Usuário(a):Nuno Tavares/Caricatura 2006
O texto que se segue é apenas uma montagem de várias discussões e mensagens trocadas, ao longo de um ano, por parte dos editores da Wikipédia lusófona. As associações com eventuais links vão de encontro às minhas interpretações, na tentativa de - ironicamente e repleto de metáforas - brincar com as quezilhas que ocorreram e, embora encerradas, tornar as discussões mais acerradas um motivo para dar umas gargalhadas. Foi uma ideia que me surgiu enquanto tentava adormecer. Conforme ia escrevendo, continuava a escrever, um claro sinal de que muito já foi escrito, discutido, e partilhado. Ninguém deve se sentir ofendido (mesmo se, por acaso, "ressuscitar" alguma questão já arquivada na vossa consciência), pois o objectivo aqui é, pura e simplesmente, brincar com as palavras e com os usuários, e não com as pessoas, ideologias, ou formas de se exprimirem! Mas para entenderem os trocadilhos devem consultar os links! Se os mais atentos não entenderem algumas passagens é porque, possivelmente, se passaram em privado - ainda assim, esforcem-se um bocadinho, porque cada frase é um tiro Divirtam-se, como eu me diverti a fazer o texto!
Estava eu e o Juntas na Esplanada, como dois bons portugueses, a falar de futebol:
- Eu: Olha, g'anda cena: O Porto foi tetra, meu, tetra!
- Juntas: Ya.
- Eu: Hum. O que quer dizer g.p.?
- Juntas: grande penalidade.
- Juntas: Olha lá, o que é que vais fazer hoje à noite?
- Eu: Ainda não pensei nisso. Se calhar vou dar de comer aos cães e lá para as 10h00m00s devo ir ao aeroporto lavar o carro, que lá lavam-mo de graça.
- Juntas: Ya.
Nisto surge um miúdo, distraído com a consola, e choca com a nossa mesa.
- Miúdo: Perdão, mas esta mesa foi injustamente colocada aqui!
- Eu: Ora, ora, a mesa já cá estava. Se jogasses enquanto andas verias que já cá estava a mesa... ninguém te quer mal.
- Miúdo: Falou. Mas e aí? Colocar a mesa aqui é uma fraude! Vou já movê-la do "site"!
Assim que o miúdo acaba de proferir estas palavras, surge o Campani e o Manuel Anastácio que, ao ouvir a discussão, interrompem:
- Manuel Anastácio: "site"? Como "site? Que atrocidade é esta? Isto não é a casa da Joana! Não suporto ver a ideia de ver um miúdo a falar assim!
- Campani: Calma, Manuel, é óbvio que estás com medo da imagem do rapaz, claro.
- Manuel Anastácio: Medo? Eu com medo? LOL (agora já sei o que isto quer dizer). Eu quero lá saber do miúdo! A mim preocupa-me é a linguagem! Como é que és capaz de dizer uma coisa dessas? Vai mas é levar no **.
Bem, eles já estavam roxos. Tive que fingir que não estava a curtir aquela conversa da treta. Entretanto, chega a Clara C., atarefadíssima em atender todos os clientes:
- Eu: Hey, pessoal, o que é que vocês bebem? Cerveja, vinho, ou algo mais pesado?
- Manuel Anastácio: Para mim, chá de cidreira.
- Campani: O meu médico não me dá licença para beber nada além deste remédio que ele inventou. Além disso, acho essas bebidas alcoólicas um pouco obscuras..
Um sujeito, noutra mesa, olhou para nós ao ouvir estas palavras. Nós já o conhecíamos, era o Mschlindwein, que já tinha trabalhado com o Manuel Anastácio.
- Mschlindwein: Oi Manuel. Posso intrometer-me na conversa? Queria perguntar ao teu amigo como é que se consegue essa bebida-remédio, e se eu posso beber disso também, e mais: se o posso comercializar.
- Campani: Ora, você só pode estar a brincar.... veja lá se não o enfio num foguete e o mando às couves!
Nisto, o rapazola da consola já vinha de regresso. Para variar, a jogar. Raios, mas ele vinha de novo contra a mesa!... na sua direcção caminhava um outro miúdo, Marcelo-Silva, um familiar do Campani.
