Trio Mocotó
Trio Mocotó é uma banda brasileira de samba-rock.
Trio Mocotó | |
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Trio Mocotó em 2012 | |
Informação geral | |
Origem | Estado São Paulo |
País | Brasil |
Gênero(s) | Samba-rock, samba, MPB |
Integrantes | João Parahyba, Nereu Gargalo, |
Ex-integrantes | Fritz Escovão Skowa |
História
editarO Trio Mocotó foi formado em 1968 na Boate Jogral, onde Fritz Escovão, João Parahyba e Nereu Gargalo trabalhavam.[1] Na época, a boate paulistana era o grande ponto de encontro da música brasileira e os três contratados da casa trabalhavam como banda de apoio para nomes como Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho, Cartola, Paulo Vanzolini, Manezinho da Flauta, além das históricas "canjas" com artistas brasileiros e outros visitantes estrangeiros como Tommy Flanagan, Duke Ellington, Oscar Peterson, Earl Hines, Jon Carter, Michel Legrand e Dizzy Gillespie.[2] Desde 2003, o grupo é formado por João Parahyba Nereu Gargalo e Skowa.[3]
O samba-rock
editarUma dessas canjas começou a se tornar frequente: Jorge Ben[2] no violão, Fritz na cuíca, Nereu no pandeiro e Joãozinho com sua mistura de timba e bateria. Nessa época Jorge Ben estava morando em São Paulo e estava sem gravadora. A batida que nasceu desse encontro, se transformou em marca registrada e levou Jorge Ben e o trio definitivamente ao estrelato. E foi essa batida que deu origem ao samba-rock.[4] No próprio Jogral, Jorge e o trio assinaram com a Philips para a gravação de seu novo disco. O trio acompanhou Jorge em praticamente todas as faixas incluindo Que Pena, Domingas, Take it Easy my Brother Charles e País Tropical.
No final dos anos 1970, com a febre da música disco no Brasil, diminuiu muito a demanda por apresentações de bandas como o Trio Mocotó.[1]
O nome
editarNo ano de 1969 a moda havia, literalmente, descoberto a perna feminina, subindo as saias bem acima dos joelhos. Enquanto a minissaia escandalizava em seu sucesso, o joelho feminino ganhava um apelido: mocotó. Como o trio estava sempre brincando com a gíria nova e comentando as belas moças de "mocotós" expostos que frequentavam o Jogral, começaram a ser chamados informalmente de Trio Mocotó. A gíria "oficial" escondia também uma brincadeira de artistas como Wilson Simonal que frequentavam o Jogral. O mocotó, para eles, podia designar tanto o joelho, quanto partes íntimas femininas. A partir daí, Jorge Ben compôs "Eu também quero mocotó" com título de duplo sentido. No mesmo ano o nome do grupo teve de ser oficializado por causa da participação no Festival Internacional da Canção. Os três subiram ao palco ao lado de Jorge e defenderam "Charles, Anjo 45" debaixo das vaias de um Maracanãzinho lotado. O próprio Jorge já havia composto a música "Eu Também Quero Mocotó", que foi defendida no mesmo festival por Erlon Chaves e a Banda Veneno com Jorge e o Trio Mocotó como convidados. Além disso, o Trio Mocotó participou da antológica gravação de Toquinho e Vinicius de Moraes da música "A Tonga da Mironga do kabuletê", e de Chico Buarque em "Samba de Orly", do disco "Construção", de 1971.
Formação atual
editar- João Parahyba
- Nereu Gargalo
Álbuns
editar- 1971: Muita Zorra! Ou São Coisas Que Glorificam a Sensibilidade Atual
- 1971: On Stage with Jorge Ben - Live in Japan
- 1973: Trio Mocotó
- 1975: Trio Mocotó
- 2001: Samba Rock
- 2004: Beleza! Beleza!! Beleza!!!
Referências
- ↑ a b Barcinski 2014, p. 97.
- ↑ a b Barcinski 2014, p. 98.
- ↑ «Quem é o Trio Mocotó, matriz do samba-rock que volta à cena em novembro». G1. 28 de setembro de 2023. Consultado em 29 de setembro de 2023
- ↑ Adriana Reis (2010). «Sacudim, Sacudem - Parte 2». Editora Escala. Raça Brasil (90). Arquivado do original em 5 de fevereiro de 2016
- Barcinski, André (2014). Pavões Misteriosos — 1974-1983: A explosão da música pop no Brasil. São Paulo: Editora Três Estrelas. ISBN 978-85-653-3929-2