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Filipe IV
Super Modernas/Testes
Retrato por Diego Velázquez, c. 1644
Rei da Espanha, Nápoles, Sardenha e Sicília
Reinado 31 de março de 1621
a 17 de setembro de 1665
Antecessor(a) Filipe III
Sucessor(a) Carlos II
Rei de Portugal e Algarves
Reinado 31 de março de 1621
a 1 de dezembro de 1640
Predecessor(a) Filipe II
Sucessor(a) João IV
 
Nascimento 8 de abril de 1605
  Valladolid, Espanha
Morte 17 de setembro de 1665 (60 anos)
  Madrid, Espanha
Sepultado em Mosteiro e Sítio do Escorial, San Lorenzo de El Escorial, Espanha
Nome completo Filipe Domingo Vítor da Cruz
Esposas Isabel da França
Maria Ana da Áustria
Descendência Baltasar Carlos, Príncipe das Astúrias
Maria Teresa
Margarida Teresa de Áustria
Filipe Próspero, Príncipe das Astúrias
Carlos II de Espanha
Casa Habsburgo
Pai Filipe III de Espanha
Mãe Margarida da Áustria
Religião Catolicismo
Assinatura Assinatura de Filipe IV

Filipe IV (Valladoid, 8 de Abril de 1605Madrid, 17 de Setembro de 1665), também chamado de “O Grande”, foi rei da Espanha, Portugal e Holanda espanhola (esses dois últimos sob o título de Filipe III). Subiu ao trono em 1621[1] e reinou na Espanha até 1640. É lembrado por seu grande patrocínio às artes e pelo seu domínio sobre a Espanha durante a Guerra dos Trinta Anos.

Apesar do Império Espanhol ter alcançado aproximadamente 12,2 milhões de quilômetros quadrados de área na época de seu falecimento, o reino estava em declínio em outros aspectos, reflexo das inúmeras reformas fracassadas das políticas Filipinas.

Vida editar

 
Filipe IV caçando, retratado por Diego Velázquez, entre 1633-1636.

FIlipe IV nasceu no Palácio Real de Valladolid em 8 de abril de 1605 como o filho mais velho de Filipe III e sua esposa, Margarida da Áustria. Aos 10 anos, casou-se com Elisabeth da França, de 13 anos, e teve sete filhos com ela. Entretanto, o único homem, Baltasar Carlos, morreu aos 16 anos, em 1646.

Após a morte de sua primeira esposa, casou-se novamente com Marianna da Áustria, a fim de fortalecer as relações com os Habsburgo, na Áustria.[2] Em seu segundo casamento, teve cinco filhos, porém, apenas dois deles - Margarita Teresa e o futuro Carlos II da Espanha - atingiram a idade adulta.

Apesar de ter sido retratado durante muito tempo como um monarca fraco que dominava uma corte barroca debochada e delegava excessivas atribuições a seus ministros[3], os historiadores a partir do século XX passaram a considerá-lo mais enérgico - tanto física quanto mentalmente - do que seu pai.[4]

Era um bom cavaleiro, um caçador afiado e um devoto das touradas.[5] Em particular, parecia ter uma personalidade mais leve. Quando era mais jovem, dizia-se que ele possuía um senso de humor agudo e um "grande senso de diversão".[6] Ele frequentou academias particulares em Madri durante todo o seu reinado - eram salões literários alegres que tinham por objetivo analisar literatura e poesia contemporâneas com um toque humorístico.[7] Apaixonado por teatro, às vezes era criticado pelos contemporâneos por seu amor a esses entretenimentos "frívolos".[8]

Outros capturaram sua personalidade privada como "naturalmente gentil e afável".[9] Aqueles próximos a ele alegaram que era academicamente competente, com uma boa noção de latim e geografia, além de saber falar bem francês, português e italiano.[10] Como muitos de seus contemporâneos, tinha um grande interesse em astrologia.[11] Sua tradução manuscrita dos textos de Francesco Guicciardini sobre história política ainda existe.

Teve inúmeras amantes, principalmente de atrizes.[12] A mais famosa delas foi María Inés Calderón (La Calderona),[13] com quem teve um filho em 1629, João José, criado como príncipe real.[14] No final do reinado e com a saúde de Carlos José em dúvida, havia uma possibilidade real de João José de Áustria reivindicar o trono, o que contribuiu para a instabilidade dos anos da regência.