- Clara C.: Como é? Vão pedir alguma coisa??? Ou vão ficar discutindo o dia todo?
- Eu: E eu sei lá! Que cambada!.. — digo eu, encolhendo os ombros levando as mãos ao ar.
Desajeitado, conforme as acenei no ar, dou uma tapa nos queixos do Marcelo-Silva que morde a língua e desequilibra-se para o chão, esbarrando com o miúdo da consola, tais peças de dominó. Claro que o miúdo da consola desatou num berreiro interminável, obviamente. Obviamente, portanto, que obviamente "o miúdo tinha sido atirado de propósito contra ele, injustamente". O Marcelo-Silva, atordoado, tentando falar com a língua inchada, dizia:
- Marcelo-Silva: Isto não fica assim! A lei 32-A do Star Trek proíbe espreguiçar dessa maneira!!
O homem da outra mesa respondeu:
- Mschlindwein: Ora, você é doido? Isto é o Brasil!
Vendo tal situação, outro senhor, com pinta de advogado, que eu não conheço além do "Boa tarde, Sr. RubensL" proferido pela Clara C. quando ele chegava ao café, intervém:
- RubensL: Ora bem: considerando que o direito à esfera pessoal de cada um está resguardado pela Constituição, considera-se legítimo que o Brasil seja o mundo Star Trek, se e só se a imagem de cada um fique resguardada de...
Bem, perceberam alguma coisa?, pensava eu. Pois, eu também não. O Marcelo-Silva depressa se recompôs, sentou-se no chão e começou a brincar com 2 dinossauros que tirou do bolso. Entretanto, o miúdo da consola continuava a berrar pelo pai, pela mãe, pelos avós, uma choradeira imensa até que, finalmente, surgiu o pai:
- Cachorrinho está latindo lá no fundo do quntal: FML!! O que é que aprontaste desta vez?!
- FML: Eu? Mas você está-me sempre perseguindo?? Don't feed the trolls, papai! Estes loucos já vão na segunda provocação, e eu nem sequer disse nada!!
Bah! Que palhaçada!! Agora nós é que tínhamos culpa! Levantei-me, afastei o miúdo, e disse:
- Eu: Não lhe ligue. O seu filho já havia tropeçado connosco e desatou num berreiro!..
Nisto, surge um outro miúdo mais velho, conhecido no bairro por andar a assobiar constantemente uma música dos Get_It, e espeta uma chapada no miúdo da consola.
- Get_It: Eu não aceito mais este berreiro aqui na Esplanada. E se oiço mais alguém falar no assunto, desato à chapada a todos. Queixem-se à polícia.
- Clara C.: Mas afinal! Alguém me responde? Porque estão todos a fingir que não me ouvem?!
- Eu: Ah sim! Traz-me um shot flamejante.
- Clara C.: Lusitana! Traz aí um shot - berrou - Mais alguma coisa?
Pobre desgraçada, não estava com sorte. Foi interrompida por um cliente, desconhecido:
- Desconhecido: Olá. Eu não me apresento para não sofrer represálias. Mas a atitude desse senhor aí - eu - é inaceitável. Foi muito para além de um espreguiço, foi uma denunciada provocação!
- Eu: Hein? Como é que pode dizer isso? Já agora, quem é você para me vir dar sermões?
De repente:
- Lugusto: Parou a conversa! Ou vocês me explicam o que se passou ou mando já encerrar este bar, e mando demolir este bairro!
Já estava a escurecer. A nossa amiga Muriel, que chegava sempre mais tarde com o colega Sturm, ouviu o tom do pai do miúdo e chegou-se à frente:
- Muriel: Desculpe. Ou você fala como deve ser ou fica a falar sozinho. Se o que lhe apetece é discutir, faz favor de ir caminhando, que tenho mais que fazer.
- Sturm: É. Tem gente a mais neste bairro. O que vocês acham?
O desconhecido desistiu e voltou ao ser lugar. Entretanto, já lá vinha a Lusitana, sempre a correr, a dominar como ninguém a bandeja cheia de bebidas - uma delas era o meu shot :)
- Lusitana: Plim!
- Eu: Ah! Lindo, espectacular!
- Lusitana: Uh? É só um shot.
- Eu: Ora, eu estou a falar de como esses brincos te ficam bem...
