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Aterro Sanitário editar

A produção de resíduos sólidos é inevitável no dia a dia do homem, suprindo suas necessidades básicas, para movimentar a economia e o comércio. Entretanto existe uma grande preocupação mundial sobre redução da geração desses resíduos, pelo impacto que o descarte gera no meio ambiente. Onde repensar a questão do lixo na sociedade é um passo importante para as reduções na quantidade de resíduos gerados. Deve haver uma maior preocupação do poder público quanto o destino desses resíduos, com o descarte inadequado de resíduos sólidos. Que se torna um problema presente em muitas localidades.[1] 

A destinação final, que consiste no transporte desses resíduos processados ou não, podendo ser depositados na cadeia produtiva, ou em espaços de terras pré-definidos e específicos para armazenagem, chamados de aterros e lixões. Tendo como o meio mais sustentável e específico para esses depósitos, os aterros sanitários. (Resíduos Sólidos Urbanos: Aterro Sustentável para Municípios de Pequeno Porte. 2009, p.10)

O que é um aterro sanitário? editar

De acordo com a (Revista Brasileira de Ciências da Amazônia, v. 3, n. 1, p. 69-80, 2014ª) “é medida mais viável para solucionar os problemas gerados pelo descarte indevido dos resíduos sólidos urbanos”, ou seja, é a destinação final para “instalação de eliminação utilizada para a deposição controlada de resíduos acima ou abaixo da superfície natural”, em que os resíduos são lançados ordenadamente e cobertos com terra ou material semelhante. [2] Onde nesses aterros existe a coleta e tratamento do chorume e controle sistemático das águas lixiviantes e dos gases produzidos. [3]

Características editar

Um aterro sanitário conta com as seguintes unidades:

Unidades operacionais:

·        Células de lixo domiciliar;

·        Células de lixo hospitalar (caso o Município não disponha de processo mais efetivo para o destino final a esse tipo de lixo);

·        Impermeabilização de fundo e superior;

·        Sistema de coleta e tratamento dos líquidos percolados (chorume);

·        Sistema de coleta e queima do biogás;

·        Sistema de drenagem e afastamento das águas pluviais;

·        Sistema de monitoramento ambiental, topográfico e geotécnico;

·        Pátio de estocagem de materiais

 Unidades de apoio:

·        Cerca e barreira vegetal;

·        Estradas de acesso e de serviço;

·        Balança rodoviária e sistema de controle de resíduos;

·        Guarita de entrada e prédio administrativo;

·        Oficina e borracharia

(Gestão integrada de resíduos sólidos 2001, p 151)[4]

Implantação do aterro editar

Para a construção de um aterro sanitário é necessário o processo de seleção de áreas, licenciamento, projeto executivo e implantação. Com esses processos aprovados, a construção se torna legalizada.


Seleção de áreas:

Seleção dessas áreas dar se com a ocupação intensiva do solo, onde restringe a disponibilidade de áreas próximas aos locais de geração de lixo e com as dimensões requeridas para se implantar um aterro sanitário que atenda as necessidades dos municípios. (Gestão integrada de resíduos sólidos 2001, p.158)


O licenciamento:

Para que o licenciamento da área do aterro ocorra deve ser assinado o contrato para execução dos serviços que compreendem:

·        Pedido de licença prévia – LP

·        Acompanhamento de elaboração de instrução técnica – IT

·        Audiência pública

·        Obtenção de licença prévia - LP

·        Elaboração do projeto executivo

·        Entrada de pedido de licença de instalação – LI

·        Acompanhamento da concessão da licença de instalação

·        Implantação de aterro sanitário

·        Pedido de licença de operação

·        Cronograma de licenciamento

(Gestão integrada de resíduos sólidos 2001, p.159)[4]


Projeto executivo:

Desenvolvido com o objetivo de preservar a vida útil da área disponível, tendo no mínimo, um período de atividade de cinco anos. Deve atender integralmente as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – e da legislação ambiental em vigor.

O projeto executivo conterá, no mínimo, a seguinte documentação:

·        Planta planialtimétrica do aterro em escala 1:5.000, com curvas de nível de metro em metro, mostrando a locação de acessos, edificações e pontos notáveis;

·        Resultados das investigações e pontos notáveis;

·         Resultado das análises de qualidade dos corpos d`água do entorno, inclusive do lençol freático;

·        Projeto de vias de acesso e de serviço, englobando geometria, movimentação de terra, pavimentação e drenagem;

·        Projeto de edificações;

·        Projetos das redes externas de abastecimento d`água;

·        Projeto geométrico e de terraplanagem;

·        Projeto de coleta e tratamento de chorume;

·        Projeto de drenagem superficial do aterro;

·        Plantas de delimitação dos lotes;

·        Plantas do sistema de captação e queima do biogás;

·        Plano do monitoramento ambiental;

·        Manual de operação do aterro;

·        Memória de cálculo dos estudos;

·        Especificações técnicas;

·        Plano de encerramento do aterro.