Política Interna editar

 
Retrato de seu pai, Filipe III, exposto no Palacio Real de Madrid
 
Retrato do Conde de Olivares, elaborado em 1636 por Diego Velázquez

Filipe IV assumiu o trono espanhol aos 16 anos após o falecimento de seu pai, Filipe III, em 1621. Inicialmente, seu reinado foi celebrado[1] devido a troca de monarcas, uma vez que seu pai havia sido reconhecido por permitir que Francisco de Sandoval, o futuro duque de Lerna, exercesse grande influência sobre o reino por conta da amizade existente entre eles, sendo considerado um favorito.[15] 

Essa forma de governar utilizada por Filipe III tornava-se cada vez mais impopular, uma vez que ia contra a crença popular de que um rei não deveria governar através de outros[16] e, infelizmente, o governo espanhol contava com inúmeros nobres, amigos políticos, servos e familiares de Lerna em detrimento das outras regiões.[17]

Além disso, o governo de Filipe III foi marcado pela corrupção e enriquecimento do duque de Lerna e aqueles que lhe eram próximos e o reino enfrentava uma série de problemas econômicos, já que uma colheita ruim, a fome e a peste bubônica chegaram a matar 10% da população.[18] Dessa forma, necessitou que as Cortes lhe fornecessem recursos para manter a monarquia.

O governo de Filipe IV iniciou uma reforma administrativa ao remover os últimos membros da família Lerna Sandoval, reestruturar o Conselho da Fazenda e reduzir os conselheiros do rei a quatro.[19]

Segundo Olivares, embora fosse interessante que o monarca fosse amado por seus vassalos, não devia conceder benefícios a eles de modo a desfalcar o Tesouro Real, já que o reino se encontrava em situação financeira delicada por conta de governos anteriores. Além disso, deveria ater-se a conquistar reinos estrangeiros.[20] De acordo com suas palavras, Filipe IV era o principal apoiador e defensor da Igreja Católica em toda a Europa.[21]

Pouco tempo depois, as primeiras reformas socioeconômicas foram postas em prática. Leis contra o luxo são criadas e a justiça passa a ser regulada.[22] Como o Tesouro espanhol encontrava-se bastante reduzido em razão da expulsão dos mouros, o conde Olivares passou a buscar novas formas de diminuir custos de modo a promover uma economia de gastos no reino. Sendo assim, propôs a realização de um inventário dos bens pertencentes à Coroa para que fosse possível conseguir recursos com a disposição deles.[23]

Em 1625, o conde Olivares propõe ao rei a unificação total da Espanha, de modo a aumentar de forma exponencial seu poder econômico e político. Tal manobra tinha a intenção de, nas palavras do autor, “ressuscitar a Monarquia de V. M.”[24]

Entretanto, o estado decadente da monarquia espanhola despertava as palavras dos intelectuais que, em prosa e verso, criticavam a forma de governo de Filipe IV. Um exemplo são os versos de Quevedo, que foram mantidos em San Marcos de León:

 
Estátua do Rei Filipe IV, Madri, 2008
 
Moeda de ouro, cunhada em 1633, sob seu reinado.


"[...] Para cem reis, a Espanha nunca

pagou as quantias que o seu reinado. 

E o povo de luto desconfia que lança gabela na respiração. 

Embora os imensos frutos do céu o enviem,

ele enfurece nossa fome como estéril. 

[...] Veja que os pobres, sozinhos e ocultos,

silenciosamente o invocam com mil gritos. 

Um ministro da paz come gajes

mais do que na guerra, pode gastar dez linhagens.

Mas, como existem despesas na Itália e na Flandres,

cessam os supérfluos e os grandes agregados familiares,

e não com o sangue de mim e de meus filhos,

os lagos abundam de alegria. 

Quadrados de madeira custam milhões,

removendo vigas e tábuas dos templos. 

Os palácios crescem, cem em cada um

e o grande San Isidro, nem eremitério nem enterro. 

Quem o escreve com sangue inimigo na lança.

Por mérito próprio, vem o esplendor colina,

para a guerra finge elogios,

e não a tinta do bajulador."[25]


Política Externa editar

 
Estátua de Filipe IV da Espanha (1692), segundo modelo de Bernini. Pórtico da Basílica de Santa Maria Maggiore em Roma.

