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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAtobá-de-pé-vermelho

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Suliformes
Família: Sulidae
Género: Sula
Espécie: S. sula
Nome binomial
Sula sula
(Linnaeus, 1766)
Sinónimos
  • Pelecanus sula Linnaeus, 1766
  • Pelecanus piscator Linnaeus, 1758
  • Sula piscator (Linnaeus, 1758)

Atobá-de-pé-vermelho (nome científico: Sula sula) é uma espécie de ave marinha da família Sulidae.[1]  com distribuição tropical e subtropical nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.[2] Essa especie se reproduz  em ilhas oceânicas e entre os sulídeos é a espécie de menor tamanho e é a única que nidifica em árvores e arbustos.[2] O perido reprodutivo dos sula sula em Fernado de Noronha se inicia nos primeiros meses do ano e nos últimos meses os filhotes estão em fase de iniciação de vôo.[3]

Características editar

Os atobás-de-pés-vermelhos, possuem um tamanho médio de 70 cm de comprimento, sendo o menor da família sulidae. Eles tratam-se de uma espécie polimórfica, ou seja, possuem mais de uma característica. São caracterizadas por três (3) principais padrões de coloração das penas. O padrão branco com as suas penas de voo da asa, remíges, pretas; o completamente marrom com as asas mais escuras que o restante do corpo e o padrão intermediário com coloração marrom e o rabo branco. De forma geral a principal característica dessa espécie é a presença de pés vermelhos e o bico azulado.[3]

Ambos os sexos tem plumagem semelhante, porém os machos são aproximadamente 15% menores em relação ao tamanho do corpo do que as fêmeas. Os jovens são de coloração marrom terra ou marrom escuro, com uma área mais clara na parte da frente do pescoço e do abdômen. A coloração dos olhos varia do cinza ao amarelo, a pele do rosto é cinza-ardósia, embora um pouco mais clara sobre o saco gular. As pernas podem variar do cinza escuro ao laranja-carne. O imaturo de todas as subespécies possuem uma plumagem menos uniforme e mais manchada. Os filhotes apresentam uma plumagem macia com coloração branca e bico escuro, quase preto. As pernas e pés são amarelados.[4]

Subespécies editar

Possuem três (3) subespécies reconhecidas:

§  Sula sula sula – vivem na costa leste do Brasil, até a Ilha de Ascensão na porção sul do Oceano Atlantico, no estado da Florida nos Estados Unidos e ilhas do Caribe;

§  Sula sula rubripes – encontram-se na região tropical do Oceano Pacífico, arquipélago Havaiano, Ilha de Pitcairn, Ilhas Marquesas e nas ilhas do Oceano Índico;

§  Sula sula websteri – encontram-se na região tropical leste do Oceano Pacífico da Ilha Revillagigedo na costa sudoeste do México até o Arquipélago de Galápagos.[4]

Habitat editar

Os atobás-de-pés-vermelhos são absolutamente marinhos e em grande parte pelágicos. Possuem hábitos parcialmente noturnos. [4]

Alimentação editar

Os atobás-de-pés-vermelhos se alimentam principalmente em mar aberto, de lulas e peixes, com preferência por peixes-voadores, que pega em voos rasantes à superfície do mar. Eles podem  sobreviver vários dias sem comida.[4] Os sula sula se alimentam no mar aberto e a grandes distancias da costa, o que acaba fazendo com que eles passem a maior parte do dia no mar atrás de alimentos, voltando para a terra somente no final do dia[3].

Reprodução editar

O atobá-de-pés-vermelhos (Sula sula) se reproduz em ilhas oceânicas, formando ninhos sobre árvores e arbustos. No Brasil o único local de reprodução é  o arquipélago de Fernando de Noronha, mas porém há registros da espécie nas demais ilhas oceânicas brasileiras.[5]podem começar a criação em qualquer mês. Faz um ninho de gravetos, raso como uma plataforma, sobre árvores e arbustos.[4]Diferente da maioria dos membros dessa família, os atobás-de-pés-vermelhos, coloca apenas um (1) ovo por ano. O choco do ovo é realizado com os pés sobre os ovos, como uma forma de comprimi-los contra o corpo, fazendo assim cm que aumente a eficiência do choco.[3] dura cerca de 40 dias. O filhote nasce nu, depois adquire uma plumagem branca e macia. Após aproximadamente 4 ou 5 meses abandonam o ninho, já com capacidade de voo. Atinge a maturidade sexual com 2 a 3 anos.[4] Os sula sula apresentam cuidado bipariental com divisão igualitária.[3]

algumas características de vida, como a dependência de vegetação em ilhas para se reproduzir e a postura de apenas um ovo por estação reprodutiva são grandes fatores de vulnerabilidade.[6]

