Trio Parada Dura

trio sertanejo brasileiro

Trio Parada Dura é um conjunto musical brasileiro de música sertaneja formado em Minas Gerais no ano de 1971, considerado um dos maiores, mais antigos e mais bem sucedidos grupos musicais do Brasil.

Trio Parada Dura
Informação geral
Origem Minas Gerais
País Brasil
Gênero(s) Sertanejo
Período em atividade 1971 - atualmente
Gravadora(s) Chororó Discos, Copacabana, Warner Music Brasil, EMI Brasil, Atração Fonográfica, Deckdisc, Radar Records, Som Livre, Universal Music Brasil
Afiliação(ões) Delmir e Delmon
Gino e Geno
Integrantes Creone
Leonito
Xonadão
Ex-integrantes Delmir
Delmon
Barrerito
Mangabinha
Leone
Parrerito
Vanito
Página oficial www.trioparadadura.art.br

O grupo alcançou o sucesso nacional em 1981, com o lançamento do LP Último Adeus, onde interpretaram as canções Fuscão Preto e Arapuca.

Ao longo da carreira, o Trio Parada Dura recebeu 11 discos de ouro e 3 discos de platina.

História editar

O Início do Trio Parada Dura e a 1ª Formação editar

Tudo começou em 1973, quando o sanfoneiro Mangabinha conheceu a dupla sertaneja Delmir & Delmon[1].

Inicialmente, a dupla convidou Mangabinha para fazer parte da gravação de seu novo álbum, que foi intitulado de Vida de Minha Vida e foi lançado no mesmo ano. Mangabinha aceitou o convite da dupla e como forma de agradecimento, Delmir e Delmon colocaram a foto do sanfoneiro na contra-capa do álbum.

Depois do lançamento do álbum, Delmir, Delmon e Mangabinha decidiram se juntar e formar um Trio. Inicialmente, o Trio se apresentava como Delmir, Delmon e Mangabinha, porém em uma das apresentações do conjunto, eles interpretaram a canção Parada Dura, que havia sido escrita por Delmir, e tiveram um pequeno sucesso com essa canção.

Com o pequeno sucesso da canção Parada Dura, o grupo decidiu se nomear de Trio Parada Dura.

Depois de ser nomeado e fazer várias apresentações por Minas Gerais, o Trio Parada Dura gravou 2 LP's pela Gravadora Chororó.

Fim da 1ª Formação editar

No ano de 1975, o Trio Parada Dura estava realizando poucas apresentações e o cachê do grupo estava muito pequeno.

Com diversas dificuldades, Delmir e Delmon decidiram sair do Trio e voltar para a antiga carreira em dupla. Mangabinha, sem parceiros e sem trabalho, decidiu registrar o nome artístico Trio Parada Dura em cartório, como sendo de sua propriedade.

2ª Formação editar

Ainda no ano de 1975, Mangabinha conheceu a dupla sertaneja Creone & Barrerito e, após uma desavença com Delmir e Delmon os convidou para fazer parte do Trio Parada Dura[2]. O convite foi aceito e assim, no mesmo ano de 1975, surgiu a 2ª Formação do Trio Parada Dura, considerada por muitos, a formação de maior sucesso do Trio Parada Dura.

Ainda em 1975, o Trio Parada Dura gravou o LP Castelo de Amor e alcançou uma certa notoriedade no cenário da música sertaneja brasileira.

Entre 1976 e 1980, o Trio Parada Dura gravou 6 LP's e continuou se apresentando por todo o Brasil e com isso, seguiu ganhando uma notoriedade muito grande no cenário musical brasileiro.

Em 1976, gravaram o LP "Mineiro não perde o Trem", com destaque para a música Soca Pilão. Em 1977, gravaram o LP "Casa da Avenida", com a música Boi Tufão sendo a destaque do disco. Em 1978, fizeram sucesso com a música Homem de Pedra do LP de mesmo nome. Ainda em 1978 gravaram o LP "Cruz Pesada", destacando as músicas Cruz Pesada, Soraia, O Carro e a Faculdade e Espinho na Cama. Em 1979, gravaram o LP "Beco Sem Saída".

No Ano de 1980, gravaram o LP "Blusa Vermelha", e fizeram sucesso com as canções Blusa Vermelha, Sincero Amor e Avião das Nove.