Filipe IV é um ótimo exemplo de soberano engajado. Foi comprometido com as políticas externas e muito participativo a ponto de suas ideias se transparecerem em sua política. “Podemos considerar Filipe IV como a fonte e o espelho das percepções, imagens mentais e ideias que prevalecem na política externa de sua época[26]

Tratando de sua reputação, pode-se dizer que foi muito estimado e respeitado por todos, visto como uma autoridade digna de prestígio. Como garantia, possuía os elementos principais da honra: boa posição social, linhagem aristocrática de valor e a fé católica.

A própria história ilustra o peso da reputação dessas figuras, uma vez que, os mais destacados são aqueles que vistos como os mais prestigiados, gloriosos e dignos de terem suas vidas documentadas.[27] Filipe sabia a importância de sua imagem mais que seus próprios ministros, por isso em 1661 encomendou ao jurista Francisco Ramos Del Manzano uma história de seu reinado para defender "a reputação das nações e vassalos das minhas coroas[...]". Desta forma, vale refletir sobre os feitos da Coroa hispânica, que em sua maioria eram intencionados para manter a reputação do reinado.

A questão de Portugal é mais um exemplo das manobras para uma boa política externa. A Coroa de Madri oferecia às Províncias Unidas apenas o território mais interessante e que mais lucrava mais de as colônias portuguesas, o Brasil. Caso a aliança se consolidasse, a recuperação de Portugal não tinha absolutamente nenhum interesse econômico. Na Coroa de Castela havia um interesse econômico notável em claro conflito com a união castelhano-portuguesa[28]

Guerra dos 30 anos editar

 
Luís XIV sendo apresentado a Maria Teresa por Filipe IV na ilha dos Faisões, 1660

Filipe IV reinou durante a maior parte da Guerra dos Trinta Anos. Foi convencido por Baltazar de Zúñiga a intervir militarmente na Boêmia junto do imperador Fernando II. Feito isso, foi convencido, também, a promover uma política externa mais agressiva na Espanha e aliar-se ao Sacro Império Romano, de forma a renovar as hostilidades com os holandeses em 1621 e forçá-los à negociação de um acordo de paz que beneficiasse a Espanha.[29]

Apesar dessa mudança na política de Filipe IV, suas atitudes não eram de tudo belicosas. Parecia genuinamente entristecido que o povo de Castela tivera de pagar em sangue seu apoio às guerras durante os reinados anteriores.[30]

Embora custosa aos bolsos espanhóis, a guerra travada contra os holandeses havia rendido bons frutos, dentre eles a retomada da cidade-chave de Breda em 1624. Entretanto, no fim da década de 1620, Filipe se viu obrigado a priorizar a guerra nos Flandres em detrimento da Guerra de Sucessão de Mantuan (1628-1631) em apoio a França.

O aumento das tensões com a França tornou a guerra entre os aliados cada vez mais inevitável. Apesar de ter se mostrado forte durante os primeiros anos da guerra hispano francesa (1635), a partir de 1640, a Espanha passou a sofrer com conflitos internos relacionados aos custos da guerra contra os franceses.[31]

Para que pudesse haver uma contenção de gastos, Filipe IV cortou os recursos destinados à guerra dos Flandres para que a guerra hispano-francesa tivesse prioridade em seu reinado e, pouco depois, acabou por dar ordens aos seus embaixadores para buscarem um tratado de paz entre as Coroas.[32]

Apesar de ter conseguido um tratado - Paz de Vestfáslia - para resolver os conflitos com Holanda e Alemanha, a guerra contra a França se arrastou. Filipe manteve-se firme em sua luta ao notar sinais de fraqueza por parte da Coroa francesa por conta das rebeliões de Fronda de 1648 e responsabilizou-se em promover uma ofensiva que lhe garantisse a vitória sobre os franceses.[33]

A vitória, todavia, nunca surgiu e, em 1658, o monarca espanhol estava pronto para assinar um acordo de paz. O Tratado dos Pirenéus, em 1659, e o casamento da filha de FIlipe IV, Maria Teresa, com o jovem Luís XIV[34] finalmente acabaram por encerrar esse episódio da História.

 
Aclamação de João, 8º duque de Bragança, aclamado João IV de Portugal em 1640, pintado por Veloso Salgado e, atualmente, exposto no Museu Militar de Lisboa.

