Universidade Estácio de Sá

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Universidade Estácio de Sá | |
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UNESA | |
Lema | "Educar para transformar" |
Fundação | 1970 (49 anos) |
Tipo de instituição | Privada |
Localização | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Funcionários técnico-administrativos | 4.564 |
Reitor(a) | Hudson Mello Junior |
Docentes | 7.719 |
Total de estudantes | 220.000 |
Graduação | 205.000 |
Pós-graduação | 15.000 |
Cores da escola | Azul Verde Branco |
Página oficial | www.estacio.br |
A Universidade Estácio de Sá (UNESA) é uma instituição de ensino superior privada brasileira fundada em 1970 no bairro de Rio Comprido, na Zona Central do Rio de Janeiro, como uma faculdade de Direito. A instituição possui 70 campus, com mais de 220 mil alunos sendo 129,733 mil alunos presencias e 77,717 mil alunos EAD segundo pesquisa feita em 2016 e está presente em 20 estados e no Distrito Federal. É administrada pela Estácio Participações. A GP Investments adquiriu participação na Estácio em 2008 e vendeu em setembro de 2013, saindo totalmente do negócio. Em 01/07/2016, foi anunciado oficialmente que o grupo seria comprado pelo grupo Kroton, mas a venda foi barrada pelo CADE.[1]
HistóriaEditar
Fundada em 1970 por João Uchôa Cavalcanti Netto, com a implantação do curso superior de Direito. Seu nome é em homenagem ao militar português fundador da cidade do Rio de Janeiro e primeiro-governador geral da capitania do Rio de Janeiro. Durante a década de 1980, a Universidade Estácio de Sá (UNESA) dedicou-se à abertura de outros cursos de Ciências Humanas, tendo se convertido em universidade no ano de 1988.[2] Com isso, na década seguinte, cresceu ainda mais, abrindo cursos pouco tradicionais na área de Comunicação e Negócios; o que foi uma grande inovação na mercadologia do ensino superior no Estado do Rio de Janeiro e, posteriormente, em nível nacional. Nos anos 2000, expandiu-se rapidamente em cursos da área de Ciências Biomédicas.
PolêmicasEditar
A Universidade Estácio de Sá foi pivô de polêmicas e denuncias publicados em jornais:
- Em março de 2001 uma passarela do novo campus Barra, desaba ferindo entre 30 e 45 pessoas que prestariam um concurso público no local. Após o acidente o concurso foi adiado. Posteriormente a prefeitura do Rio afirmou não ter autorizado a abertura do campus.[3][4]
- Em outubro de 2001, seu fundador, João Uchôa Cavalcanti Netto, concede uma entrevista polêmica ao jornal Folha Dirigida, onde afirma, entre outras coisas, que pesquisa é uma inutilidade pomposa, Na cúpula da Estácio quem tem mestrado e doutorado não entra. Isso é uma regra, Eu não me interessei pela educação e nem acho que eu seja uma pessoa muito interessada em educação. Eu sou interessado na Estácio de Sá, isso é que é importante.[5]
- Em dezembro de 2001, ficou conhecida nacionalmente após matéria do programa Fantástico denunciar a aprovação de um semianalfabeto para seu curso de Direto no vestibular 2002. O padeiro Severino da Silva, semianalfabeto, respondeu somente alternativas A e B em todas as questões da prova, além de não fazer a redação. O então diretor da Unesa, Marcelo Campos, atribuiu o desempenho de Silva a uma questão de sorte, já que o candidato havia escolhido cursar Direito no período vespertino em uma turma que contava com vinte vagas, porém somente 9 candidatos se inscreveram e assim Severino Silva se classificou em 9º lugar. Após o episódio, a realização da redação tornou-se obrigatória.[6]
- Em dezembro de 2017 a Instituição demitiu 1.200 professores, o que ensejou diversos debates jurídicos sobre a aplicabilidade da Lei nº 13.467/2017 (reforma trabalhista), então recém publicada. Os sindicatos propuseram uma série de ações judiciais questionando as demissões.[7] Em seu comunicado, a empresa afirmou que pretende reestruturar seus quadros e manter a sustentabilidade financeira e os Tribunais decidiram manter as demissões.[8] Tais circunstâncias ensejaram debate importante sobre a política de financiamento público do ensino superior privado por fundo público - FIES.[9] O principal acionista controlador pessoa física do Grupo Estácio, empreendedor da área educacional, Chaim Zaher, já havia reduzido significativamente sua participação no grupo[10] e deu entrevista na qual critica as ações de demissão em massa.[11]
- É reconhecida pelo alto índice de reclamação e de insatisfação dos alunos. No site "Reclame Aqui", a reputação da empresa é "não recomendada" e apresenta em 26/06/2019 um total de 8.264 reclamações.[12] Na cidade de São Paulo, local onde o grupo não representa segmento importante, é a 9ª empresa do segmento com maior número de reclamações.[13] O Procon tem atuado a partir de denúncias de práticas irregulares nas Faculdades dessa Instituição que, conforme nota emitida, está colaborando com as autoridades.[14]
EstruturaEditar
A Estácio tem ampla estrutura de ensino e oferece cursos de graduação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu em diversas áreas do conhecimento. Também é conhecida pela oferta de Cursos de Férias abertos à comunidade, nos meses de julho e janeiro.