Em 1981, o conjunto lançou o álbum Último Adeus e conseguiu alcançar o sucesso e reconhecimento nacional, com interpretações das canções Último Adeus, Fuscão Preto e Arapuca, que se transformaram em clássicos da música sertaneja.

Acidente Aéreo em 1982 editar

Depois de alcançar imenso sucesso em todo o território nacional, o Trio Parada Dura passou a ter uma agenda lotada e começou a se apresentar mais do que já se apresentava.

Porém, no dia 6 de setembro de 1982, na cidade de Espírito Santo do Pinhal, no estado de São Paulo, os integrantes do Trio Parada Dura sofreram um acidente aéreo e Barrerito, o vocalista do grupo, ficou paraplégico[3].

Depois do acidente, Barrerito, Creone e Mangabinha precisaram ficar internados e longe dos palcos por algumas semanas. Depois de um tempo, Creone e Mangabinha se recuperaram, mas, Barrerito precisou ficar internado e fazer uma série de tratamentos.

Com uma agenda lotada e um sucesso cada vez maior, o Trio Parada Dura voltou aos palcos, mas dessa vez, Creone e Mangabinha se apresentaram ao lado de Parrerito, que era irmão de Barrerito e ocupou o posto de vocalista provisoriamente, enquanto seu irmão estava internado e submetido a vários tratamentos.

Volta de Barrerito em 1983 editar

No ano de 1983, Barrerito retornou para o conjunto e ao lado de Creone e Mangabinha, lançou 2 LP's naquele mesmo ano. Logo Após o retorno de Barrerito, o LP "Luz da Minha Vida" foi lançado. As Músicas Luz da Minha Vida e Bicho Bom é Mulher foram os sucessos deste disco.

Durante 1983 e 1987, o Trio Parada Dura continuou gravando vários LP's e se apresentando por todo o território nacional e dessa maneira, conseguiu garantir e aumentar cada vez mais o sucesso que o grupo tinha.

Ainda em 1983, foi lançado o LP "Alto Astral", as musicas Alto Astral, Folia de Reis e Panela Velha foram os destaques, mas o grande sucesso do LP ficou por conta da canção Telefone Mudo, a canção se tornou um Hino e acabou por se tornar uma das músicas mais regravadas por outros artistas no Brasil. Em 1984, lançaram o LP "Barco de Papel", alcaçando sucesso com as músicas Barco de Papel, Doutor e a Empregada e Biquíni Bordô.

Em 1985, veio a consagração, o LP "Perdão Senhor" trazia a canção As Andorinhas, que fez um enorme sucesso, elevando ainda mais o nome do Trio Parada Dura por todo o Brasil. A regravação da música Quebra Topete(havia sido gravada em 1973 na primeira formação) e a canção Passa Lá também fizeram sucesso.

Em 1987, o Trio Parada Dura lançou o LP "Astro Rei". Este foi o último disco com a participação de Barrerito. As canções "Me Mata de uma Vez" e "Bobeou... A Gente Pimba" fizeram grande sucesso.

Fim da 2ª Formação editar

Em 1987, Barrerito decidiu sair do Trio e realizar seu sonho de seguir carreira solo, no mesmo ano, lançou seu primeiro LP solo e alcançou um imenso sucesso com a canção Onde Estão os Meus Passos.

3ª Formação editar

No ano de 1988, Parrerito retornou para o Trio Parada Dura de forma definitiva e assim surgiu a 3ª Formação do Trio Parada Dura

Na terceira formação, o Trio Parada Dura gravou 4 LP's e emplacou grandes sucessos, como: Você Foi Desigual, Dei Um Cheiro Na Vizinha, Nos Braços do Povo, Mil Vezes, Mais Uma Guarânia, Trovão Azul, Vestido Branco, Bebendo e Chorando, Faz Isso Não Paixão e Boca a Boca.

Com a Terceira Formação, o Trio Parada Dura fez muito shows e fez diversas apresentações em programas de televisão.

Fim da 3ª Formação editar

Em 1992, Creone decidiu dar um tempo na vida artística e passar um tempo na sua fazenda, com isso, saiu do Trio Parada Dura.

4ª Formação editar

Ainda em 1992, Vanito entrou para o Trio Parada Dura no lugar de Creone.

