Universidade Federal Rural da Amazônia
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) é uma instituição de ensino superior pública brasileira mantida pelo Governo Federal do Brasil, sucessora da Escola de Agronomia da Amazônia (EAA), com sede situada no município de Belém (capital do Pará), é reconhecida pela excelência em ciências agrárias (mas está se diversificando para outras áreas), além de ser a universidade na vanguarda agrária na Região Norte do Brasil.
Universidade Federal Rural da Amazônia | |
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UFRA | |
Lema | "Natura Laborare Virtus Hominis Est" em português: "Trabalhar a Natureza é Virtude do Homem" |
Fundação | 1951 (72 anos) (Escola de Agronomia da Amazônia) 1972 (51 anos) (Faculdade de Ciências Agrárias do Pará) 2002 (21 anos) (Universidade) |
Tipo de instituição | Pública, Federal |
Mantenedora | Ministério da Educação |
Localização | Belém (Sede), Pará, ![]() |
Reitor(a) | Herdjania Veras de Lima (2021-2025) |
Vice-reitor(a) | Jaime Viana de Sousa |
Servidores técnico-administrativos | 429 |
Docentes | 530 |
Total de estudantes | 8 352 |
Graduação | 8 016 |
Pós-graduação | 346 |
Campus | 6 municípios
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Cores | Verde e Branco |
Afiliações | RENEX |
Orçamento anual | R$ 188.003.482,78 (2016)[1] |
Página oficial | novo |
A UFRA conta com outros cinco campi no interior do estado, localizados nas cidades de Capanema, Capitão Poço, Paragominas, Parauapebas e Tomé-Açu.
A Universidade, cujo campus principal se localiza no bairro Universitário/Terra Firme, oferece 17 cursos de graduação, 9 cursos de pós-graduação em sentido amplo, e a instituição tem forte vocação para as áreas ligadas às ciências agrárias e atualmente vem diversificando sua grade de curso, prezando a qualidade.
História editar
Fundação da Escola de Agronomia da Amazônia (1951) editar
A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), como sucessora da Escola de Agronomia da Amazônia (EAA) e da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCAP), é a mais antiga Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica na área de Ciências Agrárias da região e tem como tema de grande preocupação a preservação da Região Amazônica, assim como sua exploração racional. Escola de Agronomia da Amazônia (EAA), quando oferecia apenas o Curso de Graduação em Agronomia.
A EAA foi criada para funcionar anexa ao Instituto Agronômico do Norte, IAN (Atual Embrapa Amazônia Oriental), criado em 1939, em cujas instalações deveriam coexistir, utilizando equipamentos e outros meios daquela instituição de pesquisa e incluindo as atividades de magistério da escola recém criada como nova atribuição do pessoal técnico do IAN. O então diretor do IAN, engenheiro agrônomo Felisberto Camargo, foi o primeiro dirigente da recém criada escola agronômica. Foi ele também que proferiu a aula inaugural aos 38 candidatos aprovados, em 17 de abril de 1951. Em 1971 o Parecer no 802/71 de 9 de novembro de 1971, aprovou o funcionamento do Curso de Engenharia Florestal, na Escola de Agronomia da Amazônia, o qual foi autorizado a funcionar pelo Decreto Presidencial nº69.786, de 14 de dezembro de 1971, assim funcionando dois cursos na EAA.
Elevação para Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (1972) editar
Em 8 de março de 1972, pelo decreto nº70.268, passou a denominar-se Faculdade de Ciências Agrárias do Pará – FCAP, Estabelecimento Federal de Ensino Superior, constituindo-se unidade isolada, diretamente subordinada ao Departamento de Assuntos Universitários do Ministério da Educação. Posteriormente, através do Decreto nº70.686, de 7 de junho de 1972, foi transformada em autarquia de regime especial, com mesmo regime jurídico das Universidades, e, portanto, com autonomia didática, disciplinar, financeira e administrativa. Em 16 de março de 1973, o Conselho Federal de Educação aprovou parecer ao projeto de criação do curso de Medicina Veterinária na FCAP, o qual foi autorizado a funcionar através do Decreto nº72.217 de 11 de maio de 1973. No ano de 1999 foi autorizada a criação do curso de Graduação em Engenharia de Pesca com 30 vagas anuais, pela portaria MEC n°1135 de 20 de julho de 1999 e reconhecido em 2005 pela Portaria MEC n° 3.098 de 9 de setembro de 2005. No ano de 2000 foi autorizada a criação do curso de Zootecnia com 30 vagas anuais, pela Portaria MEC n°854 de 21 de junho de 2000 e reconhecido posteriormente pela Portaria MEC n° 3.101 de 9 de setembro de 2005.