A Universidade Estácio de Sá também oferece a formação internacional nas áreas de hospitalidade sem a necessidade de sair do país, através de parcerias com escolas europeias. É parceira da Lausanne Ecóle Hôtelière (Hotelaria), Lausanne Hospitality Consulting (Turismologia), Alain Ducasse Formation (Gastronomia), Universidade de Coimbra (Direito), Greensboro's Northen Caroline University (Gestão de Seguros) e The Walt Disney World Company (Gestão de Negócios Hoteleiros e Turísticos).[15]
Além do investimento em ensino, também administrou um time de futebol profissional, o Estácio de Sá Futebol Clube, entre 2004 e 2011.
Referências
- ↑ Bloomberg. «Estácio pretende ir às compras após fracasso da fusão com Kroton». www.infomoney.com.br
- ↑ «Estácio Participações - Histórico e Perfil Corporativo». estácio Participações. Consultado em 17 de junho de 2009 Texto "first" ignorado (ajuda)
- ↑ Passarela de faculdade desaba e deixa vários feridos no Rio Folha de S.Paulo - acessado em fevereiro de 2015
- ↑ Antônio Brasil "Univerçidade, fraudes e videotape", copyright Comunique-se Observatório da Imprensa - acessado m fevereiro de 2015
- ↑ «Entrevista polêmica: "pesquisa é uma inutilidade pomposa" - Fundador da Universidade ESTÁCIO de Sá, João Uchôa Cavalcanti Netto aborda COM FRANQUEZA temas polêmicos e diz que A ignorância pode ser uma opção que tem de ser respeitada». Folha Dirigida. Consultado em 11 de fevereiro de 2009
- ↑ «Faculdade do Rio aprova semianalfabeto». Folha de S.Paulo. Consultado em 11 de fevereiro de 2009
- ↑ Marchesan, Ricardo (19 de dezembro de 2017). «Demissão em massa, como na Estácio, é legal? Veja o que dizem as novas leis... - Veja mais em economia.uol.com.br/noticias/redacao/2017/12/19/reforma-trabalhista-demissoes-em-massa.htm?cmpid=copiaecola». UOL Economia. Consultado em 21 de julho de 2018
- ↑ «Justiça libera demissões de professores da Estácio em todo o país». UOL Economia. 18 de dezembro de 2017. Consultado em 20 de julho de 2018
- ↑ Amorim, Lucas (7 de dezembro de 2017). «O que as demissões da Estácio revelam sobre o setor». Exame. Consultado em 20 de agosto de 2018
- ↑ Cavalcanti, Glauce (17 de agosto de 2017). «Chaim Zaher reduz para 3,51% sua participação no grupo Estácio». G1. Consultado em 20 de agosto de 2018
- ↑ Cunha, Joana (11 de dezembro de 2018). «Corte de professores na Estácio afetou imagem das reformas, diz ex-acionista». Folha de S. Paulo. Consultado em 20 de julho de 2018
- ↑ Reclame Aqui, Estácio (26 de junho de 2019). «Reputação da Empresa». Reclame Aqui. Consultado em 26 de junho de 2019
- ↑ G1, G1 (26 de junho de 2019). «Procon-SP divulga lista de 10 universidades com mais reclamações». G1. Consultado em 26 de junho de 2019
- ↑ G1, G1 (26 de setembro de 2019). «Procon denuncia ao MEC práticas irregulares de faculdades no Maranhão». G1. Consultado em 26 de setembro de 2019
- ↑ História Portal Estácio