Com a quarta formação, o Trio Parada Dura não gravou nenhum álbum, mas, continuou fazendo apresentações na televisão e também fez uma turnê para os Estados Unidos.

Fim da 4ª Formação editar

No mesmo ano de 1992, Vanito saiu do Trio Parada Dura e as atividades do conjunto se encerraram por um tempo. Parrerito seguiu carreira solo e Mangabinha gravou alguns LP's instrumentais com sua sanfona.

Volta do Trio Parada Dura e 5ª Formação editar

Em 1998, o Trio Parada Dura retornou a suas atividades, dessa vez, na 5ª Formação com Creonito, Parrerito e Mangabinha.

Nessa formação, o cantor Creonito, utilizou o nome artístico "Leone" e o Trio gravou apenas um CD que foi intitulado de Sempre e lançado no mesmo ano.

Fim da 5ª Formação editar

Ainda em 1998, Creone tinha feito parte do Trio Alto Astral, ao lado de Barrerito e Voninho, porém, no mesmo ano Barrerito faleceu e o Trio Alto Astral se desfez.

Com o fim do Trio Alto Astral, Creone retornou para o Trio Parada Dura, marcando assim, a volta da 3ª Formação.

Volta da 3ª Formação editar

A 3ª Formação do Trio Parada Dura retornou para os palcos em 1999 e durou até 2006.

Durante esse período, o Trio Parada Dura gravou 4 CD's.

Litígio Judicial e Fim da 3ª Formação editar

Em 2006, houve um litígio judicial entre Mangabinha e os outros dois integrantes, Parrerito e Creone. Ambas as partes reivindicaram o direito de explorar o nome “Trio Parada Dura”, mas Mangabinha ficou com o registro.

Creone e Parrerito formaram uma dupla, sendo respectivamente segunda e primeira vozes, intitulado de Os Parada Dura, que mais tarde tornou-se novamente trio com a presença do sanfoneiro Xonadão. Com a presença do Xonadão, o Trio passou a se chamar Trio do Brasil.

6ª Formação editar

O Trio Parada Dura retornou novamente em novembro de 2007, com sua sexta formação, Leone, Leonito e Mangabinha.

Em 2008, lançou o CD AS 20+ e em 2009, lançou o álbum Taça de Ouro, com 15 obras de autoria do compositor José Amâncio, em parceria com outros compositores (Lauri, Edna Teixeira, Leonito, Douglas, Wanderley e o próprio Mangabinha). Ainda em 2009, lançaram mais um CD intitulado 14 Novidades pela Gravadora Garça, com a produção de Teodoro, da dupla Teodoro e Sampaio.

Fim da 6ª Formação editar

Em 2015, o sanfoneiro e fundador do Trio Parada Dura, Mangabinha faleceu[4].

A família de Mangabinha cedeu o direito de explorar o nome Trio Parada Dura para Parrerito, Creone e Xonadão, e assim se construiu a sétima formação do trio.

7ª Formação editar

Em 2016, a sétima formação do Trio gravou o CD/DVD, intitulado Chalana, Churrasco e Viola, durante dois dias e contou com paisagens naturais, como cachoeiras e pôr do sol, como cenário. Já de noite, o espaço se transformava em uma boate. Na chalana, além dos artistas, estavam cerca de 50 convidados, incluindo Marília Mendonça, Zé Neto & Cristiano e Eduardo Costa.[5] O álbum foi lançado pela gravadora Universal Music em 2017.[6]

Fim da 7ª Formação editar

No dia 13 de setembro de 2020, o cantor Parrerito faleceu com COVID-19 em Belo Horizonte, desfazendo assim a sétima formação do Trio Parada Dura.[7]

8ª Formação editar

No dia 10 de outubro de 2020, em uma live no canal do YouTube "Segunda Voz e CIA"[8], Leonito que havia feito parte do Trio Parada Dura ao lado de Leone e Mangabinha, confirmou sua volta ao grupo para substituir o já falecido Parrerito. Sua volta foi muito bem aceita e gerou grande expectativa por parte dos fãs. Até a data, Leonito ainda não havia subido aos palcos ao lado de Creone e Xonadão, os três juntos constituem agora a oitava formação do grupo.

Integrantes editar

Ao todo 11 músicos já passaram pelo Trio Parada Dura.

