Diphylla ecaudata editar

Mais conhecido como morcego-vampiro-de-perna-peluda é classificado na subfamília Desmodontinae da família Phyllostomidae, uma das três espécies de morcegos hematófagos conhecidas no mundo, sendo o terceiro em número de espécies pertencente à ordem Chiroptera e subordem Microchiroptera, são predadores bastante silenciosos, vivem geralmente em construções, fendas, árvores e cavernas. Atualmente constado na lista vermelha da Bahia como um dentre variadas espécies ameaçadas de extinção.

Está presente em 13 dos 26 estados brasileiros. Distibui-se até o Sul do Brasil, ocorrendo em Santa Catarina, mas não possui registros de ocorrência no Rio Grande do Sul.

A espécie foi classificada como Vulnerável (MMA, 2003) no estado do Paraná.

 Morcego-vampiro-de-perna-peluda
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Chiroptera
Família: Phyllostomidae
Subfamília: Desmodontinae
Género: Diphylla

Spix, 1823

Espécie: D.ecaudata
Nome binomial
Diphylla
Spix, 1823

Taxonomia editar

O termo "morcego" tem origem no nome arcaico para "rato", "mur" (do latim mure) com "cego", significando, portanto, "rato cego".

No Brasil também se usam raramente os termos "andirá" ou "guandira" que têm sua origem no tupi ãdi'rá.

Os morcegos vampiros fazem parte da ordem Chiroptera, que significa mão adaptada em asa, (cheir – mão e pteron – asa) (Reis et al., 2007) e subordem Microchiroptera, são encontrados na maior parte do planeta, inclusive no Brasil, com exceção das regiões polares.

Características editar

Possuem olhos grandes, orelhas pequenas e arredondadas, folha nasal pouco desenvolvida que auxilia na emissão de ondas ultrassonicas(inaudíveis para humanos) usadas no sistema de ecolocalização. Essas ondas atingem obstáculos no ambiente e voltam na forma de eco em menor frequência relativa(efeito Doppler).

Habita cavernas e, de modo mais raro, ocos de árvores (GREENHAL et al. 1984).

Dieta editar

O morcego-vampiro-de-perna-peluda alimenta-se quase que exclusivamente de sangue de aves, em alguns casos, aves domésticas, principalmente galinhas. Uma pesquisa conduzida por científicos brasileiros revelou que atualmente estão alimentando- se também de sangue humano[1] devido à degradação pela presença humana que vêm ocupando o habitat das presas nativas dessa espécie, ocasionando um impacto na saúde pública humana por serem transmissores de diversos tipos de doenças.

Referências editar

  • SIMMONS, N. B. Order Chiroptera. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 1, p. 312-529.
  • SAMPAIO, E.; LIM, B.; PETERS, S. 2008. Diphylla ecaudata. In: IUCN 2008. 2008 IUCN Red List of Threatened Species. <www.iucnredlist.org>. Acessado em 15 de fevereiro de 2009.
  • SCHUTT, B. 2008. Dark Banquet: Blood and the curious lives of blood feeding creatures. Harmony: New York.
  • Ministério do Meio Ambiente. 2003. Espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. Instrução Normativa n° 3, de 27 de maio de 2003. Publicada no Diário Oficial da União nº101 28.v.2003. Seção 1: 88-97.
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  1. Ito, Fernanda; Bernard, Enrico; Torres, Rodrigo A. «What is for Dinner? First Report of Human Blood in the Diet of the Hairy-Legged Vampire BatDiphylla ecaudata». Acta Chiropterologica (em inglês). 18 (2): 509–515. ISSN 1508-1109. doi:10.3161/15081109acc2016.18.2.017