Treponema pallidum

Treponema pallidum é uma espécie de bactérias com forma espiral do grupo das espiroquetas, que causam doenças como sífilis, bejel, pinta e bouba. Não é corada por coloração de Gram e não pode ser cultivada. É microaerófila[1] e catalase negativa. Possui de 6 a 14 espirais espaçadas e regulares, diminuindo de amplitude e de periodicidade ao nível das extremidades, 6 a 10 filamentos axiais e 1 disco de inserção. Tem cerca de 10 micrômetros de comprimento, com apenas 0,2 micrômetros de largura. Move-se ao longo do seu eixo longitudinal, com movimentos tipo "saca-rolhas".[2].

Como ler uma infocaixa de taxonomiaTreponema pallidum

Classificação científica
Domínio: Bacteria
Filo: Spirochaetes
Classe: Spirochaetes
Ordem: Spirochaetales
Família: Treponemataceae
Género: Treponema
Espécie: T. pallidum
Nome binomial
Treponema pallidum
Sub-espécies
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O Wikispecies tem informações sobre: Treponema pallidum

Cultivo editar

Por muito tempo, considerou-se que a cultura in vitro não fosse possível. Porém, em 2017 pesquisadores conseguiram cultivar a bactéria utilizando células epiteliais de coelhos. [3]

Sub-espécies editar

 
Manifestação secundária da sífilis causada pela bactéria Treponema pallidum

O Treponema pallidum possui 5 sub-espécies[4]:

  • T. pallidum pallidum (agente causador da sífilis epidêmica)
  • T. pallidum pertenue (agente causador da bouba)
  • T. pallidum carateum (agente causador da pinta)
  • T. pallidum trirocllium (também causa pinta)
  • T. pallidum endemicum (agente causador de bejel ou sífilis endêmica)

Factores de virulência editar

Diagnóstico editar

Na fase inicial as bactérias podem ser identificadas vivas e móveis com a iluminação de campo escuro (microscopia de fluorescência).[5]

Nas fases tardias da sífilis existem muito poucos microrganismos, pelo que os métodos de diagnóstico devem ser preferencialmente indiretos, recorrendo à sorologia para a pesquisa de anticorpos anti-treponémicos. A prova de floculação mais utilizada é o VDRL) e a reação de fixação de complemento mais utilizada é a reação de Wassermann.[5]

Referências

  1. NORRIS Steven J, COX David L, WEINSTOCK George M (28 de junho de 2001). «Biology of Treponema pallidum: correlation of functional activities with genome sequence data.». Journal of molecular microbiology and biotechnology. 3 (1): p. 37-62 
  2. Mendes, CAF (2005). 156 Perguntas e Respostas em Microbiologia Clínica. [S.l.]: SARVIER. 63 páginas. ISBN 85-7378-161-0 
  3. Edmondson DG, Hu B, Norris SJ (26 de janeiro de 2018). «Long-Term In Vitro Culture of the Syphilis Spirochete Treponema pallidum subsp. pallidum». mBIO. 9. doi:10.1128/mBio.01153-18 
  4. http://biomarker.cdc.go.kr/biomarker/pathogen/pathogen_view_en.jsp?pclass=1&id=52
  5. a b http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/treponema-pallidum/