Universidade Federal de Mato Grosso

Universidade pública federal no estado de Mato Grosso, Brasil

A Fundação Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) é uma instituição de ensino superior pública federal brasileira, criada em 1970 e vinculada ao Ministério da Educação. Sua sede encontra-se em Cuiabá, possuindo campi em mais cinco cidades: Barra do Garças, Pontal do Araguaia, Sinop e Várzea Grande. As atividades de ensino, pesquisa e extensão estão concentradas em 113 cursos de graduação, incluídas as habilitações, e 60 de especialização sustentados em núcleos de investigação e extensão, onde mais de 21 mil estudantes realizam seus estudos.

Fundação Universidade Federal de Mato Grosso
Universidade Federal de Mato Grosso
UFMT
Lema Virtus et sapientia (Latim)
("Virtude e sabedoria")
Fundação 10 de dezembro de 1970 (53 anos)
Tipo de instituição Pública
Mantenedora Ministério da Educação
Localização Cuiabá (Cidade Universitária Gabriel Novis Neves), Mato Grosso
Funcionários técnico-administrativos 1 576 (2016)
Reitor(a) Evandro Aparecido Soares da Silva
Vice-reitor(a) cargo vago
Docentes 1 904 (2016)
Total de estudantes 21 301 (2019) [1]
Campi Barra do Garças,
Pontal do Araguaia,
Sinop,
Várzea Grande
Cores      Azul

     Branco

Afiliações CRUB, RENEX
Orçamento anual 944.228,620 (2018)[2]
Página oficial www.ufmt.br

Visando desempenhar funções sociais relevantes, objetiva-se em ser uma instituição que contribui para o desenvolvimento econômico e regional, preocupando-se com a preservação do ecossistema, com a cultura e formação profissional, sendo referência em ensino e pesquisa em todo o estado de Mato Grosso e região.

Reitoria da UFMT

História editar

A universidade foi criada em 10 de dezembro de 1970, pela Lei n° 5647, a partir da fusão da Faculdade de Direito de Cuiabá (que foi criada em 1952) e do Instituto de Ciências e Letras de Cuiabá. Nesse ano foram abertos os 11 primeiros cursos, oferecidos no campus universitário, na região do Coxipó. Foram criados os primeiros centros e iniciadas as obras de construção dos blocos.

Na década de 1980 é implantado o Hospital Universitário Júlio Müller e iniciado o processo de interiorização do ensino. São criados os campi de Rondonópolis, do Médio Araguaia e de Sinop. Começa também a oferta de turmas especiais de graduação e ensino à distância, em diversas cidades e pólos espalhados pelo estado, que não contavam até então com acesso ao ensino superior.

Durante a década de 1990 continuam os projetos de turmas especiais e graduação parcelada em todos os estados, juntamente com a expansão significativa da oferta de cursos de graduação nos campi. O início da década de 2000 é marcada pela diminuição do orçamento da instituição. Apesar disso novos cursos e turmas são criados, e a universidade investe em programas de licenciatura voltados para professores de escolas públicas e nos de graduação parcelada nos municípios do interior. Em 2006 finalmente é consolidado o campus de Sinop, com a criação de vários cursos de graduação, lá e também nos outros campi interioranos, graças ao programa de expansão universitária do Governo Federal. No total, são 11 novos cursos e 500 vagas abertas no segundo semestre, em vestibular extraordinário. Já foram contradados professores e técnicos para atender a esses cursos, e em breve começarão as obras do novo campus.

Estrutura editar

 
Teatro

A UFMT tem 27 institutos e faculdades; o Hospital Universitário Júlio Müller, o Hospital Veterinário; uma fazenda experimental (em Santo Antônio do Leverger); uma base avançada de pesquisa no Pantanal (município de Poconé); estações meteorológicas (Cuiabá e Rondonópolis); herbário; biotério, zoológico, ginásio de esportes, parque aquático, museus e o único teatro com especificações técnicas exigidas para receber as diversas modalidades de artes cênicas no Estado, todos em Cuiabá. Conta ainda com o maior sistema de bibliotecas do Estado, somando mais de 300 mil volumes, sendo 200.908 na Biblioteca Central em Cuiabá; 47.878 em Rondonópolis; 16.639 no Campus do Araguaia e 15.588 em Sinop.

 
Biblioteca Central

Os outros três campi possuem área total parecida com a da cidade universitária (cerca de 600 mil m² cada, a cidade tem 782 mil m²), mas, pela oferta menor de cursos e por todos os edifícios administrativos estarem na sede, a área construída é bem menor. Em Sinop serão construídos o campus universitário e um hospital universitário, para atender a implantação dos novos cursos. Os campi do interior sofrem de precarização, falta de livros, laboratórios e professores, bem como não são incluídos na maioria das políticas implantadas pela atual reitoria ou pelo governo, por exemplo o curso de inglês gratuito (ISF), que é ofertado somente na capital .

