Urso-azul-tibetano


O urso-azul-tibetano ou urso-tibetano (Ursus arctos pruinosus)[1] é uma subespécie do urso-pardo (Ursus arctos) encontrada no leste do platô tibetano. Também é chamado de urso-azul-do-Himalaia,[2] urso-das-neves-do-Himalaia, urso-pardo-tibetano ou urso-cavalo. Na língua tibetana, é conhecido como Dom gyamuk.

Urso-azul-tibetano
CITES Apêndice I (CITES)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Ursidae
Gênero: Ursus
Espécie:
Subespécie:
U. a. pruinosus
Nome trinomial
Ursus arctos pruinosus
Blyth, 1854
A legenda da foto de 1917 diz: "dois filhotes de urso tibetano" que aparentam ser o ursus arctus pruinosus.

Uma das subespécies de urso mais raras do mundo, o urso-azul-tibetano raramente é avistado na natureza. O urso-azul é conhecido no Ocidente apenas por um pequeno número de amostras de peles e ossos. Foi classificado pela primeira vez em 1854 por Edward Blyth, um zoólogo inglês.

História taxonômica editar

O urso-de-Gobi às vezes é classificado como sendo da mesma subespécie que o urso-azul-tibetano. Isso se baseia em semelhanças morfológicas das duas subespécies e na crença de que o urso-de-Gobi, que habita no deserto, representa uma população remanescente do urso-azul. No entanto, o urso-de-Gobi é classificado, muitas vezes, como uma subespécie própria e se assemelha a outras populações de ursos-pardos asiáticos.

Habitat e distribuição editar

É possível que uma amostra ocasional seja observada viajando pelos picos das montanhas altas durante períodos de escassez de alimentos ou em busca de um companheiro. No entanto, as informações limitadas disponíveis sobre os hábitos e a distribuição geográfica do urso-azul dificultam a confirmação dessas especulações.

Estado de conservação editar

 
Sra. Yvette Borup Andrews (esposa de Roy Chapman Andrews) alimentando filhote de urso-azul-tibetano em 1917

O estado exato de conservação do urso-azul é desconhecido, devido a informações limitadas. No entanto, nos Estados Unidos, o comércio de espécimes ou produtos de ursos-azuis é restrito pela Lei de Espécies Ameaçadas. Também está listado no Apêndice I da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES), como uma espécie protegida. É ameaçada pelo uso da bile de urso na medicina tradicional chinesa e na invasão de seus habitats.

Referências culturais editar

O urso-azul-tibetano tornou-se notável por ter sido apontado como uma possível inspiração para avistamentos associados à lenda do Iéti. Uma expedição de 1960 para procurar evidências do Iéti, liderada por Sir Edmund Hillary, retornou com dois pedaços de pelo que foram identificados pelos habitantes locais como "pelo de Iéti" que mais tarde foram cientificamente identificados como sendo partes da pele de um urso-azul.[3][4]

Referências

  1. Lydekker P.Z.S, (1897). «The Blue Bear of Tibet». Journal of the Asiatic Society of Bengal. XXII 
  2. Sowerby (1920). «Notes on Heude's Bears in the Sikawei Museum, and on the Bears of Palaearctic Eastern Asia». Journal of Mammalogy 
  3. "Genève: 15 000 francs pour une peau de yéti"
  4. Détail du lot n° 872" Arquivado em 2012-03-26 no Wayback Machine