U.D.R. (banda)

banda brasileira de rock cômico

U.D.R.[1] foi uma banda brasileira de rock cômico, que fez, também, uma sonoridade que envolvia horrorcore, punk rock, funk carioca, gangsta rap e grindcore.[2] Formado em Belo Horizonte em 2003, o trio composto por Professor Aquaplay, MS Barney e MC Carvão — respectivos jornalista, historiador diplomata e relações-públicas — utilizou-se de diversos recursos de sátira e humor negro para cantar sobre satanismo, transexualidade, anticristianismo, violência extrema, drogas pesadas, bukkake, coprofilia, deficiências (como paraplegia e autismo), cultura hipster, homoerotismo e outras questões.

U.D.R.
Informação geral
Também conhecido(a) como UDR 666, UDR
Origem Belo Horizonte, Minas Gerais
País  Brasil
Gênero(s) Horrorcore, Punk rock, funk carioca, rock cômico, gangsta rap, grindcore
Período em atividade 20032008
20112016
Gravadora(s) Independente
Afiliação(ões) Fiddy, Fadarobocoptubarão, Grupo Porco de Grindcore Interpretativo
Integrantes Professor Aquaplay
MS Barney
MC Carvão
Ex-integrantes MC Carniça
Página oficial udr666.blogspot.com

Erroneamente rotulados como satanistas, o humor feito pelos integrantes causou controvérsia, chegando a serem processados e impedidos de cantar algumas canções em shows, mas suficientemente populares para terem músicas veiculadas em programações da MTV Brasil e serem apresentadas no exterior. A banda também foi alvo de publicações em revistas e estudos acadêmicos acerca das temáticas que dividem opiniões. Na visão de alguns autores, algumas delas são crimes previstos no código penal brasileiro. Outros enxergam que sua veia artística expõe — de forma pioneira no cenário musical nacional — temáticas que normalmente evita-se abordar. As temáticas possuem objetivo satírico por parte dos integrantes, não expressando seu real posicionamento a respeito dos assuntos que são tratados.

Etimologia editar

O nome do grupo foi inspirado na União Democrática Ruralista, pois a banda queria um nome que transmitisse conservadorismo, em contraste as suas letras politicamente incorretas. A ideia veio de MS Barney.[3] Em uma entrevista em 2015, MS Barney afirmou que a União Democrática Ruralista se tratava "do que há de mais de direita, nojento e preconceituoso no mundo".[4]

Em entrevista, Aquaplay disse:

Recentemente, o acrônimo também tem sido usado como "União, Devoção e Respeito", acrônimo utilizado pela própria banda em sua página oficial do Bandcamp[5] e em alguns vídeos online disponibilizados no YouTube, como uma repost do single "Quati Mandril", de 2015.[6]

História editar

A banda como foi conhecida formou-se em 2003 por Rafael Mordente (Prof. Aquaplay), Thiago Machado (MC Carvão) e João Carvalho (MS Barney); com breve inclusão de MC Carniça em seus primeiros meses.

Começo da banda e Currando o Aiatolá (1999 - 2002) editar

Entre 1999 e 2002, os três integrantes já tinham experiências tocando em bandas de diversos gêneros. Com o advento da internet, migraram sua criatividade e senso de humor para as gravações caseiras. Assim, passaram a compor utilizando softwares rudimentares de áudio e instrumentos velhos gravados em cassete. Nesse período criaram sob vários pseudônimos e "fake band names", como Anal Creation, BTK, Bestial Glacial Necro Raven e Nine Inch Snails. [carece de fontes?]

No extinto site TramaVirtual, a UDR postava seus trabalhos musicais[7], entre eles estava "Currando o Aiatolá Ao Vivo", álbum com algumas das músicas da banda sendo apresentadas ao vivo. Muitos fãs também consideram as versões betas/demos das músicas (quando ainda o MC Carniça era membro da banda) como músicas do álbum, mesmo que, por postagens da banda, sejam só considerados essas versões ao vivo.