Guerra da Restauração editar

Em 1640 a conspiração liderada pela nobreza proclamou o Duque de Bragança como Rei João IV de Portugal, derrubando o governo de Filipe IV em Lisboa e dando início a Guerra de Restauração. O início da guerra foi complicado para D. Filipe, tendo além de Portugal, que lidar com as revoltas na Catalunha.[35]

Em 1659, Filipe IV assina o Tratado dos Pirinéus, concentrando os recursos da monarquia hispânica em reconquistar o território rebelde. Nesse momento a Espanha estava em paz com a França, Inglaterra e os Países Baixos, restando apenas o conflito com Portugal. Dessa forma, muitas medidas foram tomadas: aumento de impostos, desvalorização da moeda, transferências de tropas de Flandres e Itália para a fronteira com Portugal. Ainda assim, Portugal conseguiu vencer a Guerra, tendo cinco grandes vitórias contra os espanhóis: Batalha de Montijo (1644), Batalha das Linhas de Elvas (1659), Batalha de Ameixial (1663), Batalha de Castelo Rodrigo (1664) e Batalha de Montes Claros (1665).[36]

Filipe IV e o Brasil editar

 
As Batalhas dos Guararapes, episódios decisivos na Insurreição Pernambucana, são consideradas a origem do Exército Brasileiro.

A ligação entre o Brasil e a monarquia de Filipe IV se estabeleceu de forma sutil e secundária. A “marginalidade” atribuída a área se expressou pelos escritos dos próprios moradores brasileiros entre os séculos XVI e XVII quando mencionaram a falta de ajuda da Coroa no império, assim como, a ausência de registros das atividades que foram desenvolvidas ali na América e a curta menção do território nos documentos que relacionavam o peso da monarquia de Filipe no resto do mundo.[37] Para além disso, o testamento do próprio rei não contava com as terras brasileiras em seu domínio e inclusive, era compreendido pela Coroa portuguesa e por aqueles que realizavam a ocupação das terras que antes e durante o domínio Habsburgo, o Brasil era pouco importante.

O processo de expansão iniciado a partir de 1560 se estendeu até a segunda década do século XVII com a expulsão dos holandeses, em decorrência da Batalha de Guararapes e com a derrota dos grupos indígenas que resistiram.[38] Como “herança” obteve-se o domínio de boa parte da faixa litorânea brasileira, ou seja, as terras desde a capitania de São Vicente no Sul até a capitania do Pará no Norte; o crescimento dos engenhos de cana-de-açúcar graças a grande demanda europeia e as baixas tributações; a consequente urbanização dessas áreas apesar do baixo desenvolvimento no interior e por fim, a facilidade inicial em obter terras e escravos indígenas, coisa que posteriormente se complicara devido a necessidade de substituir a mão de obra indígena dizimada pelos negros, que eram de maior custo.

O fim da prosperidade, se dá um pouco antes da Guerra dos Trinta Anos através da fase de combate contra os holandeses, e da instauração dos mecanismos do Antigo Sistema Colonial com o aumento da importância do tráfico africano de escravos e com o acirramento da carga fiscal.[39]

Filipe IV e a Religião Católica editar

 
Maria de Jesus de Ágreda, conselheira política e espiritual, trocou cartas com Filipe IV entre os anos de 1643 a 1665.

A religião católica e seus rituais tiveram um papel importante na vida de Filipe, especialmente no final de seu reinado. Fez devoções especiais a uma pintura da Nossa Senhora dos Milagres, também tinha um grande padrão feito com a imagem da pintura de um lado e o brasão real do outro, trazido em procissões todos os anos em 12 de julho. Além de marcar uma forte crença religiosa pessoal, esse vínculo cada vez mais visível entre a Coroa, a Igreja e símbolos nacionais como a Virgem dos Milagres, representava um pilar fundamental de apoio a Filipe como rei. [40]

Os monarcas durante o período também tiveram um papel fundamental no processo de canonização e puderam utilizá-lo para efeito político. Internacionalmente, era importante que o prestígio espanhol recebesse pelo menos uma parte proporcional e idealmente maior de novos santos do que outros reinos católicos, então patrocinou diversos textos e livros para apoiar os candidatos da Espanha, particularmente em concorrência com a França católica. [41]

Filipe voltou-se, entre os anos de 1643 a 1665, para uma figura feminina bem estabelecida, a irmã Maria de Ágreda, uma superiora de convento conhecida por seus escritos religiosos. [42], tornando-se, segundo relatos, uma conselheira do rei nos assuntos políticos [43]. Manteve, também, correspondência com outros membros da família real, como Isabel de Borbón, Baltasar Carlos, Mariana de Áustria, João José, bem como, membros da elite e da nobreza. [43]