(Gestão integrada de resíduos sólidos 2001, p.163 e 164)[4]


Implantação do aterro:

Com o projeto e a licença de instalação aprovados, podemos iniciar a implantação do aterro. Os serviços devem ser executados observando-se as especificações técnicas e condições contidas no projeto executivo, como também as normas técnicas da ABNT, do Ministério do Trabalho, do Órgão de controle ambiental e da legislação ambiental.

Para aterros de pequeno, médio ou grande porte, a sequência da construção deve ser:

·        Cercamento da área

·        Serviços de limpeza da área

·        Serviços de terraplanagem

·        Serviços de montagem eletromecânica

·        Estradas de acesso e de serviço

·        Serviços de impermeabilização

·        Serviços de drenagem

·        Drenagem de chorume

·        Serviços de construção civil

·        Execução dos poços de monitoramento ambiental

·        Serviços complementares

·        Suprimento de matérias e equipamentos

(Gestão integrada de resíduos sólidos 2001, p.165 e 166) [4]

No Brasil editar

No Brasil, um aterro sanitário é definido como um aterro de resíduos sólidos urbanos, ou seja, adequado para a recepção de resíduos de origem doméstica, varrição de vias públicas e comércios. A destinação final de resíduos sólidos brasileiro apresenta uma grande evolução, onde 73,2% de todo lixo coletado, estaria tendo um destino final correto, sendo deposto em aterros sanitários ou controlados.[5] Em alguns deles, já esta sendo implantado uma maneira de minimizar as emissões de gases do efeito estufa, que é através da oxidação biológica e aeróbica do metano.Trabalho no qual consistiu na coleta de amostras dos solos, as quais foram caracterizadas através de ensaios geotécnicos e microbiológicos.[6]

Referências editar

1. Revista Brasileira de Ciências da Amazônia. [:Ficheiro:///C:/Users/matheus/Downloads/1183-4281-1-PB.pdf file:///C:/Users/matheus/Downloads/1183-4281-1-PB.pdf]

2. Roberto Naime. https://www.ecodebate.com.br/2010/05/12/lixo-ou-resíduos-sólidos-artigo-de-roberto-naime/

3. Dias 2003. http://www.unicap.br/revistas/revista_e/artigo5.pdf

4. Estudos sobre a oxidação aeróbia do metano na cobertura de três aterros sanitários no Brasil. http://www.scielo.br/pdf/esa/v14n1/v14n1a11

5. SILVA, N. L. S. 2011. Aterro sanitário para resíduos sólidos urbanos - engenharia civil. http://civil.uefs.br/DOCUMENTOS/NORMA%20LA%C3%8DS%20DA%20SILVA%20E%20SILVA.pdf

6. Gerenciamento de resíduos sólidos no Centro Universitário SENAC campus Campos do Jordão. http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/967

  1. Caseiro, Adriana Hélia; Quitho, Luciana (27 de fevereiro de 2008). «Utilização de aterro sanitário para destinação final de resíduos sólidos gerados nos grandes centros urbanos: Aterro Bandeirantes
    DOI: 10.5585/exacta.v2i0.553»
    . Exacta. 2: 191–202. ISSN 1983-9308. doi:10.5585/exactaep.v2i0.553
     
  2. Kataoka, Sergio Massaru. «Avaliação de áreas para disposição de resíduos: proposta de planilha para gerenciamento ambiental aplicado a aterro sanitário industrial» 
  3. Santos, Cláudia Maria de Moraes (2006). «Gerenciamento de resíduos sólidos no Centro Universitário SENAC campus Campos do Jordão : repensando as práticas das disciplinas do Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia» 
  4. a b c d MONTEIRO; FIGUEIREDO; MAGALHÃES; FRANÇA; BRITO; ALMEIDA; MANSUR (2001). Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. [S.l.]: IBAM. pp. 1–193 
  5. Barros Júnior, Carlos de; UEM Tavares, Célia Regina Granhen; UEM Barros, Sueli Teresa Devantel de; UEM (31 de março de 2004). Diagnóstico sobre a disposição final dos resíduos sólidos urbanos da cidade de Maringá, Estado do Paraná, Brasil - DOI: 10.4025/actascitechnol.v26i2.1490. [S.l.]: Universidade Estadual De Maringá. OCLC 692190783 
  6. Teixeira, Cláudia Echevenguá; Torves, Jaqueline Corrêa; Finotti, Alexandra Rodrigues; Fedrizzi, Franciele; Marinho, Fernando Antônio Medeiros; Teixeira, Paula Fernanda (março de 2009). «Estudos sobre a oxidação aeróbia do metano na cobertura de três aterros sanitários no Brasil». Engenharia Sanitaria e Ambiental. 14 (1): 99–108. ISSN 1413-4152. doi:10.1590/s1413-41522009000100011