- Lusitana: Oh!.. Não comeces - corou.
- Manuel: Por falar em brincos, Juntas, gostaste da caneta que te dei no Natal?
- Juntas: Ya.
Nisto, vem de lá um bando de miúdos com um pouco de mau aspecto. A única coisa que tinham em comum eram os sapatos, pareciam que vinham todos da mesma escola...
- Miúdos: Qual foi o viadão que bateu no FML?
Cada um na sua, tentando ignorar o miúdo. Aí, os miúdos começaram a atirar coisas para a nossa mesa, para chamar a nossa atenção. Uma delas foi parar, creio eu que por acidente, à mesa do Patrick, um amigo que costumava frequentar o café.
- Patrick: Hey, miúdos, não está na hora de crescer? Assim fica difícil sequer dialogar com vocês!
- Muriel: Que nada - diz, descalçando-se - eles estão a precisar é de uma chinelada!
A ameaça da Muriel deve ter chegado a bom porto, pois os miúdos desapareceram misteriosamente. Na pior das hipóteses, fez-se luz naquelas cabecinhas e perceberam que isto não parecia coisa do Nuno.
- Juntas: Ya.
Um tipo meio velho, algo incógnito, que vinha ao café de tempos a tempos e que morava numa casa meio degradada conhecida por lá habitarem ratos, aproximou-se e interviu:
- E2m: Ah. Se vai dar a chinelada, eu quero ver!
- Mschlindwein: Sim, por uma questão de questão de transparência!
Entretanto, regressava o miúdo da consola acompanhado de outro amigo com uma t-shirt que dizia Indech, mais o nosso conhecido padre Gervásio.
- Indech: Calma aí gente! Pintou a macaca com vocês?
- Juntas: Ya.
- Gervásio: Ora Nuno, não estou dizendo que você fez de propósito, mas peça desculpa ao miúdo, pelo sim pelo não, antes que isto se torne um mar de discussões...
- Eu: Mas isto já está um mar de discussões! Podiam era ser de outra maneira!
LeonardoG, um velho amigo que trabalhava no mesmo escritório que eu, estava numa outra mesa, a jogar xadrez com outro indivíduo. O seu cão parecia mais atento ao jogo do que ele:
- LeonardoG: Esqueça isso, Nuno, vai uma partida? :)
- Eu: Ora pois concerteza! Vamos nessa!
- Sturm: Eu não digo? Agora vêm para o café jogar xadrez!! Cortem os pés às mesas e às cadeiras, queimem os tabuleiros de xadrez! Hum... o que vocês acham?
Outro cliente, dos mais velhinhos, mete-se na confusão:
- Rui Malheiro: Olhem, sabem que mais? Aqui não se consegue discutir em condições, sugiram que remetam a discussão para o tribunal.
- Lugusto: Nunca! Isto fica esclarecido aqui e agora!
O desconhecido de há pouco aproveitou a deixa, agora acompanhado de um amigo seu, com leves semelhanças ao busto daquele imperador romano, o.... Nero! Mas, não sei porquê, tinha uma figura estranha. Aposto que se chamava Emilio!
- Desconhecido: Pois. Este gajo passa-se. E aproveito para dizer que o Nuno também se passa.
- Emilio: É. Eu também acho que o Nuno escusava ter-se espreguiçado. Cá para mim, foi um teste!
- Eu: Teste?! Mas que teste?! Mas em que mundo vives tu??? Eu nem sequer me espreguicei!!
- Emilio: Calma Nuno, Já estou a criar confusão sem querer...
- Clara C.: Ora, Emilio! O que mais me surpreende é que esse miúdo está sempre a arranjar confusão e a fazer-se passar por vítima!
- Miúdo da consola: Isto não é um insulto?
- Juntas: Ya. Ai... não!
- Eu: Bah! Tenham lá calma, não precisam fuzilar-se 1 ao outro. Realmente, eu peço desculpa, (obviamente que) não queria dar a tapa no Marcelo-Silva. Irra, acelerados do caneco! Têm que aprender a esperar! Roma e Pavia não se fizeram num dia!!
- Lusitana: Boa! Ainda bem que se entenderam todos! As bebidas são por conta da casa!
- Eu: Mschlindwein, não estejas a esfregar as mãos, porque os copos são só de 30 cl :)))