Ascensão da UDR (2003 - 2016) editar

Como trio (já que MC Carniça havia saído da banda durante as gravações betas, em meados de abril de 2003), o grupo lançou seu disco de estreia, Seringas Compartilhadas Vol. 2 (Concertos para Fagote Solo, em Sí Bemol), que ganhou popularidade na cena underground. A canção "Bonde da Orgia de Travecos", oriunda deste disco, tornou-se o maior sucesso da U.D.R., abordando temas que seriam recorrentes em várias canções do trio, como transexualidade, sexo grupal e coprofilia. Além dessas, o disco contém referências claras ao satanismo e anticristianismo, como "Vômito Podraço" e "Bonde de Jesus". No entanto, a faixa mais controversa foi "Bonde do Aleijado" que renderia, anos depois, a um processo judicial que os impediriam de tocá-la ao vivo.[4][8]

Em 2004 [carece de fontes?], o grupo lançou o segundo álbum, Jamo Brazilian Voodoo Macumba Kung Fu..., com canções como "Oh, Mefisto" (uma paródia de "Jesus Cristo", de Roberto Carlos), "Gigolô Autoditada" e "O Hacker do Amor" (uma paródia de "Rap do Solitário", do MC Marcinho), divulgadas na turnê O Amor Move Montanhas. Foi através deste disco que a banda tornou-se nacionalmente conhecida e participou de festivais de metal.[9][10] No evento Kool Metal Fest 6, foi gravado o primeiro - e único - DVD, em junho de 2005, com bandas de grindcore. Foi a última apresentação antes da saída de MS Barney.[11] No mesmo ano, foi lançado o álbum WARderley, com a participação de Barney em algumas faixas já gravadas anteriormente. O disco trouxe "Dança do Bukakke", "Som do Natal", "Avião Brutal do Scat", "O Cais" e "Rock and Roll Anticósmico da Morte" (uma paródia de "Time Is Running Out", do Muse).[12]

Com a saída de Barney, Aquaplay e Carvão decidiram não colocar ninguém em seu lugar, e seguiram como dupla. Nesta formação, a banda aumentou sua agenda e teve suas músicas veiculadas na MTV Brasil.[13][14] Segundo Aquaplay, "Eu e Carvão conseguimos tocar o bonde pra frente e, para minha surpresa, estávamos em uma banda que agora buscava — e conseguia — resultados. Nunca havia me acontecido antes".[15] Em 2007, foi lançado o EP O Shape do Punk do Cão, com canções curtas, faixas em grindcore e techno, como "Nunca é Tarde para Dizer a Alguém que Você Tem HPV" e "Gordinho, Você não é DJ", fazendo uma indireta para o produtor e um dos integrantes do Bonde do Rolê, Rodrigo Gorky.[16]

Em 2008, foi lançado Bolinando Straños, que trouxe uma sonoridade mais diferenciada dos discos anteriores, com maior uso de sintetizadores e arranjos vocais. "Todos Nossos Fãs são Gays" e "Você é Moderno e Eu Te Odeio" fizeram parte do disco, que foi lançado em Londres. Na época anterior ao lançamento, Carvão e Aquaplay armaram uma peça no público, anunciando a saída de Carvão e Aquaplay realizou um concurso para integrar um novo membro.[17] Em contrapartida, mais tarde, a dupla afirmou que se tratava de uma brincadeira, lançando o novo disco.[15] No entanto, no final do ano, a banda realmente acabou. MC Carvão dedicou-se a outros projetos, como o Fadarobocoptubarão,[18] e o Grupo Porco de Grindcore Interpretativo.[19] Também participou de um disco da Madame Rrose Sélavy.[20]

Em 2011, a U.D.R. anunciou um retorno, em sua formação clássica, por Professor Aquaplay, MS Barney e MC Carvão. Na ocasião, foi divulgado os singles "Todos Shora" e "Odiadores vão Odiar", e novas músicas, como "Eu Passei meu Pinto em Alguma Coisa sua" e lançado o álbum ao vivo Racha de Chevettes, no SoundCloud.[21][22]

Entre 2012 e 2015, o grupo divulgou as canções "Soninho Gostoso de Belphegor", "Bombayse", "UIS KY A COCO (Heavy Drugs)" e "Passivo Agressivo".

