalhes
 
Santos
(2)
 
Corinthians
 
Fluminense
 
Botafogo
 
Palmeiras
1964
Detalhes
 
Botafogo
(2)
 
Santos
(3)
 
Palmeiras
 
Flamengo
 
Bangu
 
Portuguesa
 
Corinthians
1965
Detalhes
 
Palmeiras
(3)
 
Vasco da Gama
 
Botafogo
 
Flamengo
 
Portuguesa
 
São Paulo
 
Corinthians
1966
Detalhes
 
Botafogo
(3)
 
Santos
(4)
 
Vasco da Gama
(2)
 
Corinthians
(4)
 
São Paulo
 
Palmeiras
 
Flamengo
 
Bangu

Sistema de "Mata-Mata" editar

Ano Campeão Placar(es) Vice 3º lugar 4º lugar
1993
Detalhes
 
Palmeiras
(4)
2–0
0–0
 
Corinthians
 
Santos
 
Flamengo
19941996 Não disputado
1997
Detalhes
 
Santos
(5)
2–1
2–2
 
Flamengo
 
Palmeiras
 
São Paulo
1998
Detalhes
 
Botafogo
(4)
3–2
2–2
 
São Paulo
 
Palmeiras
 
Santos
1999
Detalhes
 
Vasco da Gama
(3)
3–1
2–1
 
Santos
 
São Paulo
 
Botafogo
2000
Detalhes
 
Palmeiras
(5)
2–1
4–0
 
Vasco da Gama
 
São Paulo
 
Botafogo
2001
Detalhes
 
São Paulo
(1)
4–1
2–1
 
Botafogo
 
Santos
 
Fluminense
2002
Detalhes
 
Corinthians
(5)
3–2
1–1
 
São Paulo
 
Palmeiras
 
São Caetano

  Campeão invicto.

a. ^ Atualmente Sociedade Esportiva Palmeiras.

Resultados editar

Por clube editar

Clubes Títulos Vices 3º lugar 4º lugar
  Corinthians 5 (1950, 1953, 1954, 1966 e 2002) 3 (1951, 1963 e 1993) 3 (1952, 1958 e 1960) 2 (1964 e 1965)
  Palmeiras 5 (1933, 1951, 1965, 1993 e 2000) 2 (1955 e 1964) 6 (1954, 1962, 1966, 1997, 1998 e 2002) 6 (1950, 1952, 1959, 1960, 1961 e 1963)
  Santos 5 (1959, 1963, 1964, 1966 e 1997) 1 (1999) 4 (1952, 1957, 1993 e 2001) 2 (1955 e 1998)
  Botafogo 4 (1962, 1964, 1966 e 1998) 4 (1960, 1961, 1965 e 2001) 2 (1953 e 1955) 4 (1952, 1963, 1999 e 2000)
  Vasco da Gama 3 (1958, 1966 e 1999) 7 (1950, 1952, 1953, 1957, 1959, 1965 e 2000) 2 (1960 e 1961) 1 (1951)
  Portuguesa 2 (1952 e 1955) 1 (1965) 4 (1933, 1950, 1951 e 1964) 1 (1957)
  Fluminense 2 (1957 e 1960) 1 (1954) 2 (1952 e 1963) 2 (1953 e 2001)
  São Paulo 1 (2001) 5 (1933, 1962, 1966, 1998 e 2002) 4 (1953, 1965, 1999 e 2000) 5 (1952, 1954, 1958, 1959 e 1997)
  Flamengo 1 (1961) 5 (1957, 1958, 1964, 1965 e 1997) 3 (1951, 1959 e 1960) 4 (1955, 1962, 1966 e 1993)
  Bangu 2 (1951 e 1964) 2 (1933 e 1966)
  America 1 (1951)
  São Caetano 1 (2002)

Por Estado editar

Estado Títulos Vices 3º lugar 4º lugar
  São Paulo 18 12 21 17
  Rio de Janeiro
10 17 12 13

*Os clubes pertencentes à cidade do Rio de Janeiro faziam parte do então   Distrito Federal entre 1891 - 1960 e da   Guanabara entre 1960 - 1975.