A relação epistolar deu origem a mais de seiscentas cartas trocadas entre eles sendo um corpus documental de grande importância para a compreensão da política espanhola durante o século XVII [44]. As cartas contemplam conteúdos importantes como, a exposição dos pensamentos do monarca sobre a política interna e externa do reino, expõe uma reflexão das virtudes de um príncipe, e a concepção de governo de Estado, assim, como  as relações com seus ministros, conselheiros e mesmo com seus súditos. [44] O monarca relata o comportamento do reino frente às potências europeias no tempo de paz e de guerra, bem como sua confiança na vontade divina, que sustentava a monarquia hispânica, conforme o providencialismo. Acredita-se que o monarca esteve envolvido em protegê-la da investigação da Inquisição de 1650. [45]

Patrono das Artes editar

 
"As meninas", de Diego Velázquez, retrata figuras da corte espanhola no Real Alcázar de Madrid e, hoje, é considerada a peça mais importante do Museu do Prado.

É lembrado pelo "entusiasmo surpreendente" com o qual colecionou obras de arte [46] e por seu amor pelo teatro. [8] No palco, ele favoreceu dramaturgos ilustres, tendo sido creditado na composição de várias comédias. [47]

Também tornou-se reconhecido por seu patrocínio a vários outros pintores de destaque, incluindo Diego Velázquez, Eugenio Cajés, Vicente Carducho, Gonzales e Nardi. Obteve pinturas de toda a Europa, especialmente da Itália, acumulando mais de 4.000 itens na época de sua morte. Alguns denominaram esse conjunto incomparável de 'mega-coleção'. [48]

Foi apelidado de "el Rey Planeta" [47] por seus contemporâneos e grande parte da arte e exibição em sua corte foram interpretadas no contexto de sua necessidade de projetar poder e autoridade, tanto sobre espanhóis quanto estrangeiros.[49] Há interpretações que consideravam a corte de Filipe IV completamente decadente, mas a arte e o simbolismo do período certamente não refletiam a ameaça e o declínio do poder espanhol. [50]

 
O Palácio do Bom Retiro numa pintura do século XVII.

Também investiu em um novo palácio como segunda residência e também de local de lazer, daí o nome escolhido, Bom Retiro. Por intermédio de Olivares, iniciou a construção em Madri, projetado pelo arquiteto Alonso Carbonell. O espaço incluía seu próprio teatro, salão de baile, galerias, praça de touros, jardins e lagos artificiais [47] e tornou-se o centro de artistas e dramaturgos de toda a Europa. Foi construído durante um período difícil de seu reinado. Dado seu custo, em um período de severas economias em tempo de guerra, os protestos representavam um público descontente. [51] É considerado uma parte importante da tentativa de comunicar grandeza e autoridade reais.

Velázquez e os retratos do Rei editar

 
Filipe IV, 1624-27

É interessante lembrar que o século de Ouro espanhol foi assim chamado em função do reluzente destaque que as Artes tiveram neste período, em contrapartida com os embates políticos que o reino espanhol enfrentava.[52] Um dos motivos pelo qual Filipe foi retratado foi ser eternizado na memória e localizado no tempo.[53]

 
Filipe IV com armadura (fragmento), 1628

Um importante artista do período foi Diego Velázquez, admitido como pintor oficial da corte através de um concurso realizado em 1624. Destacou-se na elaboração de retratos de Filipe IV ao longo de seu reinado, além de pinturas da família real, bobos da corte, oficiais, etc.[54]

Muitos dos retratos de Filipe IV foram pintados por Velázquez durante o período da Guerra dos 30 Anos e tem como objetivo exaltar o poder do rei. Essas pinturas eram expostas em locais onde muitas pessoas pudessem vê-las, pois a imagem do rei é importante para os súditos.[55]

A etiqueta e as roupas utilizadas pelo Rei são de grande importância para a sociedade de corte do século XVII, pois sua imagem possui um caráter divino e isso influencia na forma como o povo o vê. A imagem passada pelos retratos de Velázquez podem ser consideradas uma estratégia de manutenção do poder.[56]

Analisar a seqüência cronológica de alguns retratos permite refletir sobre a noção de tempo na sociedade espanhola do século XVII.[57]

