Usuário(a):GoEThe/O seu cérebro está a pregar-lhe partidas

Viés cognitivo é um padrão de pensamento que pode levar a distorções de julgamento e interpretação ilógicas da realidade. É um tipo de autoengano, que tem vantagens adaptativas em determinados contextos, mas que no longo prazo gera erros. Reduzir o viés cognitivo leva a que o mecanismo de consenso seja mais eficaz e que as decisões tomadas sejam reflexo de processos de decisão lógicos e racionais. Abaixo listam-se alguns tipos de viés cognitivo comuns na Wikipédia, e algumas medidas auto-impostas que poderão minorar os seus efeitos.

Meus amigos não têm defeitos

Um tipo de viés cognitivo comum numa comunidade online como a da Wikipédia inclui ignorar conduta desadequada quando ela parte de alguém que concorda com a sua posição em determinado debate. Isso cria problemas pois polariza o debate em torno de "facções opostas", e impede que os dois lados possam debater o essencial da questão, obtendo algum consenso. Como disse Jascha Heifetz, "independentemente do lado do argumento em que estás, encontrarás sempre pessoas no teu lado que desejarias que estivessem do outro." É importante para despolarizar debates que se vir comportamento incivilizado chame a atenção desse editor e peça calma, especialmente se ele estiver a defender o seu ponto de vista. Será mais fácil para o editor em questão atender esse pedido de alguém que ele verá como aliado, e cria a percepção em todos os participantes de que as políticas não estão a ser usadas apenas contra uma das partes.

Ver-se ao espelho

Um outro viés cognitivo frequente é a tendência de criticar duramente defeitos em outros editores, ignorando esse mesmo defeito em nós próprios. É útil fazer regularmente alguma auto-avaliação dos comportamentos que tomamos. Por exemplo, "Será que tenho editado pouco o domínio principal?", "Tenho por costume referenciar todas as informações que adiciono a artigos?", "As mudanças que faço em páginas reflectem consensos prévios estabelecidos?".

Tudo o que o outro diz apenas confirma o que eu já achava

Quando confrontado com novos dados, uma pessoa pode manter a sua opinião, ajustá-la ou modificá-la completamente. O viés de confirmação resulta na negligência, involuntária ou não, de informação que contradiga as nossas opiniões anteriores. Isso resulta em que apenas certa informação seja retida, reforçando a nossa crença na rectidão do nosso julgamento inicial (ver en:Attitude polarization). Este viés tem paralelo com o problema da demarcação, resolvido por Karl Popper. De maneira a manter aberta a possibilidade de mudança de opinião, deve ser feito o exercício de definir a priori que tipo de evidência falsearia a nossa convicção. Caso essa evidência seja produzida a posteriori, não resta outra alternativa senão mudar de posição.