Durante o período de cuidado do filhotes, os pais aumenta o tempo de permanência na terra, com o objetivo de poder proporcionar maior proteção, alimentação e aquecimento ao filhote. Entretanto com o crescimento do filhote a presença dos pais juntos vai diminuindo.[3]

Ditribuição Geográfica editar

são encontrados nas ilhas dos Oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.[4]

No Brasil editar

No Brasil, S. sula nidifica somente no arquipélago de Fernando de Noronha (FN), porém utiliza outras ilhas oceânicas como locais de alimentação e pouso, como por exemplo o atol das Rocas e arquipélago de São Pedro e São Paulo. No passado o arquipélago de Fernando de Noronha foi afetado com a destruição quase total da vegetação nativa numa tentativa de evitar a fuga de prisioneiros, o que acabou ocasionando no desaparecimento da espécie por alguns anos. O atobá-de-pé-vermelho também se reproduzia na ilha da  Trindade, porém as florestas de Colubrina glandulosa foram eliminadas por ação de fogo e cabras, e nenhum indicio de Sula sula foi visto reproduzindo na região desde a década de 90, foram avistados apenas quatro (4) indivíduos isolados em vôo. [2]

O Sula sula tem hoje em Fernando de Noronha o principal local de ocorrência e nidificação no Atlântico Sul e o único do Brasil, estando a sua sobrevivência vinculado com a conservação da vegetação nas áreas do Parque Nacional.[7]

Estado de conservação editar

apesar de que  globalmente a espécie não esteja considerada ameaçada de extinção[2], No Brasil, o sula-sula está classificada como “Em Perigo” e faz parte da lista de espécies ameaçadas publicada pelo Ministério do Meio Ambiente. No Arquipélago de Fernando de Noronha, eles sofrem predações de seus ovos e filhotes por espécies exóticas invasoras como o lagarto teiú, gatos e ratos. além da competição territorial com a garça vaqueira, que é uma espécie exótica.[8]

Referências

  1. CRC Handbook of Avian Body Masses, 2nd Edition by John B. Dunning Jr. (Editor). CRC Press (2008), ISBN 978-1-4200-6444-5.
  2. a b c d «(PDF) ATUALIZAÇÃO DA ABUNDÂNCIA E REGISTRO DE ATOBÁ-DE-PÉ-VERMELHO (SULA SULA) NAS ILHAS OCEÂNICAS BRASILEIRAS». ResearchGate (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2019 
  3. a b c d e f Rodriguez, Marcelo (2006). «desenvolvimentos dos filhotes de Atobás-de-pés-vermelhos, no arquipelogo de fernando de noronha» (PDF) 
  4. a b c d e f g «atobá-de-pé-vermelho (Sula sula) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 23 de agosto de 2019 
  5. «(PDF) ATUALIZAÇÃO DA ABUNDÂNCIA E REGISTRO DE ATOBÁ-DE-PÉ-VERMELHO (SULA SULA) NAS ILHAS OCEÂNICAS BRASILEIRAS». ResearchGate (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2019 
  6. Johnson, Bruce (novembro de 2007). «http://press-files.anu.edu.au/downloads/press/p27481/pdf/ch0910.pdf». ANU Press. ISBN 9781921313479  Ligação externa em |titulo= (ajuda)
  7. filho, roberto (14 de dezembro de 2009). «A garça-vaqueira (Bubulcus ibis Linnaeus, 1758) e o atobá-de-pé-vermelho (Sula sula Linnaeus, 1766) no Arquipélago de Fernando de Noronha: uma abordagem ecológica comparativa»  line feed character character in |titulo= at position 73 (ajuda)
  8. «Atobá-do-pé-vermelho». Oceana Brasil. 2 de outubro de 2017. Consultado em 27 de agosto de 2019 
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