Em outubro de 2014, Aquaplay lançou seu primeiro trabalho solo, o EP Quimera, contendo quatro composições inéditas.[23] No dia 15 de maio de 2015, a banda lançou o single "Quati Mandril", que se tornou a última música lançada pelo trio na carreira[5] e, em decorrência de um processo judicial que poderia ter acarretado na prisão do grupo, eles anunciam o fim de suas atividades em julho de 2016.[24]

Fim editar

Após mais de 10 anos de existência do grupo (formado oficialmente em 2003), a banda foi condenada pela Justiça do estado de Minas Gerais por "incitar crimes e discriminação em suas letras" em junho de 2016, a banda, por sua vez, discordou da decisão preferida, mas, por fim, a banda teve de encerrar suas ações, em postagem oficial, a banda declara:

"A UDR comunica a todos os seus fãs o término de suas atividades e o cancelamento de sua participação em quaisquer eventos previamente agendados" "A UDR reitera que sempre promoveu a inclusão, o combate a toda e qualquer forma de preconceito e o questionamento das mazelas da nossa sociedade, por meio da sátira e do escárnio. A UDR agradece o carinho de todos os nossos fãs."

A pena, fixada em três anos, cinco meses e sete dias de reclusão, além de 120 dias-multa, foi substituída por duas restritivas de direitos. Sendo assim, os músicos tiveram que prestar serviços à comunidade ou a entidades públicas, além de, pagamento de quatro salários mínimos da época (cerca de R$ 3.520).[25]

Estilo musical editar

Sem uma influência diretamente citada, os integrantes da banda a rotulavam comicamente de funk satânico ou rock and roll anticósmico da morte. MS Barney, em entrevista, disse que a banda admira Rogério Skylab e Wesley Willis, este último citado em uma das músicas.[26] A banda já parodiou Roberto Carlos, Muse e cita, ironicamente, Oficina G3 dentre influências.

Controvérsias editar

"Bonde do Aleijado" editar

A canção "Bonde do Aleijado" causou problemas para a banda, que deixou de tocá-la em shows. A música da banda foi considerada uma extrapolação do direito à liberdade de expressão. Um estudo, realizado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, apontou suas letras ricas de questões como a discriminação social, uso de drogas e conflitos religiosos, mas que várias de suas letras enquadram-se em crimes contra a honra, como "Bonde do Aleijado", questionando se suas composições não influenciariam negativamente crianças e adolescentes.[27]

Em contrapartida, Glauco Mattoso, da revista Caros Amigos, afirmou que as composições da U.D.R. "captam toda a violência do cotidiano com aquela impiedosa veia satírica da melhor poesia fescenina".[28][29]

Conflitos com o Bonde das Impostora editar

Em meados de 2006, o grupo Bonde das Impostora ganhou certa atenção pegando carona no sucesso dos conterrâneos e amigos do Bonde do Rolê. O motivo era que gravaram músicas insultado os integrantes do Bonde do Rolê. Em certa ocasião, contataram a U.D.R. perguntando se havia problema em fazer uma música os insultando, brincando como brincaram com o Bonde do Rolê. O trio mineiro liberou e se dispôs a fazer o mesmo para entrar no embalo da brincadeira.

