Tortura psicológica

tipo de tortura

Agressão psicológica é um tipo de agressão que visa primeiramente afetar o indivíduo psicologicamente, ficando a violência física em segundo plano. É uma violência que ocorre sempre em uma relação desigual de poder, em que o agente exerce autoridade sobre a vítima, sujeitando-a a aplicação de maus tratos mentais e psicológicos de forma contínua e intencional.[1]

A forma como é feita a tortura psicológica não provoca dor física em nenhum momento, mas a humilhação. O estresse e angústia causados podem deixar cicatrizes psicológicas permanentes.

Pessoas que sofrem a tortura psicológica muitas vezes precisam de tratamento para poder superar o trauma. Caso não seja tratado de forma adequada, pode levar ao suicídio ou afastamento da sociedade.[2]

Tortura psicológica em prisioneiros editar

São utilizadas técnicas "no touch" (sem toque), que não provocam dor física nem sinais físicos aparentes de que a tortura foi realizada. Situações são criadas para provocar o enfraquecimento psicológico do preso e quebrar o seu caráter. Isolamento, privação das necessidades fisiológicas básicas, como comer, beber e o sono. Exposição forçada da nudez, cobrir com fezes ou urina o rosto e o corpo do prisioneiro. Privação ou confusão sensorial. Forçar a ficar em uma só posição por longos períodos. Ameaças de aplicação de dor física. Para um preso, é muito pior temer que a dor aconteça do que realmente experimentá-la.[3]

Tortura psicológica e emocional contra a mulher editar

 Ver artigo principal: Violência contra a mulher

Neste caso, a relação de poder é o sexismo contra a mulher (machismo), enfim a posição da mulher de inferioridade em relação ao homem. A situação de autoridade do homem e submissão da mulher e, consequentemente a caracterização da violência contra a mulher como tortura.[4]

A violência contra o gênero feminino ocorre com frequência no ambiente intrafamiliar ou doméstico e no ambiente do trabalho

A tortura psicológica contra a mulher é considerada violência doméstica nos casos em que é perpetrada pelo seu companheiro, marido, namorado ou em qualquer relação interpessoal em que o agressor tenha convivido ou conviva no mesmo domicílio que a vítima, que se observe intensa aplicação de maus-tratos psicológicos, emocionais ou mentais de forma continuada.[5]

Tortura psicológica no trabalho editar

 Ver artigo principal: Assédio moral

Aplicação constante de estímulos negativos com a intenção de abalar psicologicamente o trabalhador, fazendo-o se sentir incompetente e/ou ameaças no ambiente de trabalho. Marginalização, impedir o trabalhador de fazer seu trabalho.[6]

Tortura psicológica na escola editar

 Ver artigo principal: Bullying

Forçar a vítima ao isolamento social, por meio de técnicas como espalhar comentários, recusa em se socializar com a vítima, intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima, ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades etc).[7] Esta é um tipo de agressão indireta, que é caracterizada por um comportamento que visa causar prejuízo às relações sociais de um indivíduo ou grupo. [8] 

Ver também editar

Referências

  1. Universo Online (5 de Março de 2009). «Tortura psicológica prejudica tanto quanto tortura física, diz estudo» 
  2. «Tortura, Dolor Psíquico Y Salud Mental» (PDF). Juridicas UNAM (em espanhol). Consultado em 31 de Janeiro de 2015 
  3. restonada. «Técnicas de tortura psicológica». Consultado em 30 de Janeiro de 2015 
  4. diario-feminino (25 de Novembro de 2011). «Tortura psicológica» 
  5. dhnet. «Tortura contra a Mulher». Consultado em 31 de Janeiro de 2015 
  6. «Breves considerações sobre o assédio moral». Âmbito Jurídico. Consultado em 31 de Janeiro de 2015 
  7. jornal jovem. «Bullying: Definição e critérios para identificação». Consultado em 31 de Janeiro de 2015 
  8. «Comportamento Agressivo: Gênero, Cultura e Violência». Deviante. 8 de março de 2019. Consultado em 25 de junho de 2020