Atuais editar

  • Leonito - 1ª voz e violão (desde 2020)
  • Creone - 2ª voz e violão (desde 1975)
  • Xonadão - sanfona (desde 2007)

Antigos editar

  • Delmon - 1ª voz e violão (1973–1975)
  • Delmir - 2ª voz e violão (1973–1975)
  • Mangabinha - sanfona (1973–2015)
  • Barrerito - 1ª voz e violão (1975–1987)
  • Parrerito - 1ª voz e violão (1987–2020)
  • Vanito - 2ª voz e violão (1992)
  • Leone - 2ª voz e violão (2007–2015)
  • Creonito "Leone" - 2ª voz e violão (1998 - 1999)

Discografia editar

1ª Formação (Delmir, Delmon e Mangabinha) editar

  • 1973 - Vida de Minha Vida
  • 1973 - Quero Falar Com Alguém
  • 1974 - Repertório de Ouro

2ª Formação (Creone, Barrerito e Mangabinha) editar

  • 1975 - Castelo de Amor
  • 1977 - Casa da Avenida
  • 1978 - Homem de Pedra
  • 1978 - Cruz Pesada
  • 1979 - Mineiro Não Perde Trem
  • 1979 - Beco Sem Saída
  • 1980 - Blusa Vermelha
  • 1981 - Último Adeus
  • 1982 - Luz da Minha Vida
  • 1983 - Alto Astral
  • 1984 - Barco de Papel
  • 1985 - Perdão Senhor
  • 1987 - Astro Rei

3ª Formação (Creone, Parrerito e Mangabinha) editar

  • 1988 - Nos Braços do Povo
  • 1990 - De Ontem Para Hoje
  • 1991 - Palavra de Honra
  • 1992 - Gigante Iluminado
  • 2000 - Brilhante
  • 2002 - Tapete Colorido
  • 2002 - Bebendo e Chorando
  • 2006 - Pra Furar o Couro

5ª Formação (Leone, Parrerito e Mangabinha) editar

  • 1998 - Sempre

6ª Formação (Leone, Leonito e Mangabinha) editar

  • 2008 - As 20+
  • 2009 - Taça de Ouro
  • 2009 - 14 Novidades
  • 2009 - As Românticas
  • 2011 - Os Clássicos
  • 2012 - 40 Anos
  • 2012 - As Favoritas
  • 2012 - 1000 Motivos
  • 2013 - 5 Estrelas
  • 2018 - Os Sucessos

7ª Formação (Creone, Parrerito e Xonadão) editar

 
7ª Formação do Trio Parada Dura (Creone, Parrerito e Xonadão)
  • 2012 - Vida de Caminhoneiro
  • 2012 - Nossa Estrada Vol. 1 e Vol.2
  • 2017 - O Cara Errado
  • 2013 - Eternos Companheiros
  • 2017 - Se Você Ama Perdoa
  • 2017 - Chalana, Churrasco e Viola (Ao Vivo)
  • 2018 - Trio Parada Dura (Ao Vivo)
  • 2019 - Pensa Num Trem Que Dói

8ª Formação (Creone, Leonito e Xonadão) editar

  • 2022 - Na Chalana 2 (Ao Vivo)

Referências

  1. Souza, Rodrigo De (26 de agosto de 2015). «A Linda História do Trio Parada Dura». HISTÓRIA POESIA E VIDA. Consultado em 31 de dezembro de 2020 
  2. CREONE (Trio Parada Dura) - Piunti #027, consultado em 9 de agosto de 2021 
  3. Carvalho, Nilza (7 de setembro de 2018). «Nilza Carvalho/Minha vida com meu ídolo: 06.09.1982 (36 anos) (acidente com o Trio Parada Dura)». Nilza Carvalho/Minha vida com meu ídolo. Consultado em 31 de dezembro de 2020 
  4. «Fundador do Trio Parada Dura, Mangabinha morre aos 73 anos em BH» 
  5. «Trio Parada Dura grava DVD com participação de Marília Mendonça». Ego 
  6. Marzano, Francielle. «Trio Parada Dura volta e faz parcerias com novos sertanejos como Marília Mendonça». Estado de Minas 
  7. «Parrerito: famosos lamentam morte do cantor sertanejo do Trio Parada Dura». G1. Consultado em 14 de setembro de 2020 
  8. Segunda Voz e CIA no YouTube

Ligações externas editar