Assim, o Bonde das Impostora gravou a música "Satanás Aplaude (Pauno Kuda UDR)", diretamente dirigida para a banda U.D.R. Seus dois membros na época, Aquaplay e Carvão, ouviram, mas não se incomodaram em produzir nada imediatamente após. A resposta veio meses depois. Carvão e Aquaplay divulgaram um single, chamado "As Curitibanas Mais Taradas", com a réplica para o grupo, mandando, também, o produtor americano Diplo "tomar no cu", afirmando que o grupo imita a U.D.R., com composições pobres. Além disso, Carvão e Aquaplay também citaram integrantes do Bonde do Rolê e criaram um blog com o nome da música, com fotos e montagens dos integrantes das duas bandas e mensagens dos fãs da U.D.R.[30][31]

A reação inicial dos membros do Bonde das Impostora foi positiva e a brincadeira correu como proposta. No entanto, pessoas próximas dos integrantes do grupo de Curitiba ficaram ofendidos com o material e enviaram à U.D.R. um e-mail formal, em jargão jurídico. Nele, afirmaram que a banda fez uma resposta altamente ofensiva e desproporcional em relação a canção que fizeram. Ao fim do texto, havia uma solicitação para que Carvão e Aquaplay pedissem desculpas publicamente e removessem o blog Curitiba Amadores.[31]

Embora o caso não tenha chegado às vias litigiosas de fato, Carvão e Aquaplay polidamente atenderam aos pedidos e as bandas nunca mais se falaram. A canção "As Curitibanas Mais Taradas", contudo, permanece no apreço dos fãs. O caso foi tratado com sarcasmo e ironia por Carvão e Aquaplay em entrevistas posteriores até o assunto se esgotar.

Após isso, o Bonde das Impostora encerrou as atividades. Os integrantes do Bonde do Rolê não comentaram o fato diretamente, mas Rodrigo Gorky disse que "o Bonde das Impostora é uma porcaria" e "o Aquaplay está ficando careca", e Pedro afirmou que os integrantes da U.D.R. "copiaram" o grupo Manymais, "e eles sabem disso!".[32]

Integrantes editar

  • Professor Aquaplay - vocais (2003–2008; 2011–2016)
  • MS Barney - vocais (2003–2005; 2011–2016)
  • MC Carvão - vocais (2003–2008; 2011–2016)

Ex-integrantes editar

  • MC Carniça - vocais (abr-jun 2003)
Participações especiais

Discografia editar

Álbuns de estúdio
Álbuns ao vivo
EPs
Singles
  • 2006: "As Curitibanas Mais Taradas"
  • 2008: "Tabacudo" (com Fiddy)
  • 2008: "Bonde da Orgia de Travecos" (relançamento em Single)
  • 2011: "Todos Shora"
  • 2011: "Odiadores Vão Odiar"
  • 2012: "AIDS se te pego" [34][35]
  • 2014: "Benefício Universal Formando Fraternidade Onipresente" (com Ludovic e Chuperhomens)
  • 2015: "Quati Mandril"