 
Retrato de Filipe IV (fragmento), 1665/1660

Um dos primeiros retratos feitos por Velázquez mostram Filipe de forma imponente, mas não relaciona a imagem do rei à guerra. Apesar de ainda ser jovem e aparentemente discreto, colocá-lo em um ambiente que remete ao conhecimento, gera a ideia de experiência do monarca, pois antes de tudo o rei deve saber governar.[58]

Posteriormente, nota-se a presença de retratos do rei em roupas de guerra que demonstram um caráter mais ativo de Filipe IV. Em meio a Guerra dos 30 Anos, retratar o monarca de forma imponente serve para disseminar a ideia de que seu reinado ainda era forte, incentivar os demais “espanhóis” e mascarar a crise pela qual a monarquia passava[59].

Nos retratos posteriores, onde o rei já demonstra uma idade mais avançada é possível perceber uma mudança nas feições do rosto, parece mais melancólicas, calvo e cansado,  até mesmo as cores se tornam mais apagadas e menos vivazes.[60]

“Algumas das hipóteses para a face cansada do rei, são as derrotas militares para a França e o fato de que teria de dar sua filha em casamento a um francês, que apesar de seu sobrinho ainda era um rival. Maria Teresa, uma vez casada, dificilmente voltaria a ver o pai. O semblante melancólico do rei pode refletir aqui tanto as derrotas políticas e a crise econômica, quanto a apreensão a respeito deste problema “familiar” da perda da filha.”[61]


Filmografia * editar

Televisão editar

Ano Serie Canal Ator Pais de origem
2004 Memoria de España TVE Espanha
2009-2016 Águila Roja TVE Xabier Elorriaga Espanha
2015- Las aventuras del capitán Alatriste TeleCinco Daniel Alonso Espanha

Cinema editar

Ano Filme Ator Pais de origem
1954 La moza del cántaro Ismael Merlo Espanha
1991 El rey pasmado Gabino Diego Espanha
2006 Alatriste Simón Cohen Espanha
2011 Águila Roja: la película Xabier Elorriaga
Espanha

* Traduzido da página sobre o Filipe IV em espanhol

Ancestrais ** editar

Filipe IV da Espanha Pai:

Filipe III da Espanha

Avô paterno:

Filipe II da Espanha

Bisavô paterno:

Carlos V de Habsburgo

Bisavó paterna:

Isabella de Portugal

Avó paterna:

Ana da Áustria

Bisavô paterno:

Maximiliano II de Habsburgo

Bisavó paterna:

Maria da Espanha

Mãe:

Margarida da Áustria-Estíria

Avô materno:

Carlos II da Áustria

Avô materno:

Fernando I de Habsburgo

Bisavó materna:

Anna Jagellone

Avó materna:

Maria Anna da Baviera

Avô materno:

Albert V da Baviera

Bisavó materna:

Ana da Áustria

** Traduzido da página sobre Filipe IV em italiano

Casamentos e descendência editar

Casou em Burgos, em 18 de outubro de 1615, com Isabel de Bourbon, filha da França, irmã de Luís XIII e filha de Henrique de Navarra e Maria de Médicis. Tiveram seis filhas e dois filhos:

  1. Maria Margarida de Áustria (14 de Agosto de 1621 - 15 de Agosto de 1621)
  2. Margarida Maria Catarina de Áustria (25 de Novembro de 1623 - 22 de Dezembro de 1623)
  3. Maria Eugênia de Áustria (21 de Novembro de 1625 - 21 de Julho de 1627)
  4. Isabel Maria Teresa de Áustria (31 de Outubro de 1627 - 1 de Novembro de 1627)
  5. Baltasar Carlos de Áustria, Príncipe das Astúrias (17 de Outubro de 1629 - 9 de Março de 1646)
  6. Francisco Fernando de Áustria (12 de Março de 1634 - 12 de Março de 1634)
  7. Maria Ana Antônia de Áustria (17 de Janeiro de 1636 - 5 de Dezembro de 1636)
  8. Maria Teresa de Áustria (20 de Setembro de 1638 - 30 de Julho de 1683), casada com Luís XIV, rei de França


Casou-se pela segunda vez, em Navalcarnero no outono de 1649, com sua sobrinha Mariana de Áustria, filha do Imperador do Sacro Império Fernando III e da Infanta Maria Ana de Áustria, sua irmã. Tinha sido noiva de seu filho o infante Baltasar Carlos. Tiveram cinco filhos dos quais três homens:

