Vágner de Araújo Antunes (Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1954Curitiba, 20 de abril de 1990), mais conhecido como Vágner Bacharel, foi um futebolista brasileiro que atuava como zagueiro.[1]

Vágner Bacharel
Informações pessoais
Nome completo Vágner de Araújo Antunes
Data de nascimento 11 de dezembro de 1954
Local de nascimento Rio de Janeiro (RJ), Brasil
Data da morte 20 de abril de 1990 (35 anos)
Local da morte Curitiba, Paraná, Brasil
Altura 1,82m
Apelido Bacharel
Informações profissionais
Posição zagueiro
Clubes de juventude

1974
Botafogo FR
Madureira EC
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1975-1977
1976
1977-1982
1980
1981
1983-1987
1987-1988
1988
1989
1989
1990
Madureira EC
Volta Redonda FC
Joinville EC
SC Internacional (emp.)
Cruzeiro EC (emp.)
SE Palmeiras
Botafogo FR
Guarani FC
Fluminense FC
Vila Nova FC
Paraná Clube
00261 000(22)

Elogiado pela qualidade de seu futebol e pela raça em campo, o apelido surgiu por chamar a todos de bacharel[2].[3][4] Outra versão para o apelido é que Vágner se expressava bem quando precisava falar com a imprensa.[4]

Teve passagens com destaque em importantes equipes do futebol do país, como Palmeiras, Botafogo, Guarani FC e Paraná Clube.[1]

Carreira editar

Nascido e criado em Madureira, começou a jogar futebol na escolinha do Botafogo onde, atuando como meia, chegou ao juvenil.[5] Em 1974, se transferiu para o Madureira, onde se sagrou campeão da categoria e se profissionalizou[3].[5]

Foi a Revelação do Campeonato Carioca de 1975 e convocado para Seleção Brasileira de Novos, onde foi cortado.[6]

Em 1976, defendeu o Volta Redonda.[5]

Pelo Joinville, ganhou os Campeonatos Catarinenses de 1978, 1979 e 1980.[5][7][8] Em 79, foi vice-artilheiro do clube, com 10 gols.[8] Ainda em 1980, passou 8 meses no SC Internacional.[5][7]

Em 1981, atuou pelo Cruzeiro[5], onde marcou 6 gols no Campeonato Mineiro daquele ano.[8]

Em 1982, voltou ao Joinville[5], onde novamente foi Campeão Estadual[8], antes de chegar ao Palmeiras[9] contratado por 30 milhões de cruzeiros[6][8] e se transformar num dos maiores jogadores da equipe nos anos de 1980[10].

Estreou contra o Mixto-MT, na vitória por 3x0 em 23 de fevereiro de 1983. Alcançou um recorde que perdura até o ano de 2022: junto ao zagueiro Marcio, no seu último ano na equipe palmeirense, ficaram 1.148 minutos sem serem vazados.[11]

No Alviverde, formou dupla com Luís Pereira[10], disputou 261 jogos, marcou 22 gols e foi vice-campeão do Campeonato Paulista de 1986[3].[11][12] Ficou no clube até agosto de 1987.

Em 1987, foi comprado pelo Botafogo por 2,5 milhões de cruzados[5], onde atuou com a mesma regularidade que lhe era comum, mas sem nenhum diferencial para oferecer, acabou não se firmando no clube de General Severiano.[4]

Foi vendido ao Guarani em março de 1988 por 2 milhões de cruzados[13], onde foi vice-campeão paulista em 1988[10].

Durante o segundo semestre de 1988 e todo o ano de 1989, Vágner Bacharel passou por Fluminense e Vila Nova.[4]

Foi para o Paraná Clube, onde chegou em dezembro de 1989 e fez parte do primeiro elenco do clube, além de ser o capitão[3][4].

Morte editar

Na tarde de 14 de abril de 1990, no jogo entre Paraná Clube e Sport Club Campo Mourão pelo Campeonato Estadual, Bacharel dividiu uma bola aérea com Charuto, zagueiro adversário, ocorrendo um choque de cabeças.[1][3][14] Imediatamente, o jogador do Paraná clube foi atendido e como reclamou de dores, foi removido para um hospital da capital paranaense.[3] Dois dias depois, recebeu alta médica, porém, retornou ao mesmo hospital horas depois de sua saída. Após uma tomográfico, foi constatada uma fratura no crânio.[14] Com a piora de sua saúde, foi transferido para outro hospital no dia 19.

Vágner Bacharel faleceu aos 35 anos, em 20 de abril de 1990, no hospital Evangélico de Curitiba, seis dias depois do choque de cabeça com o lateral Charuto.[14] O óbito foi causado por edema cerebral, resultante da fratura.[3][14][15][16][17]

Vágner Bacharel fez parte do primeiro grupo de jogadores do Paraná Clube.

Referências

  1. a b c «Vágner Bacharel - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 19 de junho de 2023 
  2. Abril, Editora (11 de agosto de 1986). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  3. a b c d e f g «A morte do zagueiro Vágner Bacharel: erro médico ou fatalidade?». Ludopédio. Consultado em 19 de junho de 2023 
  4. a b c d e «O Bacharel dos gramados». Ludopédio. Consultado em 19 de junho de 2023 
  5. a b c d e f g h Abril, Editora (12 de outubro de 1987). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  6. a b Abril, Editora (22 de setembro de 1986). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  7. a b Abril, Editora (22 de setembro de 1986). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  8. a b c d e Abril, Editora (22 de julho de 1983). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  9. Abril, Editora (8 de junho de 1987). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  10. a b c «O fim trágico de Vágner Bacharel | Última Divisão». 28 de julho de 2010. Consultado em 19 de junho de 2023 
  11. a b R7.com (13 de maio de 2022). «História! Vágner Bacharel fez história com a camisa do Palmeiras». R7.com. Consultado em 19 de junho de 2023 
  12. Almanaque do Palmeiras, Edição 1 - 2004 - Editora Abril, páginas 514 e 515
  13. Abril, Editora (1 de abril de 1988). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  14. a b c d «O beque que não devia morrer: A história de como o zagueiro Vágner Bacharel morreu em 1990 após uma cabeçada e série de erros médicos». www.uol.com.br. Consultado em 19 de junho de 2023 
  15. «Futebol perde o seu "Bacharel"». O Estado de S. Paulo. 21 de maio de 1990 
  16. «Wagner Bacharel, acidente e morte", Futebol Interior,». Consultado em 24 de março de 2011 
  17. Pugliesi, André. «Morte do primeiro capitão do Paraná completa 25 anos e deixa rastro de dor, revolta e dívida». Gazeta do Povo. Consultado em 19 de junho de 2023