Videografia editar

  • 2007: Kool Metal Fest 6

Referências

  1. «Este homem deixou a internet escolher suas tatuagens, e é claro que a internet escolheu pintos». BuzzFeed. 25 de abril de 2014. Consultado em 24 de julho de 2015 
  2. Lacava, Vyullheney Fernandes de Araujo (5 de novembro de 2012). «O Funk em terras potiguares - A produção musical dos emblemas funk band» (PDF). Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Consultado em 24 de julho de 2015 
  3. a b «U.D.R. - Fist Fucking para os ouvidos». Meio Desligado. Consultado em 26 de julho de 2015 
  4. a b «Overloadr - Bilheteria #47 - Assim disse João». Overloadr. 25 de agosto de 2016. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  5. a b «Quati Mandril - UDR». UDRnoseucu. Consultado em 30 de julho de 2015 
  6. UDR - Quati Mandril (Legendado), consultado em 22 de julho de 2023 
  7. «Tramavirtual». web.archive.org. 17 de junho de 2006. Consultado em 23 de abril de 2024 
  8. «Resenha: UDR no Inferno, 06/12/2013». Perdidos no Ar. 12 de dezembro de 2013. Consultado em 24 de julho de 2015 
  9. Ribeiro, Lúcio (20 de fevereiro de 2004). «Nada é para sempre». Folha de S. Paulo. Consultado em 24 de julho de 2015 
  10. «Guia da Folha». Folha de S. Paulo. 15 de janeiro de 2007. Consultado em 24 de julho de 2015 
  11. «Entrevista com a UDR». Oba-Oba. 19 de maio de 2014. Consultado em 24 de julho de 2015 
  12. «WARderley». Rate Your Music. Consultado em 24 de julho de 2015 
  13. «Bonde do Aleijado testo - U.D.R.». MTV. Consultado em 24 de julho de 2015 
  14. «10 melhores programas da MTV». Listagram. 22 de julho de 2013. Consultado em 24 de julho de 2015 
  15. a b «A Dança do Pentagrama Invertido». Revista Babel. Consultado em 28 de julho de 2015 
  16. «O Shape do Punk do Cão». Rate Your Music. Consultado em 24 de julho de 2015 
  17. Floro, Paulo. «UDR irá escolher novos integrantes; banda lança LP na Inglaterra». Revista O Grito. Consultado em 24 de julho de 2015. Arquivado do original em 25 de julho de 2015 
  18. «Fodastic Brenfers». O Tempo. Consultado em 24 de julho de 2015 
  19. «Ouçam o disco do fodastic brenfers em nome de Jah». O Globo. 17 de novembro de 2014. Consultado em 24 de julho de 2015 
  20. «Madame Rrose Sélavy - Dados artísticos». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 24 de julho de 2015 
  21. «Designers vão odiar - Entrevista com a U.D.R.». Altnewspaper. Consultado em 24 de julho de 2015 
  22. «Odiadores vão Odiar - UDR, crack e os hipsters paulistanos». Altnewspaper. 19 de julho de 2011. Consultado em 24 de julho de 2015 
  23. «Quimera - Rafael Mordente». Rafael Mordente. Consultado em 28 de julho de 2015 
  24. «Músicos mineiros são condenados por letras que 'incitam a crimes' - Notícias - Cotidiano». Cotidiano. Consultado em 15 de junho de 2016 
  25. «Condenado por "incitar crimes", grupo mineiro UDR anuncia término.». UOL. 15 de junho de 2016. Consultado em 23 de junho de 2023. Cópia arquivada em 3 de maio de 2023 
  26. «Gigolô autodidata testo - U.D.R.». MTV. Consultado em 28 de julho de 2015 
  27. Mazzilli, Eduardo Rodrigues Alves (Dezembro de 2012). «Crimes contra a Honra no Código Penal Brasileiro» (PDF). Universidade Presbiteriana Mackenzie. Consultado em 24 de julho de 2015 
  28. Mattoso, Glauco (fevereiro de 2011). «Soneto para Fevereiro». Caros Amigos. 167 (19). Consultado em 24 de julho de 2015 
  29. «Caros Amigos - Edição 167». Caros Amigos. Consultado em 24 de julho de 2015 
  30. a b «Guerra no funk de apartamento». Abacaxi Atômico. Consultado em 28 de julho de 2015 
  31. a b «Música de protesto, e como». Abacaxi Atômico. Consultado em 26 de julho de 2015 
  32. «Bate-papo com Bonde do Rolê, trio de funk comentou sua viagem para turnê nos EUA». Bate-Papo UOL. Consultado em 28 de julho de 2015 
  33. a b «Tramavirtual». web.archive.org. 17 de junho de 2006. Consultado em 14 de dezembro de 2023 
  34. «Aids, se te pego». Provavelmente lançado em. 2012 (.MP3)  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  35. ✂️ referências🔥, consultado em 22 de julho de 2023 


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