Inicio da pós-graduação (1976) editar
A fase da Pós Graduação iniciou-se em 1976 quando foi implantado o primeiro curso regular de Pós Graduação "Lato Sensu", tendo formado em 17 cursos de especialização em Heveicultura, um total de 425 especialistas. Em 1984, iniciou-se o Mestrado em Agropecuária Tropical e Recursos Hídricos, área de concentração em Manejo de Solos Tropicais, recomendado pela CAPES, o qual foi reestruturado em 1994, criando-se o Programa de Pós- graduação em Agronomia com duas áreas de concentração – Solos e Nutrição Mineral de Plantas e Biologia Vegetal Tropical – e o Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais, com área de concentração em Silvicultura e Manejo Florestal. Em março de 2001, numa parceria com a Embrapa Amazônia Oriental, iniciou o Curso de Doutorado em Ciências Agrárias com área de concentração em Sistemas Agroflorestais, recomendado pela CAPES em 2000. Em 2001, a CAPES aprovou a criação do curso de Mestrado em Botânica, em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), cuja primeira turma foi selecionada em fevereiro de 2002. Ao longo desse período, a FCAP ampliou fortemente sua interação com outras instituições como o MPEG, a UFPA, o CNPq, com a UEPA e o IFPA.
FUNPEA (1997) editar
A UFRA conta ainda com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa, Extensão e Ensino em Ciências Agrárias (FUNPEA), Pessoa Jurídica de Direito Privado, gozando de autonomia patrimonial, financeira e administrativa nos termos da lei e que tem como objetivo apoiar e estimular programas de desenvolvimento sustentado e proteção ao meio ambiente. Fundada em 20 de março de 1997, com sede e foro na cidade de Belém, capital do Estado do Pará, podendo por deliberação do Conselho Curador, estabelecer-se em torno do território nacional.
Elevação para Universidade Federal Rural da Amazônia (2002) editar
Em seus 64 anos de existência, essa instituição, a despeito de ter prestado relevantes serviços à região amazônica, destacando-se em especial a formação de milhares de profissionais de Ciências Agrárias, incluindo estrangeiros de mais de 15 países, precisava crescer para continuar sobrevivendo. A trajetória do ensino superior em Ciências Agrárias neste tempo transcorrido estimulou a comunidade universitária a apresentar à sociedade uma proposta de transformação da FCAP em UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia). O pedido de transformação foi sancionado pelo então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, através da Lei 10.611, de 23 de dezembro de 2002, publicada no Diário Oficial da União em 24 de dezembro de 2002. Dessa forma, a UFRA avançou em suas conquistas durante seu processo de transformação de tal maneira, que tem hoje, em cumprimento ao que exige a legislação, ESTATUTO, REGIMENTO GERAL E PLANO ESTRATÉGICO, concebidos a partir de processos democráticos e participativos, registrando na história desta universidade, um modo cidadão de governar.
Fundação de campus descentralizados editar
Seguindo o planejamento de expansão proposto pela UFRA foram criados seis campi fora de sede/capital nos seguintes municípios: Paragominas; Capitão Poço; Santarém (Atual UFOPA)[2]; Parauapebas; Capanema e Tomé-Açu.
Institutos editar
A UFRA é constituída de quatro Institutos Temáticos, sendo as unidades responsáveis pela execução do ensino, da pesquisa e da extensão com caráter inter, multi e transdisciplinar em áreas do conhecimento. São eles:
Cursos de Graduação editar
A universidade oferece em seus seis campi um total de 42 cursos na modalidade presencial:
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Pós-Graduação editar
A UFRA oferece no âmbito da pós-graduação os seguintes cursos:[7]
- Mestrado em Agronomia (Nota 5)
- Mestrado em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais (Nota 3)
- Mestrado em Biotecnologia Aplicada à Agropecuária (Nota 3)
- Mestrado em Botânica (Nota 4)
- Mestrado em Ciências Florestais (Nota 3)
- Mestrado em Produção Animal na Amazônia
- Mestrado em Reprodução Animal na Amazônia
- Mestrado em Saúde e Produção Animal na Amazônia (Nota 5)
- Doutorado em Agronomia (Nota 5)
- Doutorado em Botânica (Nota 4)
- Doutorado em Ciências Florestais (Nota 3)
- Doutorado em Reprodução Animal
- Doutorado em Saúde e Produção Animal na Amazônia (Nota 5)
Infraestrutura universitária editar
A estrutura universitária conta com:
- Biblioteca
- Hospital Veterinário
- Restaurante Universitário
- Laboratórios
- Fazendas experimentais (Fazenda Escola de Castanhal, Igarapé-Açu e Benfica).
Referências
- ↑ «Gastos Diretos por Órgão Executor em 2016: UFRA». Portal da Transparência. Consultado em 31 de março de 2017
- ↑ «Lei nº 12.085, de 5 de novembro de 2009». Planalto.gov.br. Consultado em 15 de maio de 2010
- ↑ ICA
- ↑ ICIBE
- ↑ ISARH
- ↑ ISPA
- ↑ «SIGAA - Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas». sipac.ufra.edu.br. Consultado em 22 de março de 2016