Para a Copa do Mundo FIFA de 2014, foi construído um Centro Oficial de Treinamento no campus, próximo do Ginásio Poliesportivo da Universidade. Com capacidade para abrigar 1,5 mil torcedores, o COT da UFMT possui campo de futebol e pista oficial de atletismo de padrão internacional.[3] Foi utilizado por duas seleções que jogaram na Arena Pantanal, Nigéria e Coreia do Sul.[4]

Cidade Universitária Gabriel Novis Neves editar

Criada através da Lei 5.647, de 10 de dezembro de 1970, seu campus central começou a ser construído no início daquela década e é um dos locais mais visitados da Capital, Cuiabá. A expansão quantitativa e qualitativa da UFMT faz dela a mais abrangente instituição de ensino superior no Estado.

Hospital Universitário Júlio Müller editar

O HUJM é o único hospital essencialmente público de Cuiabá que atende, plenamente, somente pacientes referenciados pelo SUS. Serve de campo de estágio de alta qualidade para os estudantes de Medicina, Nutrição, Enfermagem, Fisioterapia e Serviço Social, entre outros.

O HUJM apóia fundamentalmente os Programas de Residência Médica em Clínica Médica, Cirurgia Geral, Obstetrícia e Ginecologia, Anestesiologia e Pediatria, todos credenciados, até hoje, sem restrições. Em 2001 implantou-se o Programa de Residência Médica em Infectologia, com aval da CNRM.

Estão sendo implantados os Programas de Medicina da Família, de Neonatologia (3° ano opcional em Pediatria) além do PRM em Urologia. Todos esses PRMs são desenvolvidos sob a responsabilidade da Faculdade de Ciências Médicas.

No campo da pesquisa científica, sob o controle da sua Comissão de Ética em Pesquisa, o HUJM tornou-se um excelente campo operacional para a produção de teses em Cursos de Especialização e de Mestrado oferecidos pela UFMT e de trabalhos científicos que são publicados em Revistas nacionais e estrangeiras, indexadas, e, também, apresentados em Congressos e Jornadas nacionais e internacionais.

Estatísticas editar

A UFMT ocupa uma área total de 4 360 hectares (contando com os 1775 ha da fazenda experimental) e 149 mil metros quadrados de área construída, distribuídos pelos campi. São ofertados em 2004 69 cursos de graduação (sendo 39 noturnos), 3 403 vagas na graduação, 60 cursos de pós-graduação (sendo 50 cursos de especialização, 32 de mestrado e 9 de doutorado). São 7 365 alunos em Cuiabá, 2 193 em Rondonópolis, 734 no Médio Araguaia e 5 454 nas turmas especiais, na graduação, e 3 449 alunos na pós-graduação. Atualmente 77% dos professores são mestres ou doutores e 86% trabalham em regime de dedicação exclusiva. Já formou quase 40 mil profissionais e oferece 98 cursos de graduação regulares (distribuídos nos períodos matutino, vespertino e noturno, e alguns em regime integral).

Exame Nacional de Desempenho de Estudantes editar

A UFMT ocupa posição 77º segundo a classificação das universidades pelo Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, que avalia a universidade tanto em cursos de graduação quanto de pós-graduação.[5] Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi destaque na avaliação das instituições de ensino superior feita pelo Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A instituição superior de ensino de Mato Grosso obteve nota quatro, considerada satisfatória pelo MEC. Vale destacar que o curso de Medicina Veterinária do campus de Sinop obteve nota máxima: 5. (Fonte: Olhar Direto)

Administração editar

A estrutura administrativa da UFMT é formada pelos órgãos deliberativos, órgãos de assessoramento superior, órgão executivos e os órgãos vinculados diretamente à Reitoria e à Vice-Reitoria.