  1. Margarida Teresa de Áustria (12 de julho de 1651 - 12 de março de 1673)
  2. Maria Ambrósia da Conceição de Áustria (7 de dezembro de 1655 - 21 de dezembro de 1655)
  3. Filipe Próspero de Áustria, Príncipe das Astúrias (28 de novembro de 1657 - 1 de novembro de 1661)
  4. Tomás de Áustria (23 de dezembro de 1658 - 22 de outubro de 1659)
  5. Carlos II de Espanha (6 de novembro de 1661 - 1 de novembro de 1700)

Filhos bastardos:

  1. Fernando Francisco Isidro de Áustria (1621-1629) com a jovem filha do Conde de Chirel, que o rei enviara à Itália.
  2. D. Ana Margarida de São José, encerrada em convento agostiniano, o mosteiro da Encarnação, do qual foi superiora e onde morreu aos 22 anos.
  3. D. João José de Áustria.
  4. Alonso Antonio de San Martin, Bispo de Oviedo, filho de uma dama da rainha, Tomasa Aldama.
  5. Juan Cosío, religioso agostiniano;
  6. Margarida de São José, (morta em 1682), descalça carmelita, superiora do Real Mosteiro da Encarnação .
  7. D. Alfonso Henriques de Santo Tomás (1633-30 de julho de 1692) dominicano que chegou a Bispo de Malaga e Inquisidor Geral da Espanha;
  8. D. Hernando Gonzalez Baldez (morto em 6 de fevereiro de 1702) Governador de Novara, General de Artilharia do Estado de Milão.
  9. Juan del Sacramento, pregador da Ordem de Santo Agostinho.
  10. D. Carlos Fernando Valdés ou de Áustria, governador da Navarra.
  11. D. Ana Maria, também filha da atriz Maria Calderón.

Cronologia editar

Eventos importantes durante o reinado de Filipe IV [62]

1621. Morte de Filipe III e iniciou das reformas administrativas em Março. 

Fim da trégua com a Holanda em Agosto.  

1622. As reformas continuaram. 

Vitória de Wimpfen em Maio e Fleurs em Agosto.

1624. Olivares propõe a unificação política da Espanha.

1625. Os holandeses tomam a Bahia. 

1635. Declaração de guerra do rei da França em Junho.  

1639. Os franceses invadem a Catalunha em Junho. 

1640. Rebelião da Catalunha em Junho.

Rebelião de Portugal em Dezembro.

Aliança do rei da França com os catalães em Dezembro.

1641. Conjuração separatista na Andaluzia.

1643. Queda do Conde Olivares em Janeiro.

1647. Rebelião em Nápoles em Julho.

Nápoles pede ajuda ao rei da França em Outubro.  

1648. Paz com a Holanda/Munster em Janeiro.

1657. Grã-Bretanha e França se unem contra a Espanha em Maio.

1659. Paz dos Pirinéus em Novembro. 

1660. Casamento de Luís XIV e Maria Teresa da Áustria.

1665. Morte de Filipe IV em Setembro.

Referências editar

  1. a b PLAJA, Fernando Diaz (1987). Historia de España en sus documentos: SIGLO XVII. Madrid: Cátedra. p. p. 83-84 
  2. ANDERSON, M.S. (1988). War and Society in Europe of the Old Regime, 1618–1789. London: Fontana 
  3. DARBY, Graham (1994). Spain in the Seventeenth Century. [S.l.]: Longman 
  4. GARDINER, France (2004). Davenport, European Treaties Bearing on the History of the United States and Its Dependencies. Unieted States: The Lawbook Exchange, Ltd 
  5. GARDINER, France (2004). Davenport, European Treaties Bearing on the History of the United States and Its Dependencies. United States: The Lawbook Exchange, Ltd 
  6. ELLIOT, J. H. (1991). Richelieu and Olivares. United Kingdom: Cambridge University Press 
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Ver também editar


Filipe IV de Espanha & III de Portugal
Casa de Habsburgo
8 de abril de 1605 – 17 de setembro de 1665
Precedido por
Filipe III & II
 
Rei da Espanha, Nápoles, Sardenha e Sicília
31 de março de 1621 – 17 de setembro de 1665
Sucedido por
Carlos II
 
Rei de Portugal e Algarves
31 de março de 1621 – 1 de dezembro de 1640
Sucedido por
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