Por Cidade editar

Cidade Títulos Clubes
  São Paulo 13 Palmeiras (5), Corinthians (5), Portuguesa (2) e São Paulo (1)
  Rio de Janeiro 10 Botafogo (4), Vasco da Gama (3), Fluminense (2) e Flamengo (1)
  Santos 5 Santos (5)

Estatísticas editar

Pontuação histórica editar

Tabela de Pontuação
Times Pts J V E D GP GC SG
1   Palmeiras 409 239 121 46 72 504 393 +111
2   Vasco da Gama 345 229 95 60 74 407 349 +58
3   Corinthians 341 227 98 47 82 387 386 +59
4   São Paulo 319 232 89 52 91 431 418 +13
5   Botafogo 301 207 82 55 70 392 357 +35
6   Santos 299 200 87 38 75 422 372 +50
7   Flamengo 290 205 81 47 77 373 353 +20
8   Fluminense 280 211 78 46 87 371 370 +1
9   Portuguesa 255 196 71 42 83 377 415 -38
10   America 119 128 34 17 77 216 343 -127
11   Bangu 106 71 30 16 34 160 172 -12
12   São Caetano 26 17 8 2 7 25 22 +3
13   Paulista 23 15 6 5 4 32 27 +5
14   Bonsucesso 21 22 5 6 11 35 50 -15
15   Ponte Preta 20 15 5 5 5 29 28 +1
16   Guarani 20 15 5 5 5 19 19 0
17   AA São Bento 18 22 5 3 14 31 52 -21
18   Americano 11 15 3 2 10 20 37 -17
19   Ypiranga 7 22 2 1 19 23 77 -54
20   Olaria 2 9 0 2 7 9 23 -14

Maiores públicos editar

# Mandante Placar Visitante Público Estádio Data
1. Flamengo 1–1 Vasco da Gama 129.625   Maracanã 29 de março de 1958
2. Botafogo 3–1 Santos 102.260   Maracanã 31 de março de 1963
3. Flamengo 1–7 Santos 87.868   Maracanã 11 de março de 1961
4. Vasco da Gama 3–1 Santos 81.421   Maracanã 28 de fevereiro de 1999
5. Vasco da Gama 1–0 Corinthians 77.881   Maracanã 31 de maio de 1953
6. Vasco da Gama 2–1 Santos 74.155   Maracanã 13 de abril de 1961
7. São Paulo 2–1 Botafogo 71.668   Morumbi 7 de março de 2001
8. Flamengo 2–2 Santos 70.729   Maracanã 6 de fevereiro de 1997
9. Bangu 2–0 Fluminense 69.960 *   Maracanã 27 de março de 1966
9. Botafogo 3–0 Vasco da Gama 69.960 *   Maracanã 27 de março de 1966
11. Corinthians 1–0 Palmeiras 65.243   Pacaembu 13 de abril de 1960
12. Flamengo 0–0 Vasco da Gama 64.875   Maracanã 10 de abril de 1965
13. Botafogo 1–1 Flamengo 64.721   Maracanã 10 de fevereiro de 1999
14. Corinthians 0–2 Santos 62.851   Pacaembu 3 de março de 1963
15. Corinthians 3–3 Palmeiras 62.584   Pacaembu 3 de abril de 1961
16. Flamengo 1–1 Fluminense 62.434   Maracanã 17 de maio de 1953
17. Corinthians 3–0 Palmeiras 61.726   Pacaembu 24 de março de 1951
18. Botafogo 2–1 Flamengo 61.441   Maracanã 3 de março de 1963


(*) Rodada dupla.

Maiores goleadas editar

Edição Mandante Placar Visitante Data
1 1940 Portuguesa   1–9   Flamengo 4 de setembro de 1940
2 1933 Corinthians   0–8   Palmeiras 5 de novembro de 1933
2002 America   0–8   Fluminense 27 de janeiro de 2002
4 1955 Palmeiras   10–3   America 7 de maio de 1955
5 1940 Botafogo   8–1   São Paulo 10 de julho de 1940
6 1933 Fluminense   7–0   Ypiranga 7 de dezembro de 1933
1961 Fluminense   7–0   Portuguesa 9 de abril de 1961
2002 São Paulo   7–0   Bangu 17 de março de 2002

Clubes participantes editar

Nome do clube Participações
  Palmeiras 25
  Corinthians 25
  Vasco da Gama 25
  Flamengo 24
  Fluminense 24
  São Paulo 24
  Botafogo 23
  Santos 21
  Portuguesa 20
  America 13
  Bangu 7
  Americano 1
  Bonsucesso 1
  Paulista 1
  Guarani 1
  Olaria 1
  Ponte Preta 1
  AA São Bento 1
  São Caetano 1
  Ypiranga 1


