A subfamília Tremarctinae ou ursos-de-face-curta é uma subfamília de Ursidae que contém um representante vivo, o urso-de-óculos (Tremarctos ornatus) da América do Sul, e várias espécies extintas de quatro gêneros: o urso-de-óculos-da-flórida (Tremarctos floridanus), os ursos-de-face-curta norte-americanos dos gêneros Plionarctos (P. edensis e P. harroldorum) e Arctodus (A. pristinus e A. simus), e os ursos-de-face-curta da América do Sul do gênero Arctotherium (incluindo A. angustidens, A. vetustum, A. bonariense, A. wingei e A. tarijense).[1] Acredita-se que o grupo tenha se originado no leste da América do Norte e, em seguida, invadido a América do Sul como parte do Grande Intercâmbio Americano.[2]

Tremarctinae
Intervalo temporal: Mioceno Superior–presente
Urso-de-óculos, Arctodus simus e Arctotherium bonariense
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Ursidae
Subfamília: Tremarctinae
Merriam & Stock, 1925
Genéros

Plionarctos
Arctodus
Arctotherium
Tremarctos

Sistemática editar

Tradicionalmente, as análises das relações filogenéticas internas dos tremarctíneos tinham Plionarctos e Tremarctos como grupos basais em relação a um clado composto pelos gêneros Arctodus e Arctotherium.[3][4] Um estudo das afinidades dos ursos pertencentes ao Arctotherium, entretanto, indica que eles eram mais intimamente relacionados ao urso-dos-andes do que ao Arctodus, o que implica uma evolução convergente de grande tamanho nas duas linhagens.[5]

Taxonomia editar

Taxonomia dos ursos de tremarctínae, de acordo com Mitchell et al. (2016):[5]

Ver também editar

Referências

  1. Krause, J.; Unger, T.; Noçon, A.; Malaspinas, A.; Kolokotronis, S.; Stiller, M.; Soibelzon, L.; Spriggs, H.; Dear, P. H. (28 de julho de 2008). «Mitochondrial genomes reveal an explosive radiation of extinct and extant bears near the Miocene-Pliocene boundary». BMC Evolutionary Biology. 8. 220 páginas. PMC 2518930 . PMID 18662376. doi:10.1186/1471-2148-8-220 
  2. Soibelzon, L.H.; Tonni, E.P.; Bond, M. (2005). «The fossil record of South American short-faced bears (Ursidae, Tremarctinae)». Journal of South American Earth Sciences. 20: 105–113. doi:10.1016/j.jsames.2005.07.005. Consultado em 21 de fevereiro de 2019 
  3. Soibelzon, Leopoldo H.; Rincón, Ascanio D. (2007). «The fossil record of the short-faced bears (Ursidae, Tremarctinae) from Venezuela. Systematic, biogeographic, and paleoecological implications». Neues Jahrbuch für Geologie und Paläontologie, Abhandlungen. 244: 287–298. doi:10.1127/0077-7749/2007/0244-0287 
  4. Soibelzon, Leopoldo H.; Schubert, Blaine W. (2011). «The largest known bear, Arctotherium angustidens, from the early Pleistocene pampean region of Argentina: with a discussion of size and diet trends in bears». Journal of Paleontology. 85: 69–75. doi:10.1666/10-037.1 
  5. a b «Ancient mitochondrial DNA reveals convergent evolution of giant short-faced bears (Tremarctinae) in North and South America». Biology Letters. 12. 20160062 páginas. 2016. PMC 4881349 . PMID 27095265. doi:10.1098/rsbl.2016.0062 

Ligações externas editar