Órgãos Colegiados Superiores
  • Conselho Diretor (CD)
  • Conselho Universitário (CONSUNI)
  • Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE)
Órgãos Colegiados Setoriais
  • Câmara de Ensino
  • Câmara de Pós-Graduação
  • Câmara de Pesquisa
  • Câmara de Extensão
  • Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos
  • Comitê de Ética em Pesquisa com Animais
  • Conselho Gestor do Hospital Universitário Júlio Müller
  • Conselho Gestor dos Hospitais Veterinários
  • Conselho Gestor dos Restaurantes Universitários
  • Comissão de Ética Profissional
Órgãos de Assessoramento Direto à Reitoria
  • Chefia de Gabinete (GAB)
  • Procuradoria Geral Federal (PGF)
  • Auditoria Geral (AUD)
  • Secretaria dos Órgãos Colegiados Superiores (SOCS)
Órgãos Vinculados à Reitoria
  • Secretaria do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB/UFMT)
  • Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento Energético (NIEPE)
  • Comissão Permanente do Pessoal Docente (CPPD)
Órgãos Vinculados à Vice-Reitoria
  • Sistema de Bibliotecas (Central, Regionais e Setoriais)
  • Editora Universitária (EdUFMT)
  • Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM)
  • Hospital Veterinário de Cuiabá (HOVET)
  • Hospital Veterinário de Sinop (HOVET)
Órgãos Executivos
  • Pró-Reitoria Administrativa (PROAD)
  • Pró-Reitoria de Planejamento (PROPLAN)
  • Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEG)
  • Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação (PROPG)
  • Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPEQ)
  • Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (PROCEV)
  • Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAE)
  • Secretaria de Comunicação e Multimeios (Secomm)
  • Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP)
  • Secretaria de Relações Internacionais (Secri)
  • Secretaria de Tecnologia da Informação e da Comunicação Aplicada à Educação (STI)
  • Secretaria de Articulação e Relações Institucionais (SARI)
  • Prefeitura da Cidade Universitária Gabriel Novis Neves (PCU)
  • Fundação Uniselva (Uniselva)

Ensino editar

A UFMT oferece cursos de graduação e pós-graduação, nos níveis de lato sensu e stricto sensu (mestrado e doutorado). Como apoio e incentivo aos alunos, mantém cursos de extensão e bolsas permanência, moradia, monitoria, alimentação e de iniciação científica.

Sinop

  • Instituto Universitário do Norte Mato-grossense
Agronomia
Enfermagem
Engenharia Agrícola e Ambiental
Engenharia Florestal
Ciências naturais e matemáticas
Habilitação em Matemática
Habilitação em Química
Habilitação em Física
Medicina[6]
Medicina Veterinária
Zootecnia
Farmácia

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Pedagogia a Distância da UFMT editar

A UFMT foi pioneira no âmbito da educação superior no Brasil na modalidade de educação à distância,  trazendo um novo olhar à educação e novas possibilidades. Este projeto teve Início em 1994 e ainda está em vigência. O curso de pedagogia foi o primeiro a ser ofertado pela UFMT e foi também o primeiro curso de graduação a distância a ser reconhecido pelo MEC (Portaria 3220, 22 de novembro de 2002). A oferta fazia parte do “Programa Interinstitucional de Qualificação Docente em Mato Grosso" que tinha como meta profissionalizar todos os professores dos sistemas estadual e municipal de Educação, no Estado de Mato Grosso, até o ano 2011.

A experiência de Mato Grosso também se expandiu para outros Estados, por meio de parcerias com Instituições Públicas de Ensino Superior, atendendo a mais de 16 mil professores da rede pública, em parceria com universidades públicas locais, consolidando-se e tornando-se referência nacional no campo da formação de professores e na modalidade a distância.

O curso prevê a utilização de diferentes mídias para veicular os conteúdos, de maneira a atender os acadêmicos provenientes de diferentes municípios integrantes dos polos. Portanto, além dos momentos presenciais com os professores especialistas/formadores, para seus estudos a distância os acadêmicos dispõe de variados materiais didáticos, tanto impressos (fascículos), quanto multimídia. Haverá também a preparação de ambiente virtual de aprendizagem com a utilização da plataforma Moodle, na internet.

O curso é destinado, preferencialmente, aos profissionais em exercício na função docente em escolas, que tenham o ensino médio completo, residentes nos municípios das regiões que se constituirão como polos participantes do projeto. Através de um processo seletivo é feita a seleção dos alunos, sendo 25% das vagas para ampla concorrência, atendida por demanda social;  25% específicas para servidores da administração pública e professores da rede pública de ensino; e 50% em ações afirmativas.[7][8]

Referências

  1. «Ranking Universitário Folha». Jornal Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de abril de 2020 
  2. «ORÇAMENTO PROGRAMA 2018» (PDF). UFMT. Consultado em 20 de setembro de 2018 
  3. CAMPOS OFICIAIS DE TREINAMENTO - COT
  4. Obras dos COT´s da UFMT e da Barra do Pari mostram pequenos avanços
  5. Pati, Camila. «As melhores universidades do Brasil, segundo o MEC | EXAME.com». Consultado em 25 de agosto de 2015 
  6. http://www.odivisor.com.br/cidades/aulas-do-curso-de-medicina-iniciam-dia-14-na-ufmt/3646
  7. «Projeto político do curso» (PDF). UFMT. 2012. Consultado em 2 de abril de 2018 
  8. «Educação a Distância». UFMT. Consultado em 2 de abril de 2018 

Ligações externas editar

 
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