Artilharia editar

Ano Jogador Equipe gols
1933   Waldemar de Brito   São Paulo da Floresta 33
1950   Baltazar   Corinthians 09
1951   Ademir Menezes   Vasco da Gama 09
  Aquiles   Palmeiras
  Liminha
1952   Pinga   Portuguesa 11
1953   Vasconcellos   Santos 08
1954   Dino da Costa   Botafogo 08
  Simões   America
1955   Edmur   Portuguesa 11
1957   Waldo   Fluminense 13
1958   Gino   São Paulo 12
1959   Henrique   Flamengo 09
1960   Quarentinha   Botafogo 11
  Waldo   Fluminense
1961   Coutinho   Santos 09
  Pepe
1962   Amarildo   Botafogo 08
1963   Pelé   Santos 14
1964   Coutinho   Santos 11
1965   Ademar Pantera   Palmeiras 14
  Flávio Minuano   Corinthians
1966   Parada   Botafogo 08
1993   Renato Gaúcho   Flamengo 06
1997   Romário   Flamengo 07
1998   Dodô   São Paulo 05
1999   Alessandro   Santos 05
  Bebeto   Botafogo
  Guilherme   Vasco da Gama
2000   Romário   Vasco da Gama 12
2001   França   São Paulo 06
2002   França   São Paulo 19

Outras competições entre Rio de Janeiro e São Paulo editar

Torneio Quinela de Ouro editar

Ano Campeão Vice 3º lugar 4º lugar 5º lugar
1942
Detalhes
 
Corinthians
 
Flamengo
 
Palestra Itália
 
São Paulo
 
Fluminense

Torneio Início editar

Ano Campeão Placar(es) Vice 3º lugar 4º lugar
1951
Detalhes
 
Bangu
1–1
(4–1 pên.)
 
America
 
Vasco da Gama
 
Corinthians

Torneio Ricardo Teixeira editar

Ano Campeão Placar(es) Vice 3º lugar 4º lugar
1993
Detalhes
 
Mogi Mirim
1–0
3–1
 
Bangu
 
Guarani
 
America

Torneio João Havelange editar

Ano Campeão Placar(es) Vice 3º lugar 4º lugar
1993
Detalhes
 
Vasco da Gama
4–0
0–4
(4–3 pên.)
 
Mogi Mirim
 
Corinthians
 
Palmeiras

Ver também editar

Referências

  1. a b c d Sarmento, Carlos Eduardo (2006). «A Regra do Jogo: Uma História Institucional da CBF» (PDF). Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. 176 páginas. Consultado em 16 de janeiro de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 22 de janeiro de 2021 
  2. «Entenda como eram a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa». Globo Esporte. Consultado em 15 de janeiro de 2021 
  3. a b Boletim oficial da CBD de 1971 página 11, Torneio Rio-São Paulo-Taça de Prata-Campeonato Nacional (pequeno histórico).
  4. a b c «O que foi o Robertão?». Placar – Edição Tira-Teima (1). São Paulo: Abril. Novembro de 1997. p. 58. 98 páginas 
  5. «Página 9 do Boletim Oficial da CBD de 1972, intitulado de Progresso do Campeonato Nacional, conta os títulos nacionais desde 1967». Consultado em 15 de janeiro de 2021 
  6. a b c «Há 67 anos o Corinthians era campeão do Torneio Rio-São Paulo; Conheça a história do campeonato». Site Oficial da Federação Paulista de Futebol. 15 de fevereiro de 2017. Consultado em 16 de janeiro de 2021 
  7. a b «Torneio Rio-São Paulo de 1940: taça dividida de Fla e Flu é esquecida». Globo Esporte. 5 de julho de 2012. Consultado em 6 de novembro de 2017 
  8. «Lista de campeões do Torneio Rio São Paulo, indicando que não houve campeão na edição de 1940». O Estado de S. Paulo. 1 de março de 2000. p. 26. Consultado em 30 de março de 2017 
  9. «História do Torneio Rio São Paulo, indicando que o Flamengo conquistou 1 Torneio Rio São-Paulo (1961) e o Fluminense 2 (1957 e 1960)». O Estado de S. Paulo. 18 de janeiro de 2002. p. 58. Consultado em 30 de março de 2017 
  10. «História do Torneio Rio São Paulo, indicando que a edição de 1940 só teve um turno e não teve campeão». Folha de S.Paulo. 19 de janeiro de 2002. p. 26. Consultado em 30 de março de 2017 
  11. «Comentando o lançamento do Campeonato Nacional de Clubes (Campeonato Brasileiro) e conta a história do Torneio Rio-São Paulo e do "Robertão", evidenciando que a edição de 1940 do Torneio Rio-São Paulo não teve campeão, tendo sido interrompida no 1º turno sem nenhum clube ter sido declarado campeão». O Estado de S. Paulo. 6 de agosto de 1971. p. 24. Consultado em 30 de março de 2017 
  12. «Página 4 do Boletim Oficial da CBD de 1974 reproduzida no site SPFCpedia, contando a história do Torneio Rio-São Paulo e do "Robertão" e informando que não houve campeão no Torneio Rio-São Paulo em 1940». SPFCpedia. Consultado em 30 de março de 2017 
  13. «Por ocasião da final da Taça Guanabara de 1996, aparece uma lista de títulos de Vasco e Flamengo, com citação ao Torneio Rio-São Paulo. Apenas um título do Torneio Rio São Paulo (1961) é creditado ao Flamengo». Jornal do Brasil. Memória Bn. 5 de maio de 1996. p. 8. Consultado em 30 de março de 2017 
  14. «Lista de títulos de Flamengo e Fluminense no Jornal do Brasil. Para o Flamengo, consta o Torneio Rio São Paulo de 1961, e para o Fluminense, o Torneio Rio São Paulo de 1957 e 1960. O título do Torneio de Rio São Paulo de 1940 não é atribuído a nenhum dos 2 clubes». Jornal do Brasil. Memória Bn. 25 de junho de 1995. p. 12. Consultado em 30 de março de 2017 
  15. «O que é o Torneio Rio-São Paulo?». Placar – Edição Tira-Teima (1). São Paulo: Abril. Novembro de 1997. p. 58. 98 páginas 
  16. Fontes: A Noite, Jornal dos Sports e O Jornal (carece de especificação das datas e páginas das publicações).
  17. Jornal Folha de S.Paulo. 7 de Agosto de 1993.
  18. Bufon, Marina (30 de maio de 2020). «Supercampeão de 2002: há 18 anos, São Paulo levantava taça com Oswaldo de Oliveira». Terra. Consultado em 1 de fevereiro de 2022 
  19. «Top 10: Torneios "curiosos", Revista Placar, acessado em 20 de dezembro de 2010.». Consultado em 10 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 22 de fevereiro de 2016 
  20. GloboEsporte.com, 23/12/2010: Lusa vai reivindicar reconhecimento dos títulos do Torneio Rio-São Paulo.
  21. Garcia, Diego. «Autor de dossiê rechaça unificação do Rio-São Paulo: "não tem chance"». Terra. Consultado em 30 de janeiro de 2022 
  22. El Mundo Deportivo, 14/06/1951, página 3.
  23. Lista de campeões do Torneio Rio São Paulo, indicando que não houve campeão na edição de 1940. Jornal O Estado de S. Paulo, 01 de março de 2000, página 26
  24. História do Torneio Rio São Paulo, indicando que o Flamengo conquistou 1 Torneio Rio São-Paulo (1961) e o Fluminense 2 (1957 e 1960), nenhum dos dois clubes tendo sido campeões em 1940. Jornal O Estado de S. Paulo, 18/01/2002, página 58
  25. História do Torneio Rio São Paulo, indicando que a edição de 1940 só teve um turno e não teve campeão. Jornal Folha de S.Paulo, 19/01/2002
  26. Comentando o lançamento do Campeonato Nacional de Clubes (Campeonato Brasileiro), o jornal O Estado de S. Paulo de 06 de agosto de 1971 (página 24) conta a história do Torneio Rio-São Paulo e do "Robertão", evidenciando que a edição de 1940 do Torneio Rio-São Paulo não teve campeão, tendo sido interrompida no 1º turno sem nenhum clube ter sido declarado campeão.
  27. Jornal do Brasil, 05/05/1996, página 8 da seção de esportes (catalogado no acervo Memória Bn da Biblioteca Nacional como página 48 da edição 27 de 1996). Por ocasião da final da Taça Guanabara de 1996, aparece uma lista de títulos de Vasco e Flamengo, com citação ao Torneio Rio-São Paulo. Apenas um título do Torneio Rio São Paulo (1961) é creditado ao Flamengo.
  28. Página do Boletim Oficial da CBD de 1974 reproduzida no site SPFCpedia, contando a história do Torneio Rio-São Paulo e do "Robertão" e informando que não houve campeão no Torneio Rio-São Paulo em 1940.
  29. Lista de títulos de Flamengo e Fluminense no Jornal do Brasil, de 25 de junho de 1995, página 12 da seção de Esportes (no acervo on-line, página 57). Edição 78 de 1995. Para o Flamengo, consta o Torneio Rio São Paulo de 1961, e para o Fluminense, o Torneio Rio São Paulo de 1957 e 1960. O título do Torneio de Rio São Paulo de 1940 não é atribuído a nenhum dos 2 clubes.

Ligações externas editar